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Sobre Pirataria

Iniciado por jom650, 16/04/2017 às 14:45

Bom gente, adorei as diferentes opiniões desse tópico, bom eu sei que muitos não gostam de pirataria ou até gostam sobre.
eu concordo que as coisas no brasil tão caro pra ##### mas eu gosto da pirataria mas quando eu tiver dinheiro $$$ eu compro.
minha opinião pode não valer alguma coisa por causa de que não sou desenvolvedor, mas acredito que muitas empresas perdem $$$ por causa da pirataria. as empresas podiam receber o dobro ou até o quintuplo do dinheiro se não pirateacem, eu faço a pirataria, mas entendo o quanto pode interferir
                                                                                 
VVV aqueles que odeiam pirataria não vejam isso VVV
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                                                                                              tudo que eu tenho no pc é pirateado  :e.e:
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Assinado: Jom650
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27/04/2017 às 20:21 #16 Última edição: 27/04/2017 às 20:23 por Strato
A pirataria é boa para proteger os consumidores de praticas abusivas que as vezes a industria cria, porque quando uma empresa descobre uma forma de explorar os consumidores as demais empresas seguem no mesmo rumo. A pirataria se torna uma rota de fuga e dando proteção para nós, ao mesmo tempo que faz com que as empresas tenham de inovar para incentivar o consumidor a consumir seu  produto original: como entregando mais qualidade e/ou benefícios exclusivos.

Por muito tempo foi obrigatório comprar um CD inteiro por causa de apenas UMA ou duas músicas que gostávamos, hoje é possível comprar músicas avulsas na Apple Store e etc, uma das maiores inovações da industria da música já feito.
Gifts: Mistyrol | [

Apesar de já ter usado muito software pirata (inclusive RPG Maker), eu acabei criando uma política contra pirataria. E o motivo é simples: eu gosto do que eu faço, mas eu também quero estar levando isso profissionalmente. E vamos pensar: se você desenvolve um jogo, um software, ou o que for usando o photoshop, e você não pagou a licença de 700$ do bendito photoshop, por exemplo, que direito você vai ter de reclamar quando seu projeto for pirateado e o número de compras for pífio? Pois bem, eu prefiro estar dentro da legalidade e não ser hipócrita, porque se algo meu for distribuído e não houver compra alguma, eu vou estar no direito de ficar chateado por isso. E quando se trata de softwares em geral, eu acho que nem tem o que reclamar em questão de "ah, mas os impostos...", "ah... mas é caro no brasil", porque o que mais tem são alternativas gratuitas e open source, mesmo que o GIMP não possa ser totalmente comparado com o Photoshop e tal. Mas aí é questão individual, cabe a você ver o teu caso. Eu não acho nenhum absurdo você baixar no piratebay um jogo de 5 anos atrás singleplayer pra jogar e tal. Mas se você jogou e gostou, por que não dar uma moral para os devs? ainda mais quando se trata de jogos indies hehe. Bem, é o que eu penso.
seus pubububu.

nho
DeMolay

Produto ilegal é bem legal!

Era bem legal quando o RPG Maker não tinha uma cópia legalizada aqui no ocidente, aí a gente tinha que piratear. Por ser uma engine que era gratuita e bem acessível, foi uma época cheia de liberdade de produção para a engine, onde tinham inúmeros projetos e a CRM, MRM e SRM eram cheias de membros ativos. Claro que tinham muitos projetos merdas na época, mas isso fazia parte, grazadeusa nunca teve um controle no que deveria ou não ser produzido e o que ou não era considerado um 'jogo', e então surgiam de tudo, desde experimentos, até sátiras (eu mesmo fiz algumas sátiras). Agora como o RPG Maker pode ser adquirido legalmente, e a maioria das comunidades (só restaram duas, lmao) incentiva a compra, o fluxo de membros diminuiu bastante, não existe mais MRM ou SRM, e quem tem o RPG Maker se leva a sério, criando projetos sérios. E aí são projetos que demoram mais para serem executados, o que meio que quebra aquela vibe gostosa de criar projetos rápidos e sem compromisso. Mas isso sou eu olhando para o passado do RPG Maker e da pirataria.

