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Resultados - Desafiante Dias Lunatic vs. Desafiante GuilherVX

Iniciado por Kazuyashi, 13/01/2014 às 22:30

13/01/2014 às 22:30 Última edição: 22/01/2014 às 18:59 por Kazuyashi
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» APRESENTAÇÃO

Bem-vindo ao Colosseum! Este é um duelo bem diferente do habitual. O posto de Gladiador está vago! Dois grandes desafiantes que esperaram pacientemente o momento de encarar o campeão, terão, agora, a oportunidade de se enfrentarem pelo título. Está marcado para o dia 21/01 o confronto entre os membros Dias Lunatic e GuilherVX pelo posto de Gladiador do Desafio Épico!

Confira as últimas palavras dos lutadores:

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Desafiante Dias Lunatic:
"Paz e Segurança."

Desafiante GuilherVX:
"... Então, comecemos."
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» DETALHES DO COMBATE

Então vamos logo ver os detalhes do combate:


  • Tema: Desastres Naturais/Sobrevivência
  • Tamanho: De 1500 a 5000 palavras
  • Prazo de Entrega: 21/01/2014
  • Premiação: 40 ouros e o cargo de gladiador ao vencedor, 20 ouros ao perdedor
  • Adicionais: O texto poderá tratar de enchentes, incêndios, furações, terremotos, erupções vulcânicas, epidemias, ou qualquer outro tipo de desastre natural de ordem climática, biológica ou geológica. Não é obrigatório, mas é permitido abordar mais de um desastre no mesmo texto, caso seja da vontade do participante.

QUE COMECE A DISPUTA!


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22/01/2014 às 12:21 #1 Última edição: 22/01/2014 às 12:34 por Kazuyashi
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FINAL DE DUELO


Os participantes [user]Dias Lunatic[/user] e [user]GuilherVX[/user] travaram um combate feroz, mas esta batalha já chegou ao seu fim.


» AVALIAÇÃO DO MESTRE


Dias Lunatic (Desclassificado)
Desafiante

Sem título

Notas

Ortografia: --
Coerência: --
Narrativa: --
Criatividade: --

Nota Final


--
         

GuilherVX
Desafiante

A Forma Divina de um Mortal

Notas

Organização: 8,0 - 7,4 - 8,5 Média: 8,0
Criação: 7,5 - 7,5 - 5,5 Média: 6,8
Caracterização: 7,5 - 7,5 - 6,0 Média: 6,8

Nota Final


7,3

Os dois textos.

 Texto do Dias (Sem título)

