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RPG Maker e Educação

Iniciado por Nandikki, 14/09/2015 às 19:50

14/09/2015 às 19:50 Última edição: 29/09/2015 às 18:01 por Nandikki
Trago hoje uma discussão nobríssima para os senhores, e que possui um grande potencial. Todos nós reclamamos vezes ou outras da situação alarmante em que nosso país se encontra. A maioria aqui, senão todos, deve saber que o Brasil enfrenta uma profunda crise econômica, política e social. Há poucos dias entramos em recessão e nos foi anunciado o congelamento de nosso principal programa educacional: o ciência sem fronteiras. O repasse de verbas públicas para as universidades federais e estaduais de todo o país foram cortadas pela metade, e por ai vai.

Não vamos hoje aqui apontar os culpados dessa situação, mas falar de um assunto começado por Ronaldo Bento, que disse que seu desejo é que o RPG Maker se torne uma ferramenta educacional. Você desenvolvedor de jogos, já parou para pensar que pode ajudar a educação do país inteiro fazendo o que mais gosta?





A discussão não é de hoje. Os membros mais experientes na comunidade devem lembrar do nosso querido Brittus e sua ideia fantástica de mobilizar a comunidade em prol da criação de jogos educativos. Ele mesmo desenvolveu o Lixo no Lixo, joguinho educativo desenvolvido com os gráficos do RTP do VX, o objetivo era fazer do jogo um auxílio para educar os alunos do professor Chagas durante as aulas de Geografia.
[box2 class=black title=Para nosso antigo redator Vincent VII:]
O RPG Maker para o desenvolvimento de jogos tem a mesma utilidade do que Introdução à Informática para Programação: ensinar a lógica por trás do processo. Criar um jogo tal como os das atuais empresas requer um conhecimento muito mais profundo na área de programação, engines mais complicadas, etc. Mas o RPG Maker pode ajudar a desenvolver o raciocínio lógico para lidar com projetos mais complexos. É como o pseudocódigo na parte de algoritmos. Nenhum sistema real funciona a base de pseudocódigos, mas ele te ajuda e entender um pouco do processo por trás de uma linguagem de programação.
[/box2]
O RPG Maker pode ser muito proveitoso para ensinar ao alunos questões básicas de lógica e algoritmo, também Geografia, Biologia, Literatura, Português, História, Matemática, Filosofia e Sociologia podem ser ensinadas através de jogos de RPG Maker. Não se limando a ensinar usando jogos, segundo Brittus, a arte de produzir jogos pode fazer com que os alunos despertem interesses por esses campos da ciência, haja vista que para se produzir um bom cenário de floresta deve-se primeiro decidir que bioma aquela floresta terá; para se fazer um jogo baseado em um acontecimento real, deve-se entender o que houve primeiro.

Criar um jogo com fins educacionais pode não só ser divertido como lucrativo também: o membro TeslaHero ao comprar a licença do RPG Maker VX passou a desenvolver jogos educativos específicos para vender para alunos com dificuldade em determinado assunto abordado pelo jogo. Segundo Star Gleen (administrador da Condado Braveheart), jogos educativos são a evolução da educação. Tendo em vista essa colocação capitalista, voltar os olhos para essa área pode gerar lucro e impacto positivo na sociedade. Aperfeiçoar os métodos de ensino implicam em uma nova forma de se ver a educação.

Encerro essa matéria com duas perguntas que podem (ou não) despertar o debate por essas bandas:

1. Você acha que os jogos ou o desenvolvimento de jogos podem servir como ferramentas de ensino?

2. Se sim, você acha interessante a comercialização dessa ferramenta?



Primeiro, ótima matéria, parabéns por mais uma pérola.
Sim, o RPG Maker sem dúvidas pode ser usado, principalmente para introduzir a compreensão da programação orientada a objetos, uma vez que é algo demasiadamente complicado passar de um iniciante do zero diretamente para programador de alguma coisa. Sendo assim o RM é ferramenta indispensável para iniciar em programação, principalmente de jogos.
Mas pode servir também como ferramenta para desenvolvimento de criatividade e aquisição de paciência, ajuda na definição do caráter, ensina o estabelecimento de metas na vida e a melhoria da força de vontade para concluí-las.
Comercialização de algo que você teve trabalho para fazer é algo que deve ser feito para valorizar o trabalho senão cai em desuso, mas como ferramenta de educação quem deveria bancar é o ministério da educação do nosso país e não o aluno.
Clique e conheça o meu canal - Canal RPG Maker Zone

