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Quanto ao Armazenamento de Itens

Iniciado por Geraldo de Rívia, 04/09/2017 às 16:48

Saudações, milords de miladies!

Supomos que, em um jogo de RPG - para variar - você esteja andando quando se vê alvejado por uma flecha. Você procura de onde saiu tal projétil e encontra um bandido que é facilmente abatido. O bandido dropa uma armadura, luvas, a aljava, quarenta e duas flechas, uma garrafa de rum, três moedas de prata, um ramo de erva-cidreira e, curioso que você é, encontra uma carta na cueca do camarada. Durante o restante da caminhada você colhe itens com igual sagacidade, até que chega a hora em que seu inventário não mais cabe item. E agora?

[box class=calendar_today]Quero questioná-los quanto ao uso do armazenamento de itens. Costumam fazer uso quando tem? Quando não tem, sentem muita falta? Quão convincente vocês acham a possibilidade de depositar itens em um lugar e encontrá-los em outro? Há exemplos que gostariam de ressaltar que fazem bom uso dessa mecânica?[/box]

Depende muito de como o jogo limita o jogador quanto a quantidade de itens que ele pode carregar. Se não for uma limitação muito grande, simplesmente não faz muita falta poder armazená-los. Já se o jogador tiver apenas um pequeno inventário limitado à disposição, ter a oportunidade de armazenar os itens é realmente indispensável.

Eu pessoalmente não vejo problema algum no fato de você depositar os itens em um local e poder pegá-los em qualquer outro. Isso é mais uma mecânica de jogo do que lógica. Já me questionei sobre isso algumas vezes, quando me deparei com uma situação semelhante, e usei a seguinte comparação para me "conformar" de que isso não é algo tão problemático assim:

- Em BotW você pode guardar seus cavalos em um estábulo e depois "sacá-los" em qualquer outro estábulo em qualquer outra região do jogo.
- Em TW3 você assovia e Carpeado aparece próximo a você independente de onde você esteja.
- Em FFXIII em diversos momentos o jogo lida com núcleos separados de personagens e você compartilhar o mesmo inventário com todos eles, mesmo estando separados.

Em nenhum desses três jogos você perde imersão por conta disso. Enfim, é só alguns exemplos mais recentes que gosto de usar para parar de ficar me questionando se devo realmente colocar lógica em tudo. Talvez também te sirvam pra "tranquilizar" quanto a isso.


04/09/2017 às 17:09 #2 Última edição: 04/09/2017 às 17:46 por Corvo
Inventários em RPGs sempre são problemas. Muitos itens, mas se você quer manter a verossimilhança, pouquíssimo espaço. Focando no estilo clássico (fantástico-medieval) eu faria o seguinte:

Em cada vilarejo, cidade, casa afastada e etc, há pessoas. Cada pessoa com sua personalidade, mas todas elas precisam de moedas para ganhar a vida. Então meus distintos moradores alugavam baús, arcas, caixas, caixotes e até quartinhos de tralhas, quando a casa permitia. Não para qualquer um, se eles não forem com a sua cara, se vire. O jogador poderia guardar o que desse na telha pagando uma taxa esporádica. Caso não pagasse, o morador honestamente iria vender um dos itens para custear a estadia. Ou todos, caso fosse um ladrão disfarçado. Claro, sempre pode acontecer de um bandido invadir o lugar e levar uma coisa ou outra. Até o jogador pode fazer isso, então só contrate lugares seguros e respeitáveis.

Sobre o transporte: você também pode contratar carregadores, carroceiros e caravanas para levar os itens de um lugar para o outro. Contratar escudeiros com seus burricos para ajudar. E nunca, jamais, se esqueça de lotar os alforges da montaria. Tudo levando em conta o peso e o volume. Com sorte, se abordasse uma carroça em uma estrada, ela poderia ter uma vaguinha para um ou dois elmos. Claro, nunca contrate homens na estrada. Eles quase nunca devolvem seus itens. E quando contratar nas "agências", viaje junto para se certificar de que ninguém tascou a mão nos seus biscoitos.

