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Resultado - Desafio Épico - Gladiador Moon[light] vs Desafiante Henry11

Iniciado por Lotmaker, 21/05/2014 às 17:52

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» APRESENTAÇÃO

Bem-vindo ao Colosseum! O duelo desta categoria está marcado para o dia 15/06, onde vocês presenciarão uma grande batalha entre os membros Moon[light] e Henry11 pelo posto de Gladiador da Disputa Épica!

Confira as últimas palavras dos lutadores:

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Gladiador Moon[light]:
"Os deuses estão nos assistindo. Vamos dar a eles um espetáculo."

Desafiante Henry11:
""-re""
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» DETALHES DO COMBATE

Então vamos logo ver os detalhes do combate:


  • Tema: Dissertação - Água e Energia Brasileira, crise inevitável?
  • Dicas para Desenvolvimento: 2014-2015 são anos de El Niño 
  • Competências: l) Domínio da Norma Culta ll) Compreensão do tema lll)Coerência lV) Coesão
    V) Proposta de Intervenção (Obrigatória) 
  • Tamanho: Até 2000 palavras l Dissertações com menos de 10 palavras serão consideradas insuficientes e serão anuladas
  • Prazo de Entrega: 15/06/2014
  • Premiação: 40 ouros e o cargo de gladiador ao vencedor, 25 ouros ao perdedor
  • Detalhes de Mestre:Nada como estrear na posição de mestre já com propostas que promovem uma ruptura com o óbvio. Grandes escritores conseguem ser flexíveis. Escrever desde uma carta até contos épicos será parte dos desafios a partir do exato momento. Surpreendam a si próprios, tentem sair do hiper-realismo, do surrealismo, as vezes desvincular de toda a imaginação surreal do RPG e se ligar a uma trama mais real é necessário. Conto com vocês 



QUE COMECE A DISPUTA!


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Conteúdos novos sempre, o trem nunca para.


Zombie  Misty!

By:Zombie

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FINAL DE DUELO

Notas:
É realmente uma pena que só o gladiador tenha entregado o trabalho, e de maneira tão hedionda. Aos olhos do mestre, esse foi um dos piores, se não o pior duelo épico da história.



» AVALIAÇÃO DO MESTRE


Moon[light]
Gladiador



Notas


l) Domínio da Norma Culta -
ll) Compreensão do tema -
lll)Coerência -
lV) Coesão -
V) Proposta de Intervenção -

