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Vítimas de nossas próprias vítimas

Iniciado por K-ae, 04/05/2013 às 05:03

Certa vez fui feito de refém em minha própria casa, me amarraram, mas não me machucaram, e me permitiram até falar. A líder do grupo era uma mulher de olhar frio, penetrante, e seu visual também não deixava por menos, roupas pretas bem rasgadas e cheias de espinhos. Posso dizer que conversar com ela foi bem, interessante, vocês podem imaginar ela me xingando, humilhando, mas não foi nada disso, a única coisa que ela fez foi, desabafar. Um diálogo bem pessoal que não entrarei em detalhes aqui, por respeito, por apresso, e uma pitada de pena, devo admitir.

Bem, sou filho de um policial renomado no estado, isso criou um certo alvoroço, derrepente um bando de homens fardados estavam dentro de minha casa e poucos segundos depois, eu do lado de fora. Ainda lembro do flash, câmeras apontadas e microfones por todo lado, meus segundos de fama, tinha de aproveitar. Foi quando vi a mulher sendo levada algemada pro lado de fora da casa escoltada por políciais, andei até ela e dei-lhe um beijo no rosto. A face perplexa dos repórteres foi algo para se guardar, então andei até eles e lhes permiti começar sua seção de perguntas. Primeira pergunta claro, sobre o beijo, e foi quando comecei:

-Vocês me perguntam se foi uma experiência tenebrosa a que passei, eu lhes respondo, claro que sim. Então me perguntam se senti medo, e eu lhes respondo, claro que sim. E quando me perguntam sobre um beijo no rosto das pessoas que me fizeram prisioneiro, respondo mais uma vez, claro que sim. Afinal, as atitudes de todos os seres vivos corresponde ao mundo em que foram submetidos, esta mulher agiu conforme sua natureza, eu agi conforme a minha natureza, e ainda posso questionar, o quanto de nós somos nós mesmos, e o quanto é parte do mundo ao redor de nós.

Estava eu vermelho, minha face parecia queimar, meu coração palpitava a mil. Falar em público é difícil, depois de uma situação dessas, mais difícil ainda, respirei fundo e decidi continuar:

-Posso dizer a vocês que sinto muitas coisas dentro de mim neste momento, mas o maior destes sentimentos, é o sentimento de culpa. Afinal, hoje fui vítima, mas antes de ser vítima fui agressor, e enquanto agressor estas pessoas foram vítimas de mim, vítimas de vocês. Foram vítimas quando viramos as costas para o sofrimento delas, vítimas quando viramos a face ao passar por elas, quando desviamos delas ao passar. E isso tudo ocorreu quando eu estava na escola, dizia a mim mesmo, "tirarei boas notas, no fim do ano irei passar. Farei faculdade, encontrarei um bom emprego, até que um dia irei me aposentar."

Um repórter deciciu me interromper, e questionou com desdém:
-Você decidiu perdoar esse grupo de marginais?

Lhe respondi:
-Sim, eu os perdoei, bem como eles também me perdoaram. Perdoar não é fácil eu bem sei, mostrar compaixão as pessoas ao nosso redor, principalmente aquelas que nos atingem, é uma luta contra nós mesmos, e de fato, é uma luta difícil. Mas também posso lhes dizer, que mais difícil que mostrar compaixão pelos outros, é seguir o bom caminho sem antes ter visto compaixão. Mais difícil que perdoar, é aceitar uma vida de sofrimento sem nunca ter machucado a alguém. Posso lhes dizer também, que a maior violência é a que praticamos a estas pessoas, pessoas que foram vítimas de nossa sociedade, e oque fazemos com elas, jogamo-as em cadeias, as impomos mais sofrimento, e com isso não podemos esperar outra coisa delas, que não atitudes hostis.

Respirar fundo, tomar fôlego, e então finalizar:
-Eu não sou religioso, tampouco acredito em deus, mas se posso usar uma citação neste momento, uma citação que se refere tanto aos ditos bandidos quanto aos ditos mocinhos, eu usaria: "Perdoe-os, eles não sabem o que fazem."
Gift: Elyven

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Lindo texto meu adorável, K-ae.  Os pais educam seus filhos para mais tarde a sociedade transformá-los em "monstros". Poderia ter acontecido algo bem pior. E gostei da sua atitude! Queria também, aproveitar seu espaço, K-ae, e escrever um pequeno texto para completar seu belo texto. É muito complicado perdoar,e chega a ser quase impossível. No tempo em que vivemos, o perdão é sôfrego e morre diante dos pés da crueldade. Segue um exemplo. Posso? Assim evitarei de criar outro tópico. É assim:

Spoiler
Ponto de vista jornalístico, por Elyven. ( Fictício mas poderia ser verdade).

Em nossa rotina de contar histórias reais, com personagens de verdade e desfechos bem diferentes dos narrados nas fábulas infantis, o trabalho jornalístico deve ser encarado de maneira imparcial, com o devido distanciamento entre repórter e esses personagens. O jornalismo deve ser crítico, mas sem levantar bandeiras, a não ser pela justiça e pela paz social. Porém, algumas situações, dominar os sentimentos e não se envolver com a notícia é uma missão quase impossível.

Nesta semana, uma dessas histórias reais chamou a minha atenção e me causou uma tristeza muito marcante. Uma jovem de 22 anos e grávida de quatro meses foi vítima de uma emboscada e levou quatro tiros, em São Paulo, na região metropolitana. Ela perdeu o bebê e, cerca de três meses depois, está presa em uma cadeira de rodas, sem conseguir andar. O suspeito do atentado, segundo a jovem, é o pai da criança que ela esperava, um rapaz casado e que não aceitava a gravidez. Se o culpado é ele mesmo, só a Justiça vai decidir, mas, independentemente disso, só o fato de alguém covarde atirar em uma menina, interromper uma gravidez e deixá-la paraplégica já é motivo suficiente para se revoltar.

Casos como esse, levam a crer que a humanidade não ouviu a mensagem de John Lennon e se recusa, diariamente, a dar uma chance a paz. Você perdoaria? 
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04/05/2013 às 12:29 #2 Última edição: 04/05/2013 às 12:58 por K-ae
Só para constar, meu texto é fictício também ^^

Quanto a seu texto, como disse em meu, "é difícil", mas não é possível culpar uma criança romana que diz: - "Papai, podemos ver cristãos serem jogados aos leões no fim de semana? Por favor, por favor!!!".

Se eu perdoaria... confesso que não sei. Perdoar, como dito anteriormente, é uma luta contra nós mesmos, toda nossa raiva nos guiando para pular no pescoço da pessoa e esganá-la, é quando tentamos ser conscientes e perdoar, mas nada garante que conseguiremos conter nosso sentimento de vingança, oque é compreensível.

Homens machucando mulheres... confesso que não sei. Para ser sincero, provavelmente pularia com os dois pés no peito do rapaz. Como dito, perdoar é difícil, mas o auge de nosso entendimento sobre sociedades seria quase Newtoniano, tudo aquilo que vemos em uma sociedade é fruto da própria sociedade, que define valores e culturas e repete-os em um ciclo incessantemente. Em uma sociedade, tudo que vai, da voltas e mais voltas, até que em um momento volta, e pode vir com tanta força que será difícil segurar. Fica a pergunta, do quanto das atitudes dos outros, são reflexos de nossas próprias atitudes.
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Isso já aconteceu comigo. Em 2009 um bando de FDPs do caramba(Que mané prejudicados pelo sistema, são vagabundos porque querem), invadiram a chácara onde moro, roubaram dois carros, 4 celulares e no topo de tudo isso fizeram minha mãe, minha irmã, eu e o dono do sitio vizinho que arrendava parte da chácara, de reféns. Por três horas esses desgraçados apontaram armas para nossas cabeças.

Acho que nossa "sorte"(se é que dá pra chamar disso), foi o fato de que o líder dos caras era bem tranquilo, comparado com o que se ouve por ai, acho que eles pegaram "leve". Depois disso, fiquei um mês dormindo mal, e com medo até da minha sombra. xD

Olha, sinceramente, a sua personagem é uma bom exemplo de como um ser humano devia se portar, mas eu não conseguiria fazer isso nunca. Não sei o que aconteceu com os bandidos depois do assalto, nem faço muita questão de saber. A unica certeza que eu tenho é de que se eles continuaram com essa vida, ou eles estão presos, ou eles estão mortos. Eu torço para que tenham sido presos, e que aprendam com seus erros(apesar de achar que nossas cadeias não regeneram é ninguém).

Desculpem o pequeno drama.
kkk




04/05/2013 às 17:13 #4 Última edição: 04/05/2013 às 17:44 por K-ae
Entendo sua opinião. Eu mesmo possuo traumas que me tiram o sono até hoje. Mas discordo quanto a afirmação, "são vagabundos porque querem", sem querer ser rude (até porque tenho grande respeito por você), mas você não sabe a história de vida destes rapazes para chegar a esta conclusão. Não permita a uma experiência traumática ofuscar sua visão crítica das coisas.

Já tomei como exemplo o Nazismo na Alemanha, que era um movimento quase inexistente na mesma, até que com o final da Primeira Guerra Mundial sanções severas fossem impostas a mesma (vide tratado de versalhes), oque causou grande sentimento de revanchismo ao povo Alemão e despertou grande ódio por outras nações, 20 anos depois, quase todo alemão, e não alemão que vivia na nação (incluindo Hitler, que nasceu em uma província da Austro-Hungria), era nazista, e com tamanha intolerância a outros povos iniciou a Segunda Guerra Mundial.
Veja como as imposições sobre um povo levaram este povo a tomar atitudes terríveis. Os Alemães gostavam de matar, torturar, estuprar, sim é verdade, mas eles foram doutrinados para agir desta forma, acreditar que de uma hora para outro simplesmente começaram a nascer pessoas maldosas na Alemanha é uma afirmação um tanto irracional.

Posso utilizar exemplos mais diretos, perfis de Serial-Killers:

CitarLuis Garavito (Colômbia, 174-400+ vítimas):
"[...]sofreu abusos de violência física e psicológica por parte de seu pai. Em seu testemunho, ele se descreveu como vítima de abuso sexual quando era mais jovem."

Pedro Alonso (Colômbia, 310-350+ vítimas):
"[...]recolhido por um pedófilo e sodomizado à força."

Daniel Barbosa (Colômbia, 150 vítimas):
"A mãe de Daniel morreu quando ele era criança e seu pai era autoritário e emocionalmente distante. Ele cresceu sofrendo abusos de sua madrasta, que o castigava e o vestia como uma menina, fazendo-o passar por constrangimento em frente a seus amigos."

Andrei Chikatilo (Russia, 56 vítimas):
"Chikatilo sofreu muito com uma disfunção sexual que o tornou temporariamente impotente, causando-lhe certo abalo psicológico.[...] Andrei começou a trabalhar em uma escola para rapazes, situada em Rostov do Don, onde tornou-se alvo das brincadeiras dos alunos, que inicialmente o chamavam de "ganso" devido a seu pescoço comprido e estranha postura."

John Wayne (EUA, 33 vítimas):
"[...]Teve uma infância traumática: era espancado e chamado de "bichinha" pelo pai alcoólatra, sofreu um traumatismo craniano aos 15 anos"

Todo tipo de pesquisa comprava, os países com maior desigualdade social possui também os maiores problemas sociais, como violência (Os EUA são um deles). Pessoas que cometem crimes são vítimas de experiências pós-traumáticas. O uso de drogas ilícitas em centros urbanos se deve ao fato das mesmas serem substâncias psicoativas, que aliviam a tenção e com isso permitem a pessoa suportar toda pressão e sofrimento que são submetidas em suas vidas. Quanto a isso, aqui vai um ótimo vídeo:



Oque as pessoas querem, desde o momento em que nascem, é uma vida calma e feliz, todas as atitudes caracterizadas como "má conduta" pela sociedade são um reflexo da própria sociedade.

A polícia tenta corrigir os sintomas de uma sociedade doente, enquanto o foco real deveria de ser eliminar a própria doença. A sociedade precisa rever seus próprios conceitos e fundamentos. Enquanto mantivermos um sistema inerente de pobreza, um sistema que pune as vítimas de transtornos pós-traumáticos, ao invés de ajudá-las, continuaremos tendo os mesmos problemas de violência, desigualdade, consumo de substâncias psicoativas.
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04/05/2013 às 17:39 #5 Última edição: 04/05/2013 às 17:51 por GuilhermeDL
"Cachorro mordido por cobra, tem medo de linguiça"... Isso é verdade kkk, quero dizer, você tem razão sobre o que eu vivi me proporcionar uma visão diferente e concordo que as vezes sou um tanto radical e cego quanto a esse assunto.

Meu problema é quando o cara escolhe a vida de bandidagem por opção, sendo que existem empregos honestos que não dão a minima para a origem da pessoa, apenas querem a força de trabalho. Isso pode abrir uma porta para discutir as condições desses trabalhos(muitas vezes absurdas), mas acho que muitos dos marginais de hoje, escolhem esse caminho por ser o mais fácil. Agora, se o mundo fosse mais justo, tivesse menos discrepância social e etc... Eles nem precisariam escolher o caminho da marginalidade, na verdade ele nem existiria. O status social que muitas vezes movo esse grupo, seria insignificante em uma sociedade ideal.

Citação de: K-ae online 04/05/2013 às 17:13

Posso utilizar exemplos mais diretos, perfis de Serial-Killers:

Spoiler
Luis Garavito (Colômbia, 174-400+ vítimas):
"[...]sofreu abusos de violência física e psicológica por parte de seu pai. Em seu testemunho, ele se descreveu como vítima de abuso sexual quando era mais jovem."

Pedro Alonso (Colômbia, 310-350+ vítimas):
"[...]recolhido por um pedófilo e sodomizado à força."

Daniel Barbosa (Colômbia, 150 vítimas):
"A mãe de Daniel morreu quando ele era criança e seu pai era autoritário e emocionalmente distante. Ele cresceu sofrendo abusos de sua madrasta, que o castigava e o vestia como uma menina, fazendo-o passar por constrangimento em frente a seus amigos."

Andrei Chikatilo (Russia, 56 vítimas):
"Chikatilo sofreu muito com uma disfunção sexual que o tornou temporariamente impotente, causando-lhe certo abalo psicológico.[...] Andrei começou a trabalhar em uma escola para rapazes, situada em Rostov do Don, onde tornou-se alvo das brincadeiras dos alunos, que inicialmente o chamavam de "ganso" devido a seu pescoço comprido e estranha postura."

John Wayne (EUA, 33 vítimas):
"[...]Teve uma infância traumática: era espancado e chamado de "bichinha" pelo pai alcoólatra, sofreu um traumatismo craniano aos 15 anos"
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Sobre a lista com os Serial-Killers, não acho que exista justificativa para que um ser humano tire a vida de outro, mas concordo que as pessoas que abusaram desses caras e deram a eles esta infância traumática, são tão culpadas quanto, no fim das contas eles simplesmente não tiveram a chance de conhecer o "certo". O Nazismo que citou, por exemplo, lavagem cerebral em massa.





04/05/2013 às 17:55 #6 Última edição: 04/05/2013 às 18:40 por K-ae
Não existe opção, se você vive uma vida de humilhação, violência e todo tipo de sofrimento, não aceitará as condições de um emprego que tem como função apenas humilhá-lo cada vez mais. Não existe trabalho honesto/moral, quando a própria forma de fazer dinheiro é imoral. Mais sobre isso em outra postagem minha: Esquema do Banco Central:
Spoiler
Citação de: K-ae online 26/04/2013 às 20:14
Esta é uma cédula de R$50,00:


Como é possível perceber, no canto superior esquerdo está escrito "Banco Central do Brasil" e você encontrará isso em todas as notas dos mais diversos valores do Real vigentes no país, oque indica basicamente que toda e qualquer cédula que está em circulação, veio de uma forma ou de outra, do Banco Central. Passamos então para as questões de "Como o dinheiro é criado" e "Como o dinheiro entra em circulação".

Como o dinheiro é criado?

Sigamos este exemplo:
O Governo decide que precisa de dinheiro. Então ele entra em contato com o Banco Central (BC) e pede 10 bilhões de reais. Para o BC conceder este dinheiro ele tem que comprar títulos que garantam o pagamento da dívida que o governo está criando, como um "comprovante". Com isso, o BC prende 10 bilhões em título para liberar a quantia: este procedimento é chamado "título do tesouro". O Governo então recebe os 10 bilhões e entrega os títulos do tesouro ao BC.

O dinheiro então foi criado do Nada. O que existe é a promessa do Governo de que o dinheiro será devolvido. Assim, o dinheiro é criado nada mais nada menos do que de uma Dívida/Débito, oque por si só já é um paradoxo.

Como o dinheiro entra em circulação?