Se você não tiver para onde levar as tranqueiras, eles empacotam tudo e te deixam nas praças centrais onde o resto é por sua conta.
[close]

Se o jogo é futurista você sempre tem a desculpa do transportador de matéria. E claro, como o [user]Revali[/user]: algumas vezes você pode fazer algo sem dar explicação nenhuma. Funciona.

04/09/2017 às 22:01 #3 Última edição: 04/09/2017 às 22:03 por Mistyrol
Acrescentar um limite ao inventário, quase sempre, se dá ao fato de querermos deixar o jogo mais "realista", levando em consideração que é humanamente impossível carregar 99 itens pesados e distintos, como armaduras e machados de guerra. Contudo, o simples fato de poder armazenar estes itens em um lugar e eles poderem ser retirados em outro totalmente aleatório anula completamente a ideia de realismo que você estava procurando.

Nesse caso, você pode seguir por dois caminhos que, na minha concepção, seriam muito aceitáveis e não causariam estranhamento algum no teu joguito:

  • Você pode manter o realismo em sua pura forma, isso é, limitar a quantidade de itens que o personagem pode carregar (se quiser deixar ainda mais real, adicione peso aos itens, fazendo o jogador calcular o peso, em vez de ocupar espaços), e também impedir que ele retire magicamente em qualquer lugar os itens que ele guardou anteriormente;

  • Ou você pode fazer como os meus sábios companheiros acima citaram: deixe do jeito que você gosta mais sem a necessidade de dar uma explicação lógica. Veja bem, em um universo onde você provavelmente soltará uma bola de fogo pelas mãos, eu acredito que o limite de peso que você pode aguentar é a última coisa com que deveria estar se questionando.

    De qualquer forma, eu acho que mesmo se você limitar a quantidade de itens, seria mais legal que o personagem conseguisse os itens que ele deixou em um lugar somente nesse mesmo lugar. Da para você reaproveitar cenários, ou fazer o jogador retornar por ter deixado um item importante. :)

05/09/2017 às 08:30 #4 Última edição: 05/09/2017 às 08:36 por King Gerar
Citação de: Revali online 04/09/2017 às 17:06
[...]Em BotW você pode guardar seus cavalos em um estábulo e depois "sacá-los" em qualquer outro estábulo em qualquer outra região do jogo. [...]
É muito bom tu comentar principalmente por trazer a visão de como Zelda trabalha esses pontos, vez que ainda não o conheço muito. Eu estava mais focado em itens, mas vez que mencionou os cavalos, eu tinha uma ideia similar em utilizar os estábulos. Um pouco triste ao saber que não será uma ideia inovadora, mas bem que posso procurar meios que incrementar um pouquinho.


Citação de: Corvo online 04/09/2017 às 17:09
[...]Em cada vilarejo, cidade, casa afastada e etc, há pessoas. Cada pessoa com sua personalidade, mas todas elas precisam de moedas para ganhar a vida. Então meus distintos moradores alugavam baús, arcas, caixas, caixotes e até quartinhos de tralhas, quando a casa permitia. Não para qualquer um, se eles não forem com a sua cara, se vire. O jogador poderia guardar o que desse na telha pagando uma taxa esporádica. Caso não pagasse, o morador honestamente iria vender um dos itens para custear a estadia. Ou todos, caso fosse um ladrão disfarçado. Claro, sempre pode acontecer de um bandido invadir o lugar e levar uma coisa ou outra. Até o jogador pode fazer isso, então só contrate lugares seguros e respeitáveis.[...]
Olha que essa ideia muito me agrada. Na verdade, já penso formas de engambelar o jogador, contratando um "armazenamento" que não estará lá mais quando retornar heuaheu.


