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Folclum [Atualizado: 12.09.2018 - Design do Protagonista]

Iniciado por Dytto, 22/04/2018 às 01:47

22/04/2018 às 01:47 Última edição: 12/09/2018 às 23:11 por Dytto
Howdy! :cowboy:

Como eu disse, estou pensando nessa ideia a uns meses. Masss só nesse último mês comecei à passá-la para o papel. O que lerão a seguir é o rascunho, do rascunho, (...), do rascunho, o que é um bom motivo para justificar o quão ruim está  o que significa que estou tanto aberta à críticas como estou realmente necessitando delas.

Agora, diretamente falando sobre as ideias na minha cabeça que estou tentando juntar e organizar:
Ah, e já vou avisando: os nomes, acima de tudo, são provisórios. Eu sou péssima com nomes.




Dados Técnicos
Título: Folclum.
Início do desenvolvimento: 2018.
Gênero: Mistério/Romance Policial.
Plataforma: RPG Maker VX Ace.
Criadora: Wednesday.

Atualizações
Tópico Criado em: 22 de Abril de 2018.
Primeiro design do protagonista: 12 de Setembro de 2018.



"Diz logo do que se trata"

Spoiler
O ano é de 2018, o protagonista é um frustrado falido que desistiu de "tentar vencer na vida" ou de "sentir qualquer sentimento". Ele recebe uma carta, que ignora por meses, até finalmente ler e encontrar um pedido desesperado. Na carta diz algo do tipo: "Ele não se suicidou, foi assassinado, preciso da sua ajuda para provar isso. Ajude-me Nikola, você é a minha única esperança" e tal. Nikola (o protagonista) pede férias no trabalho e viaja até o local do remetente, com a sensação obvia de "será que ainda dá tempo?". O lugar chama-se Folclum: é uma cidade de clima frio e famosa entre os amantes de artes exotéricas. O suicida era um rico empresário, que estava hospedado no maior hotel da cidade: Tornum. É em Tornum também que Nikola deveria se encontrar com a escritora da carta: Amelie Peres.
O enredo gira em volta em desvendar o mistério do suicídio, porém minha pretensão é que não seja apenas mais um romance policial qualquer.
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"Difícil de acreditar que irá conseguir, mas...
Me convença de que este não é apenas mais um romance policial."
  :holmes:

Spoiler
Certo, eu vou dizer somente 2 palavras: folclore steampunk.  :br: :sir:
Toda folclum, apesar do ano em que se passa a estória, será ambientada como uma cidade com tons Steampunk. A arquitetura, seus habitantes, a falta da eletricidade, e consequentemente a falta do WIFI... A justificativa para essa falta de concordância toda: nenhuma. É um jogo de fantasia extrema, não quero explicar cientificamente cada ponto. E nesse caso, nem preciso! Nikola, o protagonista aceita facilmente fatos absurdos. E apesar desta não ser uma característica de um detetive, é o fato dele não ser um cético total que que faz de Nikola o único com chances de solucionar o caso. E eu pretendo brincar com essa característica dele: tanto com comentários como com atitudes irônicas à tudo de nonsense que irá cercá-lo em Folclum. Para entender melhor a personalidade de Nikola e o modo como ele enxerga o mundo, aconselho à ler o roteiro em si.
Agora sobre folclore! A maioria dos NPCs importantes que o jogador irá interagir durante a gameplay será uma adaptação de personagens do folclore brasileiro em um mundo steampunk somado à todo o contexto da estória. E são esses personagens secundários o que mais me divirto criando! A personalidade, a aparência, as skills quando em batalha, e na maioria das vezes até a profissão desses personagens... será tudo criado pensando na suas estórias de origem indígenas adaptadas à um mundo steampunk. Parece confuso? Uma mistura de coisas que não tem nada a ver uma com a outra? É por que é mesmo.
Para lhe ajudar à visualizar melhor como eu estou desenvolvendo a junção do steampunk com o folclore brasileiro: o meu exemplo favorito e também primeiro personagem que estou desenhando - antes mesmo até do protagonista - que é o dono do hotel Tornum e pai da Amelia, o Sr Peres, também conhecido como famigerado Saci Pererê. Agora , imagine um Saci com duas pernas: porém uma delas mecânica estilo steampunk. Com engrenagens expostas e feitas de cobre. Seu figurino é constituído por um terno elegante vermelho escuro, com destaque para sua cartola em mesmo tom. Terá pele e os olhos escuros e o hábito de fumar compulsivamente um cachimbo com o qual brinca de soltar nuvens de fumaça com formas variadas. E este é só um conceito inicial/base para o Sr. Peres.
Concluindo: é com essa combinação bem "peculiar" de temas (steampunk x folclore brasileiro) que eu espero que o jogo se torne algo além de mais um romance policial. O enredo principal, o motivo para você estar jogando o jogo, irá se desenvolver da forma mais imprevisível e interessante que eu puder pensar. Porém meu foco é que os ponto fortes do jogo sejam os NPCs (em suas personalidades e estética) e a jogabilidade (a forma de descoberta de pistas), ambos com têm objetivo de atrair o jogador para todo o mundo fictício de Tornum, tornando-o apaixonante possível.

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"Certo... vamos fingir que estou interessado.
Agora me conta: como necessariamente será a adaptação do restante dos personagens?
E afinal, quem é o protagonista e essa tal Amélie?"

Spoiler

Como é importante para o gameplay a descoberta da personalidade e background dos personagens secundários não poderei fornecer muitas informações aqui, apenas o básico e dos personagens principais.





Nikola Carvalho (protagonista), 28 anos.
Pele, cabelo e olhos escuros; cabelo curto; 56kg; 1,72m de altura; olhos fundos; barba mal feita; ex-graduando em Direito; corno; alcoólatra; catperson;
"Na sua desktop tinha o link do navegador, uma pasta para trabalho, um atalho para Starcraft 2 e uma pasta oculta recheada do pior e mais barato pornô que a internet poderia oferecer. Nikola era um homem comum: frustrado. Vivendo no piloto automático (...)"; "Ele era a decepção para os pais: o plano era ter se formado em direito, estudando na melhor universidade do país, ter se casado com uma moça maravilhosa e inteligente e ter dado aos pais no mínimo 2 netos. Nikola largou os estudos dois meses antes de pegar o diploma de advogado. Terminou o relacionamento de 13 anos por nunca ter proposto a moça em casamento e claro, por tê-la encontrado com seu melhor amigo no sofá daquele mesmo apartamento três anos atrás. Sua vasectomia estava marcada mês que vem."





Amélie Peres, 25 anos.
Pele, cabelos e olhos escuros; cabelos cacheados até a cintura; 62kg; 1,64m de altura; não sabe ouvir um não; filha do Sr Peres/herdeira de Tornum; cleptomaníaca; impulsiva; conhecida próxima do suicida, acredita que ele foi assassinado;
Ainda não escrevi trechos específicos descrevendo Amelie.




