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Resultados - Gladiador RuanCarlsyo vs. O Mundo

Iniciado por Misty, 08/12/2014 às 21:46

08/12/2014 às 21:46 Última edição: 05/01/2015 às 19:25 por Mistyrol
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» APRESENTAÇÃO

Bem-vindo ao Colosseum! Esta noite você presenciará uma grandiosa batalha entre o nosso Gladiador [user]RuanCarlsyo[/user] e todos os outros desafiantes, lutando bravamente pelo grandioso posto de Gladiador da Disputa Épica!

Confira as últimas palavras dos lutadores:

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Gladiador RuanCarlsyo:
"Espero entregar o texto a tempo dessa vez. :/"

Desafiante Dark4000:
"Hur duh"

Desafiante Hanzo:
"E lá vamos nós!"

Desafiante GuilhermeDL:
"The Game Is On"

Desafiante Isildur:
"Nós temos o que temos agora por sorte, e não seremos fortes o bastante mais tarde para obtermos o que precisamos"

Desafiante Strong Rock:
"Não é interessante? Estamos todos perto da morte, então sorriam!"

Desafiante Pri177:
"la cucaracha!"

Desafiante GuilherVX:
"I'll draw the drapes, now destiny is done ♫"

Desafiante JackFrost:
"Toca Sandy e Junior."

Desafiante Majora:
"Ó capitão, meu capitão!"

Desafiante SantannaCL:
"Eheh, let's do this."
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» DETALHES DO COMBATE

Então vamos logo ver os detalhes do combate:


  • Tema: Narrativa Ininterrupta;
  • Tamanho: De 800 a 1.500 palavras;
  • Prazo de Entrega: 28/12/2014;
  • Premiação: 80 ouros e o cargo de gladiador ao vencedor, 20 ouros aos perdedores;
  • Adicionais: O tema para a narrativa é livre. Todos os participantes deverão escrever uma narrativa de um único parágrafo, sem perder o foco da história.


QUE COMECE A DISPUTA!

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FINAL DE BATALHA


Chegamos ao fim de mais uma batalha árdua pelo posto de Gladiador da Disputa Épica. Vejamos os resultados.


» AVALIAÇÃO DO MESTRE


Hanzo
Desafiante

"Mulheres"

Notas

Ortografia: 10
Coerência: 10
Narrativa: 8,5
Criatividade: 10

Nota Final


9,6
         

Isildur
Desafiante

"Centrália"