É um bom ponto de vista, achei ótima essa parte:

Citação de: Nandikki online 14/09/2015 às 19:50

[box2 class=black title=Para nosso antigo redator Vincent VII:]
O RPG Maker para o desenvolvimento de jogos tem a mesma utilidade do que Introdução à Informática para Programação: ensinar a lógica por trás do processo. Criar um jogo tal como os das atuais empresas requer um conhecimento muito mais profundo na área de programação, engines mais complicadas, etc. Mas o RPG Maker pode ajudar a desenvolver o raciocínio lógico para lidar com projetos mais complexos. É como o pseudocódigo na parte de algoritmos. Nenhum sistema real funciona a base de pseudocódigos, mas ele te ajuda e entender um pouco do processo por trás de uma linguagem de programação.
[/box2]

Eu sou totalmente leigo em programação, mas apesar disso pelo uso do RPG Maker consigo entender boa parte do que me é colocado na frente, apenas por ter aprendido essa lógica de programação que o RPG Maker me trouxe, claro que ele não serve como uma aula para isso, mas certamente que se você pegar duas pessoas, uma com experiência no RPG Maker e outra não, e começar a ensinar linguagens de programação e coisas do tipo, aquela com experiência na engine vai se sair melhor por já ter o raciocínio lógico, saber como as coisas funcionam.

Já na parte de outras matérias, bem aí a coisa é bem mais complexa. Certamente que jogos podem ajudar a ensinar alunos com maior dificuldade de aprendizado daquela forma básica que se ensina hoje, através de slides de powerpoint e quadro negro, mas não sei até que ponto isso é vantajoso para uma criança/adolescente. Os jogos não podem e não tem como ser um substituto para esse método de ensino, e não vejo vantagens nisso pois acredito que os alunos devem se acostumar com esse método e aprender a partir dele, pois no resto do mundo é assim e depois durante a vida adulta é assim também. Mas em ocasiões especiais acho que um joguinho legal pode ajudar bastante, lembro de quando eu estava no colégio e tinha aulas de Geografia e o professor ensinava algumas coisas básicas por meio de músicas, assim a música ficava na cabeça e o aluno acabava gravando as coisas pela música, os jogos podem ter esse efeito também.


Primeiro Nandikki parabéns pela matéria. Sou Professor de Informática e Matemática e no momento estou estudando Engenharia Ambiental (Ser Professor não é Tarefa fácil devido nosso sistema de ensino, políticos e também falta de respeito etc.), desculpe o desabafo, mas é preciso para que eu possa expressar meu ponto de vista. Há muito tempo decidi trabalhar com jogos de tabuleiro e raciocínio lógico como o xadrez em sala de aula, depois utilizei a ferramenta Scratch (é uma linguagem de programação desenvolvida por Lifelong Kindergarten Group no Media Lab, MIT) desenvolvendo games educativos, agora estou trabalhando com o RPG Maker VX Ace (infelizmente ainda não no Estado). Pode parecer exagero, mas infelizmente muitas crianças e adolescente não gosta de escrever, Matemática então é melhor nem mencionar. No entanto todos eles gostam de jogos... Eu não quero substituir o "Lápis e o papel" pelo contrário... "Na realidade quando escrevemos no papel o conteúdo é armazenado em nosso cérebro, mas quando digitamos é armazenado no HD" segundo cientistas de Neurociência. Hoje com 35 anos fico triste por só agora conhecer o RPG Maker e também as comunidades... precisamente em Fevereiro deste ano por intermédio de um aluno. Há mais ou menos três semanas conheci o colega JoeFather e desde então já discutimos até mesmo em seu Blog sobre o tema. Já levei está proposta para a Diretoria de Ensino da cidade onde leciono, mas não espero nada deles... Mas eu estou tentando, procurando promover outros recursos em sala de aula e fora. E os alunos das escolas onde leciono estão comentando sobre o RPG e sobre os fóruns? Acabei sem querer divulgando os fóruns :wow: 

ótima matéria meu amigo. Creio eu, que o sistemas de ensino através de jogos podem sim ser usados, com toda certeza matérias massantes para alguns, como história ou biologia, fixaram muito mais na cabeça dos alunos, devido ao funcionamento do nosso cérebro, que tende a se lembrar de coisas com movimento, colorido e desenhado. Fatores que os jogos de RPG maker tem de sobra.