Às vezes temos que dar o braço a torcer. Fazer um sacrifício. Todo sacrifício é necessário, desde que ele traga um bem maior. Foi isso que o nosso "majestoso e grandioso" líder mundial disse. Sr. Vênus, The Light Carrier, como ele próprio se denominava. Sua ascensão foi irônica. Em todos os países ele ensinava lições de sobrevivência, "Como, de fato, viver", como ele mesmo dizia. O mais irônico foi isso render-lhe 5 best-sellers, deixando Huxley, Orwell, Hemingway, Bukowski, Ginsberg, Poe, Baudelaire e Rimbaud no esquecimento! Até mesmo Rimbaud! Que merda de mundo em que vivemos hoje? Lemos cegamente um livro e seguimos cada uma de suas palavras, mesmo que elas tenham significados ambíguos. E tudo isso baseado num Darwinismo Social mascarado de liberdade. A cada dia batalhamos, quase que literalmente, pela sobrevivência. Viramos animais civilizados! E pensar que há 30 anos eram duas palavras antagônicas! O futuro é um inferno. Se alguém de um futuro próximo ler isso, entenda que o mundo não é belo! Não como eles dizem ser. Talvez o mundo um dia tivesse sido belo, mas não hoje. Ou pessoas do passado, não sei dizer. Ainda não inventaram viagem no tempo, mas se houver, certifiquem-se de evitar esse futuro.
Deveria ser difícil de pensar num futuro onde você abre o próprio peito e não encontra um... Coração, acho que era assim o que as pessoas-do-passado costumavam chamar, era tipo uma válvula onde se bombeava o sangue humano, o que era chamado de alma, por pessoas mais primitivas ainda. Esta carta que escrevo agora, é minha única esperança para um futuro melhor. Sou professor de história e, consequentemente, historiador. Saiba que tudo o que vocês veem nas escolas é mentira. Existem sim algumas verdades, talvez um nome ou outro. Mas talvez não seja da forma que é apresentado. Os nomes dos grandes poetas e escritores acima, são facilmente omitidos. Com exceção de Rimbaud, ele não é omitido, não, não é. Pobre Rimbaud. É demonizado. Assim como Calígula e Nero um dia foram. Tudo o que o Rimbaud escrevia de liberdade, de vida, foi tudo demonizado! Tudo! Não são valores de nossa sociedade. Fumar ópio?! "Por Vênus, grande e poderoso"! Poe e Baudelaire são hereges por fazerem isso. Mas as pessoas não se importam, estão satisfeitas com maconha, algo que ameniza a mente e as deixa calmas. Com certeza é melhor que o ópio e a LSD, que aumentam a percepção do universo e do mundo ao nosso redor. Sócrates! Há! Sócrates é um estúpido por falar que as massas talvez errem! A massa sempre está certa, a todo momento!
Sabe que assusta? Essa tal Válvula que bombeava o sangue. Coração. Sabia que por volta da década de 10 no século 21, algumas crianças começaram a nascer nem Apêndice? Sim! Isso é um fato interessante pra carandoles! Eles diziam Caralheos, ou algo assim, naquela época. Mas isso não vem ao caso. O fato é que isso provava a teoria do Darwinismo! Se uma raça tinha um órgão e suas crias nasciam sem esse órgão! Provavelmente era inútil e não servia para coisa alguma. Segundo diziam, ele não tinha utilidade alguma, a não ser para matar. Era como uma bomba relógio, em certos indivíduos ele apenas inflamava e explodia! Boom! Matando a pessoa. E pensar que crianças nasciam sem, "por Vênus, grande e Poderoso"! É um fato magnífico! Mas extremamente omitido nas escolas. Assim como a tal válvula, o Coração. Ele com o tempo se demonstrou inútil ao ser-humano. Talvez por isso palavras como Amor, Compaixão, foram totalmente excluídas do dicionário. E talvez por isso que poetas e escritores como Rimbaud, Baudelaire, foram esquecidos. Eu usaria a palavra Abandonados. Seria mais adequado. Eles geralmente falavam de Amor. Platão por si só! Para meu filho mais velho, Platão é apenas o irmão mais novo dele. Pobre Nietzsche. Tão inocente ainda. Espero que siga os passos do pai e vá estudar história, e não ser um matemático.
