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Se o God of War pode, por que não a gente?

Iniciado por Arthur Fillipi, 29/11/2017 às 13:51

29/11/2017 às 13:51 Última edição: 29/11/2017 às 14:53 por Corvo
Saudações, makers.
Bem, vamos lá. Estava analisando uma situação sobre a qual decidi dividir com vocês. Quem aqui já completou a criação de um game? Acho que muitos, certo? E quantos aqui já completaram esse jogo e deram um desfecho final para história? Aí o número diminui um pouco. Certo, e quantos aqui já deram um desfecho para história, mas se apegaram aos personagens que criou que não perde a vontade de criar uma nova saga com uma outra história que no game anterior não houve qualquer vestígio?




Vamos com calma... Talvez você esteja se perguntando aonde eu quero chegar, mas é o seguinte:
Se você criou um jogo e nesse próprio jogo, tudo o que poderia passar pela história já aconteceu. Os chefões morreram, a vida está em paz, os reinos sem guerra etc. Mas, você quer criar incessantemente uma nova saga para seu querido game.
Talvez isso não agrade alguns fãs, e isso já aconteceu com várias continuações de jogos famosos, mas hoje em dia, como um Maker que quer dar continuidade a um jogo que parece ter tido fim, eu percebi que isso realmente é muito normal. Nós nos apegamos aos personagens, à história e queremos dar uma nova vida aos mesmos e o fato é que isso é um tiro no escuro: pode ser que agrade, pode ser que não. Agora eu realmente compreendo essa situação e presumo que aconteça frequentemente com diretores de games famosos que acabam por não ter uma boa recepção depois da quinta versão lançada da série.

O fato é que para fazer isso, deve haver alguma forma de explicar como tudo isso foi acontecer, como no caso de God of War, até hoje não sei como diabos o Kratos foi parar em Asgard, isso é um tiro no escuro (eu particularmente gosto muito dessa ideia) e muitos fãs "conservadores" devem criticar esse avanço. Eu acredito que o que tenha acontecido seja isso mesmo, embora também envolva uma vontade de ganhar dinheiro, é claro. Mas no nosso caso, acho que o que realmente vigora é o afeto pela sua própria criação, pelo menos é assim comigo.

O que se deve fazer é arrumar alguma forma de encontrar explicações para a continuação, porque talvez isso salve toda a cronologia e não deixe buracos para dúvidas do tipo: "como que esse cara voltou se no outro jogo eu arranquei a cabeça dele?". Tomar cuidado com esses espaços é a melhor forma de solidificar a continuação do seu game, ou você simplesmente termina o seu jogo com um "easter-egg" que apresente uma continuação, mas esse é o mais padrão, e talvez no momento você nem esteja afim de uma nova saga. Quem sabe daqui a uns meses, ou anos até...

E aí, o que vocês pensam à respeito?
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Ainda no assunto God of War, creio que já estava planejado uma sequência para o jogo desde o início, pois a cena pós créditos fala muita coisa, mostrando de uma forma bem direta, que este não é o final verdadeiro. Eles devem realmente estar apostando num recomeço, porque ele morrer novamente no jogo novo, apenas para fazer o filho suceder ou algo semelhante, seria um tiro no pé. Recomeçar o jogo num novo estilo, acredito que foi uma jogada inteligente aderir este "estilo The Last of Us", que pode atrair um público novo, porém, afastar um pouco do público antigo, que está muito apegado a forma antiga de God of War, o hack and slash cheio de violência, sangue e brutalidade pra um jogo mais pé no chão e focado em história, claro, não dizendo que a história dos jogos anteriores deixou a desejar, pois não deixou. Enfim, falando sobre as sequências de games após tudo estar terminado, todo o mal se acaba, e a necessidade de uma sequência prevalece, não importa a ideia, sempre tem risco de rejeição, e de os fãs estranharem. Porém, é necessário saber o momento exato de um jogo acabar, e esse momento deve ser respeitado pelas produtoras, pois caso a ideia nova não funcionar, pode haver prejuízo para a empresa se não for feito direito, e com muito cuidado, a franquia pode perder fãs, e consequentemente a produtora. Por esses motivos, arrastar uma série longamente pode ser fatal. É de entendimento geral a ideia de que criar um jogo novo, histórias, roteiro, personagens, tudo novo, é algo muito difícil. Você se pergunta... Será que vai dar certo? Mas a indústria de jogos não é uma loteria, tudo influencia. Ao fazer uma sequência de reboot, pense no seus fãs, pois foram eles que fizeram a franquia chegar aonde chegou, e não vai ser agora a melhor hora de decepcioná-los.

Concordo com o que você disse, sobretudo na questão de agrado aos fãs. Mas por outro lado, chega a ser impossível agradar a todos os jogadores, antigos e recentes, porque sempre haverá uma diferença de gostos. Agradando a maioria, já chega a ser uma vitória.
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Eu sou completamente a favor de qualquer tipo de alteração que uma obra possa sofrer para dar continuidade a mesma, independentemente do resultado disso for pior ou melhor que a fórmula anterior. Claro que essa discussão é relativa e também até influenciada pelo saudosismo, uma vez que quando uma obra passa por uma mudança em geral é para alcançar um novo público alvo, mas ainda há casos que tentam anexar a velha-guarda à nova geração, esse ultimo eu consideraria como uma verdadeira jogada de mestre. xD
Mas olha, num é todo mundo que é legalzinho que nem eu não uaheuhae' Na verdade God of War ta bem suave ainda entre o fandom dos primeiros jogos, mas eu posso citar um exemplo bem fresco de antipatia que uma franquia sofreu depois de mudar sua essência e é assim que nós acabados de chegar aos animes nessa conversa, estou falando de Dragon Ball Super, que Justamente por estar mais voltado para um público infantil no começo do mesmo (-Palavras do próprio produtor hein >.>-) sofreu tal desgosto.
Masss, essa discussão dentro do contexto de jogos indies, mais especificamente RPG Maker, eu acho muito raro que ela ao menos chegue a ser debatida. Imagine, quantos jogos completos tivemos na comunidade nos últimos 10 anos? X; Agora se considerarmos as sequelas desses jogos, como por exemplo continuações? O número diminui notavelmente. Oque quero dizer é que, no cenário indie é complicado terminar um jogo, agora imagine fazer continuações o suficiente para que seja necessário uma mudança drástica no estilo do mesmo?
Mas é evidente que se você quiser ser um dos primeiros a fazer isso (me referindo ao RPGM), só depende do quanto você está disposto a fazê-la.
Até logo. o/
Oxe