Sr. Peres, ?? anos.
Pele, cabelos e olhos escuros; cabelos ocultos em sua cartola vermelho escuro; 70kg; 1,79m de altura; piadista; cachimbo; dono e fundador de Tornum; esnobe; super protetor com a filha; odeia bisbilhoteiros;
Ainda não escrevi trechos específicos descrevendo Sr. Peres.





Diara, ?? anos.
Pele parda, cabelos escuros e olhos mel; cabelos longos e ondulados até a cintura; 60kg; 1,60m de altura; ninfomaníaca; dona do SPA Amazonas; blogueira; vegetariana; irrita-se facilmente; narcisista;
Ainda não escrevi trechos específicos descrevendo Diara.





Bartolomeu, ?? anos.
Pele branca rosada, cabelos loiros e olhos azuis; cabelos longos; 80kg; 1,80m de altura; sócio de Diara; 14 filhos; "no pain no gain"; calistenia; terninho rosa; narcisista;
Ainda não escrevi trechos específicos descrevendo Bart





Custósia, ?? anos.
Pele verde musgo com escamas, cabeça crocodiliana e olhos vermelhos; 90kg; 1,65m de altura; corcunda; odeia crianças; dona de uma loja de produtos exotéricos; astrologia; aspirante à ornitologista;
Ainda não escrevi trechos específicos descrevendo Custósia.


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"Vamos supor que eu esteja disposto à ler o roteiro que você desenvolveu até o momento..."
Spoiler

Querido leitor e amante de RPG, você provavelmente não sabe o que fala e não está realmente disposto à ler o roteiro em si. Então após conselhos (:heart:), desenvolvi essa sinopse como uma espécie de amostra grátis. Mas também mantive o roteiro na integra disponível, só para o caso de você estar: com insônia/sem nada mesmo para fazer/procrastinando para não fazer algo/a fim de ler algo incrível.

Sinopse Humilde

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Nikola recebeu essa carta e se perguntou "Quem envia carta nos dias de hoje?". Ele achou estranho, achou que fosse engano, achou que fosse alguma cobrança, achou que fosse alguma propaganda. Depositou-a sobre a mesa de centro da sala e a esqueceu por ali – por muito tempo. Passaram-se dias, semanas, gatos, respingos de bebidas, pés sujos...
Porém, graças ao infortúnio de Sexta-Feira lamber-se compulsivamente, Nikola acabou por lembrar-se da existência da carta ao encontrá-la sob um belo e seco tricobezoar e neste mesmo evento, acabou também por abri-la. Quando terminou de ler o documento, Nikola não esboçava expressão alguma em seu rosto, suas mãos por outro lado... tremiam neuróticamente.
Escrita à mão e assinada por Amelie Peres a carta trazia um pedido desesperado por ajuda e um caso que supostamente somente Nikola poderia resolver. Um rico empresário, Marcos Dinísio, havia sido encontrado morto em sua suíte em Tornum, o maior hotel da cidade de Folclum. A causa da morte divulgada: suicídio.
Amelie porém ia totalmente contra o resultado da necrópsia. Ela apostaria sua própria vida na ideia de que alguém havia matado Marcos, mas precisaria de ajuda para descobrir quem, e o porquê. E a primeira pessoa que ela procurou foi Nikola.
Bem, isso a cerca de 2 meses atrás.
Inicialmente, Nikola pensou que fosse "alguma piada de alguém do trabalho que eu demorei para cair". Porém, quando deitou-se no sofá com a carta e a apontou acima dos olhos, contra a lâmpada de luz amarelada que iluminava a sala, percebeu que algumas palavras da carta estavam escritas com uma caneta discretamente diferente da utilizada no restante do texto.  Quando em iluminação ambiente tudo era homogêneo, mas quando contra uma fonte de luz elas apareciam distribuídas aleatoriamente pelo texto e formando a frase: "Você duvida que falo sério não podemos trabalhar juntos se não confiarmos um no outro".
Nikola ignorou toda a lógica que o impediria de pedir férias sem aviso prévio arriscando seu emprego, ou todo esforço que faria pegando dois ônibus e uma carona sinistra para chegar até Folclom. Tentou ignorar também – e para ser sincero sem muito sucesso – a ideia de que já era tarde demais.
Assim, dentro de 2 dias Nikola estaria em frente à velha e úmida trilha que o levaria até Folclum. Na bolsa: um celular fora do ar e um guarda-chuvas triste pedindo por uma morte misericordiosa. Em sua cintura: um fiel revólver. Em seu cérebro: moléculas de álcool. Acima de si: nuvens negras e volumosas. À sua frente: uma criança sinistra feita de porcelana e um cachorro gigante prestes à atacar (?).
Bom, talvez ele realmente seja a pessoa certa para esse caso.
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Meu Roteiro Gigante