Talvez você do futuro (ou do passado) esteja se perguntando: "Por que diabos os humanos não tem mais coração?". Eu tenho uma teoria básica. Na minha opinião tudo o que ocorreu foi um desastre natural, que forçou os homens a evoluírem, a sobreviverem. E por isso eles perderam esse órgão, que anos atrás era considerado essencial, era a alma, a essência da vida. O desastre natural, é algo meio inusitado de se pensar. Começou com uma guerra, uma guerra mundial por território. O que alguns chamam de Guerra Iluminada. Nessa época, o "Grandioso e magnífico" Vênus apareceu. E isso foi há, quase, 400 anos. Em 2016. Ele havia aparecido com sua face jovem, de um garoto de 20 anos, que deveria passar a noite na balada, sendo imprudente, arrogante e escroto. Mas não! Vênus era diferente! Amava política, achava que assim poderia ajudar a todos. Trazer a luz! Por isso seu título, The Light Carrier. Norte-Americano escroto. Claro que hoje não existe mais EUA, apenas a RFT, República Federativa da Terra. Venus, The Light Carrier. Tsc. O ódio que tenho por ele não pode ser descrito por palavras, e diria que até mesmo por atos. Vênus elegeu-se presidente com o seguinte bordão: "A Juventude entende o mundo". E ele foi o único presidente da Terra até hoje, o maldito deve ser algum robô, ou talvez um tipo de demônio. Isso de fato não importa. Mas isso definitivamente não é uma democracia, ou uma república federativa. O fato é que Vênus começou a guerra, há 400 anos, dizendo que o planeta devia ser um só, se quiséssemos ser algo aos olhos das estrelas. Ele disse que poderia trazer a vida, ensinar-nos a viver, mais do que isso: Sobreviver!
O Darwinismo Social era uma tendência que estava renascendo no século 21. Ele já havia sido proposto no século 20. Mas havia ressurgido no século 21 como uma tendência, algo mais forte, menos racista! Mais homofóbico e intolerante com o povo de baixa renda, mas ainda sim menos racista. Seu boom foi na Terceira-Grande-Guerra, pessoas se matavam apenas porque elas eram inimigas. Porque carregavam bandeiras diferentes e falavam línguas diferentes. Isso é insano! Por todas as mulheres-corteses! Motivo tão fútil. Todos buscavam a unificação mundial, e muitos se baseavam e Maquiavel e em sua inspiração para "O Príncipe", César Bórgia. No fim Vênus saiu vitorioso. E trouxe o mundo à luz. Ensinou-nos que um coração era algo inútil. Ensinou-nos técnicas, que são demasiadas longas para serem expostas aqui, de como substituir esse órgão inútil. Muito morreram, mas é assim mesmo, apenas os fortes sobrevivem. E a cada criança nascida, arrancávamos-lhe o coração. Não fazia diferença, elas já estava chorando mesmo. Mas fazíamos isso por volta de 380 anos atrás, hoje já não é necessário essa violência canibal. O corpo humano foi adaptado a não ter um coração, a não amar. Esse foi o maior desastre de toda a natureza, de toda a história: A natureza humano. "Não! Não amai o próximo, pois eles não lhe darão atenção. Eles o esmagarão assim que tiverem a chance de ascender de alguma maneira, seja social ou hierarquicamente." – Já dizia o sábio livro do "Poderoso e sensato" Vênus.
Assim a humanidade foi conduzida para, o que eu chamo, de tempos negros. Eu diria que são tão negros quanto a idade média. Ao contrário da idade média, quando alguns padres produziam artes, haviam bardos e tudo o mais, nessa nova era das trevas não se produz nada intelectual. E o que é produzido é a mando de Vênus, uma espécie de maneira com a qual ele controla todo o intelecto do mundo. É o que dizia Orwell em sua obra-prima: "Controle o passado e você controlará o futuro". Talvez seja essa a técnica do "Imponente e Glorioso" Vênus. Mentiras mascaradas de verdade. E então entramos naquela ideia de Huxley, de induzir as pessoas por meio do sono, fazê-las ouvir palavras repetidas vezes, até acreditarem que seja verdade. É claro que o "Excelentíssimo" não fez enquanto as pessoas estavam inconscientes. Apenas com discursos totalmente persuasivos e pretenciosos.
Esse mundo negro em que vivemos, não há sobrevivência. Não há futuro. Eles dizem que nós devemos sobreviver, mas não há escapada. Estamos todos perdidos. O homem é a destruição do próprio homem. Assim como o Dilema do ouriço, de Schopenhauer, que no inverno os ouriços precisam se juntar para poder se aquecer, mas ao fazer isso acabavam se ferindo. O homem necessita do homem, mas isso provoca sua destruição. O homem é o maior desastre natural que já ocorreu. E nesse mundo onde ninguém parece ser consciente, é interessante lembrar de Descartes. Pois tudo pode ser apenas ilusão. Não sei se viverei muito tempo sabendo o que eu sei. Talvez a MSA (Mundial Security Agency) esteja me vigiando. Talvez eles saibam que eu sei. Mas enquanto eles não vierem atrás de mim, continuarem da maneira que estou, sobrevivendo. Apenas sobrevivendo. Por isso suplico a vocês do futuro, ou do passado, não deixem que isso aconteça, ame o próximo e busque a paz, não lute por ela.
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A Forma Divina de um Mortal