Respondendo as duas questões do tópico principal eu vou dizer:

1. Sim é uma excelente ferramenta de ensino, principalmente nos dias de hoje onde há muitos gamers e estudantes de ambos os sexos.

2. Não acho interessante cobrar para aprender pois são poucas pessoas que tem grana suficiente para bancar uma faculdade ou curso do tipo, em Taguatinga (Brasilia DF) tem uma faculdade de design gráfico e que eu saiba se o aluno for bem nos estudos ele pode ser aprovado até pela Nintendo. Mas a meia bolsa dele é mais de 520 reais mensais, ai fica difícil.

Claro eu não aprovo a pirataria, mas maior crime comete o governo que ferra com os impostos abusivos que impede a galera se profissionalizar.

Enfim Desculpe se falei alguma besteira, essa é a realidade que eu vivo pelo menos.

Citação de: Ludovic online 15/09/2015 às 07:50
Comercialização de algo que você teve trabalho para fazer é algo que deve ser feito para valorizar o trabalho senão cai em desuso, mas como ferramenta de educação quem deveria bancar é o ministério da educação do nosso país e não o aluno.

Concordo plenamente.

Citação de: Uhtred online 15/09/2015 às 16:10
É um bom ponto de vista, achei ótima essa parte:

Citação de: Nandikki online 14/09/2015 às 19:50

[box2 class=black title=Para nosso antigo redator Vincent VII:]
O RPG Maker para o desenvolvimento de jogos tem a mesma utilidade do que Introdução à Informática para Programação: ensinar a lógica por trás do processo. Criar um jogo tal como os das atuais empresas requer um conhecimento muito mais profundo na área de programação, engines mais complicadas, etc. Mas o RPG Maker pode ajudar a desenvolver o raciocínio lógico para lidar com projetos mais complexos. É como o pseudocódigo na parte de algoritmos. Nenhum sistema real funciona a base de pseudocódigos, mas ele te ajuda e entender um pouco do processo por trás de uma linguagem de programação.
[/box2]

Eu sou totalmente leigo em programação, mas apesar disso pelo uso do RPG Maker consigo entender boa parte do que me é colocado na frente, apenas por ter aprendido essa lógica de programação que o RPG Maker me trouxe, claro que ele não serve como uma aula para isso, mas certamente que se você pegar duas pessoas, uma com experiência no RPG Maker e outra não, e começar a ensinar linguagens de programação e coisas do tipo, aquela com experiência na engine vai se sair melhor por já ter o raciocínio lógico, saber como as coisas funcionam.

Já na parte de outras matérias, bem aí a coisa é bem mais complexa. Certamente que jogos podem ajudar a ensinar alunos com maior dificuldade de aprendizado daquela forma básica que se ensina hoje, através de slides de powerpoint e quadro negro, mas não sei até que ponto isso é vantajoso para uma criança/adolescente. Os jogos não podem e não tem como ser um substituto para esse método de ensino, e não vejo vantagens nisso pois acredito que os alunos devem se acostumar com esse método e aprender a partir dele, pois no resto do mundo é assim e depois durante a vida adulta é assim também. Mas em ocasiões especiais acho que um joguinho legal pode ajudar bastante, lembro de quando eu estava no colégio e tinha aulas de Geografia e o professor ensinava algumas coisas básicas por meio de músicas, assim a música ficava na cabeça e o aluno acabava gravando as coisas pela música, os jogos podem ter esse efeito também.

Talvez os jogos cheguem a um tal nível que seja possível recriar toda uma história real neles, como a história da civilização Grega, Romana, essas coisas.