Nota Final


1

*Sem Título*


Ilha de Páscoa. Um dia, lá existiu uma civilização grande, desenvolvida para seu tempo, capaz de produzir os famosos moais num período, um desafio técnico impressionante, possível apenas através de um avanço considerável nas técnicas de escultura, com um sistema religioso e político complexo. Um povo, sem dúvidas, admirável. E então, eles desapareceram. Fechados numa ilha, com acesso limitado a recursos e uma população em constante crescimento, o povo da Ilha de Páscoa logo se viu drenado de recursos naturais, incapaz de suprir as necessidades básicas da população. Vieram as guerras, o canibalismo e do que um dia fora uma civilização tão avançada restaram monumentos abandonados, desgastados, testemunhas silenciosas de como um povo trouxe sua própria destruição.
A atual crise de abastecimento que afeta o estado de São Paulo é tomada por muitos como um sinal da incompetência das autoridades em suprir até mesmo os mais básicos dos requerimentos para que uma sociedade possa ser considerada civilizada. Dizer isso não é nenhuma estupidez ou ataque gratuito. Relatos de especialistas falam de um sistema de distribuição antigo e muito mal conservado que causa uma perda de um terço de toda água que passa por ele. A falta de obras de infraestrutura e busca de outras fontes de captação também são apontados como graves problemas no estabelecimento de um sistema de distribuição eficiente. As soluções para a crise – multas, descontos, racionamentos – são criticados pela oposição do governo, usadas como plataforma política para candidatos. Toda a questão surge para a população comum matizada pelas vindouras eleições e pela sempre presente guerra política que assola o país. Será que isso é toda a razão? Eu não acredito nisso.
"A arrogância do homem", diz o professor Serizawa no recente Godzilla de Gareth Edwards, "é achar que a natureza está em nosso controle, e não o contrário". Desde que roubaram o fogo dos deuses, humanos moldam o mundo segundo a sua vontade, alterando aquilo que existia antes deles para a forma mais confortável para eles. A própria agricultura, primeira sinal do surgimento de uma civilização, nasceu do simples fato de que não havia presas o bastante para alimentar uma população de caçadores-coletores que não parava de crescer.  Humanos demais, recursos de menos. Do perigo, do medo dos predadores e da necessidade de se proteger da natureza, nasceram as primeiras comunidades, as técnicas de construção, daí as cidades, os campos de irrigação, os muros, as estradas... o contínuo desenvolvimento científico humano não é nada mais que uma extensão da descoberta do fogo, uma busca por novos métodos de curvar o mundo segundo a vontade do homem. Porém, a natureza se sustenta num equilíbrio violento e cruel, espécies desaparecem todos os anos, com ou sem a ação humana, pontos fechados na cadeia infinita da evolução, e a intervenção humana apenas acelera a catástrofe inevitável. A tentativa de inserir espécies estrangeiras, como os coelhos na Austrália, resultam em gigantescos problemas ecológicos, superpopulação, extinção de espécies nativas, alterações químicas no solo. A natureza não é uma mãe gentil, mas o fato dela por podido gerar e manter vida, o fato dela existir como existe só foi possível devido a uma complexa rede de interações entre milhões de elementos diferentes, cada qual envolvido num gigantesco sistema interdependente e sempre em alteração – um gigantesco mecanismo de engrenagens complexas e mutáveis, em que a remoção de apenas um causa uma alteração drástica no todo, muito além do que os homens podem compreender. Uma borboleta bate as asas no Pacífico, um furacão ocorre no Atlântico, como dita a Teoria do Caos. Como num Atrator de Lorenz, a mínima modificação num ponto de um sistema gera gigantescas diferenças em larga escala. 
Mas como uma espécie que vive apenas sessenta, cem anos, bem menos até pouco tempo atrás, poderia entender o alcance das consequências de suas ações? Naturalmente, não poderia. O mito Grego do roubo do fogo conta de dois titãs, Prometeu e Epimeteu, pais da humanidade. A Epimeteu foi dada a missão de entregar uma qualidade para cada criatura viva, porém, incapaz de conceber o resultado de suas ações para o futuro, Epimeteu gastou rapidamente todos os presentes e, na hora de dar algo aos homens, nada restava. Prometeu então roubou o fogo dos deuses e o entregou à raça humana. Porém, os homens não são diferentes de Epimeteu, Aquele que pensa depois, sendo incapazes de compreender aquilo que fazem sem estar olhando para trás, como crianças. Crianças que tinham em sua mão o fogo. Mesmo as mais brilhantes mentes científicas, mesmo os mais avançados computadores, não são Demônios de Laplace, a incerteza está sempre presente. Em última instância, o homem pode tentar controlar os efeitos que tem no mundo, mas é da natureza a última palavra. E com condições cada vez mais modificadas, por quanto tempo o mundo estará em condições de sustentar a vida humana? Que isso não seja lido como uma mensagem apocalíptica, uma profecia do fim do mundo. Não. O planeta vai continuar onde está pelos próximos bilhões de anos. O homem, por outro lado, é quem está com problemas. Problemas causados por ele mesmo.
Lá atrás, disse que não acreditava ser apenas da classe política a culpa pela crise de água. Não o é, de fato. A alteração do ciclo de chuvas, a degradação de rios, bacias e mananciais, o aumento contínuo no consumo e na quantidade de recursos necessárias para manter a sociedade, todos esses são fatores que levaram à situação atual. A crise não se limita ao Brasil. As alterações climáticas e ambientais se dão em todo o mundo, todo o paradigma ambiental está se alterando, caminhando na direção de um sistema novo e desconhecido. Um sistema onde os homens podem não ter mais lugar. Quanto tempo até a mudança se estabelecer por completo? Séculos, mais talvez. Mas é inevitável. A mudança começou, nada poderá para-la. O efeito pode ser, no máximo, retardado, porém, o homem vive hoje em um tempo emprestado, sobre sua cabeça pende a espada de Damocles, minuto a minuto se aproximando do momento em que cairá e trará um fim à raça humana. É inevitável. Pode-se tentar atrasar o momento final – redução do consumo, controle de natalidade, entretanto todas essas coisas trariam outros efeitos, de ordem social, para as operações do mundo moderno, sustentado por um mercado que precisa estar em constante crescimento, consumindo mais e mais recursos limitados. Quão diferente é a situação global daquela do povo da Ilha de Páscoa? A Terra, afinal, também é um ambiente fechado, ainda que maior. Será o destino de nossa civilização o mesmo da deles? Provavelmente.
Quando o homem recebeu o fogo, os deuses o puniram com Pandora e sua caixa, despejando sobre a Terra todos os males, deixando na caixa apenas uma coisa: a esperança. A esperança de que se possa um dia retornar ao estado original, a esperança de que haja salvação. Não o há. No grande esquema das coisas, no gigantesco, incompreensivelmente complexo sistema do mundo, as ações humanas podem apenas trazer mais catástrofe. Como alguém preso em areia movediça, o homem tenta escapar de sua sina, mas cada movimento que faz apenas o aproxima do fim. Resta então apenas aceitar, silenciosamente, o destino inevitável. Seja para o Brasil, seja para todos os países, seja para a nossa espécie, no final das contas, não há intervenção possível que passe de uma reles remediação. Novas fontes de energia? Eólica, nuclear, plasma, magia? Nada faz diferença. No fim da música de nossa história, por mais encores que se execute, haverá sempre o profundo e absoluto silêncio.