Citação de: Mistyrol online 04/09/2017 às 22:01
[...]Você pode manter o realismo em sua pura forma, isso é, limitar a quantidade de itens que o personagem pode carregar (se quiser deixar ainda mais real, adicione peso aos itens, fazendo o jogador calcular o peso, em vez de ocupar espaços), e também impedir que ele retire magicamente em qualquer lugar os itens que ele guardou anteriormente[...]
Ou peso, ou espaço, ou ambos...  :sera:

Meu maior receio é que: eu curto uma limitação nos jogos. Geralmente procuro não carregar mais do que um set se equipamento, não uso fast travel e não corro (isso explica o movimento devagar dos personagens lá, Misty e-e). Então temo aplicar limitações demais e acabar por tirar um pouco do prazer que um jogo deveria trazer.

Sobre a questão do peso, falando de jogabilidade apenas, eu não gosto muito. Tudo bem que não é nada verossímil carregar uma lança longa como se fosse uma varetinha, mas costumamos carregar cento e quarenta mil quinhentas e vinte e nove moedas de ouro em um pacotinho de pano e ninguém liga pro peso ou pro espaço. Esses jogos mais recentes em que o personagem fica lento de acordo com o peso eu nem jogo. Dane-se a física.

Aproveitando para citar algo que há tempos eu quero dizer, vou disfarçar de exemplo: equipamentos que quebram. Tu passa seis meses juntando grana e, quando consegue comprar, já está em um nível avançado demais para o equipamento. Não bastasse isso, tu luta cinco vezes e o negócio se espatifa. Ah, isso é de matar de raiva.

05/09/2017 às 17:39 #6 Última edição: 05/09/2017 às 17:43 por King Gerar
Citação de: Corvo online 05/09/2017 às 17:19
Sobre a questão do peso, falando de jogabilidade apenas, eu não gosto muito. Tudo bem que não é nada verossímil carregar uma lança longa como se fosse uma varetinha, mas costumamos carregar cento e quarenta mil quinhentas e vinte e nove moedas de ouro em um pacotinho de pano e ninguém liga pro peso ou pro espaço. Esses jogos mais recentes em que o personagem fica lento de acordo com o peso eu nem jogo. Dane-se a física.
[...]

Por hora estou planejando assim: cada personagem possui uma quantidade de peso-espaço que consegue carregar e mais peso-espaço pode ser alocado ao equipar uma bolsa/mochila. A capacidade de peso-espaço será a soma da capacidade dos membros do grupo mais um bônus caso tu tenha comprado o cavalo. E a capacidade de peso-espaço escala com o atributo equivalente à força, assim sendo, tanques vão ter uma capacidade maior do que assassinos, por assim dizer. As moedas também pesam, uma quantidade desprezível, de fato, mas pesam.
Não é de meu feitio deixar o jogador juntar muita grana, então penso em criar pontos de investimento, pra gastar o dinheiro e ter onde retirar valores sem precisar andar com eles. Em contrapartida, várias "necessidades" em que gastar, e reparo será uma delas e-e

Citação de: Corvo online 05/09/2017 às 17:19
[...] Aproveitando para citar algo que há tempos eu quero dizer, vou disfarçar de exemplo: equipamentos que quebram. Tu passa seis meses juntando grana e, quando consegue comprar, já está em um nível avançado demais para o equipamento. Não bastasse isso, tu luta cinco vezes e o negócio se espatifa. Ah, isso é de matar de raiva.

Tal como em The Witcher 3 (mas gostaria de deixar claro que já havia pensado neste sistema antes de jogar esse jogo), bons equipamentos terão suas receitas encontradas para então poderem ser forjados. Dos que não precisam ser forjados, desde o começo do jogo você pode adquirir qualquer um, assim não haverá essa frustração de conseguir comprar um item somente quando ele se tornar defasado.
Agora, quanto à durabilidade, acho que terá uma duração maior, talvez uma centena de ataques. Ainda penso em diminuir a durabilidade somente ao atacar escudos ou inimigos com o corpo mais rígido, como carapaças, exoesqueletos ou armaduras. Claro que o resultado ao atacar um golem com uma espada de cristal vai ser meio triste pra quem o fizer.