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(Avalie) Beside the Devil - Fanfic

Iniciado por Sora, 06/11/2016 às 23:51

06/11/2016 às 23:51 Última edição: 10/11/2016 às 06:42 por SubFireGames


[hs width=25 height=25]https://classificacaoindicativa.files.wordpress.com/2014/09/simbolo-18.jpg[/hs]NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 18 ANOS



Gêneros: Drama (Tragédia), Fantasia, Ficção, Lemon, Mistério, Romance e Novela, Shonen-Ai, Sobrenatural, Suspense, Terror e Horror, Violência, Yaoi

Avisos: Álcool, Drogas, Estupro, Homossexualidade, Insinuação de sexo, Linguagem Imprópria, Nudez, Sadomasoquismo, Sexo, Suicídio, Tortura, Violência

CitarAviso legal
Os personagens encontrados nesta história são apenas alusões a pessoas reais e nenhuma das situações e personalidades aqui encontradas refletem a realidade, tratando-se esta obra, de uma ficção. Os eventuais personagens originais desta história são de minha propriedade intelectual. História sem fins lucrativos, feita apenas de fã para fã sem o objetivo de denegrir ou violar as imagens dos artistas.

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Capítulo 1 - Prólogo: Sofrimento

A vida nem sempre é um mar de rosas. Até existem pessoas que não sabem o que é sofrer por não haver um motivo plausível para que isso aconteça, mas, mesmo assim, ainda têm uma pontinha de tristeza.

As coisas foram feitas para se equilibrarem e entrarem em harmonia uma com a outra. Se não existisse amor não existiria ódio, se não existisse Céu não existiria Inferno e assim vai. É como uma reação em cadeia, nunca termina. Pensar apenas em sofrimento não dá em nada. É preciso equilibrar seus sentimentos e viver como se a vida fosse justa mesmo que não seja.
Olha à sua volta. Muitos sorrisos são falsos e escondem tristezas. Os dele eram um exemplo.