Aquele era um penhasco tão alto que se via de lá um enorme amontoado de nuvens há alguns metros lá em baixo. E na beira deste mesmo penhasco, estava Eduardo. Ele era um garoto de pele clara, com cabelos negros repicados e bastos, fitando o mesmo amontoado de nuvens com seus olhos castanhos claros. Ele segurava uma espada curta — um gládio. Ele estava vestido com capa, capuz e sapatos — fechados e bicudos — todos marrons e castanhos. E Eduardo olhava apreensivo com estes olhos castanhos. — Mas tinha que provar a si mesmo que estava certo — De qualquer forma, era assustador. Se afastou de pouco em pouco, tomando distância do precipício, para então logo depois correr em direção a ele. Pulou... e caiu. Ouvindo o único som que existia; o da sua mente, rezando silenciosamente para que qualquer deus que existisse fizesse com que ele estivesse certo. As suas roupas esvoaçando para trás, levando o ar consigo.

Depois de certo tempo; o que pareceu uma eternidade para Eduardo, ele finalmente chegou ao chão. Ao contrário do que todas as leis do mundo diriam, ele não morreu. Muito menos caiu. Ele ficou, em pé, ali. Estava certo. As leis do mundo não se aplicavam a ele; e agradeceu ao deus que provou sua hipótese com um murmúrio.

Lá em baixo, lugar onde já não haviam precipícios, se viu em frente ao mar calmo da manhã; mas deu meia volta. À floresta. Ele tinha era que passar pela floresta! Precisava voltar à cidade para dizer para sua mãe que ele estava certo. Que a desobedecera, mas estava tudo bem. Porque ele estava certo. Que deus, seja quem ele for; Shiva, Zeus ou qualquer outro, o ajudou, e Eduardo provou isso pulando de um penhasco mais alto do que as mãos de tal deus jamais alcançariam. Ele deu meia volta, com um sorriso no rosto. Porque era invencível, e poderia fazer o que quisesse. Se isso fosse pular de um penhasco mais alto do que este; não importava. Ele podia o fazer. Se ele quisesse, podia fazer tudo.

Entrando na floresta, o brilho do Sol perdeu seu foco, em meio a tantas árvores que faziam sombra. Se deus o ajudara, foi do céu; porque na terra estava aquela floresta, e esta era sombria. Deus não moraria em um lugar como aquele. Shiva ou Zeus, não importa. Nenhum deus moraria em tal lugar.

Eduardo andou cautelosamente pelo local; até encontrar slimes. Amebas verdes que atacavam tudo o que ficava ao seu redor. Tudo que contia calor no corpo; tudo o que se movia; tudo que fazia barulho. Eduardo rodeou o local, mas em certo momento pensou: "Por que diabos estou fazendo isso? Posso passar pelo slime. Afinal, sou invencível!". E encarou a criatura gelatinosa de frente, o que certamente foi um erro; pois elas se dividem, o que Eduardo, com sua incrível invencibilidade, não sabia. Cortou o monstro no meio com seu gládio, e dos dois pedaços da criatura, nasceram duas delas. Cortou as duas; e dos pedaços nasceram quatro delas. E então se lembrou que as mesmas não sobrevivem ao calor do fogo. As circundou enquanto elas tentavam o acertar desesperadamente. Pegou um pedaço de tecido de sua camisa e enrolou em um galho de árvore, caído de lado, no chão. Estendeu a mão ao tecido de sua camisa e da palma de sua mão, as labaredas de chamas dançaram e se reproduziram no tecido. — Aparentemente, então, o senhor invencível também tinha superpoderes. Seria ele então o tal deus? O que não morava na floresta, por que ela era sombria? Não importava. O que importava para Eduardo naquele momento, era que ele podia fazer o que quiser. Não como alguém liberto; mas alguém que era invencível, reproduzia fogo pelas palmas das mãos e quem sabe mais o que! — Se virou para os slimes; todos quase que colados uns nos outros. Eduardo acertou com a tocha em dois deles, e o fogo se alastrou por todos os slimes juntos; e logo sobrou apenas um líquido esverdeado derramado no chão do mesmo tom. Obliterador de slimes! Eram o que gritariam ao ver o deus atravessando pela cidade! Ou ao menos, era o que Eduardo pensou.