Spoiler
Capítulo 1
A Carta


Nikola recebeu essa carta e se perguntou "Quem envia carta nos dias de hoje?". Ele achou estranho, achou que fosse engano, achou que fosse alguma cobrança, achou que fosse alguma propaganda. Depositou-a sobre a mesa de centro da sala e a esqueceu por ali – por muito tempo. Passaram-se dias, semanas, gatos, respingos de bebidas, pés sujos...
Entenda, a casa era uma zona, personificação do seu morador. Não se sabe como uma sala com cozinha americana e uma suíte conseguiam comportar tanto lixo - o mesmo raciocínio para o corpo de 57kg de Nikola. A sala era uma mistura de xícaras, papeladas do trabalho e 2 gatos gordos. Tinha uma série de quadros com tom erótico, e para muitos ofensivo, pela parede acima do sofá, junto com manchas permanentes de mofo por consequência de uma infiltração de 3 invernos rigorosos. Tinha um número de garrafas de bebidas alcóolicas baratas em cima da televisão, ao lado do sofá e em baixo da pia que faria qualquer mãe que se importasse ou qualquer fígado desmaiar. Na cozinha, uma pilha de pratos para lavar ao lado de outra pilha de caixas vazias de pizza.
Os gatos matavam qualquer barata ou rato que aparecia. Pelo menos isso.
Em um dos canto da sala – o único ponto do apartamento que desse indícios de que o lugar era habitado por um ser vivo com vida inteligente –, uma estante de madeira de mogno, um achado em sites de vendas de móveis usados. Os livros eram cuidadosamente organizados por ordem de cor, tamanho, autor e gênero. Tinha algumas coleções de bonecos de ação, CDs antigos e cubos mágicos. Ao lado da estante tinham 2 alimentadores automáticos que a cada 3 horas enchiam os pratos dos 2 gatos gordos. A ração era de primeira qualidade, inclusive.
E a coitada da carta se perdeu nessa bagunça que era a sala de Nikola. O notebook apitava sempre que as contas de luz, água ou gás chegavam. Ele não precisava se preocupar com papelada, era uma pessoa moderna, filho de uma geração digital. Mas que morava no lixo, em um corpo tratado como lixo. Seus e-mails eram organizados categoricamente, assim como a já descrita estante. Na sua desktop tinha o link do navegador, uma pasta para trabalho, um atalho para Starcraft 2 e uma pasta oculta recheada do pior e mais barato pornô que a internet poderia oferecer. Nikola era um homem comum: frustrado. Vivendo no piloto automático: ignorando a carta perdida na bagunça de sua sala fedida.
Ele era a decepção para os pais: o plano era ter se formado em direito, estudando na melhor universidade do país, ter se casado com uma moça maravilhosa e inteligente e ter dado aos pais no mínimo 2 netos. Nikola largou os estudos dois meses antes de pegar o diploma de advogado. Terminou o relacionamento de 13 anos por nunca ter proposto a moça em casamento e claro, por tê-la encontrado com seu melhor amigo no sofá daquele mesmo apartamento três anos atrás. Sua vasectomia estava marcada para o mês que vem.
Nikola não era um incompreendido ou injustiçado pela sociedade. Era só uma pessoa que desistiu de si mesma. Não fez as contas para saber quando tudo começou a dar errado, tinha medo de chegar ao dia de seu nascimento. O culpado por sua desgraça não era ninguém além dele mesmo. E ele sabia disso, porém não se importava. Pelo menos não mais.
Você pode estar se questionando como que ele mantém aquele lugar, as pizzas e o álcool que um dia estiveram nas caixas e garrafas hoje acumuladas, e obviamente como os seus gatos comiam da melhor ração. Nikola trabalhava na maior delegacia de inteligência especial da cidade. O seu pai era o chefe do local com 15 anos de profissão nas costas. O trabalho de Nikola não era tão glorioso quanto. Na verdade, a profissão dele poderia ser considerada a mais antiga e menos glamorosa da história: ele era um faz tudo. Limpava o café que derrubavam (a maioria das vezes propositalmente) no chão, os banheiros (que sempre tinham recadinhos desagradáveis na tampa no vaso para ele), organizava muitos e muitos e muitos papéis...Claro que para os outros funcionários sua missão principal era ser o alívio cômico no dia-a-dia recheado de assassinatos dos policiais. Seu pai tinha conhecimento de tudo que faziam com Nikola, mas o débito da sua misericórdia pelo filho pagava apenas a vaga do emprego.
Se quisesse um emprego que não incentivasse a sua auto estima a tornar-se uma toupeira com tendências suicidas que cava desesperadamente em direção ao centro da terra, Nikola quem devia pedir demissão e ir em buscar de tal emprego.
Já fazia 3 anos que a toupeira com tendências suicidas de Nikola cavava em direção ao centro da Terra. Ele não queria um novo emprego. Não ligava em ser uma piada aos olhos da maioria das pessoas que o conheciam, nem mesmo aos olhos de sua família.
Bem... a verdade é que isso não necessariamente importa agora! O que realmente importa é que Sexta-Feira – o maior dos 2 gatos – estava vomitando um tricobezoar bem em cima da carta (lembra-se dela?). Eu me perco facilmente narrando essa estória, já vou avisando.
Ok! Vamos tentar de novo. Começar o capítulo do 0, sendo que dessa vez de forma mais direta.

Capítulo 1
A Carta, e somente ela.


A carta estava caída no chão da sala por umas 3 semanas provavelmente. Antes ela tinha ficado 2 semanas sobre a mesa de centro, mas a prostituta escandalosa jogou tudo no chão naquela noite, e quando digo tudo acabo por incluir também a carta.
Sexta-Feira era uma gata gorda de aproximadamente 2 anos de idade. Tinha pelos curtos e brancos. Tinha também aquela rara condição genética – heterocromia. Um de seus olhos era azul e o outro verde. A ex de Nikola não era fã gatos, mas ele a adotou mesmo assim. Seu amigo tinha comentado que tinha esses gatos para a adoção e que um deles possuía os olhos distintos. Ele a adotou no outro dia, sem comentar ou pedir permissão para a ex.
Domingo era o segundo gato gordo. Tinha os pelos pretos, foi adotado por Nikola a uns dez anos quando seus vizinhos queriam matar o gato para realizar algum tipo de ritual. Ou pelo menos é isso que Nikola sempre acreditou, dadas as evidências. Estava acostumado a ouvir barulhos estranhos vindos da casa dos vizinhos enquanto ainda morava com os pais. Uns tambores e vez ou outra, quando eles eram descuidados, uns miados escandalosos de gatos. Sempre vinha fumaça da casa deles. Não sabia o que cultuavam, e nem lhe importava, sabia somente que depois que se mudaram para aquela rua os gatos da região começaram desaparecer. "Controle populacional" alguns chamariam. Quando conheceu Domingo ele era um filhote dentro de uma caixa, abandonado em frente à casa dos vizinhos barulhentos. Não suportou passar pela caixa, olhar para o filhote e deixa-lo lá, sabendo do fim horrível que ele provavelmente teria. Manteve o bicho dentro do próprio quarto desde então. Nikola cuidou para que o gato nunca aparecesse nas janelas da casa.
O apartamento era pequeno para 2 animais. Mas Nikola não ligava muito pois sabia que os seus animais não ligavam também. Os dois se davam bem entre si, eram silenciosos e não fazia diferença para Nikola se quebrassem um copo ou derrubassem um porta-retratos quando o tédio batia, dado o cenário de caos que estava acostumado a viver.
Continuando com a narrativa – vamos fingir que os 4 parágrafos anteriores não existiram -, Sexta-Feira não passava tão bem naquela tarde e quando Nikola chegou em casa à noite notou a gata deitada ao lado da bola de pelos, que caso você não saiba era ironicamente mais cilíndrica do que redonda. Ele notou a carta embaixo do artefato peludo e já seco. Sexta-feira parecia aliviada de tê-la cuspido. Quando Nikola a acariciou ronronou feliz e pulou em cima da estante ao lado da televisão quase derrubando 2 garrafas.
Nikola pegou uma pá e jogou o tricobezoare dentro de um saco preto de lixo. Olhou ao redor e percebeu que muitos dos itens ao redor também cabiam de entrar no saco. Então começou a limpeza. Caixas de pizza, guardanapos, saquinhos de ketchup, garrafas, latinhas, papeis inúteis, restos de comida que juntavam formigas... Quando terminou o cômodo parecia 40% maior e 70% menos repugnante. Teve o reflexo de juntar a carta junto com resto do lixo, o líquido expelido por Sexta-Feira absorvido pelo papel e agora seco, ajudava. A curiosidade porém, felizmente foi maior.
Se Nikola tivesse jogado a carta no saco junto com os saquinhos de ketchup e latinhas essa estória não fazia sentido em ser contada, pois nada que vem depois aconteceria. Ele seguiria sua existência medíocre convencido de que aquilo era sua vida, e apenas.
Entretanto isso não aconteceu, Nikola tinha os instintos naturais de um curioso. Apesar de ter ignorado a carta quando a recebeu e a esquecido por meses na sala, agora que ela estava ali em suas mãos, o dilema (que durou segundos mas isso não o torna menos importante) entre livrar-se dela como um lixo qualquer ou finalmente lê-la para saber do que se tratava (e depois livra-se dela como lixo qualquer), finalmente surgiu.
Ele sabia que cedo ou tarde teria que lidar com o lixo em sua casa. Estava lidando agora graças à mania de Sexta-Feira de lamber-se compulsivamente. Chateou-se xingando seu eu do passado por ter juntado toda aquela tranqueira por tanto tempo. Pegou a carta com as duas mãos, olhou novamente o envelope: endereçado exatamente para seu apartamento e com seu nome completo no campo do destinatário.
Rasgou-o apressadamente e puxou o conteúdo que para sua surpresa, não era alguma propaganda de alguma loja ou textos de gênero parecido. Era literalmente, uma carta. Escrita à mão com caneta.

