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Resultado - Disputa Épica - Gladiador Moon[light] vs Desafiante B.loder

Iniciado por Lotmaker, 22/06/2014 às 17:51

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» APRESENTAÇÃO

Bem-vindo ao Colosseum! O duelo desta categoria está marcado para o dia 16/07, em que vocês presenciarão uma grande batalha entre os membros Moon[light] e B.loder pelo posto de Gladiador da Disputa Épica!

Confira as últimas palavras dos lutadores:

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Gladiador Moon[light]:
"Vamos jogar."

Desafiante B.loder:
"Quero que lembrem de mim como eu era: gordo, chato e absolutamente irritante."
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» DETALHES DO COMBATE

Então vamos logo ver os detalhes do combate:


  • Tema: Lendas Urbanas
  • Competências: l)Originalidade ll)Realidade ll)Coerência
  • Tamanho: Até 2000 palavras
  • Prazo de Entrega: 16/07/2014
  • Premiação: 30 ouros e o cargo de gladiador ao vencedor, 15 ouros ao perdedor
  • Detalhes de Mestre:Dessa vez espero não ter minha cabeça a premio no final das contas. Trouxe à vocês um tema que podemos trabalhar muito com o RPG, que pode até ajudar no desenvolvimento de roteiros, ou de Battlers.

    Acredito que esse duelo tem de tudo pra ser até agora, o melhor. Estou com bastante expectativa, ambos com grande capacidade de escrita.

    Quero ressaltar, que a originalidade é sim importante, criar lendas urbanas e coisas do tipo, agora, mais importante é como será desenvolvido o texto, muito mais interessante será aquele que transformar a história do Sasquatch num texto inédito, contando como ele nasceu e coisas do tipo.


    Também serão aceitas, e muito bem-vindas, as histórias escritas em Primeira-Pessoa, então, caso um dos participantes estejam com medo de ousar e escrever uma lenda urbana em primeira pessoa, não fiquem, será bem recebido (o texto)



QUE COMECE A DISPUTA!


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Conteúdos novos sempre, o trem nunca para.


Zombie  Misty!

By:Zombie

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FINAL DE DUELO


Trilha sugerida para acompanhar leitura do texto vencedor

Os participantes [user]Moon[light][/user] e [user]B.loder[/user] travaram um combate feroz, mas esta batalha já chegou ao fim.


» AVALIAÇÃO DO MESTRE


Moon[light]
Gladiador

O Último Trem do Dia

Notas

Originalidade: 9
Realidade: 8
Coerência: 8

Nota Final


8,3
         

B.loder
Desafiante

Colecionador De Corações
(Encontra-se em spoiler)

