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Resultados - Desafiante Kvothe vs Desafiado ManecBR3!

Iniciado por Geraldo de Rívia, 25/05/2016 às 08:25

Qual o texto é melhor caracterizada como uma história de pescador?

Kvothe
8 (88.9%)
ManecBR3
1 (11.1%)

Total de membros que votaram: 9

Votação encerrada: 14/06/2016 às 08:04

25/05/2016 às 08:25 Última edição: 15/06/2016 às 07:43 por King Gerar
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» APRESENTAÇÃO

Bem-vindo ao Colosseum! O duelo está marcado para o dia 03/06/2016, onde vocês presenciarão um grande duelo entre os membros Kvothe e ManecBR3!


» DETALHES DO COMBATE

O Desafio



Objetivo: Desenvolver história daquela típicas contadas por um pescador.
Tamanho: máximo de 5000 caracteres (contando espaços).
Prazo de Entrega: 03/06/2016
Premiação: 25 ouros ao vencedor e 15 ouros ao perdedor
Equipamentos: Não.
Observações:
-


QUE COMECE A DISPUTA!
:urra:

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VOTAÇÃO


Seguem os trabalhos dos combatentes para julgamento do público!

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Spoiler

     A chuva era intensa lá fora, trovões e ventos ritmavam numa dança frenética de quem soa mais alto. Dentro da pequena casa de madeira estava seu Zé Baião e seus dois filhos, junto à sua esposa. Os quatros se apertavam na sala, disputando de um velho cobertor e a atenção da fogueira improvisada.

     Um clarão e um estrondo assustou os dois meninos, e num ato rápido de proteção, seu Zé Baião apertou às duas crianças em seu peito.

      — Carma meus fiós, carma... —, repetia ele, tranquilizando-os.

      A mulher envolta em seu pescoço, sussurrou algo em seus ouvidos que lhe pareceu aprouver.

     — Fiós, ourça o pai com atenção —, seu Zé engajou a voz e hasteou seu corpo saliente para frente. — O pai vai lhes contar da vez que peguei o maior Matrinchã que essa região já viu!

    Os pequenos ficaram mais cômodos agora, sempre gostaram de ouvir às histórias do pai, apesar de que muitas vezes duvidavam de sua veracidade. Todos fitavam à fogueira, observando às luzes bruxuleantes que bailavam pela parede irregular, esperando o homem começar.

     — Tudo começou num dia ensolarado de sexta... —, começou seu Zé, mudando o tom de sua voz à de um contador de histórias que lhe era costumeiro.

#

    Era numa sexta de sol quente. Seu Peixeira e eu andava por um trieiro que dava pro rio, estávamos na precisão de arrumar uns peixe.

      — Ocê trarta de andar mais depressa sô! — dirigi o olhar a seu Peixeira, que estava um pouco afastado de eu.

       O sujeito trajava uma calça de couro chamuscada e uma camisa apanhada pelas dores do tempo.

     — Ocê espera por eu seu Zé — disse ele, dando bufadas de cavalo. — Anteontem, pelo raiar do sol, fui trombado por um poico, bem no traseiro —, ele apontou para a batida —, estou todo doendo.

       — Deixa disso homem! Hoje vamos pegar mais que qualquer um!

     Alongamos a perna e fomos em direção ao rio. Era uns quarenta minutos de pé até lá e como estávamos carregando os material, acabou de demorar um pouco mais.

       — Chegamos homem! — disse seu Peixeira, com ânimo.

      — Monte suas coisas seu cabrito, vamos pegar os meiô peixe da região —, apontei para o lugar que iríamos sentar, era um espécime de lugar dos pescadores; umas rocha entalhada no chão, lisa feito quiabo!

     Montamos nossas coisas e nos preparamos para a pescagem. Eu com minha vara de homi e seu Peixeira com a vara da cidade, aquele trem feio.

     Medimos a rua por um longo tempo, e nada de nada de nenhum peixe pra nóis. Seu Peixeira disse que ia tirar água do joelho no bosque perto do rio. Balancei a cabeça e pedi que tragasse umas frutas pra nóis comer.

     Estava cabreiro, até agora nenhum peixe vinha... até que algo sinistro aconteceu! Umas nuvens cinza começaram a rodear o rio, e o sol começou a se esconder. Nunca vi nada igual antes!

     Gritei por seu Peixeira, mas nada! Ele não ouvia. Fiquei de pé, ainda segurando minha vara. E quando fitei pra ela, vi que estava começando a envergar de força.

     — Santo Joaquim de minha vara! O que é isso...

     A vara começava a cada vez mais envergar, mim arrastando pro rio. Mas eu, com minha força de matuto, não deixei! Lutei bravamente contra a criatura, ela puxava, eu puxava.

     — Ah! — gritei pro rio, pra criatura — você é minha sua cabreira!

     Puxando pra cá e acolá, juntei toda minha força de homem experiente e arranquei a criatura do rio.

     Um peixe duns três metro de comprimento surgiu pousando na terra. Era enorme, cêis precisa de ver!

