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Tapete Vermelho - Entrevista com Moon[light]

Iniciado por Ds, 22/09/2014 às 21:41

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[button class=red]Introdução[/button][button class=red]Entrevista[/button][button class=red]Considerações Finais[/button]
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Um grande olá para todos! Essa semana o tapete vermelho traz para vocês a entrevista com o vencedor da categoria de "Melhor Roteirista" do 1st - CRM Awards. É com enorme prazer que eu trago para vocês dessa vez a entrevista com o [user]Moon[light][/user].
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Ds: Primeiramente agradeço a você Moon[light] por aceitar dá uma entrevista para o tapete vermelho.
Moon[light]: "Oh, que é isso. Eu faço os agradecimentos."

Ds: Fale um pouco sobre você, diga quem é o Moon[light]?
Moon[light]: "Ele gosta de coisas. Muitas, muitas coisas. A maioria das quais envolvem monstros e coisas do tipo. Monstros são coisas incríveis, sabia? E Magia também. Ficção em geral, acho. E Yuki Kajiura. Ele realmente gosta da Yuki Kajiura, acredite, eu vejo o quanto ele ouve as músicas dessa mulher. Dele e da Maaya Sakamoto. E Godzilla. Godzilla é, tipo, uma obsessão. Se quiser ver ele gritando como uma mocinha é só levar ele para ver um filme de Godzilla. Quando o último estreou ele literalmente ficou gritando no cinema.
O diretor de cinema favorito dele é o Del Toro e até hoje ele ainda quer ser um Mestre Pokémon.
Oh, e ele tem uma Habilidade Rara chamada Super Moon Mode que só pode ser ativada quando a derrota está próxima e aumenta todos os seus atributos. Por causa disso ele costuma deixar tudo para o momento em que o desespero bate e ele pode usar o SMM.
Ah, sim. E ele não fala em terceira pessoa. Isso seria estranho."

Ds: Como conheceu o RPG Maker?
Moon[light]: "Do mesmo jeito que muita gente, acho. Revistas da Digerati. No caso, era uma que vinha com uma demo do jogo de Knight Rider e uns mods, além de aplicativos. Dentre eles, a versão em inglês do RMXP.
Na época eu não tinha internet então a coisa era meio na base do fuçamento e o resultado dos primeiros testes foi uma coisa horrenda chamada The Last War. Isso na época do Império Turbidos, em meados de 2006;7. Daí vieram lan houses, VM, scripts e por aí foi até hoje."

Ds: Você foi vencedor do 1st – CRM Awards na área de roteiros. Quando começou a seguir para essa área?
Moon[light]: "Depende da definição de começo. Tecnicamente falando, eu faço isso desde que aprendi a escrever, lá na pré-escola. A coisa ficou mais séria na sétima série por causa de um professor de português (cuja influência, eventualmente, me levaria a querer virar um linguista). Nessa época eu já escrevia coisas razoavelmente longas (dentre elas uma "temporada" de Digimon de cinquenta e um capítulos e histórias sobre festas de máfias e detetives e, naturalmente, monstros gigantes). Mas o gatilho final veio em 2008/9 quando eu assisti Fate/Stay Night. A sensação que eu tive depois que eu terminei aquele anime foi de um encantamento completo. Era um sentimento que estava dormindo fazia anos e, naquela hora acordou e me fez pensar "eu quero fazer algo assim". Quer dizer, era só um trabalho de ficção, mas ele conseguiu me passar uma sensação de arrebatamento completa que NADA tinha me feito sentir antes. Foi tão potente que me fez querer fazer outras pessoas sentirem o mesmo. Foi surpreendente entender como histórias são capazes de mover tão profundamente uma pessoa (aliás, desde então Nasu se tornou meu autor favorito em todo o mundo e a maior influência que eu tenho). Foi só a partir daí que a coisa realmente ficou séria e eu acabei decidindo que ia seguir nessa vida tentando criar algo que faça as pessoas sentirem o mesmo que eu senti daquela vez."

Ds: Então, você já nasceu com facilidade para elaborar textos? Ou foi uma coisa que você buscou aprender?
Moon[light]: "Não sei se dá para dizer que eu "nasci com isso". Isso é bem ousado. Mas dá para dizer que eu sempre gostei de histórias e cresci sempre lidando com elas. Eu era uma dessas crianças isoladas que ficavam o tempo todo em casa então não tinha muito que fazer que não assistir TV e brincar. E as brincadeiras são sempre mais legais com contexto então eu costumava inventar histórias para os meus bonecos, criar grupos entre eles, aventuras e, como eu não tinha muitos brinquedos, eu improvisava. Um globo de plástico virava um item criado pelo sacrifício de todos os magos vudu do mundo e servia como um boneco vudu da Terra, soldadinhos de plástico construíam bases para conter o Godzilla. Esse tipo de coisa. Então, acho que dá para dizer que é algo que se desenvolveu dessas brincadeiras. Mais tarde, como eu fui ficando mais velho fui percebendo quanto ficção é importante para mim e quanto ela é influente no mundo. Quer dizer, se nós chegamos tão longe como espécie, ao ponto de conseguirmos quebrar o universo nas suas mais ínfimas partículas ou falar de linhas do tempo e universos e dimensões físicas invisíveis é porque nós podemos imaginar coisas que não são visíveis e coisas que são impossíveis. E a linguagem, a fala, é o instrumento que organiza o pensamento, que permite transmitir informações.
Então acho que mais do que algo natural, eu diria que são duas obsessões, ficção e linguagem, que sempre me fazem correr atrás de mais. São duas coisas incríveis, sabe?"