Notas

Ortografia: 5,0
Coerência: 3,0
Narrativa: 3,0
Criatividade: 4,5

Nota Final


3,8


TEXTOS



"Centrália"
"Mesmo que me acendessem a luz"
Mulheres
Vocês sabem como são as mulheres, não sabem? Elas são meigas, cheirosas, amorosas e se empolgam facilmente quando estão contando alguma história. A minha não é diferente. Certo dia fui buscá-la no trabalho, ela entrou no carro, me deu um beijo e começou a falar: "Amor, você não sabe! Hoje fui almoçar com a Carol, e ela me contou o que o Chris fez nesse fim de semana e você não vai acreditar! Você acredita que aquele filho da mãe foi fazer escândalo na porta da casa dela? Ele viu que o carro dela não estava na garagem, parou o carro dele na porta da casa dela e ficou esperando ela chegar! Por que você lembra, né? Que eles não estão mais se falando, que ela não está mais atendendo ele. Então ai ele parou o carro na porta da garagem dela, atravessou a rua e ficou esperando dentro da casa dele ela chegar. Também, ela não podia escolher alguém que morasse mais longe? Vai escolher logo o vizinho! Ai ela chegou tarde, pra ajudar. Foi bem no dia da festa lá da Re, lembra? A gente saiu bem tarde de lá também. Nossa a mãe da Re cozinha muito, né? Aquela pizza que ela mesma faz a massa é divina! Vou ver com a Re se a mãe dela não pode me ensinar a fazer aquela massa. Mas o brigadeiro dela não é muito bom não, o meu é muito melhor! Quem sabe se ela me ensinar a fazer a massa eu não ensino ela a fazer o brigadeiro? Nossa, a mulher do Enrico deve ter ficado brava com ele naquele dia também! Ele tomou todas na festa, e ainda voltou tarde pra casa. Mas ela devia ter ido junto com ele na festa, fica em casa ao invés de sair junto com o marido. Ela é muito antisocial!". Nesse momento fiz uma pequena intervenção, relembrando-a do assunto principal: "Ah! Sim! Então, ai quando ela chegou, ela não pode estacionar. Teve que sair e ir chamá-lo. Era tudo o que ele queria. Ele saiu fazendo o maior escândalo na rua, de madrugada, você acredita? Falando que agora ela tinha que falar com ele! Que ela não podia ficar ignorando ele daquele jeito! Olha, mas que cara mané, viu? Ele já não percebeu que ela não quer mais nada com ele? Ela já falou com todas as letras, até já desenhou, mas ele não entende! Ai saiu todo mundo pra rua. A mãe dela, a mãe dele, o pai dele, os vizinhos, maior baixaria. Ai a Carol entrou, e o pai dele teve que colocar o garoto pra dentro a força! Vê se pode? O cara não sai do bar, só quer saber de ficar bebendo no bar do pai, porque eu achei que ele ia lá para trabalhar, mas não! Ele vai lá pra ficar bebendo e jogando truco, não quer saber de estudar, sabe? E a Carol não, ela quer estudar, quer fazer intercâmbio pra aprender o inglês, e você não vai acreditar? Esse infeliz ainda falou que sou uma burguesinha mimada! E que sou eu que estou colocando essas coisas na cabeça dela! Você acredita? É um babaca mesmo! Eu falei pra ela que ela devia continuar estudando mesmo! E se tivesse a oportunidade, que devia ir estudar fora do país. Hoje em dia, se a pessoa quiser ser alguém na vida, ela tem que fazer uma faculdade, um intercâmbio, e não pode parar por ai! Tem que fazer uma pós-graduação, saber três idiomas, por isso que ano que vem eu vou começar a minha pós! Eu só não sei do que vou fazer ainda. To pensando em gestão de pessoas ou gestão de projetos, não sei qual seria melhor para mim, para a minha carreira. A Maria está fazendo de gestão de projetos, ela está gostando. Acho que vou fazer essa, não sei se eu me daria muito bem fazendo gestão de pessoas. Eu não gosto muito de pessoas. Enfim, e você? Me conta um pouco como foi o seu dia?". Nesse momento, antes mesmo que eu pudesse começar a falar, ela retomou: "Você falou com a sua mãe sobre as festas do fim de ano? Por que você ficou de falar com ela! Eu falei com a minha e ela vai fazer o peru para o Natal e o escondidinho que você pediu. Meu pai também já alugou as mesas para o Ano Novo, e falou que no dia primeiro ele está pensando em fazer um churrasco, o que você acha? Ah! A gente tem que passar no mercado, porque não tenho tudo lá em casa para fazer o doce pra véspera, está faltando o leite condensado e as bolachas! Sua irmã vai fazer aquele doce de uva? Pro meu irmão eu pedi pra levar um sorvete mesmo, acho que tá bom, né? Ai amor, você errou o caminho de novo? Não falei que tínhamos que passar no mercado? Bom, passa naquele perto da sua mãe mesmo.". E ela continuou falando até chegarmos ao mercado. As mulheres são assim, elas possuem a capacidade de conectar coisas sem conexão, falar por horas nas nossas cabeças sobre diversos assuntos, sem parar para respirar ou mesmo ouvir as nossas considerações ou histórias, mas o que podemos fazer? Não dá para viver sem elas!
[close]

  Antes de começar as avaliações, gostaria de expor o meu total descontentamento com os participantes. Primeiro fazem um "protesto" pedindo a retirada do nosso antigo mestre, Lotmaker, citanto a demora para as avaliações, falta de comprometimento, entre outros, como motivo da queixa, e depois, quando resolvemos fazer as mudanças para pudesse agradar ambas as partes, o que acontece? Simplesmente apenas 3 dos 11 participantes entregaram o que foi pedido. Muito triste ver esse tipo de coisa, além de ser um tanto contraditório, e eu esperava muito de diversos participantes.

  Falando sobre os textos, o texto enviado pelo membro Strong Rock (Mesmo que me acendessem a luz) foi desclassificado por não respeitar o limite de palavras estipulado anteriormente.



Hanzo: A ideia central do texto é muito boa. Achei interessante a proposta de expor a visão do personagem sobre as mulheres, além de transparecer que o protagonista era um cara realmente muito paciente. Não tenho do que reclamar em relação a ortografia e a coerência do texto, não posso dizer que foi entregue de primeira, mas a revisão ficou muito boa, além de ser uma história constante, sem interrupções ou mudança de rumo (exceto o que é proposital, como as constantes mudanças no assunto feitas pela namorada).