Continuou caminhando pela floresta; evitou slimes, percebendo que criar chamas consome suas forças. De lobos e de ursos. O sol se escondia cada vez mais; estava ficando tarde. Eduardo finalmente encontrou um riacho, e lavou seu rosto. Afundou o rosto e bebeu da água límpida dali. Andara até agora com um sorriso malicioso. "Sou invencível e solto fogo pelas mãos.", pensava. "O que mais será que posso fazer? Ser imortal? Voar? Quem sabe. Minha mãe verá! Todos naquele lugar verão!".  E pensou que talvez; só talvez, conseguisse tomar banho sem molhar seus trajes. Era invencível, afinal. Existiam penhascos maiores a serem pulados; existia um riacho na sua frente para testar suas habilidades. Mergulhou; e teve a audácia de tentar respirar de baixo da água; e de fato, funcionou! Sentiu a água invadir suas narinas, mas, mesmo assim, contra qualquer regra mortal; conseguia respirar. Suas roupas estavam secas quando saiu da água.

Já era noite. E será que ele podia enxergar perfeitamente à noite? Sim. Claro que podia. Ele era invencível; soltava fogo pelas palmas das mãos; respirava na água e saiu da mesma com as roupas secas. Duvida relacionadas a Eduardo poder enxergar no escuro já não existiam. Ele era um possível deus, certo? Ele podia fazer tudo o que quisesse. E ele sentiu vontade de voar. Se ergueu em direção à multidão de nuvens no céu, com o ar frio invadindo seu corpo. Ele continuou voando, sobrevoando áreas cada vez mais diferentes, tentando encontrar o lugar em que morava. Depois de longo e cansativo tempo, apareceu um dragão. Um dragão vermelho com olhos cinzentos, que tinha um olhar maligno e dentes afiados. Atrás de Eduardo, a criatura rugia. Soltou chamas, que acertaram Eduardo em cheio.

E então um corpo caiu; e deixou de unir-se à multidão de nuvens.

Mas este corpo não era de Eduardo. Este descobriu mais uma habilidade divina; o teletransporte. E usando dele, apareceu subitamente perto do peito da criatura alada; e fincou o gládio de lâmina azulada no coração do dragão; e a cor vermelho sangue se juntou ao azul marinho da lâmina do gládio. Eduardo voltou a contemplar a lua noturna enquanto procurava sua casa. Mas ele se esqueceu aonde morava. Lembrava de sua mãe com tanto carinho, mas se esqueceu de seu rosto; as memórias iam escapando-lhe. Tentava desesperadamente agarrá-las; mas as tais habilidades divinas não funcionavam! As malditas habilidades divinas não o faziam se lembrar do rosto de sua amada mãe! Do que servia isto, se não mostrar para a mesma?!  Era como se tivesse esquecido algo de muito importante, mas não conseguisse lembrar o que de fato, era. E quanto mais tentava se lembrar, mais indisposto se sentia. Sua cabeça atordoada, como se um sino de igreja batesse no canto de seu ouvido.

... E então outro corpo caiu. Desta vez,  de Eduardo. O divino corpo de Eduardo, semiconsciente. E então caiu no solo árido do deserto por onde estava sobrevoando. E por lá ficou, até perder todos os "cinco sentidos divinos.".