Eu sigo a linha anti-copyright, por convicções políticas, onde toda forma de informação e arte deveria ser livre ao povo e não concentrada nas mãos de poucas pessoas. E com o tanto dinheiro que eu tenho (e já tive enquanto moleque), eu nunca conseguiria ter acesso aos jogos recentes, que saem por mais de 100 reais (quando não saem 200 reais, né fallout 4?) e num mês onde saem 4 jogos que me interessam, eu posso dizer que eu não tenho renda suficiente pra bancar esses jogos. E existe uma certa urgência, na minha psiquê - e o que é bem comum na psiquê da minha geração, afinal - e eu preciso jogar todos esses 4 jogos  senão eu, sei lá, morro de ansiedade ou alguma bosta assim. Não me entendam mal, eu quero muito ter dinheiro e se a Deusa quiser e meu jogo der certo, eu vou acabar tendo renda o suficiente para incentivar outros desenvolvedores como eu. Mas eu gosto bastante da abordagem DRM-free da CD Projekt Red (que são donos da GOG), onde eles não gastam dinheiro pra caralho investindo em tecnologias anti-pirataria (aliás, recomendo olharem os preços do Denuvo, que é o top de linha), além de gastar tempo e mais recursos implementando esses sistemas no meu jogo, quando eu posso simplesmente deixar o jogador escolher se ele vai querer comprar o meu jogo caso ele de fato de goste do jogo, ao invés de impedir que ele jogue a ideia é atrair ele pra beleza do jogo. Claro é mais fácil falar do que fazer, já que para chegar num nível que seja no mínimo interessante para o público em geral como o Witcher 3 chegou (por exemplo), os desenvolvedores demoraram anos e anos produzindo e aperfeiçoando as suas técnicas. Até porque, a CD Projekt Red já tentou combater a pirataria no Witcher 2.
No fim, a maioria do dinheiro de uma obra -  em especial jogos que é a nossa área, já assumindo que vocês tem interesse em seguir profissionalmente na área - vai para a publicadora, e não para os desenvolvedores. Ou para o diretor do jogo. Provavelmente os desenvolvedores vão cagar dinheiro, é verdade, mas a maior parte dele não. Você não estaria prejudicando os desenvolvedores, mas sim as pessoas da indústria que tem o poder de  dizer qual jogo é ou não bom o bastante para ser publicado por eles. Apoiem os desenvolvedores independentes, though, esses dificilmente ganham dinheiro. Se você jogou a obra deles de forma 'ilegal', tente comprar depois, principalmente por indies geralmente cobram pouco pelas obras deles.

Paz e Segurança!
ALGUÉM FALOU EM JAIMES DESING?!

// -> cHEAT .exeKUTIVE OFF-ice ~~//


04/05/2017 às 19:22 #19 Última edição: 04/05/2017 às 19:24 por Ellye
Citação de: Molotov Dias online 02/05/2017 às 01:52
Eu sigo a linha anti-copyright, por convicções políticas, onde toda forma de informação e arte deveria ser livre ao povo e não concentrada nas mãos de poucas pessoas. E com o tanto dinheiro que eu tenho (e já tive enquanto moleque), eu nunca conseguiria ter acesso aos jogos recentes, que saem por mais de 100 reais (quando não saem 200 reais, né fallout 4?) e num mês onde saem 4 jogos que me interessam, eu posso dizer que eu não tenho renda suficiente pra bancar esses jogos.
Com o tanto de dinheiro que eu tenho, eu nunca teria acesso a um apartamento na zona nobre de São Paulo.
Nem por isso eu vou invadir um e tomar pra mim.

Desculpa de vagabundo que não dá valor no trabalho dos outros.

Acho lindo a ideia de informação e arte ser livre e gratuita. O que eu produzir quanto a jogos e programas e afins pode seguir essa filosofia e ser gratuito e aberto.
Mas acho ridículo tentar impor isso aos outros. Se outros desenvolvedores querem desenvolver comercialmente e vender o produto deles, é direito deles. Eles que fizeram, eles que trabalharam por isso.