Resolvi dar uma nota menor para a narrativa pois o texto acabou ficando um pouco rápido demais, as informações são dadas de maneira muito rápida e aleatória, compreendo que seja essa a intenção do texto, por se tratar de uma crítica em relação a facilidades que a mulheres possuem de mudarem de assunto rapidamente e fazer conexões em coisas não conectáveis, mesmo assim poderia ter soltado algumas informações um pouco mais devagar.

Isildur: Eu realmente esperava mais. Não sei dizer se o texto foi feito ás pressas ou se não foi revisado, existem muitos erros de digitação, muitas falhas na pontuação, palavras faltando, entre outros erros de ortografia. Estou tentando encontrar a coerência do texto. Por que raios Eric ignora um tremor? Se a cidade estava um caos, por que ele não percebeu isso ao ver as janelas por onde entrava a luz? Em 1962, as sirenes não eram tão antigas assim, tendo em mente que a segunda guerra terminou em 1945.

  Ao falar sobre a cratera que se abriu enquanto Eric entregava a chave de sua moto para May, você deixou o texto muito confuso, em um minuto ele colocava as roupas de Todd em uma bolsa, no outro ele estava pulando para se salvar de um desastre. Não faz sentido, falta coerência. Aliás, você foi capaz de introduzir 5 personagens em apenas algumas linhas. De onde saíram esses personagens? Qual a importância deles para o desenrolar do texto? Consegue entender o que quero dizer? Evite colocar informações desnecessárias no seu texto, não existe necessidade de fazer isso só para preencher a exigência de palavras.

  Finalizando, a narrativa ficou rápida e confusa, é preciso ter em mente que você está narrando o texto em primeira pessoa e dá explicações sobre os lugares como se fosse um texto informativo. Lembre-se de manter-se no básico, apenas no necessário. Ao todo, foi uma ideia bem clichê, porém poderia ter sido melhor trabalhada, tenho certeza que poderia conseguir um resultado melhor.


» O GLADIADOR

E com isto, o vencedor deste desafio é o Gladiador [user]Hanzo[/user]

Parabéns pela conquista e por manter seu posto, agora vejam os comentários da plateia sobre sua disputa!

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Ah, a revisão que eu queria foi pro espaço. Poxa, internet. XD

Eu gostei do texto do Hanzo, bem estruturado e tudo mais, inclusive, evidentemente superior ao do Isildur, que tem erros bem visíveis de narrativa e ortografia. Mas mesmo assim, parabéns pros dois, ótimos trabalhos e boa disputa! o/