Ps: a carta não será esta seguinte, tenho que alterar o texto para condizer com o progresso da estória. Quero fazer a final no photoshop também, para ficar mais compreensível e imersiva. Por enquanto o texto seguinte é só o que tenho. Mas nada que interfira na compreensão da estória.

Spoiler
Caríssimo Inspetor Nikola Carvalho,

Você deve estar se perguntando como consegui seu endereço e quem eu sou. Me chamo Amelie Peres souLAKSDMALKSDMLAKSDMAL SKDMLKASDMASDMASLKDMASDALKMASLKDMASLASLKDMASLKDMASLD Seu amigo de faculdade Tom Moraes, me falou muito sobre você. Contou-me sobre você ser o melhor do curso de Direito, seu histórico em solucionar casos antes da graduação, sua paixão por crimes não solucionáveis e claro, sua genética. Estou com um caso que acredito que somente alguém como você poderia solucionar e também fazê-lo de maneira discreta.ALSKDMALSKDMALSMDAL SKDMALKSDMALSKDMALSKDMALSKDMALKSDMALKSDMALKSMDLKASMDLKAMSDLKAMSLKDMASLKD E quando uma moça como eu recorre a total desconhecido como última esperança, pedindo-o para guardar completo segredo, você pode imaginar que as coisas estão bem ruins.
No dia 06 de abril, o sábado da semana passada, ocorreu um suicídio em Tornum, o maior hotel da cidade. O Sr. Marcos Dinísio foi encontrado por volta das 11 manhã pendurado pelo pescoço em sua suíteALSKMDLAKSDMASLKDMASLKDMASLDKAMSDLKASMDLAKSMDSALKDMAKSDSADKMASLDKMASLKDMALSKDMSALKDMASDSKLADMSADLAKSMDLKASMDLKASMDLKSDSKALDMLAKSDMALKSDMALKD.
Eu não acredito na polícia local, as investigações foram superficiais e todos insistem em dizer que foi apenas um suicídio, dadas as evidências. Por outro lado, eu o conhecia melhor que qualquer um e sei bem que ele nunca iria ferir a si mesmo dessa forma. Marcos era envolvido com ASKLDMASLKDMASLKDMASLKDMASLKDMA SLDKAMSLDKMASDLKAMSDLKASMDLSKAMDKSAMDLKSAMDLKASMDLKASMDLKASMDLKAMSKLDMAKLDM.
Por isso aposto minha vida na hipótese de que ele foi assassinado e não acredito em nada nem ninguém que me diga o contrário.
Estou arriscando muito somente escrevendo esta carta, sinto que estou sendo seguida e vigiada a todo instante. ASLDMASLKDMAS LKDMASLKMALKMALDKMASLKMALSKDMASLKDMASLKDMALSKDMALSKDMALSKDMALKSDMLAKSDMLAKSMDLAKSMD.
Sr. Nikola, que não tenho a quem recorrer se não a você. Seu perfil e discrição são os únicos que podem solucionar esse caso e trazer justiça e paz à alma de Marcos. Obviamente, peço-lhe para que não informe a ninguém sobre nada que lhe descrevi nesta carta. Preciso de sua resposta o mais rápido possível, meu tempo pode ser curto.
Não tenho muito como lhe convencer de me ajudar, meu melhor e principal argumento é lhe garantir o melhor pagamento de sua carreira. E digo isso mesmo sabendo que ela está no começo e de todo seu potencial. Se você precisar deste caso tanto quanto ele precisa de você encontre-se comigo no hotel Tornum, procure por Amelie.

Ajude-me Nikola,

Você é minha única esperança.


