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Coma FOUR

Iniciado por Gabriel_257, 01/02/2017 às 18:24

Introdução
   

   Essa é uma ideia que me veio na cabeça após o meu interesse crescer por um assunto que pra mim é fascinante: os sonhos, esse fenômeno pelo qual todos nós passamos todos os dias, desde os mais remotos tempos da antiguidade, mas que não entendemos ainda por completo, e esse universo onírico muito me interessa, principalmente na minha área de estudo, como um novo mundo a desbravar. É essa a sensação que eu quero passar, ao mesmo tempo com um toque de "estranheza", como num sonho de verdade.
   Eu tenho bastante para falar a vocês dessa ideia que eu tive, então, sem mais delongas, apresento-lhes Coma FOUR.

História

   [box title=Prólogo]
   Aquela era uma metrópole como nenhuma outra antes na história, e como toda metrópole que se preze, nunca parava; sempre havia algum par de olhos desperto, a vagar pelas infinitas ruas, pelas diversas partes daquela engrenagem louca, não importa qual fosse a hora do dia, até mesmo durante as horas da madrugada em que a maioria das almas repunha suas energias para o dia seguinte.
   Tudo mudou, porém, quando um fenômeno estranhíssimo aconteceu: a cidade parou, seus habitantes caíram em um profundo sono, e despertaram quase que imediatamente em um lugar estranhamente parecido com a metrópole, porém radicalmente diferente; esses cidadãos estavam na fronteira entre o mundo dos sonhos e da realidade, denominada Semblante.
   Esse mundo é povoado por criaturas chamadas de Pesadelos. Elas possuem as mais diversas formas, algumas mais simples, outras simplesmente caóticas demais para a mente humana compreender, mas a maioria tem um comportamento peculiar em comum: alta taxa de agressividade contra seres humanos. E estes, confusos demais pela situação em que se encontravam, se tornam presas fáceis para os Pesadelos. Aqueles que estavam conscientes o suficiente para fugir e se esconder, o fizeram, e assim foram capazes de sobreviver àquela noite bizarra.
   Mais uma vez o sol raiou naquela cidade, que havia perdido vários de seus habitantes, encontrados mortos em suas camas sem nenhum sinal de violência. Tudo indicava que essas pessoas sofreram de morte cerebral durante a noite, mas ninguém sabe o porquê. Afinal de contas, para os sobreviventes, nada de estranho havia acontecido na noite anterior; todos os eventos da noite em Semblante sumiram de suas memórias.
   Esses cidadãos tiveram um dia relativamente normal, apesar das misteriosas mortes; não se podia deixar de contribuir para a sociedade por uma bobagem dessas. Inocentes, essas pessoas se gastavam e se preparavam para mais uma noite de sono, sem saber o que lhes era reservado: mais uma noite de estadia no desconhecido e estranho mundo de Semblante, em que mais pessoas irão dormir e nunca mais acordar.[/box]

   

   Eu acordo em minha cama, apesar de ter a sensação de que acabei de dormir. Meu cérebro, repentinamente, me trás à memória algo que eu estava tentando me lembrar durante todo o dia: a existência inexplicável desse mundo de sonhos, Semblante, que todos esqueceram assim que acordaram.
   Eu também me lembro da minha irmã mais nova, Sara, e com isso, da decisão que eu havia tomado durante o dia, mesmo sem estar certo do que essa noite me aguarda.
   Ela tem narcolepsia, ou seja, tem crises irresistíveis de sono, e apesar dessa peculiaridade, ela conseguia viver uma vida relativamente normal. Há dois meses, porém, ela entrou em um estado de coma, de repente, e desde então nunca mais acordou. Os médicos não tem uma explicação para isso, e acham que deve ter algo a ver com a narcolepsia; eu já acho que deve haver alguma relação entre o coma dela e este mundo, que provavelmente - não, agora que eu estou percebendo, sem dúvidas - é a causa das mortes cerebrais dessa manhã. Essa tem que ser a verdade!
   - Você realmente tem uma alma diferente das demais! - disse uma voz ligeiramente irritante.
   Rapidamente eu procurei pela fonte daquela voz, temendo ser um Pesadelo prestes a me atacar. O meu quarto parecia estar idêntico à sua versão no mundo real, e a única coisa que não combinava com o lugar era o papagaio falante pairando na minha frente.
   - Você está precisando de um guia turístico para explorar Semblante? Eu sou o papagaio certo para esse serviço!
   Levei um tempo para processar essa informação, e para minha surpresa, eu não estava com medo ou ameaçado, mesmo sabendo que aquele papagaio poderia muito bem ser algum tipo de Pesadelo - afinal, como as outras pessoas da cidade, eu sei muito pouco sobre essas criaturas.
   - Ei, você está me ouvindo?
   - Quem é você - perguntei sem pensar.
   - Meu nome é Paco! Eu sou um guia turístico de Semblante, e estou aqui porque imagino que você esteja precisando de minha ajuda.
   Eu não sei o que dizer depois de ouvir isso. Sei que estamos em uma espécie de mundo dos sonhos, mas isso é estranho demais para mim. Então eu percebi que esse tal de Paco pode me dar o tipo de resposta que eu estou procurando, se ele é mesmo um guia turístico. Isso me parece muito suspeito, é conveniente demais que ele apareça assim, diante de mim, mas se ele for um Pesadelo ou algo do tipo, eu já estou à mercê dele, então talvez seja melhor eu ouvir o que esse papagaio tem a dizer.
   - Eu tenho várias perguntas para lhe fazer.
   - Manda brasa!
   - O que é Semblante? Por que estamos sendo transportados pra cá toda noite?
   - É a fronteira entre o mundo real e o mundo dos sonhos, simples assim! Agora, o porque de vocês estarem aqui, eu não sei te dizer ao certo. Mas eu sei que você parece interessado em explorar esse lugar.
   - Como você sabe disso? Pode ler meus pensamentos?
   - Veja bem, nós estamos sob a influência do mundo dos sonhos, e nesse lugar, reinam o poder das palavras e das ideias, vindas da alma dos seres vivos. Quanto mais poderosa uma ideia ou palavra for, mais influência ela terá nesse mundo. E por sua alma estar alimentando uma forte vontade de explorar esse mundo, eu fui atraído por essa ideia até chegar a você.
   Eu prestei bastante atenção a essas palavras, e por algum motivo, aquilo fazia sentido para mim. Não conheço muito sobre sonhos ou astrologia ou algo do tipo, mas se o mundo real é físico, então faz sentido que o dos sonhos seja mental, eu acho.
   - A melhor parte disso - Paco continuou - é que você, por ter essa resolução, pode aproveitar esse poder. Por ter uma alma peculiarmente forte, você pode se aproveitar de ideias para servirem de combustível a reações fantásticas, que vocês do mundo real diriam que é "mágica", como por exemplo lançar chamas ou curar os outros, ou algo do tipo. Com isso, você pode se defender dos ataques vorazes dos Pesadelos enquanto vagar por Semblante.
   Aquelas palavras me deixaram um pouco cético. Usar ideias para soltar fogo, como fazem nos desenhos de ação? Me defender de Pesadelos? Era bom demais para ser verdade. E por que esse papagaio ainda não me matou? Poderia ele estar mesmo falando a verdade? Se meus pensamentos são tão influentes assim, eu poderia realmente usar isso a meu favor?
   Pensando bem, isso é só uma extensão da ideia anterior que Paco apresentou, e que é lógica pra mim. Eu já não tenho mais nada a perder, e se ele estiver falando a verdade, eu estaria ganhando uma grande ajuda. Talvez eu precise mesmo tentar isso, se eu quiser descobrir o vínculo entre Semblante e a condição da minha irmã, e se Paco ficar do meu lado, eu posso arrancar mais informações dele.
   - Como eu faço para usar esse poder? - pergunto decidido.
   - É simples, eu só preciso fazer umas perguntas para determinar com precisão as vibrações da sua alma aqui em Semblante.

Jogabilidade

   