Não que vá mudar alguma coisa na altura do campeonato, mas...
O meu texto está dentro do limite de palavras mas, por alguma razão, o Deviantart bugou legal o meu texto.
Citação de: DeviantartConversávamos sobre como nos conhecemos, quando começamos a sair, e quando começamos a namorar. Subitamente, ela entristeceu-se e começou a chorar baixo; coloquei meus braços a sua volta em forma de consolo, mas em verdade eu também estava triste. Conhecemo-nos a menos de um ano, e o que seria nosso primeiro Natal juntos, tornou-se o último. Sentia-me culpado, pode ser que quando eu vá embora ela volte a ter os medos que tinha: medo do calor humano, medo de conversar, medo de confiar, medos que, apesar de não aparecerem, não sumiram; Eu não gostava de pensar nisso, e não pensava, até aquele momento. Cogitei largar tudo e permanecer cuidando dela, mas sabia que a perda seria muito grande então, ao invés de pensar no que seria de nós no futuro, concluí que faria dos nossos últimos momentos juntos nossos momentos mais felizes: levei-a a um acampamento próximo a uma grande cachoeira (raridade na região onde moro, viajamos durante 4 horas), com um grupo de amigos, primos, e minha mãe (que morava comigo e com ela, sempre me ajudando), onde eu pude nadar e subir as pedras com ela (apesar dela ter hesitado bastante), mas, definitivamente o que ela mais aproveitou foi ouvir o som da água corrente; também tirei um dia inteiro de folga apenas para, pura e simplesmente, passar o tempo com ela em casa. Li várias histórias clássicas como "Briar Rose" e "Snow White", suas preferidas e, posteriormente, ela inventou várias histórias, que contara a mim; depois, ligamos o rádio e brincamos de karaokê com as músicas que tocavam – rimos como nunca; fiz pipoca, e ficamos o resto da tarde apenas sentados na poltrona da sala, no escuro, ouvindo música clássica instrumental. À noite, ajudei-a a escrever sua própria história: uma história pequena, com poucos trechos, que ela dedicou a mim. Ao chegar o Natal, fiz uma pequena ceia só para nós dois e para minha mãe. Como presente, fiz uma vela artesanal com uma pomba talhada na cera e, abaixo da pomba, a frase "Te escreverei sempre" em pontos − ela acabou por se emocionar mais uma vez.  Para mim, ela deu a história que tinha escrito comigo, mas encapada e corrigida, na forma de apostila. O que me surpreendeu foi que o título da história estava escrito em uma grande grafia sinuosa e artística, enquanto o resto da apostila estava em braile. Quando eu perguntei quem escrevera o título por ela, me disse que havia pedido para minha mãe. Fez uma breve pausa para abaixar a cabeça, envergonhada, e disse que queria que, ao menos o título, eu pudesse ler com clareza para sempre recordar. Abracei-a com muita força, por um longo tempo. Ela acabou chorando mais uma vez, e confesso que me sensibilizei também, pensando no momento em que a deixaria para trás e seguiria em frente. Passados os dias, esse momento chegou ao final de janeiro. Ao passo que me afastava dela pelo longo corredor do aeroporto, sua imagem chorosa e da minha mãe que me acenava e a consolava iam ficando cada vez mais distantes e borradas – por um momento, pensei em largar a mala e voltar atrás, mas foi só uma expectativa que passou de relance e me deprimiu um pouco. Quando entrei no avião, peguei na minha mochila a apostila que ela me deu no Natal e me sentei; passei minutos investigando a capa, especificamente o título. Passava meus dedos sobre a única página da apostila, diversas vezes, e voltava ao título, repetidamente. "Passei tanto tempo cansada de tudo que, um dia, em uma visita à biblioteca com minha tia, adormeci enquanto fingia ler um livro. Um rapaz me acordou, com um tom confuso, e me perguntou se eu estava bem". Lia em meus pensamentos como se ela estivesse sentada ao meu lado lendo com sua voz suave, no lugar de uma idosa que já dormia babando e roncando alto ao meu lado. "Eu estava para morrer, naquele momento. 