Amelie Peres.
Folclum,12 de abril de 2018.
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Alguns dos trechos estavam ilegíveis graças ao líquido gástrico de Sexta-Feira.
Quando Nikola terminou de ler a carta não esboçava expressão alguma em seu rosto, suas mãos por outro lado, tremiam compulsivamente. Era loucura, "alguma piada de alguém do trabalho que eu demorei para cair", ele pensou. Algo dentro de Nikola queria acreditar que era tudo verdade, que aquela caligrafia era de Amelie Peres, que aquele caso só poderia ser resolvido por ele. Outro algo dentro de Nikola queria reagir de forma oposta, afirmando que aquilo tudo não passava de uma bem bolada fanfic. Ele institivamente procurou pelo apartamento câmeras que gravassem a trolagem e se perguntou se estava sendo gravado durante meses por causa dessa brincadeira.
-Esse tipo de brincadeira não tem a menor graça! Suicídio? Estão brincando com suicídio? É um nível tão baixo que eu nem sei o que dizer... Vocês NÃO vão postar isso no Youtube!
E partiu compulsivamente derrubando porta-retratos e objetos das prateleiras a procura de alguma câmera. "Ela não estaria descarregada depois de tanto tempo?", esse pensamento o acalmou.
Olhou ao redor novamente. Viu os gatos curiosos o encarando. Pegou a carta novamente e a releu, umas três ou quatro vezes. Procurando algum indício de quem poderia ter escrito pelo pseudônimo de Amelie. Seria algo arquitetado pelo o Jota? Ou Kallyl? A caligrafia de qualquer um na delegacia Nikola reconheceria, eles teriam que ter pedido para uma terceira pessoa escrever.
E então lhe subiu um frio na espinha, quando deitou-se no sofá com a carta e a apontou para cima dos olhos, contra a lâmpada de luz amarelada que iluminava a sala, percebeu que algumas palavras da carta estavam escritas com uma caneta discretamente diferente da utilizada no restante do texto.  Quando em iluminação ambiente tudo era homogêneo, mas quando contra uma fonte de luz elas apareciam: distribuídas aleatoriamente pelo texto e formando a frase: "Você duvida que falo sério não podemos trabalhar juntos se não confiarmos um no outro". (lembrando que eu vou mudar a carta e distribuir essas palavras)
Apesar da mais provável e plausível teoria afirmar que tudo não passava de uma armação - uma brincadeira de seus "colegas" da delegacia - Nikola sabia que eles não se dariam ao trabalho de colocar algo escondido daquela forma e muito menos iriam acreditar na capacidade dele em descobrir tal frase.
Se preocupou então - não com a procedência da carta, pois agora começava lentamente a acreditar que ela tivesse realmente sido escrita por uma moça desesperada e em luto, mas sim – com o tempo. Já havia se passado quase dois meses. Quais as chances de Amelie ainda precisar dele?
Sexta-Feira deitou-se no colo de Nikola que agora estava sentado no sofá com a cabeça fervendo. Ele olhou para a mesa de centro, havia restado uma lata de cerveja pela metade: "vai essa mesmo". E bebeu tudo com um gole, sem pensar muito sobre a quanto tempo aquela cerveja quente e terrível estava ali em cima. Felizmente ou não, aquele gosto não foi o pior que Nikola já sentira.
-Preciso de mais álcool Sexta.
Se levantou e abriu a geladeira, encontrando apenas três coisas: uma porta vazia, uma caixa de leite vencido e decepção.
-Quanto tempo faz desde a última vez que eu fui ao supermercado?
Perguntou olhando para Domingo que estava em cima da pia da cozinha.
-Miawr.
O gato respondeu se esfregando no ombro do dono.
-Isso tudo?
Ele fechou a porta beijando a cabeça do felino e se afastando. Puxou o celular do bolso, abriu o aplicativo do IFood e quando ia fazer o pedido... o aparelho descarregou.
-Mas que porra de azar – respirou fundo, passou a mão no rosto e pelos cabelos e novamente olhou ao redor – olhei tanto pra essa bagunça hoje que bati meu limite mensal de encarar a realidade.
Felizmente o carregador do celular estava sempre na sua bolsa, pegou-o e pôs o telefone pra carregar. Ligou novamente e finalmente fez o pedido de uma pizza grande de calabresa.
Ah! Curiosidade legal que pessoas observadoras podem ter notado: todas essas ações Nikola fez até então, as realizou com a carta em mãos. Não a largou um só instante.
Passaram-se cerca de 1 hora e meia antes da pizza chegar. Foi tempo suficiente para que Nikola limpasse a sala. Lavou os pratos jogou as roupas sujas na máquina de lavar, trocou a lâmpada queimada da cozinha, limpou os recipientes de rações, varreu o chão e tirou a poeira dos móveis.
O entregador de pizza era Marvel, velho amigo de Nikola. Quando ele abriu a porta para receber seu pedido e Marvel viu o apartamento 100% mais digno de um ser humano se viver, se assustou.
-Caralho! Quem é você e o que fez com Nikola? Eu passei por algum portal para uma realidade paralela quando entrei pelo portão da frente?
-Olha pra ser sincero... sim, você está em uma realidade onde meu apartamento é limpo em 50% dele e... as pizzas são 100% gratuitas.
Marvel riu.
-São R$ 29,90 para você Nikola e 5 reais pela entrega.
Nikola puxou a carteira, pagou o que devia, pegou a pizza e Marvel se foi.
Era 2 da manhã quando Nikola terminou a pizza enquanto pesquisava na internet sobre a cidade de Folclum, o hotel Tornum, sobre Amelie Peres e claro, sobre Marcos Dinísio.
Estranhou pela ineficiência da internet. Nunca pensou que um dia iria se decepcionar por não encontrar algo no Google.
-Nunca confie 100% em ninguém... nem mesmo o Google.
Absolutamente nada na cidade tinha site oficial. Procurou muito, até quando finalmente chegou ao fórum "Mochileiros na Estrada para o Inferno" no mais profundo recanto da internet. Nele, leu a postagem da usuária "Passageira_E_Satan_É_O_Motorista" de cerca de 1 ano atrás, com a única, e consequentemente melhor e mais útil descrição de Folclum que Nikola encontraria.
Nikola anotou tudo que considerou útil.

*ainda irei desenvolver uma página de web no photoshop com o texto para imersão*

Spoiler

  • Folclum é um minúsculo município entre as montanhas com cerca de 2 mil habitantes.
  • Seu clima é predominantemente frio o ano inteiro.
  • Anteriormente era uma região povoada por indígenas isolados, mas todos foram dizimados no período de colonização do continente. "Nada novo até então", pensou Nikola.
  • O relevo da região é diversificado. Tem essa praia que se estende por todo no seu limite Leste, mas que nunca foi muito atraente, tanto pelo clima frio, como pelas chuvas constantes, suas águas cinzentas com ondas violentas. Existem relatos dos anos 90 sobre ataques de tubarões na região. "Não é uma praia muito instagramável".
  • Tem essa montanha à Sul onde estão o SPA Amazonas e as piscinas naturais termais.
  • A floresta vasta e preservada circunda todo lado Norte e Oeste. Tem trilhas e passeios turísticos para as antigas cidades indígenas.
  • A cidade ganhou fama principalmente graças ao SPA Amazonas, procurado por pacientes com dores crônicas nos ossos, articulações e com transtornos psicológicos como ansiedade e depressão. "Realmente atrativo à minha coluna de 80 anos e minha mente de....".
  • A cidade também tem pequenas pousadas charmosas e o luxuoso hotel Tornum, pois é também ponto turístico para amantes de artes exotéricas. Atraindo aqueles que acreditam no potencial místico de toda região que foi criado e reforçado ao longo dos anos pelas lendas indígenas locais. "Só deve dar hippies". (A Passageira_E_Satan_É_O_Motorista se prendeu muito nessa parte sobre misticismo) "Bla-bla-bla-bla-bla".
  • Tudo na cidade lembra a Era Vitoriana, seja a arquitetura, as mobílias e os próprios habitantes. "Soa um pouco mais instagramável".

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Sobre Amelie Peres ou Tornum, Nikola não encontrou nada.
Para Marcos Dinísio por outro lado, sempre havia a mesma pequena manchete em sites de notícias. Superficial e dizendo basicamente a mesma coisa, independente do site.

*Irei criar no photoshop o site com a notícia para imersão*

Spoiler
Falece hoje, dia 06 de abril de 2018, Marcos Dinísio, dono e fundador da marca de vinhos D. Nísium. Seu corpo foi encontrado com sinais evidentes de suicídio na suíte onde estava hospedado no hotel Tornum, situado na pequena cidade de Folclum Ville, onde passava férias sozinho.
Marcos deixa de luto, dois filhos. Havia em Janeiro deste ano, se divorciado de Katya, que foi sua companheira por 20 anos.
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Nikola, apesar do litro de café que havia tomado, sucumbiu ao sono, seu maior arqui-inimigo, por volta das 3 e meia da madrugada.