***

Debruçada a uma cama de hospital, estava uma mulher de meia idade, com cabelos negros com ondulações, cabelos castanhos e rosto de formato delicado. Chorava desesperadamente, enquanto um médico lhe murmurava palavras que nem conseguia ouvir. "Desculpe, mas esta epidemia...", ela ouvia o médico dizendo, mas era como um eco. Como se este médico estivesse cada vez mais longe, e cada vez mais longe. Ou ela própria estivesse. Longe como seu filho, Eduardo. Como Eduardo. "... não temos a curam ainda.", ela ouvia. "Ela é bem nova, e é quase inevitável uma criança nessa faixa etária de idade não pegá-la...", ele dizia. "... A Doença de Eloputsis é algo bastante grave...". E por fim, desistindo, o médio disse: "sinto muito, senhora..." e saiu do quarto branco em que estava Eduardo e sua mãe. Desta vez, não era divino. Desta vez ele estava de fato, ali. Mas ele não sabia. Estava apenas uma mãe na beirada da cama de um amado filho, com suas unhas cravadas no manto branco que cobria o corpo morto de Eduardo. E ela estava, infelizmente, em um hospital lotado desses casos; e em mais centenas de outros. Ele não resistira. Eduardo não resistira, e morreu fatalmente. Milhares de outros não resistiram, e milhares de outros também não resistiriam. É uma epidemia como jamais vista, onde ilusões fantasiosas e mortais ganhavam vida em corpos em pleno coma e atacavam todas as regiões e funções cerebrais; e, por fim, desativando-as lentamente. Como um cantor de jazz assoprando longamente em seu saxofone, e o ouvinte aproveitando, de outros fechados, o som que o instrumento reproduzia. Ambos tocador e ouvinte apreciavam de olhos fechados a bela música, e fechavam-se para seus próprios pensamentos, ao som do saxofone. Mas como a música acaba, a vida de Eduardo também se fora. De um jeito nada divino; de um jeito nada humano.
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Comentários rápidos dos avaliadores sobre os textos:

Texto do Dias:

Infelizmente, o texto do participante Dias Lunatic fugiu bastante do tema proposto e, por essa razão, foi desqualificado. De qualquer forma, mesmo totalmente fora do tema o texto seguiu sem grandes problemas ortográficos. Apesar de haver alguns focos criativos bem bacanas na narrativa, ela ficou confusa em determinados trechos, e o excesso de pontos de exclamação contribuiu para tirar parte da beleza dela. Mas ficou interessante. Todavia, como dito no início, este texto infelizmente foi desclassificado.

A Forma Divina de um Mortal

Avaliador 1
Texto bem escrito e bem desenvolvido, mas perdeu dois pontos por falta de adequação ao tema. Seis décimos também foram descontados por alguns erros de ortografia, mas nada gritante. No geral, foi bem construído.

O participante também mostrou desenvoltura ao usar de estratégias narrativas diversificadas e uma dose satisfatória de criatividade, embora o Plot Twist tenha ficado previsível. Os personagens foram caracterizados de forma mediana e poderiam ter sido bem melhor trabalhados.

Avaliador 2
O texto até foi bem escrito, sem muitos erros. O problema, ao menos para mim, foi o fato de que, algo que deveria ser o tema principal serviu apenas como um "Ah, então tá, isso aqui é a explicação de todo esse texto". Acho que ele não deu o enfoque necessário ao tema, e, novamente, para mim, ele ficou bem na margem de uma desqualificação.

Também acho que o personagem principal não foi muito bem explorado. Tirando os delírios que o cara tinha no tal "sonho" dele, a única coisa que dá pra notar é que ele não é muito bom em julgar a diferença da realidade para a normalidade. No geral, eu não curti muito o texto. Se não fosse pelas últimas linhas do texto (que só riscaram a superfície do tema proposto) ele teria sido desqualificado.


» O GLADIADOR

E com isto, o vencedor deste desafio e o novo Gladiador da Disputa Épica é o [user]GuilherVX[/user]

Parabéns pela conquista e por manter seu posto, agora veja os comentários da plateia sobre sua disputa!

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E quando eu finalmente entro em um desafio... ganho. Mas por W.O.  :rickas: Mas enfim. Curti as avaliações. Eu pensei em revezar entre o mundo 'real' e Eduardo, mas na hora não achei uma boa ideia. Quase saiu das trilhas, como o do [user]Dias Lunatic[/user]. Agora o que tem é continuar vencendo e provar que mereço o título.

Não foi W.O. :V

Mas mesmo assim, valeu a disputa, huhu. Espero me inscrever na próxima e ganhar.

Parabéns, Vx! Seu texto ficou legal, cara. xD

Safety and Peace.
ALGUÉM FALOU EM JAIMES DESING?!

// -> cHEAT .exeKUTIVE OFF-ice ~~//