***

21:19, 14 de julho de 2015

Segunda-feira à noite e lá estava ele, voltando da faculdade enquanto tem que aguentar a felicidade daqueles que chama de amigos. Todos tinham motivos para serem felizes e se divertir como qualquer outra pessoa normal. Ele até tentava sorrir algumas vezes, mas eram sorrisos forçados que mais se pareciam com caretas.
Há vinte anos que um sorriso não estampa seus lábios. Há vinte anos sua vida acabou completamente quando aquele maldito acidente tirou o que lhe era mais precioso. Perdeu os pais em um trágico acidente de avião quando tinha apenas 3 anos de idade. Uma das turbinas parou de funcionar e a aeronave caiu em uma ilha completamente desconhecida na época. Nunca se esqueceu de quando lhe disseram o que havia acontecido uns cinco anos depois.
Foi criado pelos tios que mais se pareciam com aqueles barões de fazenda antigos, que tratam as pessoas feito escravos. Não a ele, mas a todos os empregados da mansão em que vive. Nunca pôde reclamar por não ter nada porque tinha tudo. Tudo menos felicidade. Era a única coisa que faltava em sua vida inútil.
A felicidade alheia o irrita, o deixa mal e com vontade de nunca ter nascido. Várias vezes tentou suicídio fincando agulhas grossas em seus pulsos, mas parece que nem Deus nem o Diabo o querem junto deles. Seus tios já tentaram interna-lo com a ajuda de seus amigos, mas ele sempre dava um jeito de fugir. Fugia para o lado da única pessoa em que confia nesse mundo. E a única pessoa que cuidou dele do jeito que realmente precisava ser cuidado.
   -Yah, JunMyeon. Anda mais rápido ou vai ficar pra trás. – chamou JongIn, o segundo mais novo de seu grupo, mais conhecido como Kai. Não está na sua lista de melhores amigos, mas é uma boa pessoa. – Estamos pensando em comer dukbokki, o que acha?
   -Podem ir na frente. Eu... eu tenho um compromisso agora à noite. – mentiu. Não havia compromisso nenhum, afinal o que poderia ser marcado com tanta importância uma hora dessas?
   -Olhe lá, hein, JunMyeon. Não vá tentar nenhuma besteira de novo. – advertiu KyungSoo, o companheiro de Kai. Onde o mais novo ia, KyungSoo estava em sua cola como uma sombra. – Se lembra da última vez que tentou se matar? Quase matou outras pessoas também.
Isso de certa forma era verídico. Da última vez que tentou suicídio, JunMyeon se lembra muito bem. O garoto estava na estrada depois de mais um dia horrível e havia acabado de brigar com seus tios por coisas fúteis. Estava com raiva e acabou causando um acidente proposital. Essa tentativa envolveu 6 carros, incluindo seu próprio, e 1 ônibus cheio de pessoas que não tinham nada a ver com aquilo. Infelizmente, para o garoto de cabelos castanhos, não houve nenhum óbito.
   -Eu não vou fazer nada. – mentiu novamente. – Vou encontrar com o hyung e nada a mais. Não se preocupem.
   -De novo esse hyung. Toda vez que fala nele, você se recusa a dizer quem é. – indagou Sehun, o mais novo do grupo, que se mantinha calado durante a conversa. – Vocês têm algum relacionamento ou algo parecido.
   -Aish, não é nada disso. – revirou os olhos parando em uma esquina. – Eu fico por aqui. A gente se vê amanhã.
O moreno se despediu e os três seguiram seu caminho até o restaurante que disseram que iam. Esperou até que sumissem de vista para voltar pelo caminho que vieram. Várias vezes olhou para trás para ter certeza de que não estava sendo seguido até que chegou a um beco escuro. Olhou em volta uma última vez e adentrou a escuridão encostando as costas na parede logo depois de deixar a mochila cair no chão e tirar dela um canivete suíço que achou no chão do campus.
Largou seus pertences de lado e olhou fixamente para o pequeno objeto em suas mãos. Apertou o botão que fez uma pequena faca saltar para fora e sussurrou para si mesmo:
   -Por favor, resolva o meu problema de uma vez por todas. – disse ele enquanto virava a ponta da faca fazendo-a apontar para seu estômago. – Faça-me parar de sofrer.
Assim que completou a frase, levou, como um jato, o objeto em direção ao abdômen, fincando-o em seu corpo. É claro que deixou que gritasse por conta da dor que sentiu e deixou seu corpo escorregar pela parede até que sentasse no chão frio. Retirou a faca, agora coberta com seu sangue, lentamente, murmurando de dor. As lágrimas caiam de seus olhos e JunMyeon soluçava por conta disso.
   -Droga! – exclamou entre os soluços jogando, sem força, o canivete para o outro lado do beco. – Que inferno de vida!
A cada minuto que passava JunMyeon perdia mais e mais sangue. Sua visão começou a ficar embaçada e a respiração quase não existia. A última coisa que se lembra de ter visto foi um borrão alto e loiro sussurrando, parecia um sussurro para si, o seu nome. De quem seria aquela voz fria e quase sem sentimento algum?