'Não me olhe, não me olhe assim! ' era só o que eu pensava, enquanto ele me encarava". Do jeito que ela é, eu sei que nunca me diria as coisas que estão escritas na apostila. Mas, ainda sim, ela queria poder dizer. "Como sempre, comecei a chorar de vergonha, com a cabeça abaixada. Isso o deixou ainda mais confuso e preocupado, fazendo-o perguntar incansavelmente o que ocorrera, mas eu não conseguia parar de chorar. Ele colocou uma mão em meu obro, e senti que ele abaixou-se perto de mim. Eu levantei meu rosto procurando por ele, e para mim, essa foi a parte mais triste. Ainda sim, por alguma razão, dessa vez eu não chorei." Relendo o texto inteiro diversas vezes, não vi nenhum erro de impressão do braile; conclui, então, que ela datilografou aquilo inúmeras vezes, pois eu sei que a máquina que ela usara era velha e defeituosa. Esbocei um sorriso de satisfação no rosto, pensando em como ela teve cuidado para fazer aquilo para mim – naquele momento, fechei meu cinto e o avião decolou. "'Oh. ', foi só o que eu ouvi de você, a partir de então. Fiquei parada por um momento, mas então fingi que nada ocorrera, me levantei da mesa e andei para o lado contrário; acabei atropelando uma estante que, é claro, não vi." Quando fiquei com sono, guardei a apostila e apoiei minha cabeça no banco, ainda com a 'história' na cabeça. "Continuei em pé, parada, até sentir uma mão segurar a minha. 'Se importa se eu acender a luz para você? ' o mesmo rapaz disse, rindo, e me levou até minha tia, sem soltar minha mão uma vez sequer; enquanto andava, cuidava para ir bem devagar, para que eu pudesse acompanhá-lo, e me avisava de qualquer obstáculo que houvesse. Ele explicou a situação para minha tia, que agradeceu e se despediu, tomando minha mão. Mas subitamente, ele pediu um momento. Aguardamos uns poucos minutos, até que ele voltasse, quando tomou minha mão e deixou comigo um papel pequeno. Era um número de telefone, datilografado em braile." Quando pude soltar o cinto, desliguei a luz e adormeci, ainda sorrindo. "'Quando quiser que a luz fique acesa, me ligue, ok? ' foi o que ele me disse. Nesse momento, voltei a chorar, e foi quando eu te abracei pela primeira vez." Ao acordar, me lembro bem: minha visão ainda estava borrada e tudo que via era branco. Sentei-me na maca, sem poder mexer minhas duas pernas, que estavam parcialmente feridas, e só depois de recobrar a visão e os sentidos fiquei sabendo que o avião passou por uma turbulência e tiveram que fazer um pouso de emergência; alguns acabaram saindo feridos – entre estes, eu. Um telefone na mesa ao lado começou a tocar, e quando atendi, percebi que eConversávamos sobre como nos conhecemos, quando começamos a sair, e quando começamos a namorar. Subitamente, ela entristeceu-se e começou a chorar baixo; coloquei meus braços a sua volta em forma de consolo, mas em verdade eu também estava triste. Conhecemo-nos a menos de um ano, e o que seria nosso primeiro Natal juntos, tornou-se o último. Sentia-me culpado, pode ser que quando eu vá embora ela volte a ter os medos que tinha: medo do calor humano, medo de conversar, medo de confiar, medos que, apesar de não aparecerem, não sumiram; Eu não gostava de pensar nisso, e não pensava, até aquele momento. Cogitei largar tudo e permanecer cuidando dela, mas sabia que a perda seria muito grande então, ao invés de pensar no que seria de nós no futuro, concluí que faria dos nossos últimos momentos juntos nossos momentos mais felizes: levei-a a um acampamento próximo a uma grande cachoeira (raridade na região onde moro, viajamos durante 4 horas), com um grupo de amigos, primos, e minha mãe (que morava comigo e com ela, sempre me ajudando), onde eu pude nadar e subir as pedras com ela (apesar dela ter hesitado bastante), mas, definitivamente o que ela mais aproveitou foi ouvir o som da água corrente; também tirei um dia inteiro de folga apenas para, pura e simplesmente, passar o tempo com ela em casa. Li várias histórias clássicas como "Briar Rose" e "Snow White", suas preferidas e, posteriormente, ela inventou várias histórias, que contara a mim; depois, ligamos o rádio e brincamos de karaokê com as músicas que tocavam – rimos como nunca; fiz pipoca, e ficamos o resto da tarde apenas sentados na poltrona da sala, no escuro, ouvindo música clássica instrumental. À noite, ajudei-a a escrever sua própria história: uma história pequena, com poucos trechos, que ela dedicou a mim. Ao chegar o Natal, fiz uma pequena ceia só para nós dois e para minha mãe. Como presente, fiz uma vela artesanal com uma pomba talhada na cera e, abaixo da pomba, a frase "Te escreverei sempre" em pontos − ela acabou por se emocionar mais uma vez.  