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Não pelo povo, pelo rei.

Iniciado por B.loder, 21/11/2012 às 17:56

21/11/2012 às 17:56 Última edição: 26/11/2012 às 09:41 por King Gerar
Aqui vai um roteiro meio antigo que pretendo continuar em breve.


Não pelo povo, Pelo Rei.


1º Texto


Em uma pequena casinha de madeira, viviam uma mãe e seu filho, o lugar era humilde, o filho tinha aproximadamente dezoito anos e a mãe já estava velha demais para trabalhar. A mulher fora até a cidade comprar comida para a casa, e seu filho ficou ali conversando com sua única amiga, Alícia.
- Por que vai sair da cidade? - Dizia Alícia olhando nos olhos de Ruben. - Por acaso quer vingança?
- Não, vingança não.
- Então por que vai atrás do rei?
- Tenho um objetivo, talvez difícil demais para apenas um homem.
- Não me diga que vai matá-lo.
- Não, matá-lo seria um destino simplista demais.
- Por que o odeia tanto?
- Acho que nunca lhe contei, então vou explicar o que aconteceu. - Dizia Ruben se sentando na cadeira a frente da mesa, Alícia fez o mesmo e passou a prestar atenção.
- Quando eu tinha apenas nove anos soube que um novo rei iria assumir o trono de nosso país, estava feliz pois seu antecessor não fez nada grandioso e isso me deixava indignado, um rei deve fazer ao menos uma coisa grandiosa em sua vida.
Esperava que o novo rei trouxesse paz, e ao mesmo tempo mostrasse aos nossos inimigos que somos uma grande população.
- E ele o fez, somos o maior país desse mundo. - Respondeu Alícia.
- Mas a que custo? - Disse Ruben pensativo. - O que ele fez não foi pelo povo.
- Um grande rei toma decisões por seu povo, e por isso o povo o segue, esse homem que está no poder não pensa no povo, ele não considera os territórios conquistados nas inúmeras guerras como do reino, mas como dele.
Dois anos depois de assumir o poder ele iniciou guerras, guerras sem fim, depois de três grandes guerras que nos deram grandes territórios, já não tínhamos mais o necessário para manter um país, não haviam mais soldados suficientes pois a maioria havia morrido.
- Incluindo seu pai... - Comentou Alícia com um olhar triste.
- Sim, meu pai morreu em uma guerra, não estou triste por ele ter morrido, mas por ele ter morrido em nome de um homem que não se importa com o povo.
Depois de ver a situação o rei não fez nada, apenas transferiu tudo que o país tinha para um canto, onde o país se tornaria uma potência, e o resto do país foi tratado como uma colônia, estava tudo sendo explorado.
- Ainda bem que estamos próximos do centro, e não fomos tão afetados. - Comentou Alícia.
- Depois de fazer tudo isso ele deduziu que vencer uma guerra contra um grande país nos ajudaria, então recrutou todos os homens acima de dezoito anos para a guerra, incluindo meu irmão que nunca voltou para casa.
- Entendo, mas o que pretende saindo de casa assim?
- Vou destronar o rei.
- Como? Você não pode simplesmente chegar e matar alguém como ele.
- Não pretendo matá-lo, fazê-lo sofrer, fazê-lo sentir a dor de cada homem que morreu nas guerras. Se pudesse lhe daria a imortalidade, apenas para que ele passasse toda ela em sofrimento.
- Isso é cruel.
- Crueldade é afundar um país em desejos pessoais. Crueldade é mandar pessoas jovens para a guerra com uma certeza de que não irão voltar, mandar pessoas inexperientes numa guerra contra o que fora o maior país? Isso é insanidade, apenas um desejo doentio de ter poder, de ter riquezas.
- Concordo com você, mas como pretende destroná-lo?
- Soube que há uma resistência em uma cidade próxima, pretendo ir até lá e ajudar com tudo que puder contra esse rei, eles pensam como eu, pretendem tirar aquele homem do poder e fazer desse país algo além de um vencedor de guerras.
- Não posso deixá-lo ir, como ficará sua mãe?
- Ela perdeu o marido e o filho, creio que ela não me deixará partir, preciso sair sem que ela saiba.
- Não posso permitir.
- Será pior se ela souber... Quero lhe pedir uma coisa.
- O que quer que eu faça?
- Cuide de minha mãe, ela está doente, mas quero que ela viva para ver o grande império que vou construir desse reino decadente.
- Nã...
- Por favor, já tomei minha decisão, preciso que faça isso Alícia.
- Creio que não posso impedi-lo, não porque não consigo, mas porque você está certo, aquele homem já fez mal demais a esse país. Mas... Me prometa... Que vai voltar...
- Sabe que não p...
- Sim você pode, me diga que vou encontrá-lo de novo.
- Tudo bem, eu irei voltar, e encontrarei minha mãe aqui.
- Seria muito bom se tudo fosse como planejamos não?
- Seria perfeito. - Disse Ruben pegando sua espada.
- Espero vê-la logo Alícia, sentirei saudades. - Falou enquanto saía pela porta segurando uma grande espada de aço cromado, sua bainha era feita de ferro bruto e tinha uma inscrição em prata. Justiça.


