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Quando um Super Herói se torna plausível.

Iniciado por Adriano Henrique, 09/08/2016 às 18:26

Olá pessoal, bom vou explicar o que estou tentando dizer: Quem aqui já assistiu a Trilogia do Batman Cavaleiro das Trevas na integra? (não o desenho falo apenas do filme com Christian Bale).

A dc criou heróis e vilões mais plausíveis e menos super como o Bane e o Espantalho por exemplo, assim como o próprio Batman.

A pergunta é: Você gostaria de criar ou que alguém criasse um jogo por esse panorama? Por esse angulo de vista?

Por favor é importante para mim saber. Obrigado desde já.

Acho que você quer dizer personagens verossímeis, certo? Todos com seus defeitos e qualidades aparentes. A ideia do herói humanizado é muito interessante, se bem utilizada. Assim como a teoria do vilão não tão vilão. Vamos analisar?

Os antigos heróis tinham, por definição, uma índole inabalável quase robotizada. Seu senso de certo e errado era absoluto e eles jamais tombavam para o lado negro. Embora funcionasse, a personalidade destes seres superiores os afastava muito de nós, meros mortais. Mas nos tempos modernos, temos visto muitos conflitos nos quais o dito herói precisa escolher entre o bem maior e os desejos do ego. Esta é uma ferramenta incrível na manipulação do enredo.

Já os chamados vilões eram a personificação do mal. Derivados dos planos de satã, eram os típicos imorais - senão irracionais - baderneiros e dominadores do mundo. Eram os poços do vício. Já os novos são tão idolatrados quantos os heróis - essa é uma discussão que pretendo lançar em breve. Talvez isso se dê no aprofundamento que tiveram. Os antigos malfeitores eram apenas o mal. Hoje eles possuem personalidade forte, motivações plausíveis e possíveis. Comumente acompanhados de um passado de sofrimento e tortura emocional.

Sem dúvida essa mistura de bem e mal se aproxima muito mais da humanidade. O que torna fácil a identificação do leitor/espectador/jogador. Somando isso à uma personalidade interessante, motivação plausível e objetivo coerente, não há como dar errado.

Discutindo sobre isso em um grupo de escrita, recebi a seguinte dica em relação aos vilões:

CitarA melhor forma de criar um antagonista de sucesso é torná-lo uma pessoa comum. Depois, inclua em sua mente temas aos quais a sociedade foge. Assuntos proibidos e tabus sociais/morais. Faça isso ser de grande importância para ele. Independentemente do resto, ele será julgado como um louco e as pessoas loucas são as mais interessantes.

Não acho o batman realista nem o iron-man. Ambos ganham poderes incríveis vindos de tecnologia, mas tenhamos em mente que uma mente fantástica a ponto de criar aquilo na época em que é criado já é algo extraordinário.
Eu não gosto muito dos poderes dos heróis pelo seguinte motivo: Vivem em nosso mundo, de certa forma e tem poderes vindos de coisas comuns e nada "plausíveis".
Acho que se for pra analisar deste modo eu não curto, mas pra assistir e gostar eu até curto, nunca teremos um heróis de HQ "plausível" vindo da DC ou da Marvel, temos que lidar com isso e gostar por ser legal, até por que, quem não gosta do batman?
Concordo com o Poe em maioria, mas gostaria de acrescentar algo: Bem e mal não existem cada um cria um espelho que mostra seu lado ruim(por sua visão) e seu lado bom(também por sua visão), é questão de ética.

Valeu galera pelas respostas elas são importantes para mim  :XD:

Um pouco atrasado, mas...  :XD:

Esses meses atrás eu parei para ler as HQs antigas da Marvel (dos anos 60 pra cá, mais ou menos...), e percebi que o herói não era visto como um ser diferente, mas sim uma pessoa normal.

As tramas eram básicas, mas atrativas.
As mais encontradas por exemplo, eram sobre cientistas que descobrem que uma raça alienígena invade a terra, e após serem tachados de loucos ao pedirem ajuda, resolvem a situação de maneira inusitada, porém plausível.

Ou então sobre monstros criados em laboratório, aos quais nem mesmo o exército podia deter, e assim por diante... Eram as famosas "Amazing Adventures".

Logo depois veio surgir o Doutor Druida, que era basicamente um médico que viajou a encontro de um paciente ao qual os outros não se disporiam a atender. Então, após passar por situações no local onde se encontrava este homem, ele recebe deste os poderes místicos que tem separado o oculto do mundo real por proteção. Daí para tocha-humana, a volta de Namor, Hulk, etc...

Então, eu tenho pra mim que não se rotula um herói pela forma com que ele alcança o seu objetivo (se com super poderes ou super parafernálias), mas sim pelo próprio objetivo a ser alcançado. Se ele é um homem invencível que quer proteger o mundo onde mora, ou se é um homem que luta pelo povo de onde nasceu não importa, ambos já são heróis.