Para mim, ela deu a história que tinha escrito comigo, mas encapada e corrigida, na forma de apostila. O que me surpreendeu foi que o título da história estava escrito em uma grande grafia sinuosa e artística, enquanto o resto da apostila estava em braile. Quando eu perguntei quem escrevera o título por ela, me disse que havia pedido para minha mãe. Fez uma breve pausa para abaixar a cabeça, envergonhada, e disse que queria que, ao menos o título, eu pudesse ler com clareza para sempre recordar. Abracei-a com muita força, por um longo tempo. Ela acabou chorando mais uma vez, e confesso que me sensibilizei também, pensando no momento em que a deixaria para trás e seguiria em frente. Passados os dias, esse momento chegou ao final de janeiro. Ao passo que me afastava dela pelo longo corredor do aeroporto, sua imagem chorosa e da minha mãe que me acenava e a consolava iam ficando cada vez mais distantes e borradas – por um momento, pensei em largar a mala e voltar atrás, mas foi só uma expectativa que passou de relance e me deprimiu um pouco. Quando entrei no avião, peguei na minha mochila a apostila que ela me deu no Natal e me sentei; passei minutos investigando a capa, especificamente o título. Passava meus dedos sobre a única página da apostila, diversas vezes, e voltava ao título, repetidamente. "Passei tanto tempo cansada de tudo que, um dia, em uma visita à biblioteca com minha tia, adormeci enquanto fingia ler um livro. Um rapaz me acordou, com um tom confuso, e me perguntou se eu estava bem.". Lia em meus pensamentos como se ela estivesse sentada ao meu lado lendo com sua voz suave, no lugar de uma idosa que já dormia babando e roncando alto ao meu lado. "Eu estava para morrer, naquele momento. 'Não me olhe, não me olhe assim! ' era só o que eu pensava, enquanto ele me encarava.". Do jeito que ela é, eu sei que nunca me diria as coisas que estão escritas na apostila. Mas, ainda sim, ela queria poder dizer. "Como sempre, comecei a chorar de vergonha, com a cabeça abaixada. Isso o deixou ainda mais confuso e preocupado, fazendo-o perguntar incansavelmente o que ocorrera, mas eu não conseguia parar de chorar. Ele colocou uma mão em meu obro, e senti que ele abaixou-se perto de mim. Eu levantei meu rosto procurando por ele, e para mim, essa foi a parte mais triste. Ainda sim, por alguma razão, dessa vez eu não chorei."  Relendo o texto inteiro diversas vezes, não vi nenhum erro de impressão do braile; conclui, então, que ela datilografou aquilo inúmeras vezes, pois eu sei que a máquina que ela usara era velha e defeituosa. Esbocei um sorriso de satisfação no rosto, pensando em como ela teve cuidado para fazer aquilo para mim – naquele momento, fechei meu cinto e o avião decolou. "'Oh. ', foi só o que eu ouvi de você, a partir de então. Fiquei parada por um momento, mas então fingi que nada ocorrera, me levantei da mesa e andei para o lado contrário; acabei atropelando uma estante que, é claro, não vi." Quando fiquei com sono, guardei a apostila e apoiei minha cabeça no banco, ainda com a 'história' na cabeça. "Continuei em pé, parada, até sentir uma mão segurar a minha. 'Se importa se eu acender a luz para você? ' o mesmo rapaz disse, rindo, e me levou até minha tia, sem soltar minha mão uma vez sequer; enquanto andava, cuidava para ir bem devagar, para que eu pudesse acompanhá-lo, e me avisava de qualquer obstáculo que houvesse. Ele explicou a situação para minha tia, que agradeceu e se despediu, tomando minha mão. Mas subitamente, ele pediu um momento. Aguardamos uns poucos minutos, até que ele voltasse, quando tomou minha mão e deixou comigo um papel pequeno. Era um número de telefone, datilografado em braile." Quando pude soltar o cinto, desliguei a luz e adormeci, ainda sorrindo. "'Quando quiser que a luz fique acesa, me ligue, ok? ' foi o que ele me disse. Nesse momento, voltei a chorar, e foi quando eu te abracei pela primeira vez."  Ao acordar, me lembro bem: minha visão ainda estava borrada e tudo que via era branco. Sentei-me na maca, sem poder mexer minhas duas pernas, que estavam parcialmente feridas, e só depois de recobrar a visão e os sentidos fiquei sabendo que o avião passou por uma turbulência e tiveram que fazer um pouso de emergência; alguns acabaram saindo feridos – entre estes, eu. Um telefone na mesa ao lado começou a tocar, e quando atendi, percebi que ela estava ao telefone; voltei a me deitar na maca, enquanto ela chorava alto, fiquei sem falar nada, até que ela parou de chorar e me perguntou se eu ainda estava na linha. "Obrigado por acender a luz.", eu respondi, e ela voltou a chorar, dessa vez, rindo.la estava ao telefone; voltei a me deitar na maca, enquanto ela chorava alto, fiquei sem falar nada, até que ela parou de chorar e me perguntou se eu ainda estava na linha. "Obrigado por acender a luz.", eu respondi, e ela voltou a chorar, dessa vez, rindo.