2º Texto



Depois de uma longa viajem Ruben estava cansado, e ao sentar em um banco de madeira percebeu que dois homens estavam parados a sua frente, eles ficavam observando uma pequena loja de frutas ali perto, o dono do lugar parecia ser pobre e tentava negociar com guardas.
- Onde está seu filho? - Dizia um dos guardas ferozmente. - Ele deve ir para a guerra, sabemos que já tem dezoito anos.
- Não sei onde ele está, disse que iria para o rio. - Respondeu o pobre homem aflito, era medo em seus olhos.
Os guardas jogaram o homem de lado e entraram na casa que ficava atrás de sua humilde venda, depois de alguns minutos saíram de lá puxando um homem novo, de dezoito anos.
- Por favor não o levem. - Dizia o homem.
- Quem você espera que vença as guerras por nosso país? - Disse o guarda.
- Ele não estará lutando pelo país. - Ruben disse enquanto levantava e caminhava lentamente na direção dos guardas. - Ele estará lutando por seu rei impiedoso.
- Como ousa falar assim do rei? - Disse um dos guardas.
- Soltem-no, agora.
- Você também deveria estar lutando na guerra, porque está aqui? - Perguntou um dos guardas. - Vou fazê-lo ir para a guerra seu preguiçoso.
O guarda apontou sua lança para Ruben e correu em sua direção, em uma investida quase lhe perfurou o braço, mas desviando o personagem manuseou a lança e tirou-a das mãos do guarda, apavorado o homem se virou para fugir mas antes que pudesse dar seu primeiro passo foi acometido por um golpe fatal na cabeça, agora seu crânio estava perfurado por uma lança.
O outro soldado jogou o jovem no chão e retirou sua espada da bainha, Ruben fez um gesto de desafio com as mãos, e o guarda foi em sua direção, quando deferiu o primeiro golpe foi acometido por um soco nas costelas que parecia quebrar seus ossos, se virou e Ruben estava a sorrir, o homem mostrava uma expressão que misturava a curiosidade com o medo, ele apontou sua espada para o herói e passou a caminhar.
Sem entender ao certo o que estava acontecendo Ruben retirou sua espada e foi na direção do guarda, com sua lâmina conseguiu fazer um ferimento superficial no braço deste, mas foi surpreendido com um corte profundo em sua perna.
O personagem olhou espantado, que golpe fora aquele que conseguiu lhe causar um ferimento tão profundo e tão rápido? Ele se recompôs e preparou sua espada em uma das mãos, o soldado veio lhe atacar mas após defender um dos golpes o personagem foi atingido novamente, mas agora no braço esquerdo.
Quando o homem veio na direção de Ruben novamente este desviou do ataque e fez um corte em seu pescoço, ele caiu no chão sangrando, e logo morreu.
- Muito obrigado. - Disse o homem velho com um sorriso no rosto. - Você quer ajuda?
- Não, eu estou bem. - Disse Ruben enquanto podia olhar para sua perna de onde saía uma grande quantidade de sangue, foi sua última visão antes de cair desmaiado no chão quente daquela cidade.