Capítulo 2
Férias


Os dois gatos dormiam ao lado de Nikola quando ele acordou atrasado naquela manhã. Eram 10 e meia e o expediente começara ás 8.
Talvez torne tudo mais compreensível para você leitor, que daqui para frente se fizer perguntas como "Por que ele fez isso?", "De onde ele tirou isso?", se eu lhe reforçar que, caso você ainda não tenha percebido, Nikola era uma pessoa diferente das demais. Nikola tinha um talento em ser bom demais com seus instintos. Se sentia que devia fazer algo, ele não se questionava duas vezes sobre os riscos, simplesmente ia lá e fazia. Não se sabe quando Nikola refletiu sobre suas ações seguintes, ou se refletiu. Estivera tantos anos no piloto automático que talvez seja incomodo demais abandonar essa mania, talvez seja impossível.
Ele levantou do sofá, se espreguiçou  e andou calmamente para o banheiro. Lavou o rosto, escovou os dentes, pegou as chaves e o celular, acariciou os três animais com vida fácil, saiu, fechou e trancou a porta. Desceu as escadas, cumprimentou o porteiro, entrou no carro, olhou-se no espelho, penteou o cabelo com os dedos. Dirigiu até a cafeteria, saiu do carro e entrou na cafeteria, pediu um pequeno, tomou olhando o facebook pelo celular, curtiu um vídeo de compilado de pessoas caindo. Pagou o café, entrou no carro, dirigiu até a delegacia, entrou, cumprimentou a Norma que lhe olhou estranho, andou pelo corredor onde todos lhe olharam estranho, cumprimentou o Lando que não olhou para ele. Bateu na porta da sala do seu pai, ouviu um "pode entrar", entrou.
-Nikola! Pedi para lhe ligarem umas 5 vezes esta manhã. Você nunca se atrasou antes, aconteceu algo?
-Eu vim aqui pedir umas férias.
O delegado Carvalho estava explicitamente desnorteado.
-Férias...?
-É, estou trabalhando a 3 anos seguidos sem férias. Acho que é uma boa hora para descansar.
-C-claro... férias... eu não esperava por essa. – soltou uma risadinha nervosa – Lembro de ter lhe oferecido férias antes, e de você nunca ter aceito nenhuma das vezes. Algo aconteceu, Nikola? Você... está com algum problema de saúde?
-Nada aconteceu, senhor. Só quero passar uns dias fora. Na praia... ou talvez nas montanhas.
-Entendo... isso realmente iria lhe fazer bem... – o delegado Carvalho encarou a roupa amassada de Nikola e suas olheiras profundas. Suspirou fundo. – irei providenciar os papéis, para quando quer agendar essas férias?
-Para hoje senhor.
-Hoje?! – o seu rosto corou com uma pontada de raiva repentina. Não era natural para o delegado ceder à pedidos de seus funcionários, muito menos quando se tratava de um pedido sem aviso prévio de férias fora do período. Nikola estava ousando demais da boa vontade do Sr. Carvalho. Porém seria ingenuidade considerar Nikola um funcionário qualquer. Sr. Carvalho apesar de rígido com todos e uma pessoa de poucos sorrisos em público, amava seu filho e vê-lo na situação degradante em que se encontrara nos últimos anos não representava uma derrota somente de Nikola. Sr. Carvalho também esteve derrotado durante todo esse tempo. Ele passou a mão no rosto e tirou os óculos quadrados que eram minúsculos comparados à sua cabeça careca. – pode ir para casa Nikola, não precisa se preocupar, quando você voltar assina a papelada. Descanse. Você tem dois meses. – disse isso tudo enquanto pressionava os olhos fechados com os dedos da mão, sem olhar para o filho.
-Obrigado, Senhor. – Nikola virou-se e abriu a porta atrás de si.
-Nick? – chamou uma última vez o pai.
-Sim, Senhor?
-Se for mesmo viajar... tira umas fotos. Sua mãe vai gostar de ver.
-Claro... pai.
E saiu da delegacia. Voltou para o apartamento. Pediu um táxi. Tomou um longo banho frio. Juntou as roupas na mala, o notebook, o caderno de anotações e o celular. Puxou uma caixa que guardava em cima do guarda-roupas. Abriu-a e desenrolou de um lenço azul marinho um pequeno revolver. Guardou-o na cintura, escondido graças ao casaco longo que usava. Pegou um pequeno cantil no armário. Se despediu dos animais.  Trancou a porta de seu apartamento e bateu na porta do apartamento vizinho. Natalie a abriu.
-Nick! Quanto tempo. Nunca mais nos cruzamos por aqui... – ela olhou para a mala que ele carregava – vai viajar?
Natalie era uma jovem recém formada em jornalismo, se mudou para o prédio quase na mesma época que Nikola. Ela era simpática, loira de olhos castanhos. Era gostosa, mas Nikola nunca a olhou dessa forma. Não olhara dessa forma para nenhuma outra mulher desde...
-Vou. Passarei uns dois meses fora. Preciso da sua ajuda com os gatos, se não for incomodar.
Natalie demorou um pouco para entender.
-AAH! Sim. Tinha me esquecido deles. Claro, claro... quer que eu dê comida, troque a areia, coisas do tipo?
-Se não for pedir muito...
-Não, não! Imagina. Pode deixar comigo.
-Eu lhe pago uma quantia quando eu voltar de viajem.
-Nick, nossa! Não! Vai ser um prazer, não precisa pagar nada.
Natalie sempre foi muito fácil para Nikola. Entenda: Nikola sempre foi atraente. Somente nos últimos anos ele desenvolveu olheiras, uma postura horrível e perdeu uns 15 quilos. Sempre cheirava a álcool quando estava em casa. Mas Natalie o conheceu antes disso. E parece que algumas mulheres acreditam que podem mudar os caras perdidos. Que quanto mais perdido o cara for, mais tesão elas sentem. Natalie era assim.
-Preciso ir agora mesmo, mas a gente continua essa conversa depois, e combinamos o pagamento... – Natalie ia falar algo, mas ele a interrompeu. Sabia como ela funcionava – as chaves! – e as levantou na altura do rosto da moça – os comedores automáticos são simples, você vai entender como funcionam. É só abrir a tampa e colocar a ração. Essa ração que tem aí deve durar pra umas 3 semanas, depois e só comprar da mesma marca. Não dê leite para eles, só água. Preciso ir agora certo? Qualquer coisa me liga, esse aqui é o meu número. – ele puxou o braço da moça e anotou o celular com uma caneta que tinha no bolso. – eu realmente tenho que ir, o táxi está me esperando. Muito obrigada novamente Nat.
A menina estava nauseada pelo número de telefone no seu braço e o "Nat" que ele a chamou.
-C-certo... boa viagem... EU TE LIGO!
Nikola já havia virado na esquina do corredor em direção ao elevador.
O táxi já estava mesmo o esperando quando desceu do prédio. Ele teria que pegar cerca de dois ônibus e uma carona até chegar em Folclum Ville. Seria uma longa viagem. Pediu para o taxista esperar no seu bar favorito antes de ir para a rodoviária. Encheu o cantil de vodka e seguiram em frente.
Depois dos dois dias de viagem e uma carona muito esquisita Nikola finalmente chegou em Folclum. Na esperança de que Amelie não tivesse desistido do caso – de na pior das hipóteses, só ter viajado até aquele fim de mundo para relaxar no SPA.