Ds: Com toda essa sua criatividade para criar histórias, quantos jogos você já chegou a criar?
Moon[light]: "Depende se conta terminados ou não terminados. Mas, bem, vamos lá.
Teve Dragon King. Feito inspirado num episódio de Love Hina (que, por sua vez, era inspirado em Dragon Quest). Terminei esse, mas perdi o arquivo.
Depois teve Crônicas de Camélia. Nada ruim. Primeira aparição da Milla. Acho que conta como algo.
Após esse, teve O.G.M: A missão, inspirado na novela Os Mutantes. Sério. Originalmente eram para ser dois jogos. Terminei o primeiro, mas nunca o segundo. Era algo tão, tão maluco.
Depois disso veio o Spukgeschichten (originalmente CdC 2). Nunca terminei. Ficou grande demais para mim, mas, céus, eu amo aquilo. Se há algo em todo o meu tempo no maker de que eu possa dizer que me orgulho, mesmo sendo incompleto, é Spuk.
Após, Crônicas de Camélia 2: Tália, feito em um mês porque eu estava entediado. É como um filme trash, pode não ser bom, mas é divertido e, oh, tão estranho.
Teve várias coisas abandonadas em estágios iniciais também, como todo o maker, mas não acho que essas contem."

Ds: Então podemos dizer que o Spukgeschicten foi o projeto mais prazeroso que você trabalhou? Ou teve outro?
Moon[light]: "É, dá para dizer isso, sim. Por mais complicado que fosse às vezes, era divertido."

Ds: O que você mais gostava de fazer quando estava desenvolvendo o Spukgeschicten?
Moon[light]: "As personagens. Sabe, Spuk era todo sobre as personagens. Tinha uma relação entre os três protagonistas que eu gostava de trabalhar porque eles eram todos disfuncionais. Eles todos tinham problemas e dificuldades em lidar uns com os outros, mas se importavam uns com os outros e tinham que se cuidar. O jogo inteiro era sobre como você, às vezes, não consegue lidar com todos os fantasmas que te assombram sozinho, então você tem que contar com quem está perto de você. Isso deles tentarem se ajudar mesmo com todos os problemas e a maneira como eles evoluíam durante a história era a minha parte favorita."

Ds: E o que não gostava de fazer quando estava desenvolvendo Spukgeschicten?
Moon[light]: "Era um inferno tentar manter a menor coerência visual. Programar também era complicado por causa das limitações do RMXP e da minha ambição exagerada. Cada solução dava três bugs, cada bug resolvido trazia mais dois para a mesa. Era um pesadelo."

Ds: O que o RPG Maker influência na sua vida?
Moon[light]: "RPG Maker foi minha primeira veia de criação formal. Muito do que eu criei no maker serve de base para o que eu crio hoje em dia. A pele e os ossos mudaram, mas o esqueleto está como no Maker. Se não fosse por ele, tudo seria sido diferente.
Ao mesmo tempo, até hoje eu programo na engine e gosto dela. Fora que ela me trouxe para os fóruns, onde eu conheci muita gente legal. E foi através do Maker que eu conheci o RPG de mesa, que é outra história.
Então, é... a influência foi bem grande."

Ds: Você é excelente no maker na área de roteiros, diga, em qual área você não possui muita afinidade?
Moon[light]: "Bem, eu não sou grandes coisas em Pixel art, mas sou fisicamente incapaz de fazer qualquer tipo de música que não soe como os gritos de dor de Shub-Niggurath durante um parto."

Ds: Para terminar a entrevista, deixe uma mensagem para todos os seus fãs!
Moon[light]: "Desculpem por ter feito respostas tão longas. Eu me empolguei demais ;-;
Oh, sim. E minha inatividade atual será devidamente consertada... provavelmente. Se isso é bom ou relevante eu não sei, mas, hey, é alguma coisa... né?"

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Agradeço mais uma vez ao Moon[light] por ter aceitado dá uma entrevista para o tapete vermelho, e agradeço a você por ter lido até aqui. Muito obrigado e até a próxima.
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