Ao acordar Ruben sentia muita dor, soltou um gemido que logo foi percebido e acudido pelo velho cujo filho agora poderia ficar em casa, até que mais guardas viessem.
- Fique quieto, ainda não está muito bem. - Disse o velho surgindo ao lado de Ruben pela porta.
- O que aconteceu comigo? - Perguntou Ruben sem entender muito.
- Depois de brigar com aqueles guardas você perdeu muito sangue, dormiu por três dias.
- Entendo, agora eu tenho que ir, não posso atrasar meus planos.
- Que planos? - Perguntou o velho.
- Sinto muito mas não pretendo falar sobre isso.
- Certo, mas você precisa descansar um pouco, amanhã poderá andar, e se desejar poderá seguir seu caminho.
- Fico grato.
O velho deixou o quarto e desapareceu naquela casa que Ruben não conhecia, ele estava ali deitado, apenas pensando em tudo que deixou para trás, seu objetivo devia ser cumprido, se não fosse ele quem iria destronar o rei? Será que mais alguém daquelas terras teria coragem de tomar tal atitude?
- Como aprendeu aquilo? - Perguntou o jovem de dezoito anos que estava sentado ali a algum tempo, porém o personagem não havia percebido.
- Meu pai me ensinou. - Comentou com um olhar triste.
- Onde ele está?
- Morreu na guerra.
- Sinto muito.
- Não sinta, ao menos ele morreu com honra.
- É verdade. Seu pai era militar?
- Não, foi obrigado a entrar na guerra, aprendeu tudo que sabia durante os combates, e quando voltou para casa entre uma guerra e outra me ensinou.
- Tenho vontade de aprender a guerrear.
- Basta treinar e aprenderá.
- Irei, assim estarei pronto para enfrentar quando enviarem mais soldados.
- Então também está contra o rei?
- Diria que sim, essas guerras sem noção estão começando a causar revolta no povo.
- Bem, espero poder contar com você quando enfrentar o rei.
- Está indo enfrentar o rei? Você é louco? Uma coisa é enfrentar soldados, outra coisa é o rei.
- Eu sei, mas é meu objetivo, o único propósito que tenho é destroná-lo e comandar o país de maneira melhor.
Sem guerras.
- Nesse caso vá até a central, a cidade onde o rei vive. - Disse ele retirando um papel. - A resistência está se preparando nos esgotos da cidade, um amigo meu foi para lá, se encontrar com ele entregue esse papel.
O jovem foi até a cama de Ruben e lhe entregou o papel.
- Aqui está o endereço, também é uma espécie de convite, vai facilitar a sua entrada lá.
Então ele saiu pelo quarto e andou até onde o personagem não podia ver, ele olhou para o papel, olhou para a janela e percebeu que estava anoitecendo, então ele se deitou aguardando pelo amanhã, que seria quando poderia continuar sua viagem, agora pelo menos ele tinha um rumo definido.

To Die Is To Find Out If Humanity Ever Conquers Death

Duas Palavras:
Gerar²

Um Comentário:
Como já disse, você leva jeito para escrever, descreve os cenários muito bem!

Gerar²? Não entendi. E obrigado pelo comentário.
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Citação de: B.loder online 22/11/2012 às 17:42
Gerar²? Não entendi. E obrigado pelo comentário.
Não há como dois reis reinarem em uma única nação, espero, somente, que não haja uma guerra pelo poder.

Lhe daria uma moeda, porém, passaria de mim no Rank Respectaves(algo assim)/zoa.

Claro que haverá guerra pelo poder, na verdade está mais para assassinato e rebelião xD
Mas o personagem principal nem tem tanto interesse em se tornar rei, apenas por matar o outro ele já ficaria feliz.
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lolwhut? Não faço ideia de porque eu mataria o gerar, mas se for necessário eu faço sem problemas u_u
E vamos parar com o flood, precisamos manter tudo organizado.
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