Capítulo 3
Onde eu deixei minha carteira de vacinação?


-Aqui é o máximo que dá pra chegar de carro. – Sônia, a mulher obesa que deu carona à Nikola estacionou na frente de um portal velho de madeira nem um pouco convidativo. Ao fim de uma viagem de mais ou menos 2 horas em uma sofrida e estreita estrada de barro com a playlist de Sônia do Elton John, você pode imaginar que aquele portal para Nikola, era quase que a entrada para o céu.
Nikola conheceu Sônia pois ela trabalhava no posto de gasolina mais próximo de Folclum. Ele caminhou até lá para pedir informação e por sorte ela estava de saída. Morava a 5km da cidade, em uma "chácara de ovelhas gordas", como ela mesma descreveu.  Durante todo trajeto Nikola tentou puxar assunto sobre a cidade, sobre o hotel Tornum, mas Sônia sempre dizia as mesmas coisas um tanto quanto inúteis.
"Vem sempre um monte de jovem hippie pra cá. Gostam das plantas... Cê tem cara de quem gosta também hein? HAHAHA – ela batia no ombro de Nikola com seu braço que devia pesar uns oito quilos – Eu sei onde vendem as de alta qualidade sabe? No caso de você gostar mesmo.......- deu uma piscada para Nikola, o que ao som da música tema do Rei Leão "Can You Feel The Love Tonight?" cantada por Elton John foi uma situação muito estranha - Pararam de vir nesses últimos meses, não é alta temporada, sabe? A lua também não ficou cheia nesses últimos dias, sempre quando fica vem umas pessoa de olho pintado de preto, parecendo uns urubu. HAHAHAHA O empresário? Eu não conhecia, dizem que foi bom ele ter morrido assim, assim vai atrair ainda mais dessa gente doida atrás de fantasmas HAHAHAHA Eu? Eu só ia lá quando era criança. Minha vó morava lá. A velha morreu, não me sobrou nada pra ver naquele fim de mundo. Prefiro minha casa, minha televisão, andar no meu carro, e o meu Elton John..."
-O caminho à pé é muito longo? – Nikola perguntou, preocupado com as nuvens cinzentas que se agrupavam ao redor da floresta.
-Cerca de meia hora só... Está preocupado com a chuva? – Sônia acompanhou o olhar Nikola. – é burrice vir pra esses mundo sem guarda-chuvas moço, a não ser que cê queira pegar um resfriado permanente. Aqui, pegue. – e lhe entregou um guarda-chuvas marrom tão velho que se tivesse como falar ele não falaria, mas que se tivesse como gemer com dificuldade, gemeria um "Me mate".
-E-eu não posso aceit...
-São 20 reais.
-O que?! Mas isso está muito caro para um guarda-chuvas desses!
-Prefere se molhar inteiro antes de chegar à Folclum? Talvez encontre um mais barato se andar a pé uns 300km pro sul, em direção à alguma praia onde provavelmente não está chovendo.
Nikola respirou fundo.
-Eu vou pagar 15 reais.
-20.
-15.
-18.
-Certo. – ele puxou a carteira e trocou o dinheiro pelo guarda-chuvas triste – o caminho é fácil de se perder?
-Nãaaaaao... HAHAHA É muito simples. Cê segue essa trilha única o tempo inteiro. Não entre na floresta, siga a trilha. Tem placas o tempo todo. Vai chegar em uma bifurcação uma hora, tem uma placa lá. Não entre na floresta, siga a trilha. A da esquerda é para as montanhas, pro SPA da louca. Cê pega a estrada da direita, que vai dá na cidade. Não desvia pra floresta, continua o tempo todo na trilha. Em uns 10min deve encontrar sinal de gente.
-Hmmmmm...- Nikola começou a repetir mentalmente o caminho apesar de ser realmente bem simples.
-Agora eu preciso ir.
-Sim, sim. Desculpe. Aqui. – apesar do abuso que sofreu comprando o guarda-chuvas triste Nikola entregou uma nota de 25 reais à moça porque sabia que a gasolina estava muito cara – pela carona. Obrigado novamente. – desceu do carro e acenou com a mão.
-Isso não é o tipo de coisa que se injeitar né não! HAHA – ela riu - Não tem de quê moço! Aproveite bem aí, na cidade das bruxas!
E arrancou com o carro, ao som de Elton John.
Nikola virou-se para encarar o portal velho. Não havia placas sinalizando que aquele era o caminho certo para Folclum. Não havia nada que sinalizasse que aquele era o caminho certo para qualquer lugar. Resolveu não gastar seu tempo com pensamentos negativos, pois naquela situação: no meio do nada e sozinho, eles não serviriam de nada. Pôs as mãos dentro dos bolsos do sobretudo, já sentindo seus ossos congelarem com os primeiros toques de vento frio. Tomou um gole da vodka só para aquecer.
Seguiu pelo arco e pela trilha. Logo após a primeira curva as arvores começaram a engolir o céu, tornando tudo 60% mais escuro. Checou, só para garantir mesmo, se a arma estava no cinto por baixo do sobretudo. Apressou o passo e acabou por se deparar com a primeira das inúmeras placas que Sônia dissera que teria pelo caminho. Era feita de madeira, talhada e pintada à mão. Nikola se surpreendeu pela placa resistir tanto à umidade da região, com as cores preservadas.

olá viajante! ;)
está indo para folclum?
esperamos que sim, pois é somente isso que encontrará por aqui!
são exatamente 4 km até folclum!

"Bom sinal... eu acho...". Pensou.
Após de cerca de 2 minutos na trilha, começou a chover. Nikola equipou-se com seu guarda-chuvas triste e apressou o passo mais um pouco. Era estranho, ele sabia que devia se manter na trilha e não entrar na floresta, mas enquanto olhava para as árvores e a luz do sol estava oculta pelas nuvens algo fora da trilha era muito, muito mais convidativo. Teve o reflexo de quase mergulhar por entre as plantas e seguir esse "algo". Mas felizmente, nesse momento, seu autocontrole foi maior.
Quando fez uma determinada curva, uma igual a todas às outras, então não saberia sinalizar onde, Nikola viu-se frente à uma criança.
Era um menino, com cerca de 7 anos de idade. Sua pele parecia de porcelana por ser extremamente branco. Seus cabelos eram loiros e estavam grudados em sua testa, encharcados por causa da chuva. Usava roupas com aparência envelhecida e grandes demais para seu tamanho minúsculo: uma blusa branca por baixo de um macacão jeans que ia até os joelhos. Calçava apenas uma meia em um dos pés, enquanto no outro andava descalço. Estava em pé ao lado de um cachorro vira-latas marrom, peludo e igualmente encharcado. Ambos pareciam ao mesmo tempo sozinhos e abandonados, mas também acompanhados um pelo outro. A criança não se movia, com o rosto sem expressão encarando Nikola. O cachorro, quando viu Nikola, começou a rosnar e latir alto, estava prestes a avançar.
Seria natural puxar seu revolver para autodefesa, mas ele não machucaria um cachorro, ainda mais sendo o cachorro de uma criança feita de porcelana. Revisou mentalmente e em questão de segundos se estavam em dia suas vacinas antitetânica e antirrábica.
O cachorro saltou.
Um relâmpago acompanhado por um raio estourou em algum lugar perigosamente próximo dali.
Quando olhou novamente, a criança e o cachorro haviam sumido. A chuva continuava, os pingos agressivos fazendo zoada nas copas das árvores e nas poças do chão. "E eu nem cheguei a ficar bêbado ainda".
Parecia que estava andando em círculos, sempre com a velha sensação de "eu já não passei por aqui antes?". Ele chegou a ver outra placa, sinalizando que estava a 2km de distância de Folclum, e então finalmente chegou à bifurcação que Sônia havia citado.

olá viajante! ;)
à esquerda para spa amazonas.
à direita para folclum.