O dinheiro que o Governo recebe do Banco Central fica retido em outros bancos, e como nós sabemos, nem os bancos nem o goverso saem pelas ruas distribuindo dinheiro de graça, este dinheiro só entrará em circulação através de Empréstimos, que são inerentes de dívida. Apenas com isso pode-se dizer que de cada Real em circulação na sociedade, existe uma dívida com bancos de igual proporção, que por sua ver possuem uma dívida equivalente com o Banco Central.
Se cada brasileiro, governo e bancos quitassem suas dívidas com o Banco Central, não sobraria sequer uma cédula de real em circulação, pois todo dinheiro é inerente de uma dívida. Logo, as dívidas não são feitas para serem pagas.

Mas existe uma coisinha que faz deste sistema um puro "Destruidor de Lares", coisinha esta denominada Juros. Veja bem, o dinheiro sai do BC através de um empréstimo, e entra em circulação através de mais empréstimos, com isso você pode chegar ao ponto de dizer que se existem "10bi de reais" em circulação, existe uma dívida de "10bi de reais + Juros", mas ai você pergunta, "como os juros são pagos se cada centavo veio do BC através de uma dívida?" Eles não podem, a não ser através de mais empréstimos, e com isso, mais dívidas. Esta imagem ilustra isso muito bem:






Como então um cidadão ou uma empresa seria capaz de quitar suas dívidas?
Para responder isso eu uso a segunte frase: "Não existe enriquecer, tampouco empobrecer, a única coisa que existe é a chamada Concentração de Riquezas"

Mas todos nós precisamos de dinheiro, para comprar comida, roupas, pagar as contas, impostos... e é aí que entra o jogo de gladiadores. Na Roma antiga os inimigos do Estado tinham suas liberdades tomadas, eram jogados em arenas e lutavam uns contra os outros em troca de uma tão sonhada liberdade (restaurada). Hoje em dia, criasse um sistema onde para que as pessoas tenham suas necessidades mais básicas atendidas elas necessitem contrair dívidas através de empréstimos, e para quitar suas dívidas, devem de alguma forma conseguir o dinheiro que outras pessoas conseguiram, também através de dívidas, também através de empréstimos.



Da mesma forma que em uma "arena de gladiadores" romana ou em um jogo de "dança das cadeiras", sobrevive o mais forte. Ao entender isto não é surpresa nenhuma ler estas notícias:

"ONU estima que 19% da humanidade viva com menos de US$ 1/dia"
"Em alguns países como a Índia e Bangladesh, o número de casos de crianças nascidas abaixo do peso chega a 30% do total"
"Mais de 1 bilhão de pessoas está abaixo da linha da pobreza em todo o mundo"
"Mais de um bilhão de pessoas passam fome no mundo, diz ONU"
"ONU mostra que 27% das crianças com menos de cinco anos em países pobres estão abaixo do peso"
"ONU: Fome mata uma criança a cada cinco segundos"
"A fome e a desnutrição, diz o relatório, levam à morte todos os anos mais de 5 milhões de crianças"

Além disso, por lei, os bancos podem emprestar em torno de 9x o dinheiro que possuem, isso mesmo, os bancos podem emprestar mais do que tem, e isso funciona simplesmente porque nem todo mundo vai sacar o seu dinheiro ao mesmo tempo, e esse esquema fraudulento passa despercebido.

E tem muito mais pilantragem por trás disso, só dar uma pesquisada.
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Algo que comentei na introdução do tópico é verdade, eu sou filho de policial, e já convivi com diversos ex-bandidos, todos eles cometeram atitudes terríveis, e só pararam quando em algum momento de suas vidas alguém lhes ofereceu o perdão. A única forma de acabar com a criminalidade é a compaixão, não mais violência.

Adicionei isso a postagem anterior:
CitarA polícia tenta corrigir os sintomas de uma sociedade doente, enquanto o foco real deveria de ser eliminar a própria doença. A sociedade precisa rever seus próprios conceitos e fundamentos. Enquanto mantivermos um sistema inerente de pobreza, um sistema que pune as vítimas de transtornos pós-traumáticos, ao invés de ajudá-las, continuaremos tendo os mesmos problemas de violência, desigualdade, consumo de substâncias psicoativas.

Quanto a lista de Serial-Killers, todas as atitudes de um ser vivo são justificadas por experiências anteriores. Até mesmo sua visão sobre o assunto é baseada em suas próprias experiências.

E aquilo que você comentou sobre lavagem cerebral, oque seria nosso sistema se não uma lavagem cerebral em diversos setores?!
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