04/05/2017 às 19:40 #20 Última edição: 04/05/2017 às 19:43 por Corvo
Concordo com a [user]Ellye[/user] nestes pontos:

Escritor também sente fome. Músico também sente frio. Ator também tem contas pra pagar. Enfim, artista não vive de fotossíntese. Nossas utopias sociais, infelizmente, não existem. E até que seja possível que existam, as pessoas precisam sobreviver. Principalmente se você quer viver da arte.

Citação de: Corvo online 04/05/2017 às 19:40
Concordo com a [user]Ellye[/user] nestes pontos:

Escritor também sente fome. Músico também sente frio. Ator também tem contas pra pagar. Enfim, artista não vive de fotossíntese. Nossas utopias sociais, infelizmente, não existem. E até que seja possível que existam, as pessoas precisam sobreviver. Principalmente se você quer viver da arte.

concordo  plenamente , essa semana um cliente me pediu uma ilustração por 20 reais, e eu disse q nao faria. ai ele disse: vc nao qr ganhar dinheiro? se nao gasta nada mano...

bem... acho q eu nem preciso responder né, que os cursos caros q fiz, mas as noites perdidas desenhando e estudando , a faculdade e etc. Já dei minha opiniao nesse post, mas acredito q softaware no brasil eh caro, nossa economia anda de mal a pior,  infelismente tenho alguns softwares pirtas aqui no meu pc.Alguns nao há possibilidade de comprar (tenho softwares de 1980 os mais velhos.....), outros sao carissimos e peguei so pra testar como a suite de aplicativos RETA pro(conjunto de programas japoneses para desginer e animacao), e por há aqueles q sao tao caros q nao teria como comprar de jeito nenhum(tenho um aq q custa 150mil dolares!!!!) , mas entre os "normais" tenho a lincença e eh tao bom tê-la!!!

: Intel Xeon E3-1225 v3 3.20GHz | Nvidia K2000 2GB GDDR5 | RAM 8GB DDR3 1600GHz | SeaGate Blue 2TB
O Mega Drive Nunca Morrerá em Nossos Corações.

Projeto Leyria RPG para SEGA Mega Drive/Pc

Sou a favor dos piratas tem baus com muitos recursos e faz sua cabeça explodir com as infinitas possibilidades.
Bem, alguém comprou o produto e o disponibilizou em um dado momento... explorar essa oportunidade é o mais sábio a se fazer....
Claro que o autor sempre perde muito com isso, mas se o cara for bom mesmo, as pessoas vão querer mais e vão patrocina-lo de maneira correta.

Eu acho essa uma discussão bem relevante, porque tem dois lados bem extremos pra se analisar. Por um lado dá para você pensar que há pessoas que trabalham e cujos ganhos (não estou falando dos lucros de donos das empresas, mas dos salários dos desenvolvedores envolvidos) está relacionado diretamente à venda e ao lucro de certos programas, recursos ou projetos audio-visuais. Pensando, por exemplo, em coisas como séries distribuídas para download de forma ilegal. Nenhuma dessas pessoas que baixa ilegalmente séries é contabilizada pra audiência das séries e mesmo que isso não importe muito em casos de emissoras, no caso de serviços de streaming, como a Netflix, o fato de esse público estar tendo acesso às coisas por outras vias diminui a rentabilidade da produção de conteúdo original que pode acarretar no cancelamento de certos títulos. É a tal da lei da oferta e da procura. Se não há mercado à procura de um produto, para que haver a oferta dele? Para que a Kadokawa continuaria investindo no desenvolvimento de novas ferramentas para o MV se houver pouca procura para essa ferramenta? Diminui-se o investimento, diminui-se a produção, diminuem-se os empregos (porque os cortes das empresas nunca começam pelos lucros dos acionistas, mas sim pelos salários e postos de trabalho).

Também tem um outro lado que é o fato de que os altos preços e taxas de certos produtos dificultam a certas pessoas terem acesso a elas, na mesma medida em que o mercado fica oferecendo aquele produto como se ele fosse algo necessário, tentando criar a tal da procura. E isso acaba restringindo o acesso de certas pessoas a conhecimentos, ferramentas, mídias, etc.. Existe um grande vilão por trás de todo esse sistema que é o tal do Patrão, encarece os preços para aumentar seus lucros, ataca os salários dos desenvolvedores quando precisa cortar gastos, resumindo, os dois lados saem perdendo. Para quem trabalha na área a pirataria é uma merda porque põe em risco a chance de por comida na mesa no fim do dia, pra quem não tem dinheiro para arcar com um preço muito alto é uma solução para ter acesso a certas coisas. É uma faca de dois gumes.