Citação de: Ronaldo Bento online 15/09/2015 às 21:32
Primeiro Nandikki parabéns pela matéria. Sou Professor de Informática e Matemática e no momento estou estudando Engenharia Ambiental (Ser Professor não é Tarefa fácil devido nosso sistema de ensino, políticos e também falta de respeito etc.), desculpe o desabafo, mas é preciso para que eu possa expressar meu ponto de vista. Há muito tempo decidi trabalhar com jogos de tabuleiro e raciocínio lógico como o xadrez em sala de aula, depois utilizei a ferramenta Scratch (é uma linguagem de programação desenvolvida por Lifelong Kindergarten Group no Media Lab, MIT) desenvolvendo games educativos, agora estou trabalhando com o RPG Maker VX Ace (infelizmente ainda não no Estado). Pode parecer exagero, mas infelizmente muitas crianças e adolescente não gosta de escrever, Matemática então é melhor nem mencionar. No entanto todos eles gostam de jogos... Eu não quero substituir o "Lápis e o papel" pelo contrário... "Na realidade quando escrevemos no papel o conteúdo é armazenado em nosso cérebro, mas quando digitamos é armazenado no HD" segundo cientistas de Neurociência. Hoje com 35 anos fico triste por só agora conhecer o RPG Maker e também as comunidades... precisamente em Fevereiro deste ano por intermédio de um aluno. Há mais ou menos três semanas conheci o colega JoeFather e desde então já discutimos até mesmo em seu Blog sobre o tema. Já levei está proposta para a Diretoria de Ensino da cidade onde leciono, mas não espero nada deles... Mas eu estou tentando, procurando promover outros recursos em sala de aula e fora. E os alunos das escolas onde leciono estão comentando sobre o RPG e sobre os fóruns? Acabei sem querer divulgando os fóruns :wow: 

Você pode contar com o suporte da comunidade para passar essa experiência incrível para seus alunos.

Citação de: Adriano Henrique online 17/09/2015 às 16:16
Respondendo as duas questões do tópico principal eu vou dizer:

1. Sim é uma excelente ferramenta de ensino, principalmente nos dias de hoje onde há muitos gamers e estudantes de ambos os sexos.

2. Não acho interessante cobrar para aprender pois são poucas pessoas que tem grana suficiente para bancar uma faculdade ou curso do tipo, em Taguatinga (Brasilia DF) tem uma faculdade de design gráfico e que eu saiba se o aluno for bem nos estudos ele pode ser aprovado até pela Nintendo. Mas a meia bolsa dele é mais de 520 reais mensais, ai fica difícil.

Claro eu não aprovo a pirataria, mas maior crime comete o governo que ferra com os impostos abusivos que impede a galera se profissionalizar.

Enfim Desculpe se falei alguma besteira, essa é a realidade que eu vivo pelo menos.

Não seria como pagar uma faculdade ou algo assim, mas comprar o jogo. Não seria tão caro.

Como vão todos!

Assim como Jack - o estripador fazia, vamos por partes! :)

