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Debate CRM #3 - Linearidade ou Mundo Aberto?

Iniciado por Rickas, 17/04/2015 às 13:07

Um detalhe que acho importante é que o mundo-aberto torna a exploração um ponto importante e, pelo menos pra mim, exploração é algo bem mais legal de se fazer em jogos 3D. Não que jogos 2D sejam podres neste quesito, vários deles são muito legais de se explorar como provam: Zeldas, Metroids, Castlevanias, Alundra, etc. Porém, o mundo 3D dá um algo mais quando se trata de sondar o mundo pra se encontrar novas passagens, áreas ou tesouros. Um exemplo que posso dar é o Zelda Windwaker, cujo conceito seria impossível num jogo 2D, já que ao ver uma ilha, você precisa circundá-la para vê-a de lado, sobrevoá-la para vê-la de cima, andar em cada cm quadrado dela pra tentar observar alguma passagem escondida. A mudança de ponto de vista neste caso é essencial, e num jogo 2D isso simplesmente não existiria.

Claro, a exploração não precisa ser o mais importante. Acho que uma grande vantagem de um mundo aberto em um RPG 2D seria a possibilidade do jogador se aventurar em áreas com monstros muito difíceis logo de cara, em busca de "emoção", experiência e itens que normalmente só estariam disponíveis lá pra frente. Isso é bem legal, a sensação de estar adentrando onde não se deve sempre foi uma coisa que estimulou os seres humanos (hahahahahahah).

No RPG Maker em especial, prefiro mundos mais lineares e história mais fixa. Simplesmente porque um jogo onde você pode ir pra qualquer lugar é MUITO mais difícil de se fazer, e acaba ficando mais genérico. Quando pego um game de RPG Maker, não tô atrás da mecânica do game em si, já que pra isso existem games profissionais muito mais elaborados e que usam equipes de 200 profissionais graduados trabalhando durante meses e meses a fio. Quero mais ver algo bem original, personagens que fujam do clichê, ou até mesmo games besteróis que são raríssimos na indústria (o último que vi foi Bard's Tale do Play 2).

Um exemplo: você entra numa cidade com dois personagens na equipe. Num jogo linear, os caras da cidade podem falar com você e também com o seu colega da equipe. Assim os diálogos ficam mais complexos e o desenvolvimento da história pode ficar bem mais elaborado. Agora num mundo aberto, o jogador pode chegar na cidade com esse companheiro, sem companheiro, com outro companheiro, com vários companheiros, etc... Fazer os NPCs reagirem a cada uma dessas situações é simplesmente impossível, principalmente pra um jogo amador com poucas pessoas envolvidas. A solução é fazer as falas dos NPCs ficar mais genérica. Esse tipo de coisa tira um pouco a graça que vejo nos games de RPG Maker. Não faz mal num Oblivion da vida, porque neste jogo você não tá tanto pela reação dos personagens e enredos criativos, mas mais pela mecânica em si do game (apesar que Oblivion possui uma mecânica péssima na minha opinião).

Abraços!



ps: Nem revisei o que escrevi, se tiver algum erro absurdo aí me desculpem.

As duas coisas me agradam muito, realmente eu não tenho uma preferência a mais do que o outro.

Tem momentos que quero liberdade no jogo, só quero interagir com as cosias do game, e algumas vezes eu fico interessado no enredo ou nas missões.

Mas existem varias respostas para isso,vamos acompanhar o pessoal.

18/01/2016 às 11:26 #17 Última edição: 18/01/2016 às 11:31 por JPA
Citação de: GuilhermeNunes online 08/11/2015 às 22:27
Geralmente os projetos de rpg maker tem foco na história, não vejo motivo para um mundo aberto que dispersa a atenção do jogador do foco principal.

Mais ou menos o que eu penso também. Convenhamos que, se compararmos com os games profissionais disponíveis aos montes por aí, a mecânica em si dos jogos de RPG Maker não é o que atrai os jogadores, apesar de sempre existirem aquelas exceções que faz você pensar: "como esse cara fez isso"?

Porém..... O mundo aberto pode funcionar se ele também fugir do clichê. Quando falamos em mundo aberto, pensamos em: "você não tem barreiras artificiais para explorar esse mundo virtual", e nisso também é difícil oferecer algo que valha a pena quando comparado aos games profissionais. Mas não duvido que alguns makers consigam usar o mundo aberto de maneira criativa.



Citação de: Nandikki online 29/05/2015 às 16:02
Depende.

Depende do jogo, da proposta. Não cabe os desenvolvedores de Mário tornar o mundo aberto, tão pouco aos desenvolvedores de Perfect World torná-lo linear. A proposta apresentada por esses jogos acaba por influenciar significativamente nesse aspecto.

O meu projeto é liner, a proposta não permite que eu desenvolva um mundo aberto. Mas francamente, jogos de mundo aberto me chamam mais atenção.



Você tem razão, mas até jogos com estilo do Mário pode tentar tirar proveito do conceito de mundo-aberto. Lembro do game do Banjo pra Xbox360, se não me engano, o mundo é bem aberto. Eu pessoalmente não gostei deste game, mas achei bem interessante tentarem colocar o mundo aberto num game destes. Bom, se bem que joguei esse game há tanto tempo atrás... Hoje em dia com os Minecrafts da vida, o mundo aberto já virou algo banal, são os sand-box.