Acho que no caso do RPG Maker, por exemplo, uma coisa poderia ser existir uma versão "recreativa" das engines (com preços mais baratos e sem recursos de desenvolvedor muito avançados) para quem só quer fazer jogos pela diversão de fazer jogos (eu estou nesse pacote no momento) e uma outra "licenciada" com um preço mais elevado, mais recursos e com autorização para uso de fins comerciais, para pessoas que queiram realmente entrar no mercado de produção de games e vender os jogos desenvolvidos, seria um jeito de tentar abranger melhor esses dois perfis de usuários da engine, sem que o encarecimento desacelere o mercado (porque, de verdade, engines mais caras geram menos pessoas usando e como consequência menos materiais e jogos sendo produzidos) e sem deixar de haver uma taxa maior de lucro visando um público específico, um público mais profissional.

Sobre as engines ,eu acho fantastico oq a unity fez e a Unreal agora, q eh deixar a engine FREE , no caso da unity se vc ganhar mais q 100mil dolares com seu jogo, vc paga uma taxa pra unity ou comprar a versao PRO.
Cara, se eu ganhar 100k com o jogo eu iria lá no escritorio da Unity e daria um beijo neles, qm diria pagar uma taxa.Seria muito bom se o rpgmaker fosse assim, mas eu duvido a Enterbrain sabe o seu tipo de publico,q normalmente são gamedev indies casuais.
: Intel Xeon E3-1225 v3 3.20GHz | Nvidia K2000 2GB GDDR5 | RAM 8GB DDR3 1600GHz | SeaGate Blue 2TB
O Mega Drive Nunca Morrerá em Nossos Corações.

Projeto Leyria RPG para SEGA Mega Drive/Pc

10/06/2017 às 14:11 #25 Última edição: 10/06/2017 às 14:18 por thi
Como ninguém deve mandar o que eu tenho ou não no meu PC , não deveria ser ilegal.

É como  se alguém quisesse exigir que eu não tatue algum número específico no meu braço. Se eu fizer tal tatuagem, a vida das outras pessoas continuam as mesmas. Aliás, se eu tatuar e me esconder numa caverna longe de todos, a vida dos outros não é nem "atrapalhada" em qualquer sentido. Mas se uma pessoa me encontrar na caverna e exigir que eu devo dinheiro a ela por ter feito alguma tatuagem em meu braço, então esta pessoa considera que o braço que está no meu corpo na verdade pertence à ela.

Portanto, temos duas opções:
ou pirataria não é errada e eu realmente sou meu próprio dono;
ou a pirataria é errada e eu sou um escravo de outra pessoa.

Como esta é uma decisão de se algo é certo ou errado, também precisamos decidir o que é justo ou injusto. Pois poderia algo justo ser errado ou algo injusto ser certo? Claramente, quem exige que eu pague algo por causa de uma tatuagem no meu braço também diz que seria injusto que eu não pagasse, que eu estaria errado em não pagar. Se não for assim, se ele admite que ele próprio, o cobrador, está sendo injusto e errado, então eu poderia tentar me defender com meus próprios meios e poderia revindicar que estou fazendo algo certo e justo.

Portanto, atrelamos a discussão à noção de justiça. E como uma verdadeira lei (portanto justa) sobre nós pessoas não pode nos dividir em seres de duas categorias distintas, com deveres distintos, a lei contra a pirataria não pode ser justa. Caso contrário, tal "lei" deveria supor que outra pessoa é dona de meu corpo, e que portanto pode me cobrar algo por ter feito uma tatuagem e também revindicar que me cobrar é justo. E, por me colocar, a princípio, numa classificação diferente de outra pessoa, posso afirmar que tal "lei" é desumana e que portanto não deve ser uma lei.

Se é considerada uma lei, então as instituições que isso exigem não tem relação com a noção de certo/errado e nem de justo/injusto, é apenas "a lei do mais forte". "É pq eu quis". Sendo algo arbitrário, temos mais um motivo para não chamar isso de lei. Isso é só uma regra, da mesma forma que ladrões impõem regras sobre suas vítimas enquanto as assaltam.

