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No coração de Sertânia

Iniciado por Brittus, 17/12/2012 às 00:33

17/12/2012 às 00:33 Última edição: 17/12/2012 às 12:55 por Brittus
No Coração de Sertânia
(Título provisório)






Contexto

Sertânia é uma terra árida, de extensa caatinga, que fica localizada na área central do continente de Nordéstia.

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Na região de Sertânia, há muita gente sofrida que sobrevive em meio a exploração dos seus soberanos, os oito coronéis. Além disso, a grande seca devoradora de vida e o movimento insurgente de bandidagem tem feito com que haja mais violência e sofrimento nessas terras.

Houve, certa feita, um horrendo confronto armado, em que participaram as tropas dos oito coronéis, sedentos por poder, e as facções da bandidagem cangaceira.

Os grandes soberanos que fatiaram as terras de Nordéstia tomando posse, dois a dois, dos quatro reinos que constituem o continente, são:

1.   Joselito Bramante – Coronel Bramante
2.   Severino Duarte – Coronel Duarte
3.   Altamiro Cavalcante – Coronel Tamiro
4.   Luiz Praxedes – Coronel Praxedes
5.   Antonio Limeira – Coronel Limeira
6.   Major Souza Passos – Major Reformado  do Exército – Filho do Coronel do Exército, Mário Souza Passos, Conhecido por Coronel Mourão, pela dureza com que tratava seus subordinados. Único coronel legítimo e precursor do levante que constituiu os oito coronéis soberanos das terras de Nordéstia.
7.   Pedro Limeira – Coronel Limeira
8.   João Cabral – coronel Cabral


OBS:
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Todos os personagens terão posterior detalhamento. Por hora, apenas os principais serão ligeiramente  decritos.
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Introdução

     José Silvino da Cruz, cangaceiro de renome, em uma arriscada missão para roubar armas e munição de uma das fazendas do Major Souza Passos, depara-se com uma das filhas do major, Maria da Paz Souza Passos. Sem saber quem era ela, a arrasta para um dos quartos da casa e violenta a moça. Por artes do destino, poupa a vida da jovem que, meses depois, após ter se refugiado em um convento, para fugir da vergonha e da violência de seu pai, dá a luz ao fruto deste ato vil. Abandona a criança, que é entregue aos cuidados do Padre José Vieira, pároco da cidade central do reino de Maraui.
     O menino recebe o nome de Mário Henrique Vieira Da Paz. Mário, em homenagem ao avô, Vieira, porque o padre, a despeito da religião, o criara como filho, e Da Paz, por causa de sua mãe. O rapaz nunca soube quem eram os seus pais verdadeiros, mas sempre ouvira rumores de que fora adotado. Além do que, pelo que aprendera, os padres não podiam se casar e, evidentemente, o zeloso Padre Vieira não poderia ser seu pai.
     Criado na região de Maraui, aos 14 anos aprendeu com os nobres vaqueiros a profissão de conduzir o gado pela caatinga brava à procura de boas pastagens, coisa muito difícil naquela região. Trilhava longas distâncias. O Padre Vieira permitia suas viagens por causa do valente João Caboclo, padrinho do garoto, que, além do trato com o gado, ensinou-lhe a manejar bem o revólver, a baioneta, o rifle, o bacamarte, a faca peixeira e outras artes.
     Ao completar 21 anos, o Padre Vieira revela a Mário sua triste origem. Mário sela um cavalo e parte errante pela vastidão da caatinga brava. É seguido por seu padrinho. Durante o tempo em que saíra louco mato adentro, remoera em seu coração a amargura de nunca ter conhecido pai e mãe, e a dor de saber da vilania dos seus pais que, para ele, macularam seu destino. Nisso, após dar uma parada para o animal descansar, é cercado por uma dúzia de bandidos cangaceiros que, no intento de subjulgarem o rapaz, não percebem a chegada de João Caboclo.
     João dispara contra os bandidos abatendo três deles. Os cangaceiros buscam abrigarem-se por trás dos lagedos, mas quando percebem se tratar de um homem só, partem com toda violência contra os dois vaqueiros.
     Na tentativa de fugirem dos bandidos, João Caboclo tenta proteger o rapaz e recebe  diversos tiros nas costas, caindo logo em seguida. Mário Henrique foge e se esconde em uma toca de bicho no meio da caatinga.
     Retorna para a Cidade Centro do reino de Maraui, com o coração cheio de mais ódio contra a mãe, o pai, os cangaceiros e contra as tropas do exército do reino marauiense que nada fizeram para deter os homens que mataram seu padrinho.
     Após juntar seus poucos pertences, com a bênção do Padre Vieira e a proteção do Senhor dos Desvalidos sob a forma de um crucifixo que recebera do padre, parte rumo à fazenda de seu avô Major Souza Passos, localizada no reino de Balagogipe, o mais rico do continente de Nordéstia.
Vingança, senso de justiça, fé, honra, dor... O que move o coração de Mário Henrique Vieira Da Paz?

Viajem com ele, nessa longa jornada!





Nota:
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Fica evidente, nesse sentido, que há ainda muita coisa a se fazer. Como sou novato neste maravilhoso universo RPG Maker, preciso ainda aprender muito sobre recursos, scripts, mapeamento e demais constituintes para poder dar "vida" a este projeto. Estou me empenhando muito e aprendendo demais com todos deste espaço (Centro RPG), bem como com o pessoal do MRM. Espero poder desenvolver bem esta ideia, para poder usar o resultado como projeto pedagógico na escola em que leciono língua portuguesa e literatura, ou ainda, se Deus permitir, transformar em um projeto para Mestrado, quem sabe!

