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Fim, começo ou ciclo?

Iniciado por Eliel Micmás, 05/12/2013 às 10:15

Estive nestes últimos dias procurando (ou melhor, esperando por) uma inspiração para começar um novo projeto, e parece-me que finalmente tenho uma boa ideia. Na verdade, ela é uma ideia bem antiga, que sofreu várias modificações ao decorrer dos anos mas nunca foi posta em prática. Antes que eu explique as partes mais mecânicas da minha ideia, segue abaixo tudo que tenho até agora em relação ao roteiro: um simples e vago prólogo.


   Para os mais simplórios seres, o que seria a existência? Se fossem capazes de responder, as afirmações seriam ao mesmo tempo variadas e nulas. Uns diriam que é uma sucessão de objetivos, outros diriam que é um singelo propósito, existiriam aqueles que não teriam uma resposta – ou que não acreditavam em uma. Mas se queres tanto entender o inevitável, por que ainda estás vivo? Não seria o fim de algo a conclusão, a resposta? Você se contentaria em dizer-me que não sabe o que virá depois, mas digo-lhe: estás com medo. E com razões justas, já que este universo não passa de um ciclo cruel.

   Em algum lugar remoto pela imensidão do vácuo (que paradoxalmente não é vago), um decadente planeta espera pelo fim de seu ciclo. Ruínas são erodidas por fortes ventos carregados de partículas sólidas e gases sufocantes, enquanto os últimos resquícios de vida encerram suas existências. Um ser de bom intelecto diria que algo racional habitou aquele lugar, construindo moradias e fortalezas, cidades e impérios. Provavelmente você é um humano, e deve estar pensando que estamos falando de seu planeta – grande engano. Mas em algo você acertou: quem construiu essas ruínas decadentes foi o ser humano.

   Não me peça para explicar-lhe o que humanos estão fazendo fora de seu planeta. Sirvo apenas para descrever e opinar, são meus propósitos e razões corretas de existência. Cabe a ti encontrar tuas próprias razões. Abra teus olhos. Você está em uma sala escura, onde raios opacos de sol penetram rachaduras no teto e se difundem por cima das múltiplas poças d'água que enchem o chão, corroendo o piso. Sufocado dentro de alguma espécie de cápsula, tu desferes um chute no ar, quebrando uma camada de vidro acima de ti. Seus olhos demoram certo tempo para se acostumar à falta de luz forte, e sons mecânicos te confundem. A única coisa que você consegue trazer à sua mente é seu nome, Helóisa, e a sensação de que deves abrir a porta à tua frente.

   Agora cabe a ti tuas ações – apenas descrevo o que acontecerá.


Meu plano nesse projeto é misturar aquele típico roteiro de "procurar respostas" com a desoladora sensação de que você terá que sobreviver sozinho. Sabe aquela sensação em alguns art games e jogos de suspense em que nossa única preocupação é encontrar as respostas e não morrer tentando fazer isso? No meu projeto, planejo colocar em conflito a sobrevivência com o desejo de conhecer, e muitas vezes você terá de decidir entre arriscar sua vida por uma simples resposta ou continuar a viver sem conhecer algo, alterando até mesmo o desenrolar do enredo e o final da história.

Esta ideia é realmente pequena e simples no momento, e irei expandi-la à medida que eu for raciocinando e desenvolvendo o roteiro. Gostaria de algumas dicas e críticas, é claro.

05/12/2013 às 11:07 #1 Última edição: 05/12/2013 às 11:25 por Kazuyashi
Olha, DanTR, até que eu gostei do seu prólogo. Além de ter ficado bem escrito, conseguiu passar a ideia de forma clara. O primeiro parágrafo conseguiu me prender legal na leitura. Não sou especialista em jogos, mas acredito que um com essa premissa seria bastante interessante. É claro que, para isso, ela precisará ser desenvolvida da forma correta. Mas acredito que você conseguirá fazer isso.

Pelo o que eu consegui sacar, seguirá um gênero mais puxado para o Cyberpunk, né? Ele é interessantíssimo e só há algum tempo começou a ser explorado no RPG Maker de forma mais ou menos contundente. Mas assim: um jogo não é feito só por sua história. A mecânica é fundamental. Não posso afirmar com certeza por não te conhecer, mas posso presumir que você, assim como eu, provavelmente é do tipo escritor e que gosta de escrever cada detalhe de cada coisa que comporá o projeto. Se estiver errado, me desculpe, mas se estiver certo, gostaria, se você me permitir, de te dar uma sugestão: não faça isso. Hehe.

Acho que uma das razões para que eu nunca tenha finalizado um jogo seja pela minha psicose de descrever todos os elementos presentes nas cenas da forma mais verborrágica possível. A menos que se queira escrever um livro sobre o jogo, isso é completamente inútil. Completamente.

No jogo, foque nas mecânicas e jogabilidade em geral. Quanto à história, fique apenas nos diálogos. Claro que, às vezes, será necessário uma pequena descrição de cena para te guiar, mas não deixe que elas passem de três linhas ou você poderá se perder.

Pense no jogo como um jogador que você terá êxito. Desejo sorte, rapaz!

Um grande abraço,

Kazuyashi.


Citação de: Kazuyashi online 05/12/2013 às 11:07
Olha, DanTR, até que eu gostei do seu prólogo. Além de ter ficado bem escrito, conseguiu passar a ideia de forma clara. O primeiro parágrafo conseguiu me prender legal na leitura. Não sou especialista em jogos, mas acredito que um com essa premissa seria bastante interessante. É claro que, para isso, ela precisará ser desenvolvida da forma correta. Mas acredito que você conseguirá fazer isso.

Pelo o que eu consegui sacar, seguirá um gênero mais puxado para o Cyberpunk, né? Ele é interessantíssimo e só há algum tempo começou a ser explorado no RPG Maker de forma mais ou menos contundente. Mas assim: um jogo não é feito só por sua história. A mecânica é fundamental. Não posso afirmar com certeza por não te conhecer, mas posso presumir que você, assim como eu, provavelmente é do tipo escritor e que gosta de escrever cada detalhe de cada coisa que comporá o projeto. Se estiver errado, me desculpe, mas se estiver certo, gostaria, se você me permitir, de te dar uma sugestão: não faça isso. Hehe.

Acho que uma das razões para que eu nunca tenha finalizado um jogo seja pela minha psicose de descrever todos os elementos presentes nas cenas da forma mais verborrágica possível. A menos que se queira escrever um livro sobre o jogo, isso é completamente inútil. Completamente.

No jogo, foque nas mecânicas e jogabilidade em geral. Quanto à história, fique apenas nos diálogos. Claro que, às vezes, será necessário uma pequena descrição de cena para te guiar, mas não deixe que elas passem de três linhas ou você poderá se perder.

Pense no jogo como um jogador que você terá êxito. Desejo sorte, rapaz!

Um grande abraço,

Kazuyashi.

Muito obrigado pelo comentário Kazuyashi, e fico feliz que você tenha gostado do prólogo, foi um pouco mais trabalhoso do que o normal escrevê-lo. E sim, você acertou, eu vou em direção ao cyberpunk, talvez com um toque de um ou outro gênero, mas o meu foco é passar a sensação de que a tecnologia é inútil para manter a ordem, e as vezes não dá as respostas que queremos.

Esse meu projeto é justamente a tentativa de largar meu mal costume de pensar demais e nunca fazer nada; mas obrigado pela sugestão, irei segui-la. No mais, obrigado por opinar, e até a próxima.

 DanTR seu projeto tem futuro cara gostei muito do prologo dele e achei interessante a mecanica que voce falou faz um topico em recrutamento de equipes e começa o projeto que tem futuro!!