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Alguns comentários dos mestres da arena:

Moon[light]:

Desnecessário falar das habilidades de escrita do gladidor Moon[light] quando se trata de escrever textos como contos ficcionais, surreais e outras coisas. Mas devo dizer que não consegui considerar a redação do gladiador como um texto digno de nota. Além de haver uma saturação informações inúteis, o texto apresenta desde referências de filmes, até propostas para o uso de magia.

Não consegui entender a relação entre a introdução que pra mim, é a parte mais importante, e o resto da redação. Parece que o gladiador tentou levar uma redação que se tratava de algo sério e REAL, para um mundo imaginário.
Decepção é o sentimento que sinto neste momento ao ler uma redação de um gladiador com tantos requisitos e recursos.

Nem a proposta de intervenção que era obrigatória, o texto apresenta, ou seja, se o desafiante tivesse entregado um texto com o mínimo de linhas apenas apresentando uma proposta de intervenção e no final tivesse escrito "PEITOS", ele teria ganho. Entretanto, como o único trabalho a mim apresentado foi o do gladiador, declaro a vitória do mesmo.


Boa sorte na próxima disputa gladiador, tenho certeza que isso foi só de fase.


» O GLADIADOR

E com isto, o vencedor deste desafio é o Gladiador [user]Moon[light][/user]!

Parabéns pela confronto e por manter seu posto. Agora veja os comentários da plateia sobre sua disputa!

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Conteúdos novos sempre, o trem nunca para.


Zombie  Misty!

By:Zombie

Não sou muito bom com redação então não irei falar muito sobre o mesmo.
Mas, sério que o gladiador recebeu nota 1? Nossa, uma pena mesmo... espero que da próxima
ambos os combatentes venham a mandar seus trabalhos.
Prazer, Terror dos Modinha

Meu texto foi tão sério quanto eu levei essa proposta a.
GG, espero o próximo.

Eu realmente estou ficando muito babaca... ou muito velho. Você decide.

Parabéns pelo texto interessantíssimo, @Moon[light].

Provou que o tema em si é capaz de gerar ótimos textos.

O comentário do Mestre me fez pensar que o texto era uma piada ou algo do tipo. Mas depois que o li cheguei a conclusão de que, dados os critérios bizarros da disputa, mesmo uma piada ainda seria a melhor coisa que você poderia fazer depois dessa dissertação.

E é uma pena que não a tenha feito.

Eu até estou disposto a defender que não há nada de surreal no texto. Que, diga-se de passagem, é mais um argumento de que não há uma solução fácil ou de qualquer tipo do que uma mera fase. Mas bem, escrevo feito um macaco neurastênico espancando o teclado.
E a galera já deve ter feito isso.



Ora, ora, @Lot.

Eu não conhecia esse seu lado inflexível de varão zeloso e cumpridor das regras. Especialmente quando elas são um tanto esdrúxulas e radicais. O que não é muito... rãhm, normal. "Hediondo... e pior duelo." Rá. Bem, Moon parece ter desperdiçado um bom tempo com texto, mas enfim... Espero, claro, ver essa mesma implacabilidade sua no cumprimento das regras sempre, ainda que elas sejam prejudiciais aos seus interesses.

Deveria apostar que você já faz isso. Certo?

Orgulho de ver issaí!



Citação de: Lotmaker online 17/06/2014 às 21:28

Moon[light]:
Não consegui entender a relação entre a introdução que pra mim, é a parte mais importante, e o resto da redação. Parece que o gladiador tentou levar uma redação que se tratava de algo sério e REAL, para um mundo imaginário.
Decepção é o sentimento que sinto neste momento ao ler uma redação de um gladiador com tantos requisitos e recursos.

Nem a proposta de intervenção que era obrigatória, o texto apresenta, ou seja, se o desafiante tivesse entregado um texto com o mínimo de linhas apenas apresentando uma proposta de intervenção e no final tivesse escrito "PEITOS", ele teria ganho. Entretanto, como o único trabalho a mim apresentado foi o do gladiador, declaro a vitória do mesmo.