13:38, 15 de julho de 2015

O rapaz de baixa estatura abriu os olhos sem entender o que estava acontecendo e sem saber onde estava. 'Funcionou?' pensou consigo mesmo enquanto a visão ainda se encontrava turva por conta da claridade. Pensou que finalmente havia conseguido quando pôde ouvir vozes baixas que expressavam alívio e ao mesmo tempo preocupação. Fechou os olhos novamente ao reconhecê-las.
   -Que inferno. – sussurrou para que ninguém ouvisse, logo repetindo a frase, um pouco mais alto. – Que inferno!
   -Yah, Kim JunMyeon. – o moreno não esconde de ninguém que deu um sorrisinho vitorioso quando ouviu a voz brava de seu hyung se aproximando de si e abriu os olhos. – O que você pensa que estava fazendo? Você não morreu, mas eu mesmo vou fazer isso com você.
   -É bom te ver também, hyung. – disse com sarcasmo e ironia na voz. Tentou se levantar, mas sentiu uma fisgada onde havia fincado a faca na noite anterior e, por impulso, levou a mão ao local. – Ai, merda!
   -Tá vendo? – repreendeu MinSeok hyung, como era chamado pelo mais novo. – É nisso que dá enfiar uma espada na barriga.
   -Sempre exagerado. – as enfermeiras que estavam ali o ajudaram a sentar na cama. Agradeceu e elas saíram. – Não foi uma espada, foi um canivete. Tem muita diferença, sabia?
   -Dá no mesmo. – o mais velho revirou os olhos e se sentou na beirada da cama. – Você ainda não aprendeu, não é?
JunMyeon deixou seu rosto com expressão séria e suspirou desviando o olhar, levando-o para o lado de fora da janela. MinSeok, um rapaz de cabelos pouco mais claros que os de JunMyeon, fez o mesmo e se levantou para andar até o local observado pelo mais novo e se debruçar sobre a mesma. O moreno permaneceu em silencio enquanto voltava a olhá-lo, sério.
   -Quando você vai perceber que isso não vai dar em nada, JunMyeon? –perguntou ele se virando para olhar o menor. – Só vai ser pior pra você. Tem sorte de eu não ter contado a seus tios, senão você não estaria aqui e sim num hospício.
   -Eu sei. Obrigado por isso. – suspirou pesadamente e fitou suas mãos sobre o corpo. – Mas eu não consigo evitar. É como se eu necessitasse disso pra me sentir bem. Eu penso que só vou ser feliz quando morrer.
   -Toda vez você diz a mesma coisa. – respondeu massageando as têmporas. – Pelo menos a desculpa você tem que mudar. Isso já está ficando repetitivo.
   -Eu vi uma coisa, uma pessoa. Antes de apagar. – contou. – Uma pessoa que nunca tinha visto na vida, mas ele ou ela sabia meu nome.
MinSeok franziu o cenho e se aproximou sentando-se novamente na cama, parecendo interessado no que o outro havia dito. JunMyeon descreveu o borrão visto por si e como sua voz soava fria e vazia enquanto sussurrava seu nome. Perguntou se aquilo seria um sinal, ou se era alguma alucinação dele por ter perdido sangue demais. Vinda de XiuMin, como gostava de ser chamado, a resposta era óbvia:
   -Com certeza é um sinal. – previsível, como sempre. – Essa sua mania de suicídio está trazendo os espíritos do mal para te levar pro Inferno. Os suicidas vão pra lá, sabia?
   -Não vem com essa agora. – o menor revirou os olhos e o fitou sério. – Você sempre tem respostas que envolvem 'espíritos do mal' ou 'demônios do Inferno vão vir me buscar'. Essas coisas não existem.
   -Fica dizendo isso, vai. – disse ele arqueando as sobrancelhas. – Essa 'pessoa' que você viu pode ser um deles e você nem sabe. Ela pode estar aqui, nesse quarto, agora mesmo, só esperando o momento certo pra investir e levar sua alma.
   -Pare de falar besteiras. – o mais novo repreendeu– Eu não acredito nessas coisas então não vai acontecer.
   -Então tá. Acredite no que quiser. – o maior deu de ombros e se dirigiu até a porta. – Eu tenho que ir agora. Estou atrasado pro trabalho. Se cuida e não faça nenhuma besteira.
   -E por que eu faria? – perguntou com tom de ironia e um pequeno sorriso nos lábios.
XiuMin revirou os olhos e saiu do quarto, deixando JunMyeon sozinho. Havia somente o som do aparelho, ligado a seu corpo, apitando no compasso de seus batimentos cardíacos. Não havia som algum além desse, estava bom para tirar um cochilo de alguns minutos até que a enfermeira viesse verificar sua pressão.
Foi quando ouviu a mesma voz, o mesmo sussurro que ouviu na noite anterior. Abriu os olhos e olhou ao redor. Ninguém. E, de novo, o sussurro. 'Kim JunMyeon', dizia a voz de forma lenta e fria, como ontem. Então, à sua frente, surgindo do nada, uma névoa escura revelava a imagem de uma pessoa. Um homem de corpo magro, pele alva e com certeza era mais alto que qualquer um que já conhecera. Seus cabelos eram de um loiro escuro, quase dourados, possuía olhos escuros penetrantes e frios. Os lábios perfeitos esboçavam um meio sorriso, talvez por diversão ao ver JunMyeon assustado com o que acabara de ver.
   -Como vai, – o suicida se arrepiou ao ouvir a voz gélida do loiro. – Kim JunMyeon?
      
CONTINUA...

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Então é isso.
Espero que tenham gostado e, se sim, Não esqueçam de deixar o seu comentário. Isso nos incentiva bastante, principalmente a mim. Dicas construtivas sobre a história ou sobre a escrita são sempre bem vindas.
Até a próxima, pessoas trevosas!!
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