Esse texto tem 2339 palavras. Mas observe o trecho em vermelho, não há nada errado?

Citação de: OriginalConversávamos sobre como nos conhecemos, quando começamos a sair, e quando começamos a namorar. Subitamente, ela entristeceu-se e começou a chorar baixo; coloquei meus braços a sua volta em forma de consolo, mas em verdade eu também estava triste. Conhecemo-nos a menos de um ano, e o que seria nosso primeiro Natal juntos, tornou-se o último. Sentia-me culpado, pode ser que quando eu vá embora ela volte a ter os medos que tinha: medo do calor humano, medo de conversar, medo de confiar, medos que, apesar de não aparecerem, não sumiram; Eu não gostava de pensar nisso, e não pensava, até aquele momento. Cogitei largar tudo e permanecer cuidando dela, mas sabia que a perda seria muito grande então, ao invés de pensar no que seria de nós no futuro, concluí que faria dos nossos últimos momentos juntos nossos momentos mais felizes: levei-a a um acampamento próximo a uma grande cachoeira (raridade na região onde moro, viajamos durante 4 horas), com um grupo de amigos, primos, e minha mãe (que morava comigo e com ela, sempre me ajudando), onde eu pude nadar e subir as pedras com ela (apesar dela ter hesitado bastante), mas, definitivamente o que ela mais aproveitou foi ouvir o som da água corrente; também tirei um dia inteiro de folga apenas para, pura e simplesmente, passar o tempo com ela em casa. Li várias histórias clássicas como "Briar Rose" e "Snow White", suas preferidas e, posteriormente, ela inventou várias histórias, que contara a mim; depois, ligamos o rádio e brincamos de karaokê com as músicas que tocavam – rimos como nunca; fiz pipoca, e ficamos o resto da tarde apenas sentados na poltrona da sala, no escuro, ouvindo música clássica instrumental. À noite, ajudei-a a escrever sua própria história: uma história pequena, com poucos trechos, que ela dedicou a mim. Ao chegar o Natal, fiz uma pequena ceia só para nós dois e para minha mãe. Como presente, fiz uma vela artesanal com uma pomba talhada na cera e, abaixo da pomba, a frase "Te escreverei sempre" em pontos − ela acabou por se emocionar mais uma vez.  Para mim, ela deu a história que tinha escrito comigo, mas encapada e corrigida, na forma de apostila. O que me surpreendeu foi que o título da história estava escrito em uma grande grafia sinuosa e artística, enquanto o resto da apostila estava em braile. Quando eu perguntei quem escrevera o título por ela, me disse que havia pedido para minha mãe. Fez uma breve pausa para abaixar a cabeça, envergonhada, e disse que queria que, ao menos o título, eu pudesse ler com clareza para sempre recordar. Abracei-a com muita força, por um longo tempo. Ela acabou chorando mais uma vez, e confesso que me sensibilizei também, pensando no momento em que a deixaria para trás e seguiria em frente. Passados os dias, esse momento chegou ao final de janeiro. Ao passo que me afastava dela pelo longo corredor do aeroporto, sua imagem chorosa e da minha mãe que me acenava e a consolava iam ficando cada vez mais distantes e borradas – por um momento, pensei em largar a mala e voltar atrás, mas foi só uma expectativa que passou de relance e me deprimiu um pouco. Quando entrei no avião, peguei na minha mochila a apostila que ela me deu no Natal e me sentei; passei minutos investigando a capa, especificamente o título. Passava meus dedos sobre a única página da apostila, diversas vezes, e voltava ao título, repetidamente. "Passei tanto tempo cansada de tudo que, um dia, em uma visita à biblioteca com minha tia, adormeci enquanto fingia ler um livro. Um rapaz me acordou, com um tom confuso, e me perguntou se eu estava bem". Lia em meus pensamentos como se ela estivesse sentada ao meu lado lendo com sua voz suave, no lugar de uma idosa que já dormia babando e roncando alto ao meu lado. "Eu estava para morrer, naquele momento. 'Não me olhe, não me olhe assim! ' era só o que eu pensava, enquanto ele me encarava". Do jeito que ela é, eu sei que nunca me diria as coisas que estão escritas na apostila. Mas, ainda sim, ela queria poder dizer. "Como sempre, comecei a chorar de vergonha, com a cabeça abaixada. Isso o deixou ainda mais confuso e preocupado, fazendo-o perguntar incansavelmente o que ocorrera, mas eu não conseguia parar de chorar. Ele colocou uma mão em meu obro, e senti que ele abaixou-se perto de mim. Eu levantei meu rosto procurando por ele, e para mim, essa foi a parte mais triste. Ainda sim, por alguma razão, dessa vez eu não chorei." Relendo o texto inteiro diversas vezes, não vi nenhum erro de impressão do braile; conclui, então, que ela datilografou aquilo inúmeras vezes, pois eu sei que a máquina que ela usara era velha e defeituosa. Esbocei um sorriso de satisfação no rosto, pensando em como ela teve cuidado para fazer aquilo para mim – naquele momento, fechei meu cinto e o avião decolou. "'Oh. ', foi só o que eu ouvi de você, a partir de então. Fiquei parada por um momento, mas então fingi que nada ocorrera, me levantei da mesa e andei para o lado contrário; acabei atropelando uma estante que, é claro, não vi." Quando fiquei com sono, guardei a apostila e apoiei minha cabeça no banco, ainda com a 'história' na cabeça. "Continuei em pé, parada, até sentir uma mão segurar a minha. 'Se importa se eu acender a luz para você? ' o mesmo rapaz disse, rindo, e me levou até minha tia, sem soltar minha mão uma vez sequer; enquanto andava, cuidava para ir bem devagar, para que eu pudesse acompanhá-lo, e me avisava de qualquer obstáculo que houvesse. Ele explicou a situação para minha tia, que agradeceu e se despediu, tomando minha mão. Mas subitamente, ele pediu um momento. Aguardamos uns poucos minutos, até que ele voltasse, quando tomou minha mão e deixou comigo um papel pequeno. Era um número de telefone, datilografado em braile." Quando pude soltar o cinto, desliguei a luz e adormeci, ainda sorrindo. "'Quando quiser que a luz fique acesa, me ligue, ok? ' foi o que ele me disse. Nesse momento, voltei a chorar, e foi quando eu te abracei pela primeira vez." Ao acordar, me lembro bem: minha visão ainda estava borrada e tudo que via era branco. Sentei-me na maca, sem poder mexer minhas duas pernas, que estavam parcialmente feridas, e só depois de recobrar a visão e os sentidos fiquei sabendo que o avião passou por uma turbulência e tiveram que fazer um pouso de emergência; alguns acabaram saindo feridos – entre estes, eu. Um telefone na mesa ao lado começou a tocar, e quando atendi, percebi que ela estava ao telefone; voltei a me deitar na maca, enquanto ela chorava alto, fiquei sem falar nada, até que ela parou de chorar e me perguntou se eu ainda estava na linha. "Obrigado por acender a luz.", eu respondi, e ela voltou a chorar, dessa vez, rindo.