     Seu Peixeira surgiu da mata, ajeitando a calça. Ele quase surtou quando viu o tamanho da Matrinchã que apanhei. O peixe de rojo balançava de cá pra lá, expliquei todo acontecido pro sujeito. Ele mau acreditou!

     Enfim, damos cabo pro peixe e repartimos ele em partes iguais. Já era quase noite e então voltamos pra nossas casa. Ficamos todo o caminho cantando a cantiga da Lenda do Peixeiro! Noturdia toda região já tava sabendo de nóis, seu Peixeira fez questão de contar à todos.

#

     A chuva já estava enfraquecida quando seu Zé Baião terminou de contar a história. A mulher adormecera aninhada em seu pescoço e os dois garotos já começavam a dar sinal de cansaço.

     — Pai, um dia quero ser igual ao sinhô! — disse uma das crianças. — Eu também —, concordou a outra, já dormindo, recostada na perna de seu Zé Baião.

     Seu Zé Baião satisfeito por contar à sua história, ajeitou o seu corpo de modo a ficar confortável e disse a seus filhos para que descansassem.

     Orgulhoso de ter feito seus filhos se acalmarem, seu Zé acomodou-se na parede que estava se apoiando e, com um sorriso estampado, pôde dormir sem se preocupar.
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[box2 class=titlebg title=ManecBR3]
Spoiler

Era uma manhã chuvosa, mas fazia um calor intenso. Me preparei, aquele clima era perfeito! Não haviam muitos lago de água doce, então minha lagoa era útil, vendia muito bem na vila.
Desci o barranco, e percebi que a vara estava meio arrebentada. Fiz outra e joguei aquela por ali. Logo mais, armei uma tendinha na beirada da lagoa com quatro troncos de árvore e um pano velho.
Quando comecei a pesca, deixei um balde velho de ferro perto de mim, meio enterrado no chão, assim ele não poderia cair, também deixei um barril, para colocar os peixes, precisava vender muito! Logo comecei a pegar, um, dois, três. Logo já tinha enchido o barril, porém, haviam cada vez mais peixes, então decidi pegar outro barril,a minha vara velha não estava mais no barranco, me assustei, mas pensei que alguma onça tinha pegado ela, ao algum outro animal.
Fui em casa, peguei dois barris e deci de novo, agora a vara estava ao lado de mais três barris, todos cheios de peixes. Estanhei aquilo, pegueis os barris e decidi ir logo para a vila vender minhas coisas. O caminho nem era tão longo, com aqueles quatro barris na minha carroça e o burrico, chegaria em uns vinte minutos. Vendi tudo, me impressionei com a disposição da freguesia. Voltei pra casa, decidi ir dormir. Logo ao lado da minha janela, achei uns palitós, daqueles bem chiques, novamente achei aquilo estranho, mas peguei e os guardei.
Quando o dia amanheceu, desci o barranco, minha rotina continuava. Lá, achei a vara de novo, e mais sete barris, todos cheios. Acho que vale citar que os palitós já tinham sumido. Eles estavam sujos, então eu os lavei e deixei no guarda-roupas. Mas de manhã não estavam mais lá. Peguei os barris e fui cedo para a cidade, vendi tudo de novo, e voltei pra casa, ainda era hora de almoçar, então comi bem e voltei pra pegar a vara. Quando peguei, vi que a linha estava molhada, e que ela já estava novinha em folha, mas era a minha vara, tenho certeza de que era. Semanas e semanas se passaram, até que tivemos aquilo que os caras da televisão chamam de eclipse.
Nada de mais, apenas não saí de casa, não que eu tivesse medo daquela escuridão, mas é sempre bom prevenir.
No outro dia, vi que haviam ainda mais barris, mas tinha algo junto deles. Era um bichinho, parecia um esquilo, mas era grande, como uma criança, ele usava os palitós que eu tinha lavado e estava colocando os barris. Assim que me viu, o bichinho saiu correndo, no dia seguinte a vara já tinha sido levada e nunca mais vi nenhum barril cheio de peixes, minha rotina voltou ao normal.
Se você acredita na minha história acredite, se não, pede pra outro te contar! Essa é mais uma das minhas histórias, acredite quem quiser acreditar!
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Você pode votar na enquete na parte superior do tópico.  :wow:

"Gosti das duas estórias, sô.
Parabén aos dois homi!"
~Parei "kk"
Na hora que eu li o texto de Kvothe, lembrei do início do filme: BigFish e, o fato de usar o sotaque da terra natal de minha família, facilitou bastante em imaginar este conto de pescador.
Boa sorte aos dois!
^^



FINAL DO DUELO


Kvothe (8 votos)

ManecBR3 (1 voto)


» O VENCEDOR

E o grande vencedor é: [user]Kvothe[/user]

 :¬¬: Ta complicada minha situação... sou meio burro, sabe?  :lol: :lol: :lol: :lol:
Parabéns, kvothe, um texto lindo! Algum dia teremos revanche! Mas por hora, caro escritor, apenas saboreemos sua vitória!  :clap: :clap: :clap: :clap:

Manec, eu te admiro cara, sério! E aliás, estarei quando quiser para a revanche!