   O jogo terá um grande foco em exploração, o(a) protagonista (você escolhe se ele(a) terá uma aparência masculina ou feminina) tem como objetivo principal explorar o quanto puder de Semblante a fim de entender mais sobre o funcionamento desse mundo e buscar respostas sobre a condição de Sara.
   Você começa perto do centro da cidade e depois da primeira e curta "missão" pode seguir em qualquer direção do mapa. Sendo assim, não haverão áreas com inimigos de baixo e alto nível (salvo pequenas exceções em áreas específicas); todos os inimigos vão subir de nível conforme você também sobe, o que mantém um desafio constante nas batalhas comuns e permite que o jogador escolha qual área quer visitar primeiro. Eles também dão pontos quando derrotados, e esses pontos são usados para ganhar novas "magias".
   Cada "área" do jogo será aproximadamente um bairro da cidade, e todas possuem pelo menos um chefe, sendo que este possui duas funções: bloquear passagem para a próxima área, e recompensar o jogador com uma arma ou armadura de boa qualidade, e cada uma delas confere o uso de uma nova e única habilidade enquanto equipada. Eles também ficam mais fortes quando você fica, então ficar subindo de nível não vai ser tão útil, exceto para ganhar novas habilidades, e o que mais vai contar será a estratégia utilizada.
   Já que você pode escolher por onde vai começar a explorar, existem vários meios de avançar a história: alguns personagens vão fazer sugestões de lugares para visitar, e eventualmente algum evento mais urgente vai acontecer, o que requer que você vá a um lugar específico, mas ainda assim vai poder escolher por onde vai, pois cada área terá vários acessos diferentes. Suas escolhas também podem influenciar o que acontece a seguir, o que pode levar a finais diferentes.
   Além de escolher a aparência, o jogador passará por algumas perguntas para determinar sua classe, ou seja, os três elementos dentre nove que poderá utilizar, sendo um o principal (ou seja, você pode aprender entre 5 e 6 "linhas" de habilidades) e dois secundários (entre 3 e 4 linhas). Esses elementos também ajudam a definir seus status iniciais; um jogador que usa o elemento Metal costuma ter bom ataque físico, enquanto um que usa o elemento Gravidade costuma ter bom ataque mágico, e assim vai.

   

   A parte de exploração vem principalmente de um certo passatempo estranho que eu tenho: quando eu não estou fazendo muita coisa, eu gosto de abrir o Google Maps e ficar explorando vários lugares distantes, principalmente na cidade de São Paulo e redondezas, o que me faz lembrar o quão grande o lugar que nós habitamos pode ser e quantas vistas curiosas existem. Idealmente, eu quero passar ao jogador a sensação que eu tive ao jogar Final Fantasy XII, um mundo aberto com vários lugares fantásticos e que te dão a opção de explorar áreas mais afastadas e opcionais, com possíveis recompensas fantásticas e muito úteis, se você estiver disposto a enfrentar os desafios desses lugares.
   Já a parte das batalhas, como em outros projetos que eu já tentei fazer, e que eventualmente foram se transformando em novas ideias, é bem inspirado em Shin Megami Tensei, no que se refere à importância de uma boa estratégia de combate, e na criatividade de fazer um bom chefe. Inclusive, essa é uma das minhas partes favoritas na criação de jogos, eu gosto de fazer chefes com estratégias únicas e quero ver quais as possíveis soluções para resolver esses problemas. Por isso o jogo vai estar repleto de chefes.
   Esse modelo de jogo, em que o jogador pode (e é incentivado a) ir e voltar pelo mapa enquanto explora locais novos em busca de opções mais poderosas de batalha e abrir novas passagens, chamado de Metroidvania (combinação de Metroid e Castlevania, duas séries de jogos que popularizaram esse modelo), é o que eu pretendo trazer com Coma FOUR, adaptado para um modelo de RPG por turnos.

Annyeonghaseyo!

Wow Gabriel_257! Essa pequena parte da história me fez ficar totalmente encantada! É tudo muito bem elaborado. A parte dos habitantes dormirem profundamente e despertarem num lugar parecido com a metrópole, estarem entre a realidade e a ficção, me lembrou muito um jogo de 2014 se não me falha a memória. Não lembro o nome, mas enfim...

É uma grande ideia! Se for elaborada corretamente, será um grande sucesso!  :clap: :clap:

Vai na fé e não desista!


Beijos da Kim ~~  :beijo:
Meu rosto não é em formato V.
Isso é tão especial.

Citação de: Kim Areum online 01/02/2017 às 18:49
Annyeonghaseyo!

Wow Gabriel_257! Essa pequena parte da história me fez ficar totalmente encantada! É tudo muito bem elaborado. A parte dos habitantes dormirem profundamente e despertarem num lugar parecido com a metrópole, estarem entre a realidade e a ficção, me lembrou muito um jogo de 2014 se não me falha a memória. Não lembro o nome, mas enfim...

É uma grande ideia! Se for elaborada corretamente, será um grande sucesso!  :clap: :clap:

Vai na fé e não desista!


Beijos da Kim ~~  :beijo:

Obrigado pelo feedback! Eu tomei muito cuidado para tentar deixar tudo bem coerente e de um modo que faça sentido no universo dessa ideia.
A dificuldade agora será não desistir!