Primeiramente gostaria de parabenizar o Nandikki por criar a matéria e gerar a discussão, pois é dela que nasce a luz.
Sou programador em Visual Basic (principalmente VBA) desde 2000, mais ou menos, já criei vários jogos no Access, alguns educativos os quais utilizei para que minha filha, na época com 4 anos, aprendesse a ler e escrever, contar, etc; então sou tremendamente suspeito pra opinar sobre se a programação em RPG Maker surtiria algum efeito positivo na educação, pois em minha está está mais claro do que a água que corre nos rios (pelo menos aquela água que corria quando eu era moleque nos anos 80).
Fundamento isso com um exemplo que já citei em outro fórum: uma equipe de professores de diversas matérias decide fazer um trabalho em conjunto numa escola e como ferramenta principal será utilizado o RPG Maker. Os estudantes (alunos não, não é meu caro amigo e professor Ronaldo Bento) deverão fazer um trabalho sobre a "segunda guerra mundial" (escrito em minúsculo de propósito, pois para mim nenhuma guerra deveria ser tratada com título em maiúsculo, devido a dor e sofrimento que causa), onde se utilizarão e serão avaliados nas matérias História, Português, Geografia, Artes e Informática, pois as utilizarão para descrever, com a máxima precisão possível, todos os acontecimentos que, por exemplo, culminaram com o fim desta guerra. Os professores analisariam a qualidade da pesquisa realizada, o bom uso da linguagem escrita, os designers gráficos empregados e, por último e muito importante, a lógica de programação empregada. Para que esse trabalho não ficasse restrito ao software utilizado, ele deveria ser devidamente documentado, passo a passo. Eu imagino todos os benefícios que esse suposto trabalho traria.
Enfim, para mim, com toda a certeza o RPG Maker poderia ser utilizado como ferramenta de apoio para os estudos, principalmente porque ele faz uma coisa com a gente que é muito interessante: nos ajuda a exercitar o ato de pensar! Quantos makers aqui da Centro e de outros excelentes fóruns pelo mundo afora, ao desenvolverem o mais simples jogo que fosse, não tiveram que gastar muito da sua massa cinzenta? E o cérebro, assim como os demais componentes do nosso corpo, quando bem utilizado também se desenvolve, já foi provado e comprovado que ninguém nasce inteligente, mas que pode desenvolver uma inteligência com o aprendizado correto e aprender a gostar de ler...
E, até para aqueles que não gostam de ler como muitos e muitos que eu conheço, eu, por exemplo, tenho um filho de 25 anos (sim, sou velho e já sou avô hehe), o Jhoe, que não lê nem gibi, nem nada, bom, mas para aqueles que não gostam de ler, imaginem jogar o excelente Inkey University desenvolvido pelo amigo Uhtred (mentiroso, por sinal, pois estou quase no fim do jogo e não consegui encontrar uma falha sequer de lógica no enredo e de programação, então o cara manja muito do riscado hehe), se o cara não gostar de ler o cara não sai da primeira parte do jogo, pois, acredito, se somar todos os diálogos existentes ali dentro, o texto fica maior do que o livro que eu estou escrevendo, e quanta gente já não jogou e ainda não vai jogar o Inkey, gostando ou não de ler?
Bom, para não me estender mais, falando agora sobre a parte da comercialização, sou completamente a favor de que os desenvolvedores de jogos educativos tenham seus bons trabalhos vendidos, depois de prontos, seja ele desenvolvido no ambiente escolar ou de qualquer outra forma, primeiramente para valorizar o produto e o desenvolvedor, principalmente até o produto e dou um exemplo: criei um 2001 um programa para gerar estatísticas de acidentes de trânsito (está no meu blog, quem quiser conhecer e divulgar, fique a vontade) e o forneço gratuitamente sem nenhum tipo de senha desde 2005 e ele já se encontra em inúmeros municípios do Brasil, inclusive é o programa que utilizamos no Departamento em que trabalho desde 2002. Como o cedo o mesmo gratuitamente, o SEAT deixou de ser mais valorizado e muitos municípios nunca se utilizaram do mesmo, pois, aparentemente, tudo que é bom tem um valor comercial e se é "de graça" (fazendo uma brincadeira aqui com o nosso amado português) deve ser uma "des-graça". :)
Enfim, não sei como, com que tipo de incentivo, mas os trabalhos devem ser comercializados até para inspirarem a criação de outros educativos, cada vez melhores, e com isso potencializar a matéria jogo como crucial em nossas instituições de ensino. Inclusive eu creio que isso é o futuro, a tecnologia veio para ficar e cada vez mais será utilizada para auxiliar na formação dos melhores doutores de diversas especialidades.
Parabéns novamente pela matéria. Abraços para todos!

CitarNão seria como pagar uma faculdade ou algo assim, mas comprar o jogo. Não seria tão caro.

A tá, assim tudo bem eu concordo, pois seria um preço mais acessível. Tipo as antigas revistas de Rpg Maker Brasil (comprei duas na época), por um preço acessível não tenho nada contra ser comercializado (como antigamente).

20/09/2015 às 07:01 #9 Última edição: 20/09/2015 às 08:53 por NarukamiKyosuke
Com toda certeza jogos podem sim ajudar no ensino. Em maio de 2014 realizei um projeto científico justamente sobre isso (o relatório pode ser baixado neste link), onde até mesmo um jogo foi efetivamente criado com esse propósito e foi testado com crianças do 1° ano do fundamental (o jogo e as fotos do teste podem ser encontradas neste tópico).
O que não esta no tópico é o meu testemunho a seguir:

Serei breve. O jogo foi criado com o propósito de ensinar a tabuada, ou seja, contas de multiplicação. Na hora do teste, por serem crianças cursando o 1° ano do fundamental, elas ainda não sabiam multiplicar (nem mesmo ler a história do jogo). Então quando apareceu a primeira conta no jogo, as crianças ficaram em dúvida, não sabiam o que fazer, eu perguntei o que aconteceu e elas falaram que não sabiam multiplicar. Pensei por uns segundos em como ensinar de uma forma bem básica como multiplicar e então usei os dedos deles para explicar (uma linguagem bem infantil). Elas realizaram a primeira conta com minha ajuda. Logo depois apareceu mais uma conta, quando eu puxei o ar pra explicar novamente e ajudar a fazer a conta, a surpresa. Elas prontamente levantaram os dedos e fizeram a conta sozinhas. Inicialmente eu fiquei espantado, levei 1 minuto para explicar e elas aprenderam nesse pequeno tempo, mas depois fiquei orgulhoso por que eu tinha acabado de ensinar a algumas crianças como fazer contas de vezes, me senti ensinando a caminhar, o que eu fiz, 'nerdcamente' falando.  :XD:

Enfim, o que quero dizer é que com o auxílio de um jogo, em 1 minuto eu ensinei a tabuada, coisa que geralmente leva algumas semanas de aulas e tarefas de casa (não to dizendo que elas ficaram profissionais na tabuada, mas já estavam fazendo contas sozinhas...).

Sobre vender ou não, eu acho que cada um cobra se quiser. Por exemplo, vamos pegar o editor de fotos mais conhecido, existem programas parecidos com o PhotoShop totalmente gratuitos, mas geralmente eles tem menos funções e é justamente por isso que são grátis, não deu "tanto trabalho" fazer. Então se você fez um jogo (educativo ou não, mas que detenha todos os direitos autorais e tal) que deu muito trabalho fazer, cobre se quiser, você tem todo direito. Se não deu muito trabalho e acha que não deve ser cobrado, prefere deixar free, ué, decisão sua. Assim como compra quem quer, ninguém é obrigado a comprar.
Eu mesmo estava com um projeto de criar uma coletânea de jogos educativos para vender para escolas. Não dei continuidade por não ter "estrutura" e outros planos pessoais. Mas ainda gostaria de terminar esse projeto, gostaria de ser responsável pelo aprendizado de mais crianças e sentir novamente aquele orgulho de quando ensinei 4 crianças a fazer contas de vezes. Aquilo vai ficar marcado na minha memória para o resto da vida.

(Aproveitando o espaço, se você gostaria de me ajudar com esse projeto, me envie uma MP, talvez a gente converse e leve essa ideia adiante  :blink: )


Acesse esse Link Curioso

NarukamiKyosuke gostei muito do seu comentário e também da sua iniciativa em criar algo para trabalhar o conceito de tabuada. Estou baixando o seu relatório para analise.  :será: Acho muito interessante o ponto de vista de todos! Sobre remuneração... pense bem os que produzem conteúdos, por ex:  TVs abertas e muitos canais do YouTube são remunerados através de patrocínio ou doação. O desenvolvedor precisa de tempo e "tempo é Dinheiro", então é justo que o desenvolvedor de qualquer tipo de conteúdo seja valorizado até para que os usuários possam cobrar um conteúdo de qualidade.  :ok:         

27/09/2015 às 21:59 #11 Última edição: 27/09/2015 às 22:00 por anticasper
Ano passado eu apresentei um artigo na Prefeitura Municipal de Curitiba com o tema O USO DE JOGOS DIGITAIS COMO COMPLEMENTO AO CURRICULO EM
MOVIMENTO. Como macaco velho nas duas áreas (professor há 8 anos, desenvolvedor há 12) digo que o uso de jogos é uma puta forma de enriquecer o trabalho mas de nada adianta se não tiver uma proposta que complemente.

Existem DEZENAS de jogos educativos que não funcionam por simplesmente serem ruins enquanto jogos e ruins enquanto propostas de educar. Vejo muito mais utilidade em trabalhar matemática usando starcraft e simcity, história com os Assassins Creed e os vários de guerra, evolução com Spore, do que efetivamente com jogos educativos.

Como tive a formação de game design pude por em prática tudo o que aprendi lá na escola, criando propostas de game para complementar o trabalho em sala de aula. O legal era que o foco era para crianças na educação infantil, então tive que criar jogos para crianças de 5 meses até 6 anos. Vou deixa umas imagens para mostrar, bem como o artigo que apresentei.

Artigo

Fotos dos games criados em RPG Maker VX Ace:

Spoiler








[close]

Abs!