Citação de: thi online 10/06/2017 às 14:11
Como ninguém deve mandar o que eu tenho ou não no meu PC , não deveria ser ilegal.

É como  se alguém quisesse exigir que eu não tatue algum número específico no meu braço. Se eu fizer tal tatuagem, a vida das outras pessoas continuam as mesmas. Aliás, se eu tatuar e me esconder numa caverna longe de todos, a vida dos outros não é nem "atrapalhada" em qualquer sentido. Mas se uma pessoa me encontrar na caverna e exigir que eu devo dinheiro a ela por ter feito alguma tatuagem em meu braço, então esta pessoa considera que o braço que está no meu corpo na verdade pertence à ela.
Pirataria não é como tatuar um número no seu braço. Pirataria é fazer a tatuagem e ir embora sem pagar o tatuador.

10/06/2017 às 17:52 #27 Última edição: 10/06/2017 às 18:12 por thi
Citação de: Seki online 10/06/2017 às 14:59
Citação de: thi online 10/06/2017 às 14:11
Como ninguém deve mandar o que eu tenho ou não no meu PC , não deveria ser ilegal.

É como  se alguém quisesse exigir que eu não tatue algum número específico no meu braço. Se eu fizer tal tatuagem, a vida das outras pessoas continuam as mesmas. Aliás, se eu me esconder numa caverna e me tatuar, e ficar lá longe de todos, a vida dos outros não é nem "atrapalhada" em qualquer sentido. Mas se uma pessoa me encontrar na caverna e exigir que eu devo dinheiro a ela por ter feito alguma tatuagem em meu braço, então esta pessoa considera que o braço que está no meu corpo na verdade pertence à ela.
Pirataria não é como tatuar um número no seu braço. Pirataria é fazer a tatuagem e ir embora sem pagar o tatuador.

Errado, pirataria não é isso. A palavra é traiçoeira, pois os piratas de navios saqueavam suas vítimas. Se estou numa caverna e copio para meu PC vários programas e músicas piratas, isso não altera o "estado" dos desenvolvedores e músicos. Já os piratas de navio, com certeza mudavam o "estado" de suas vítimas.

Isso pq há interação entre os piratas de navios e suas vítimas, mas não há interação entre um cara numa caverna que baixa musicas piratas e os músicos em si, portanto, defino que no primeiro caso o pirata altera o estado de sua vítima, mas no segundo caso, o pirata não altera o estado do produtor.

Se discordar desta definição, creio que poderemos discutir alguma definição alternativa, provavelmente resultará em um absurdo..




Mas mesmo assim, não tem um tatuador nessa história, você pode considerar que a própria pessoa se tatua. Mudei a citação do texto original uma mudança que deixa isto mais claro: você pode considerar que primeiro eu vou pra caverna, depois me tatuo.

Mas se você quiser seguir a linha do tatuador, você pode considerar que a pessoa que se tatuou não inventou a figura da tatuagem, e o inventor desta figura vai até a pessoa na caverna. Mas nada muda no raciocínio posterior, mas tem um ponto que pode continuar obscuro.




A tatuagem é como eu decidir lembrar uma música. Ela está na minha cabeça, talvez eu tenho inventado ela, ou talvez, mesmo que  eu tenha inventado ela, ela poderia já ter sido inventada por outra pessoa antes de mim, eu só desconhecia isso e esta música em si. Mas digamos que eu não tenha inventado a música, apenas a escutei enquanto passeava pela rua.

Se eu chegar em casa e começar a cantá-la para meus amigos, o cantor profissional/inventor da música não pode dizer que lhe devo alguma coisa. Ele cantou pq quis, se não quer que as outras pessoas lembrem de sua música, então ele deveria, ou não cantá-la, ou cantá-la em lugares muito mais privados para tentar diminuir o número das pessoas que a escutariam.

Ele exigir que eu não cante é como exigir que eu esqueça a música. Ele só poderia exigir isso e revindicar ser justo se fosse dono de minhas memórias. E voltamos ao argumento que já mostrei.

É Difícil defender um pirata, mas é bem mas fácil acusar um!
Assumindo que somos todos piratas por usar e declarar
abertamente que somos consumidores de produtos piratas,
não quer dizer que não possamos fazer uma canção original
Visto que todos usam o mesmo código ou a mesma
linguagem para criar...

Da mesma maneira que o tatuador pode desenhar ou pode
pegar o desenho já pronto de alguma fonte para fazer a nova
tatuagem... Isso faz com que o seu trabalho seja considerado pirata?

Pra finalizar, não acho certo esconder os tesouros numa caverna!
Com a pratica abusiva de recursos de propriedade de terceiros
isso leva ao ato imoral da busca pelo proibido... que é bem
diferente do foco inicial da pirataria convencional...

Acumular produto proibido de origem pirata é algo perigoso
pois é proibido por alguma razão e não aceito na sociedade...
então se alguém entrar na sua caverna e descobri que contem
um acervo de tesouros proibidos ....a forca será algo muito desejado
para o pirata possuidor, mas apodrecer na prisão será seu destino final...

15/06/2017 às 08:22 #29 Última edição: 15/06/2017 às 08:35 por Ellye
Citação de: thi online 10/06/2017 às 14:11
Como ninguém deve mandar o que eu tenho ou não no meu PC , não deveria ser ilegal.

É como  se alguém quisesse exigir que eu não tatue algum número específico no meu braço. Se eu fizer tal tatuagem, a vida das outras pessoas continuam as mesmas. Aliás, se eu tatuar e me esconder numa caverna longe de todos, a vida dos outros não é nem "atrapalhada" em qualquer sentido. Mas se uma pessoa me encontrar na caverna e exigir que eu devo dinheiro a ela por ter feito alguma tatuagem em meu braço, então esta pessoa considera que o braço que está no meu corpo na verdade pertence à ela.

Portanto, temos duas opções:
ou pirataria não é errada e eu realmente sou meu próprio dono;
ou a pirataria é errada e eu sou um escravo de outra pessoa.

Como esta é uma decisão de se algo é certo ou errado, também precisamos decidir o que é justo ou injusto. Pois poderia algo justo ser errado ou algo injusto ser certo? Claramente, quem exige que eu pague algo por causa de uma tatuagem no meu braço também diz que seria injusto que eu não pagasse, que eu estaria errado em não pagar. Se não for assim, se ele admite que ele próprio, o cobrador, está sendo injusto e errado, então eu poderia tentar me defender com meus próprios meios e poderia revindicar que estou fazendo algo certo e justo.

Portanto, atrelamos a discussão à noção de justiça. E como uma verdadeira lei (portanto justa) sobre nós pessoas não pode nos dividir em seres de duas categorias distintas, com deveres distintos, a lei contra a pirataria não pode ser justa. Caso contrário, tal "lei" deveria supor que outra pessoa é dona de meu corpo, e que portanto pode me cobrar algo por ter feito uma tatuagem e também revindicar que me cobrar é justo. E, por me colocar, a princípio, numa classificação diferente de outra pessoa, posso afirmar que tal "lei" é desumana e que portanto não deve ser uma lei.

Se é considerada uma lei, então as instituições que isso exigem não tem relação com a noção de certo/errado e nem de justo/injusto, é apenas "a lei do mais forte". "É pq eu quis". Sendo algo arbitrário, temos mais um motivo para não chamar isso de lei. Isso é só uma regra, da mesma forma que ladrões impõem regras sobre suas vítimas enquanto as assaltam.
Isso foi de longe uma das coisas mais estupidas que eu já li na minha vida, puta que me pariu.

Tableflip.

Deixa de ser ridículo. Se você quer algo e não tem dinheiro, não fique inventando moralismos de querer dizer que alguém cobrar pelo trabalho que fez está te "escravizando". Basta não comprar e não usar.

Uma empresa desenvolver um jogo ou um software e te cobrar para usar o produto do trabalho deles é comparável a um assalto? Aham. Vai tomar no seu cu.

E óbvio que o conteúdo do seu PC deve ser regido pelas leis do estado. Do mesmo jeito que o conteúdo da sua casa ou de qualquer outra coisa sua. Se você acha que seguir a lei te faz um "escravo", foda-se. Só imagino o que um escravo de verdade pensaria de uma frescura dessas.