Opa!

Nem as provas do ENEM, que já são ridículas, obrigam os candidatos a criarem propostas de intervenções. É apenas um critério de avaliação (injusto) valendo alguns pontinhos. Essas regras do Colosseum conseguiram ser ainda piores dessa vez.

Acho que o Mestre é que está um pouquinho fora da realidade nessa.

Valeu e falou, galerem!
For all to be accomplished, for me to feel less lonely, all that remained to hope was that on the day of my execution there should be a huge crowd of spectators and that they should greet me with howls of execration.

Spoiler
[close]

Tema para redação de ENEM, dissertação aos modelos de ENEM. Justo, oras.
Sem falar que foi uma bela forma de crítica ao tema proposto.
Parabéns Moon[light], ao que vejo suas habilidades de escrita (e crítica) permanecem relevantes. Infelizmente equívocos acontecem também.

Até.

Eu sempre tive vontade de participar do Desafio épico, nem que fosse pra tomar uma surra horrível que me deixasse traumatizado por 2 dias...

Mas com esse tipo de tema ta foda... eu espero me divertir nesses duelos, e não fazer outra prova do Enem :x

Parabens pelo texto Moon, e "I see what you did there ;)"


 


Ah, Lot. Vai ser meio chato quando eu aparecer empolgadão na disputa e ter um desafio assim. Espero que tenha sido só dessa vez. Tipo, fazer uma surpresa e pedir um texto que exija pouca imaginação e mais disciplina em um ambiente tão CRM quanto a CRM é compreensível. Ver como escritores livres agem acorrentados. E o chute pegou nas bolas, hein?
Ele deu uma longa voada, o texto foi bastante prolixo e lerdo sem chegar a lugar algum, fora as referências desnecessárias e em número exagerado. Mas cara, sou novo aqui e etc, e mesmo assim vi textos horrivelmente horrorosos receberem notas mais misericordiosas que 1.
Só pelo esforço de imprimir personalidade própria no texto e o deixar palatável (e até um pouco pop), já acho que o Moon podia levar um 6.

A nota 1, é apenas para não dar 0, porque se fosse 0, seria um empasse, já que o Henry11 não entregou.

O 1 justifica quando se vê o lado que a proposta de intervenção, que se dizia obrigatória, não foi nem apresentada.
Eu poderia anular a redação, mas isso traria muita burocracia, e blablabla, então eu dei 1 ao gladiador, para pelo menos, não ser anulada, e para que ele possa continuar disputando no Colosseum.

@ Zugzwang
O cumprimento implacável é algo ruim? Na realidade eu achei o pior desafio de todos porque o desafiante não entregou texto, e o gladiador não mostrou tudo que tinha para mostrar, o que eu tenho certeza que tinha mais.
Eu sei que o ENEM não obriga proposta de intervenção, entretanto a única relação que tive com o próprio foram as categorias de correção.

@RuanCarlsyo

Cara, concordo totalmente com seu comentário. Parabéns, percepção ótima. Eu quis realmente quebrar o padrão dos textos. Estava algo que clichê. Todos esperavam um conto, uma história, só esperava o tema, e quando eu mudei totalmente a proposta, foi como um quebrar de ossos.

Relaxa, não vai ser sempre assim. Eu sempre vou tentar trazer propostas diferentes pra vocês... Relaxem. Como escrever uma carta por exemplo, ao governante da CRM, (um exemplo, que possivelmente eu peça no futuro). Então, sobre o tema, relaxe, e não fique acorrentado na surrealidade que você vence.




Sobre o texto do Moon, eu achei que faltava muita coesão. Faltava um link entre os parágrafos. Não precisava ter usado o tanto de palavras que o mesmo usou. Quando eu falei "até 2000 palavras", eu realmente não queria ler uma redação de 2000 palavras. E se fosse de 2000 palavras que fosse uma pesquisa científica. A internet ta aí pra isso. Poderia ter feito pesquisas sobre o tema. Esse é o bom da proposta. Você tem um mês de prazo, poderia ter pesquisado sobre assuntos sérios e relevantes, no Google, e cita-los na redação de forma original.


Eu mesmo dei uma dica aos participantes: "Ano de El Nino". Esperava que essa dica fosse usada, o que renderia pontos.


Finalizando os cumprimentos, parabenizo o gladiador pela vitória, e até a próxima.
Conteúdos novos sempre, o trem nunca para.


Zombie  Misty!

By:Zombie