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Tema da atualidade: Conflitos Religiosos

Iniciado por zodv, 16/02/2014 às 02:22

16/02/2014 às 02:22 Última edição: 16/02/2014 às 02:39 por zodv
Hoje, há pouco tempo, eu estava lendo algumas matérias de jornais e revistas a respeito dos conflitos religiosos pelo mundo nos tempos atuais. Como RPGista e Maker, esses fatos me despertaram a lembrança de um RPG de mesa no qual os jogadores se encontravam no campo de batalha dos conflitos armados religiosos, porém, em missão de paz, na qual o único objetivo era parar a guerra. Isso, posteriormente, virou um projeto de RPGMXP, mas que não vingou, pelo menos não em minhas mãos e na época. Enfim, vamos ao tópico.

Esse tópico tem o objetivo de despertar interesse pelo assunto (de forma resumida) e tirar um pouco do foco de histórias medievais, talvez trazendo mais Makers a se familiarizarem o RPG contemporâneo, talvez servindo de inspiração para outros...

É bom deixar bem claro que todos os conflitos religiosos desrespeitam o Apelo Espiritual de Genebra, que serviria para garantir que a religião não seria mais usada como justificativa para a violência.


O primeiro conflito a ser falado se passa no Sudão, que abriga as desavenças entre muçulmanos e não-muçulmanos (de maioria cristã).

Esse conflito se passa entre os países do Sudão e Sudão do Sul (criado em 2011). Porém, antes mesmo da separação, já havia frentes de combate, até porque, a separação foi uma etapa do confronto. As duas forças opostas disputam o lucro da produção de petróleo entre si e justificam isso com base em suas religiões, ou seja, cometem atos de barbárie e culpam seus ensinamentos religiosos, alegando que fizeram o que a religião mandava, o que tinham de fazer. Mas todos sabem que a disputa é de puro cunho econômico, o que ocorre é a banalização de dogmas e a inversão de valores a fim de que se obtenha objetivos particulares.



O segundo conflito a ser falado é o do Tibete, que tem os budistas em confronto com o Partido Comunista da China.

A situação do Tibete abarca um confronto de perspectivas contrárias entre autoridades tibetanas e chinesas. Por um lado as autoridades chinesas reivindicam sua intervenção pelo progresso e benefícios materiais concedidos ao Tibete. Em contrapartida, os líderes tibetanos temem que a inflexibilidade política chinesa ameace as tradições religiosas e a liberdade do povo tibetano. No fim das contas, o Tibete apela para seus dogmas religiosos, alegando querer manter tradição e a China tem por trás Mao Tsé-Tung, a etnia han e suas crenças religiosas, além de visar majoritariamente o lucro tibetano.



O terceiro conflito, em Israel, talvez um dos mais falados na atualidade, entre judeus e muçulmanos.

O Conflito entre israelenses e palestinos tem motivos religiosos, políticos-territoriais, históricos, e naturais. Sobretudo todos esses motivos se envolvem. Para os palestinos Jerusalém representa a terra santa árabe onde Maomé teria ascendido aos céus, mas para os os israelenses Jerusalém é o local onde foi edificado e onde se edificará novamente o templo, essa diferença gera conflitos pelo controle de Jerusalém, além de Jerusalém há conflitos pelos territórios da Cisjordânia e Faixa de Gaza. Esses territórios foram ocupados por palestinos durante o Império Romano, hoje esses territórios estão sobre controle israelense. Esse controle é mantido por assentamentos israelenses fortificados. Para os palestinos tal território os pertence baseados no contexto histórico de serem herdeiros do lendário Abraão, baseados nessa mesma justificativa israelenses contestam esse territórios.


O quarto, no Iraque, entre muçulmanos (xiitas e sunitas).

É uma questão religiosa que de uma maneira simples é explicada como: os xiitas acreditam que todos os principais líderes religiosos devem pertencer a linhagem do seu profeta Maomé e os sunitas permitem que qualquer religioso possa ser um líder. Ponto. Dá pra ter uma guerra por isso?


O último e, provavelmente, o mais famoso de todos, no Afeganistão, entre radicais muçulmanos e não-muçulmanos (de maioria cristã).

De um lado está o Talibã, movimento fundamentalista islâmico que governou o país entre 1996 e 2001. Do outro lado está a Aliança do Norte, organização político-militar que une diversos grupos demográficos afegãos que buscam combater o Regime Talibã. Tudo começou com o atentado de 11 de setembro de 2011, onde radicais muçulmanos "fizeram o que deveriam fazer",  de acordo com seus dogmas religiosos. Então, os EUA invadiram o Estado afegão, organizaram a Aliança do Norte e ofereceram (impuseram) sua ajuda, que, obviamente, tinha um preço, o petróleo. Isto é, "nós mataremos com milhões de muçulmanos, daremos a vitória a vocês e, em troca, nós só queremos seu petróleo, ok?".


Com isso, percebe-se que em 99,9% dos casos de disputa religiosa, isso é só mais uma desculpa.

Comentem por favor!

Obrigado!
Zodv