Notas

Originalidade: 9
Realidade: 7
Coerência: 7

Nota Final


7.3

Colecionador de Corações
Colecionador de Corações
A luz morriam com minhas esperanças. A escuridão reinava junto ao meu desespero. Era falso, afinal. O que eu esperava? Era uma lenda urbana, é claro que era falsa. Um homem que simplesmente te concede desejos? Sejamos realistas, isso não pode existir, não é assim que o mundo funciona.
— E como é que o mundo funciona? — perguntou uma voz rouca de lugar nenhum. Me virei surpreso e me deparei com um homem baixo usando um terno enorme escuro e de mãos cruzadas abaixo do nariz enorme e pontudo.— Eu me chamo Igor, é um prazer conhecê-lo.
Eu o observei imóvel, até ele se irritar e continuar.
— Eu estou aqui para aceitar sua proposta, rapaz. Imagino que já saiba o preço e esteja disposto a pagá-lo, estou certo?
— V... Você é o colecionador?
— Sim, eu mesmo. Agora, se puder se apressar, não temos muito mais tempo.
— Por quê não?
— Limites, garoto. Você nunca vai entender, mas eles estarão sempre lá. Fica tedioso enrolarmos demais.
— O quê? — perguntei confuso.
— Como eu disse, você não vai entender. Agora, podemos por favor continuar com o contrato? Você quer me dar seu coração em troca de ter sua irmã de volta?
— Bem, eu queria saber o que vai acontecer comigo...
— Oh, verdade. Bem, você não vai morrer. Pense no seu coração como a sua alma, mas ele não é sua alma. Depois que você morrer o que vai acontecer com sua alma, se é que ela existe, não vai ser interferido pela falta de seu coração. Suas funções corporais também se manterão normais. Você vai ser como todo humano normal, ao menos fisiologicamente.
— Então... O que vai acontecer? — perguntei quase decidido. Não parecia ser algo difícil de suportar.
— Você perderá a si mesmo. Seu coração é aquilo que define quem você é, suas esperanças, sonhos, desejos, emoções. Tudo fica guardado nele, e é isso que eu quero.
— Então eu vou ser como uma caixa vazia? — repensei a decisão.
— Não, você será como um psicopata — ele deu de ombros. — Mas, ei, você estava disposto a morrer para trazer ela de volta, lembra?
Ele estava certo.
— E ela voltará como um ser humano perfeitamente normal? — quis garantir.
— Sim. Ela também não lembrará que morreu, assim como todos ao seu redor. Só você lembrará disso.
— Então eu aceito — respondi me impedindo de pensar duas vezes, eu não podia me permitir voltar atrás. Não agora.
— Ótimo. Ele estalou os dedos e uma porta azul se materializou atrás dele. Ele entrou e a porta imediatamente desapareceu, como se nunca tivesse estado lá. Inspirei fundo e senti um cheiro ruim. Minha visão ficou confusa. Então eu acordei assustado.
— Bruno! Anda logo, você não pode ficar dormindo até três da tarde todo dia! — ouvi minha irmã gritar. Sua voz era doce como deveria ser. Seu sorriso quando entrou no quarto carregando um copo cheio de água também estava perfeitamente colocado. Então ela ficou subitamente chateada.
— O que foi? — perguntei surpreso.
— Eu queria te acordar com um copo d'água — ela murmurou, então virou de costas e saiu correndo para fora. Martha tinha quatorze anos, longos cabelos negros e olhos de um castanho escuro. Era uma garota absolutamente normal, mas sempre cheia de energia. Talvez por isso quando a encontrei daquele jeito foi tão terrível. Ela tinha morrido numa sexta-feira. Eu não estava em casa e quando cheguei ela estava jogada no sofá, sem vida. O médico disse que ela provavelmente tivera um ataque de asma e... Mas não importa. Tudo tinha sido um sonho, não tinha? O colecionador de corações não existe, tampouco eu trouxe minha irmã de volta dos mortos. Ou era o que eu achava até pegar meu celular.
"Os efeitos serão gradativos, então em duas semanas você pode se considerar completamente sem coração. Foi ótimo fazer negócios com você."
Eu engoli em seco. E então ignorei a mensagem. E ignorei o sonho. E ignorei tudo aquilo, afinal, o que mais eu deveria fazer? Se aquilo acontecera ou não, já não importava mais. Eu simplesmente estava feliz por ter minha irmã de volta. Contente por não precisar conviver com aquela casa solitária e acusadora. A primeira coisa que fiz naquele dia foi comprar uma bombinha de asma para ela e pedir para ela guardar bem. Depois disso eu só esperei o tempo passar.
A mensagem estava certa. Eu havia perdido algo dentro de mim, eu podia ver isso. Em uma semana eu já não sentia qualquer apatia para com os indivíduos ao meu redor. Eu continuei agindo normalmente, fingindo me importar e me odiando por ter me tornado tão frio quanto se podia ser. Ao fim da segunda semana, a única emoção que parecia ter me restado era o amor. Com o tempo, o único amor que eu ainda sentia era direcionado a Martha. Logo o amor se tornou uma obsessão. Ela era a única coisa além daqueles pensamentos racionais e odiosos na minha cabeça.
"Não me importa que tenham morrido no acidente, isso não afeta em nada a minha vida", os pensamentos diziam. E a obsessão se tornou incontrolável. Era a única coisa que eu sentia, então eu precisava me apegar àquilo. A que mais eu poderia me apegar? Eu tentei me conter, talvez com o tempo aquilo fosse passar e eu voltasse a ser eu mesmo. Talvez eu simplesmente deixasse de amar minha irmã. Qualquer coisa seria melhor que aquela obsessão doentia. Ela estava de camisola atravessando o corredor.
Eu... Eu não consegui evitar de observá-la. Tão delicada, andando aos passos de uma bailarina. Ela me notou e sorriu. Aquele sorriso foi o que me impediu de ter forças. Eu me aproximei como se fosse lhe abraçar, e então ela abriu os braços. Envolvendo-a em meus braços eu pude sentir seu cheiro. O adocicado aroma que eu não reconhecia emanava de seu pescoço. Uma sensação horrível percorreu meu corpo, gelou minha espinha e arrepiou meus cabelos.
Aquilo estava errado e eu sabia disso. Eu não percebera, mas estava segurando as mãos dela com força. Meu nariz tocava seu pescoço suave. Eu não conseguia me controlar. Era mais forte que eu. O rosto de Martha mostrava puro terror. Ela nem mais parecia conseguir me reconhecer. Então eu fiz a última coisa que veio à minha mente.
Afinal, eu estava disposto a fazer isso desde o início. Empurrei-a e corri para a sacada. Meu único arrependimento foi deixá-la com aquela última memória de mim. Isso e ter sobrevivido. Depois de encontrar o chão eu acordei numa sala de hospital, sem conseguir me mover. Ela estava do meu lado, sorrindo novamente.
Dessa vez eu não sentia nada. Afinal eu havia perdido meu coração. Nem mesmo aquele último sentimento eu conseguia ter. Lembro-me  que enquanto estava deitado, aparentando dormir, ouvi minha irmã conversar com alguém cuja voz era estranhamente familiar.
— Oh, é uma pena. O que aconteceu, querida? — perguntou o homem de voz rouca.
— Eu não sei direito... Ele não parecia mais ser ele mesmo — ela falou parecendo prestes a chorar.
— Talvez ele não seja... — o homem riu baixo, mas ela não pareceu perceber. — Algumas pessoas estão dispostas a fazer qualquer coisa por algo, mas nem sempre isso vale a pena. Talvez para alguns valha, mas apenas para aqueles que amam algo mais que a própria vida.
— Do que você está falando?
— Bem, um dia talvez você entenda. Talvez não. Agora preciso me retirar, os limites estão sempre aí, não é? Espero que não precisemos nos ver, garota — ele comentou enquanto seus passos ecoavam pela sala.
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Alguns comentários dos mestres da arena:

Moon[light]:

Gostei da leitura. Apesar de ter achado a história em si fraca, o modo como foi abordada, aprofundada, detalhada, compensou e muito. Os tics do relógio, o jogo de palavras... O trazer para nossa realidade em suma foi o que mais pesou na balança na hora de avaliar. Parabéns por ter captado a proposta.
B.loder:

O erro na concordância de começo faz ter uma leitura do resto do texto meio com um pé atrás; Em vão, não houve mais. Curti a história, mas achei fraco o jeito que foi abordado. Poderia ter sido melhor explorado em alguns aspectos. Talvez um texto mais direto cairia melhor. Mas parabéns pelo texto, também foi agradável.


» O GLADIADOR

E com isto, o vencedor deste desafio é o Gladiador [user]Moon[light][/user]!

Parabéns pela confronto e por manter seu posto. Agora veja os comentários da plateia sobre sua disputa!

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Conteúdos novos sempre, o trem nunca para.


Zombie  Misty!

By:Zombie

Tenho que confessar que já tenho medo de ler os textos do Moon por causa da imagem dele, agora ler esse texto... Me deixou com mais medo ainda, hehehe.
Achei interessante o fato de que os dois foram por um viés bastante comum, sem tentar fazer algo muito surreal, e se saíram bem, mesmo assim. Se minha inscrição para a disputa for aceita, sei que vou brigar com cachorro grande. Até lá, man.