O TEMA DO FÓRUM ESTÁ EM MANUTENÇÃO. FEEDBACKS AQUI: ACESSAR

Fugindo da Mary Sue e do Gary Stu.

Iniciado por GDL, 04/12/2012 às 20:09

04/12/2012 às 20:09 Última edição: 11/12/2012 às 11:42 por GuilhermeDL
Primeiramente, permita me explicar o que são Mary Sue & Gary Stu:

Mary Sue:
Uma personagem fictícia, criada em uma fanfic da serie Star-Trek do ano de 1973. Até ai tudo bem. O que chamou atenção era a idade da personagem; 15 anos e meio, e suas ABSURDAS capacidades, se comparadas a outros membros da tripulação. Aliado ao fato de uma perfeição exagerada, e de possuir uma figura quase que intocável. Mary acabou se tornando sinônimo do que podemos chamar de Personagens Over Power (para usar um termo mais moderno.)

Gary Stu: A contraparte masculina de Mary, geralmente associada a personagens over Power do sexo masculino

Após essa breve explicação, irei direto ao assunto:


Personagens perfeitos: O errado e o certo.

Começando, cada um é livre para escolher e criar os personagens que bem entender, mas deve se ficar claro que antes de inserir alguém similar a Mary Sue em seus roteiros, é preciso se saber o por que. Por caraterística, esses personagens são perfeitos, então, já podemos exclui-los de roteiros onde se quer transmitir a sensação de aprendizado e evolução de tal personagem.

Outra característica, eles vem de Apelonia(Terra dos apelões). São poucas vezes derrotados, seja lá no que for. Então, a menos que pretenda fazer um jogo onde a possibilidade de ocorrer game overs devido a derrotas seja inexistente, seria interessante evitar que esses personagens sejam parte integrante do game play.

Ultima característica, são pouco humanos, a menos é claro, que o autor os faça menos perfeitos, quebrando a figura da Mary Sue. Por exemplo, um personagem poderoso, mas que possui fraquezas, sejam físicas ou mentais. Esse detalhe é importante, personagens pouco reais como as Mary Sues da vida, podem acabar afastando jogadores e leitores, pois não existirá muita conexão entre eles. Afinal de contas, ninguém é perfeito, personagens perfeitos demais são irreais. Eu mesmo já criei um personagem, que não fosse por algumas características, poderia facilmente ser tachado de Gary Stu.

Não estou dizendo que não seja possível criar um roteiro bom, onde um personagem totalmente perfeito possa existir. Mas é muito provável que ele cause um grande desequilíbrio a historia, e pior, um desequilíbrio pouco realista.

Exemplo de Mary Sue: Gundams, sim, você não leu errado, EU estou dizendo que acho os Gundams over powers. Porem, o grande trunfo que acaba salvando a serie da apelação total, é que apesar de eles serem maquinas quase perfeitas, são pilotados por seres imperfeitos, que somos nós humanos. Esse equilíbrio que pode deixar personagens apelões como Mary Sue, interessantes.



Resumindo:
Mary Sues & Gary Stus realmente são um problema, se acertar na hora da criação, equilibrando eles com o restante do roteiro, é bem provável que conseguira um personagem marcante. Mas é muito mais comum acontecer o inverso, e a historia acabar sendo manchada por um desequilíbrio muitas vezes desnecessário.
Leve em conta:
- Motivo de tanto poder?
Motivos plausíveis, por favor. Se quiser tentar pelo menos fazer algum sentido, tente buscar algo que se encaixe ao contexto do roteiro.
- Porque só ele e não outros?
Mesma coisa aqui, é bom deixar claro porque estes "escolhidos' foram os "escolhidos". quando mais digerível for o motivo, mais próximo a algo acreditável, seu roteiro vai estar.




Achei interessante, e na verdade, só agora entendi uma crítica que recebi muito tempo atrás '-'
Obrigado pelo tutorial, vai servir para muitas pessoas, continue postando bons tutoriais sobre roteiros, vai ajudar muita gente.
To Die Is To Find Out If Humanity Ever Conquers Death

Obrigado pelo comentário B.Loder.
Realmente, são nomes pouco comuns de serem ouvidos, por isso podem causar certa confusão. Entretanto, são sinônimos de coisas que hora ou outra aparecem em roteiros. Eu não vejo problema, desde que usados na dose certa.
 




Pra ser sincero eu não faço ideia de quem são Mary Sue e Gary Stu. xD
Enfim, personagens Over Powers podem adicionar uma certa magia à história se forem colocados corretamente.

Pelo que me lembro em alguns jogos, o antagonista Over Power precisa, por exemplo, perder sua proteção ou sua fonte de energia para ser derrotado, como em Shadows of the Colossus.
Já ouvi falar de um jogo onde o protagonista simplesmente não morre. xD

No Piratas do Caribe 2 e 3, era necessário não atacar o antagonista diretamente, mas seu ponto fraco escondido.
Tem também o Brolly, do DBZ, mas este foi derrotado na base da porrada e da união assim como a maioria dos outros inimigos. xD

Esses personagens se tornaram marcantes e, na minha opinião, foram bem colocados. ^^

Obrigado por ter postado esse tutorial. Acho que é sim importante saber como colocar um personagem Over Power sem acabar com a história.

Abraços! x]

Sim, colocar um personagem over power pode muitas vezes ser interessante, seja ele o vilão ou o herói, basta saber como usar a ideia. Acredito que é sempre bom ter algum personagem que seja, mesmo que aparentemente, overpower, por que isso vai gerar um clima interessante para o roteiro na grande maioria das vezes. Como o cara tentar matar um deus por exemplo.
To Die Is To Find Out If Humanity Ever Conquers Death

Concordo com os dois.
Essa visão de perfeição, não se limita apenas ao poder, e também a personalidade, e isso por vezes é irritante.
A colocação de tais personagens precisa ser milimétrica. Como citei no tópico, eu já criei personagens Over Powers, inclusive o mais "famoso" deles, deve ser o ser mais apelão da história do RM.

Fica uma ultima dica: Mary Sue a parte, é importante saber o momento certo de usar(ou não) seus personagens, isso não se limita a só esse exemplo.