Agradeço a todos pela atenção.

Saudações cordiais.
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cara, muito bom, é raro a gente ver um projeto que se inspire na região do nordeste, sendo um local tão rico em história, e ainda ficol legal o modo como tu editou o mapa, minha terrinha natal num projeto maker (outro aproposito), então eu do todo meu apoio no projeto certo cara, tenta usar como inspiração algumas músicas do "Gonzagão", para refletir o sofrimento da sociedade nordestina certo?
Flw Brother

Citação de: riepermaster online 17/12/2012 às 01:13
tenta usar como inspiração algumas músicas do "Gonzagão", para refletir o sofrimento da sociedade nordestina certo?

Amigo, riepermaster.
Muito obrigado por seu comentário e incentivo.
Fiz uma seleção de músicas da qual fazem parte o Gonzagão, cantadores de viola renomados, o Quinteto Armorial, dentre outros.


Grande abraço.

Sem dúvidas, um texto bem diferente do que estou acostumado a ver no universo maker. Brittus, rapaz, você é um grande escritor! Já que muitos cometem alguns deslizes nas suas escritas, quando li o seu texto, até me surpreendi: "caramba, não há nenhum erro ortográfico e nem de pontuação!". E isso me deixou muito feliz! Coisa que sou chato- muito mais do que com ortografia- é com erro de pontuação. Quanto a estrutura, não tenho realmente nada a dizer. Está impecável, parabéns. E como é bom termos um professor de português aqui! Isso eleva bastante o nível da comunidade! Felicito você pela honrada profissão.

Bom, sobre a idéia em si, parabéns novamente. Está mais do que apoiada. Gostei muito da iniciativa de usar elementos tão ricos do nosso Brasil como base para fundamentar a história, ao invés de buscar elementos externos. Apesar de ainda não terem sido muito aprofundados, tudo indica que os personagens serão um dos pontos fortes da trama. Gostei também do prólogo de Mario Henrique. Não sei exatamente o porquê, mas me lembrou bastante Faroeste Caboclo. E, como um bom fã de Legião, é mais um motivo para eu gostar do projeto!

Enfim, parabéns novamente e desejo sorte!

+1 Ouro de incentivo!

Um grande abraço,

Kazuyashi.

Kazuyashi, obrigado pelas palavras e pelo incentivo.
Estamos a cada dia aprendendo e renovando as forças para prosseguir nessa área.
São pessoas como você que têm sido nosso suporte.

Um grande abraço também.

:clap:

17/12/2012 às 13:52 #5 Última edição: 17/12/2012 às 14:04 por Elyven
Bom, gostei do texto e do contexto dele. Um conto bacana que lhe serviu de introdução.  Nunca vi um jogo neste estilo que não fosse "Oeste Selvagem" e pensando bem, dá pra elaborar um bom faroeste brasileiro com esta temática.  Acho que encontrará dificuldade é nos recursos gráficos mesmo.  Se bem que já vi um pack de  faroeste rodando por aí, o restante creio que dá pra se fazer.  Sobre os recursos sonoros eu tenho. Só procurar na Mediateca - Red Dead Redemption OST. Não achei muito interessante ter divido um único pedaço de terra em 4 reinos. Penso, que ficaria legal apenas denominar às terras como um reino único e dividi-las em 4 Estados. Separá-las por vilas ou condados ( Cartéis também seria legal) e espalhar os eventos. Como Final Fantasy 12 que os reinos eram divididos por Estados e Capitais. No mais a ideia inicial está perfeita. Quando abrir o tópico pode ressaltar mais detalhadamente os Coronéis e suas características, assim como a personagem principal. Boa sorte, Brittus. +1 Ourinho.

Obs: Dá uma curtida nesta OST é o álbum que têm na Mediateca.

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Nota: Se precisar de Roteirista tamo aqui.
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 :rainbow: :rainbow: :rainbow:


Então era isso que estava tramando  :malvado:, a história tá meio longa, mas está incrível.  É muito bom estar na equipe para desenvolver o game, então agora é trabalhar.
Mind: Até onde sua mente vai?

@Elyven Eu sabia que você me sugeriria algo muito proveitoso, como de fato o fez. Acatarei sua sugestão e tão logo eu disponha de mais um tempinho farei as modificações.  :wow:
Citação de: Elyven online 17/12/2012 às 13:52
Não achei muito interessante ter divido um único pedaço de terra em 4 reinos. Penso, que ficaria legal apenas denominar às terras como um reino único e dividi-las em 4 Estados. Separá-las por vilas ou condados ( Cartéis também seria legal) e espalhar os eventos.



@Lordiuri Isso mesmo, tramaremos muito mais. Esta semana encerro as atividades da escola, finalizo e entrego os diários. Daí disporei de mais tempo para confabularmos.  :malvado:

Cara como eu fiquei Fã logo de Cara desse Projeto  :*-*: Minha Terrinha Pernambuco :D~~
JS > ALLs

Citação de: emerson_gin online 19/12/2012 às 18:18
Cara como eu fiquei Fã logo de Cara desse Projeto  :*-*: Minha Terrinha Pernambuco :D~~

Obrigado, Emerson. Espero poder desenvolver bem este projeto e difundir um pouco da nossa história e cultura nordestina, que serve de pano de fundo para este jogo.

Um grande abraço.