O texto acima foi o que eu upei, que tem 1165 palavras mas, por alguma razão desagradável, o Deviantart bugou o texto e repetiu um trecho. Eu não pude ver isso depois pois a minha internet até ontem não carregava o Deviantart direito, eu só consegui enviar por pura sorte. XD

De qualquer forma, é isso. Agora vou acertar o texto no DA. (:

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Poxa, bom ver que o Hanzo voltou ao jogo. Gostei bastante do texto, tem uma ironia leve nele que é bem divertida.
A do ISILDUR está bem desconjuntada fora que está com informação demais. Acho que ficou bem mais descritivo que narrativo e isso ferra qualquer história.

Eu realmente estou ficando muito babaca... ou muito velho. Você decide.

Não é surpresa pra mim que tenha sido tão ruim. Eu não tive tempo de revisar direito então eu deixei assim mesmo.
E quanto sobre a sirene, Centrália é uma cidade realmente pequena, existem alguma cidades pequenas costeiras nos EUA e na Inglaterra ainda tem sirenes mesmo hoje em dia.


Essas datas são meu carrasco mesmo. Foram 10 dias de prazo com o natal no meio. Terminei as últimas provas e viajei, então nem rola escrever no bloco de notas do celular. Bom, não é a primeira vez que isso acontece comigo, e desculpinhas só irritam, mas não resisti.

Não tô em condição de criticar, mas o texto do hanzo ficou monótono e tão fútil quanto uma mulher tagarelando fofocas. Capturou bem o espírito. Só achei a nota exagerada para um texto bem simples e meio vazio. Vou aproveitar pra puxar seu saco, seus outros textos são sensacionais.
Li o do Strong, apesar de ter sido desclassificado. Foi leve de ler, me pareceu um "Hoje eu quero voltar sozinho" versão hetero. Mas drama é um negócio complicado de se lidar, você brincou com fogo do começo ao fim. A ceguinha tava chorona demais, e as situaçoes meio forçadas. Mas o final foi fofinho (own), e esse foi o objetivo do texto, afinal. Só acho que a narrativa deveria ser mais adequada a proposta do mestre, algo mais ágil e fluído.

A Centrália eu não consegui ler direito. Mas é isso. Voltarei a gladiar, se não me expulsarem. Sinto que podia ter ganho essa. Se preparem para uma dentada no saco, negada.

Poxa, tbm achei que mais gente participaria... fiquei com a mesma impressão do movimento que tomou o Brasil algum tempo atras (não são só os 20 centavos... rs). Pena que mais gente não participou.

Enfim, o tempo foi um problema para todos, assim como a proposta de fazer uma narrativa continua. Mas isso faz parte do desafio... então não da para utilizar muito como desculpa... rs... trabalhei praticamente todos os dias desse fim de ano e tbm não tive muito tempo para bolar algo totalmente inovador para uma narrativa continua, alias, a unica coisa no mundo que consegue fazer uma narrativa continua é uma mulher tagarelando fofocas... rs...

Obrigado Ruan! a gente tenta fazer textos interessantes sempre, mas não é sempre que conseguimos agradar a todos... alias, meus textos não costumam ter muitos comentários, então nem da pra calibrar muito... rs... mas obrigado! E sim, tbm acho q talvez vc tivesse chance de ganhar... rs...

Quanto aos outros envolvidos no processo (escritores e avaliador), bom trabalho! Vamos esperar por mais batalhas aqui e mais textos publicados na área de textos!

Comentários feitos, um novo duelo se iniciará! :rei: