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Limite de dados da banda larga fixa vem em 2017, diz Kassab

Iniciado por vico, 12/01/2017 às 22:11

Banda larga fixa terá limite de dados até o fim de 2017, diz ministro


Gilberto Kassab: "Governo participa das discussões"
Planos de assinatura terão várias opções para consumidor

Não será mais automático o acesso ilimitado a dados



O ministro não sugeriu números do limite de franquia

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, disse que o fim dos planos automáticos com franquia ilimitada de acesso a dados em banda larga fixa virá no 2º semestre de 2017.

Ou seja, antes do ano novo, os usuários precisarão pagar um valor extra caso queiram navegar além de 1 determinado limite.

Haverá um modelo flexível, diferente do que existe hoje. No momento, os assinantes que contratam o serviço em casa têm acesso ilimitado para download e upload de dados, independentemente de quanto usam.

No sistema proposto, haverá opções e cada assinante contratará uma franquia de dados do tamanho que desejar.

A formatação do modelo será da Anatel. "E o governo participa dessas discussões", disse. Kassab falou ao Poder360 neste semana também sobre a venda da OI, Nuclebrás e eleições em 2018.

O ministro não sugeriu números sobre limites de franquia nem como serão os planos que serão oferecidos pelas operadoras. Disse apenas que a prioridade será melhorar o serviço. Buscar 1 ponto de equilíbrio entre o limite das empresas e o desejo do consumidor.

Eis um vídeo com a explicação do ministro:



Em 2016 abriu-se uma polêmica a respeito. Entidades de defesa do consumidor disseram que limitar o volume de dados que cada assinante pode ter seria cercear o direito dos cidadãos a uma internet universalizada.

Já as empresas que fornecem o serviço argumentam que não faz sentido todos terem franquia de dados com acesso ilimitado em assinaturas de banda larga fixa –nas residências. Os consumidores usam a web de maneira assimétrica. Alguns assistem a dezenas de filmes por mês (ou por dia), em streaming. Outros, só aos fins de semana. Por esse raciocínio, não faria sentido cobrar mensalidades iguais de todos os usuários.

Em 2016, o governo resolveu colocar a discussão na prateleira por causa da polêmica. Agora, Gilberto Kassab afirma que o assunto será resolvido ainda neste ano –com o fim do pacote único obrigatório de assinatura que dá acesso ilimitado a dados.

Eis os trechos da entrevista ao Poder360 com o ministro tratando do tema:

Como está o debate interno no governo a respeito da regulamentação para limitar o uso da franquia de dados para quem compra pacote de banda larga internet fixa, em casa?

Na condição de ministro, tenho que dar prioridade à melhoria dos serviços e ao que é melhor para o consumidor. Essa questão está sendo analisada com muito cuidado. Precisamos ter 1 ponto de equilíbrio.

A Anatel vai definir?
É a Anatel. E o governo participa dessas discussões. Esse ponto de equilíbrio vai existir. Mas o importante é que seja o mais elástico possível no curto prazo e no tempo.

Quando vai sair uma decisão sobre isso? Neste ano?
Tudo tem muita vinculação com a nova lei das teles. Porque a nova lei vai nos permitir trabalhar com uma nova legislação, com novos parâmetros.

Mas a nova lei não trata disso especificamente...
Não, mas a lei muda o setor. Permite mais investimento. Pode permitir receitas que comportem o governo exigir mais das operadoras.

O sr. está dizendo que tem que esperar resolver essa pendência da nova lei, no momento com o Supremo [Tribunal Federal]?
Não. Pode até ser definida antes. O que eu disse é que pode ter uma vinculação grande e a nova lei pode nos ajudar a fazer esse novo limite mais elástico ainda. O nosso objetivo, voltando ao início da resposta, é atender ao consumidor para que seja o mais ilimitado possível.

O sr. tem números sobre o que pode ser "o mais ilimitado possível" o consumo de dados?
Não. Para isso tem uma série de estudos. Eu já li alguns, mas não existem números. Existem estudos sobre vinculações.
Esse é o ponto de equilíbrio que eu estou dizendo. A empresa tem 1 limite e o consumidor tem 1 sonho: que seja ilimitado ao infinito. E cabe ao governo, cabe a Anatel, definir esse ponto de equilíbrio.

O sr. diria que haverá em algum momento a definição desse ponto de equilíbrio, o que será 1 limite?
Evidente. Não será ilimitado. Vamos ser claros. Mas você pode até construir 1 programa que defina quando será ilimitado.

Como assim?
Ao longo do tempo.

Uma escala gradual?
Um cronograma.

Mas uma coisa já se sabe: não será ilimitado para sempre o uso de franquia de dados nos pacotes de banda larga fixa?
Não será. No início, não será. Hoje, não tem condições de você impor. Até porque, se tivesse, já teria sido imposto. É inviável. Nós estamos num país sério. Um país em que concessionárias têm seus contratos, compromissos. E a gente tem que esticar o máximo. Não vamos ficar do lado das empresas. Estamos do lado dos consumidores. Esse limite é o máximo possível.

Estamos ainda em janeiro. Podemos imaginar que ao longo de 2017 essa decisão será tomada?
Sim. A nossa meta é que todos as grandes demandas do setor, seja das empresas concessionárias, seja do consumidor, sejam todas solucionadas em 2017.

Posso falar em 1º semestre ou seria exagero?
Não. No 2º semestre.

No momento em que for adotada essa regra, ainda que seja 1 período elástico para adoção, a interpretação geral será a seguinte: 'governo decide acabar com franquia de dados ilimitada para banda larga fixa'...
Não vamos fazer isso. Nós não vamos cometer nenhuma violência com as empresas nem com o consumidor. É por isso que é algo que está sendo estudado com muito cuidado...

Mas, na prática, vai acabar...
Um dia vai acabar. Agora, eu falo como consumidor. A tecnologia está nos levando a tornar ilimitada. Vai chegar esse momento. Chegará o momento em que será ilimitada e com o custo adicional irrisório. Tenho certeza.

[Poder360]

Em minha opinião, o sistema de franquias não é um inimigo, mas ele precisa surgir do interessa do empreendedor e não do governo. Todos sabemos que quando o governo mete a mão na economia e tenta forçar algo, inevitavelmente vai dar m#rda. Muita. Vide o Brasil. (Opa)

As franquias servem e são utilitárias principalmente pra quem tem pouco tempo pra ficar usando a internet mas quer ter um plano mesmo assim. Um solteiro que passa metade do dia fora de casa e usa a internet por tipo, 2 horas diárias, não precisa ter um plano ilimitado, entende? Esse é o ponto. O problema é pra quem vive na internet, trabalha nela ou qualquer coisa do tipo. Se até o plano ilimitado será limitado, qual é a lógica, certo?

Eu acho, sinceramente, que o tempo de se ter uma Anatel da vida já passou. O Brasil não aguenta mais esse tipo de intromissão na economia e, sinceramente, o brasileiro não aguenta mais o governo. É hora de buscar algo que dá certo e liberar a economia pra que ela funcione como deveria: Livre.

Não apoio a decisão do governo de buscar criar franquias, mas apoio que sejam permitidas as criações das mesmas.
~ Designer e Roteirista ~
Puhart Chronicles
SM4 Project

Se a Anatel quiser ver o pau quebrar no Brasil ela faz isso. Sou contra o uso de violência e sou contra ao depredamento de propriedades públicas e privadas. Mas se fizerem isso o povo vai pra rua, vai ser um 2013 piorado. Vai ter agencia bancaria, loja, estatua, praça, poste, prédio público e muitos outros destruído/atacado. Infelizmente para o governo escutar o brasileiro, o brasileiro precisa fazer barulho. 2013 foi a prova disso e mesmo sendo contra tudo isso infelizmente tenho que admitir que é o único jeito.

De fato uma infeliz declaração...

A verdade é que assim como na Roma antiga, a internet é o circo e o pão (coliseu) e sem o entretenimento, o povo ficará infeliz, muitos negócios serão atingidos, terá um impacto social e econômico muito forte...

Já ouvi falar de declarações do grupo Anonymous contra essa proposta, não sei da veracidade dessa informação, tomara que seja verdade...

Abraços
.

Só pra lembrar no mesmo dia o Kassab recuou na sua decisão. Porém, isso não acabou. Na internet temos liberdade de expressar nossa opinião sobre eles, e isso eles tem medo. O fato é que não temos controle sobre o nosso próprio país, é como se alguém estivesse na sua casa, quebrasse tudo e você não pode impedir nem ao menos consertar os estragos. Eles vão tentar limitar nossa internet e, como sempre, vão decidir na calada da noite. Me dá perna de nós brasileiros sermos regidos por esse tipo de gente.

"A árvore sendo cortada observa com tristeza que o cabo do machado é feito de madeira"