Eu canso de dizer pra galera que vem gravar aqui no meu estúdio que eu só sou o que sou no Rap hoje graças ao RPG Maker..
Nunca joguei nenhum jogo educativo, mas as comunidades e os próprios Maker's me ensinaram muito sobre as diversas áreas do Maker, e em cada uma delas eu aprendi algo fundamental pra minha carreira de musico e de produtor.
Aprendi a escrever melhor: Não que eu tenha aprendido a escrever, como vocês podem ver, tem uma pá de erros gramaticais e outros erros que eu nem sei o nome.. Ma graças ao Maker eu pude desenvolver melhor a minha escrita e ter uma noção um pouco mais ampla sobre roteiros. Isso hoje me faz ter mais sapiência na hora de compor minhas próprias musicas.
Aprendi a criar meus próprios logos usando o photoshop, e hoje eu produzo a arte das capas para CD's, singles no youtube, cartazes, banners e uma infinidade de outras coisas que faço com o photoshop.
Comecei a editar minhas próprias trilhas usando o Audacity que acabou sendo o primeiro programa que usei para gravar e mixar minhas musicas.
Enfim, posso dizer que o Maker me ensinou e tem me ensinado muito até hoje, não sei se era bem esse o proposito do tópico, mas parabéns pela matéria :ok:

29/09/2015 às 17:59 #13 Última edição: 29/09/2015 às 18:06 por Nandikki
Citação de: anticasper online 27/09/2015 às 21:59
Ano passado eu apresentei um artigo na Prefeitura Municipal de Curitiba com o tema O USO DE JOGOS DIGITAIS COMO COMPLEMENTO AO CURRICULO EM
MOVIMENTO. Como macaco velho nas duas áreas (professor há 8 anos, desenvolvedor há 12) digo que o uso de jogos é uma puta forma de enriquecer o trabalho mas de nada adianta se não tiver uma proposta que complemente.

Existem DEZENAS de jogos educativos que não funcionam por simplesmente serem ruins enquanto jogos e ruins enquanto propostas de educar. Vejo muito mais utilidade em trabalhar matemática usando starcraft e simcity, história com os Assassins Creed e os vários de guerra, evolução com Spore, do que efetivamente com jogos educativos.

Como tive a formação de game design pude por em prática tudo o que aprendi lá na escola, criando propostas de game para complementar o trabalho em sala de aula. O legal era que o foco era para crianças na educação infantil, então tive que criar jogos para crianças de 5 meses até 6 anos. Vou deixa umas imagens para mostrar, bem como o artigo que apresentei.

Artigo

Fotos dos games criados em RPG Maker VX Ace:

Spoiler








[close]

Abs!

Que coisa linda Casper  :*-*:.

Citação de: Magic D online 29/09/2015 às 13:16
Eu canso de dizer pra galera que vem gravar aqui no meu estúdio que eu só sou o que sou no Rap hoje graças ao RPG Maker..
Nunca joguei nenhum jogo educativo, mas as comunidades e os próprios Maker's me ensinaram muito sobre as diversas áreas do Maker, e em cada uma delas eu aprendi algo fundamental pra minha carreira de musico e de produtor.
Aprendi a escrever melhor: Não que eu tenha aprendido a escrever, como vocês podem ver, tem uma pá de erros gramaticais e outros erros que eu nem sei o nome.. Ma graças ao Maker eu pude desenvolver melhor a minha escrita e ter uma noção um pouco mais ampla sobre roteiros. Isso hoje me faz ter mais sapiência na hora de compor minhas próprias musicas.
Aprendi a criar meus próprios logos usando o photoshop, e hoje eu produzo a arte das capas para CD's, singles no youtube, cartazes, banners e uma infinidade de outras coisas que faço com o photoshop.
Comecei a editar minhas próprias trilhas usando o Audacity que acabou sendo o primeiro programa que usei para gravar e mixar minhas musicas.
Enfim, posso dizer que o Maker me ensinou e tem me ensinado muito até hoje, não sei se era bem esse o proposito do tópico, mas parabéns pela matéria :ok:

Me identifiquei com esse relato, as comunidades makers causam grandes impactos na vida de seus membros, ainda mais de quem começa bem jovem (10-11 anos, meu caso).

Sou estudante de escola pública e gremista(líder estudantil dentro da escola), e achei muito interessante esse debate sobre a RPG na educação especialmente quando se dirige ao âmbito público.

Além disso sou gamer a bastante tempo e adoro RPGs Eletrônicos,conheço a engine RPG Maker Vx Ace e tive uma breve experiência com ela,acredito que seria ótimo se estivessem presentes dentro dos laboratório de informática nas escolas públicas, parabéns pela ótima matéria e debate em cima dela.