Seguiu à direita. A chuva resolveu dar uma pequena trégua, mas à essa altura o guarda-chuvas triste não bastou e Nikola estava encharcado. Andou ainda uns 10 minutos até que finalmente chegou ao seu destino, sendo recepcionado por uma última placa.

olá viajante! ;)
você finalmente chegou à folclum!
nem foi tão ruim assim, hein?
Aproveite a estadia e não faça perguntas demais!

Para ser honesto, Nikola não gostou muito dessa última frase. Tomou mais um gole da vodka, para lembrar a si mesmo do porquê de estar ali... ou seria para se esquecer? Bem, não importava.
Guardou a bebida e entrou na cidade.[/font]

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"Hipoteticamente falando, digamos que me interesso em saber:
Quais os sistemas você pensa em utilizar para por esse roteiro em prática?"

Spoiler
Os sistemas, até então, são pensados para o beta do jogo.

Sistema de dia e noite;
Sistema de batalha em turno, sendo uma adaptação melhorada do próprio sistema do RPG Maker;
Sistema de "alcoolismo": uma barra de embriaguez irá determinar o quão são está Nikola. Dependendo da sua condição, ele terá determinada perspectiva sobre o mundo, vendo ou não certas pistas. Assim como poderá ou não interagir de certa forma com os NPCs/mundo. A ideia é utilizar com consciência o álcool, não tornando-o a solução para qualquer problema, mas sendo a solução de alguns: certos momentos o ideal é estar sóbrio, enquanto em outros estar embriagado poderia ser mais útil. Em outros momentos ainda, seria útil tentar as duas formas. Nikola terá que comprar a bebida alcoólica ou produzir sua própria para encher seu cantil, sendo que algumas bebidas podem ainda possuir passivas com buffs úteis ou debuffs;
Sistema de diário: "minha psicóloga disse que seria bom para mim escrever sobre tudo no meu dia-a-dia que me chamasse atenção para expor e entender melhor meus sentimentos";

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BOM!
Eu sei que o jogo soa como uma daquelas misturas que inicialmente parece ser muito ruim e que provavelmente vai resultar em algo tão ruim quanto parece... tipo um suco detox!
Só peço um pouquinho de fé e já agradeço previamente à todas as críticas, sugestões e ideias que vocês compartilharem comigo.  <3
Pedido especial para que comentem erros gramaticais que encontrarem nos textos, pois não sou bem da área de humanas.

Citação de: Dytto online 22/04/2018 às 01:47
[...] um atalho para Starcraft 2 e uma pasta oculta recheada do pior e mais barato pornô que a internet poderia oferecer. [...]
Meu doge falou que curtiu a ideia e pediu para perguntar se haverá uma seção de extras com essa pasta.

Então, de início é como tu bem disse: misturar esses contos brasileiros ao steampunk (que ao meu ver é um dos cenários que menos têm a ver com o Brasil), à primeira vista, não faz imaginar algo bom saindo como resultado mesmo não, é como comer croissant com feijoada no almoço. Mas vendo a descrição tua pro Sr. Peres dá pra entender melhor que não será uma mistura crua desses elementos. Ao menos eu achei bem plausível a adaptação do saci, será algo que quem conhece irá captar a referência e quem não conhece não ficará perdido, pois o personagem, mesmo sem a referência, continua estando inteiro, o que não aconteceria se jogasse um aleijado de gorro vermelho avulso ali, por exemplo.

Quanto ao roteiro, não conheço muitos parâmetros para comparar com outros similares, mas acho que o que vai fisgar mesmo vai ser esse começo, o despertar da vontade do Nikolas em, depois de meses, ver a carta e pedir férias no trabalho. Ele se apresenta como um cara com tendências depressivas e do tipo que tanto faz para ele, somente segue a rotina que a vida o apresenta, então para quebrar essa rotina e fazer algo diferente, imagino que a motivação deverá ser um pouco mais fundamentada. Talvez ele simplesmente saiu de férias e não sabe mais o que fazer com o dia inteiro livre, foi ver umas tralhas no guarda-roupa e, vejam só; esqueci de abrir essa carta. Mas também pode ser o caso de tu tá escondendo algo para revelar no jogo, faz parte.
De toda forma, esse cara me lembrou muito o filme A Vida Secreta de Walter Mitty, que também era uma pessoa assim e uma viagem mudou tudo. Aconselho dar uma assistida se tiver tempo, acho que dá pra tirar bastante coisa além de ter uma trilha sonora magnífica, por Of Monsters And Men.

Eu ia ler o roteiro, mas puts... tá muito grande. É bom pra tu ter controle sobre o enredo, mas pra o pessoal ler e avaliar é um pouco pesado demais, talvez até afaste alguns comentários, então eu daria preferência a uma sinopse mesmo, até porque o mais importante do roteiro é como tu vai transmitir ele através do jogo. Inclusive eu li todo o restante e achei suficiente, já consigo imaginar um jogo oriundo de tudo isso. Só repenso a necessidade de batalhas, talvez quick time events seriam o bastante para dar uma agitada de vez em quando. Todavia, como elas não serão o foco do projeto, algo mais simples também não fará mal. O jogo Long Gone Days, por exemplo, também é feito no RPG Maker e teve o sistema de batalha alterado pro adaptar à proposta do jogo; ainda é uma batalha frontal mas somente com o necessário. Acho que consegue chegar a um bom resultado trilhando este caminho.

E pretende desenhar os personagens? Agregaria aos personagens tê-los com características singulares, como apresenta, e poder ver isso também. Personagens únicos e cativantes, pra mim, valorizam bem mais o jogo do que centenas de superficiais dos quais tu acaba nem se lembrando.

Ah, e uma última recomendação é o jogo Tower 57. Esta jé é em um cenário do tipo steampunk e, não conheço o enredo a fundo, mas à primeira vista me é de investigação e tal, do tipo também. Talvez sirva como alguma base, fonte de inspiração ou direcionamento mesmo.

No mais, boa sorte desde já.  :ok:

22/04/2018 às 12:46 #2 Última edição: 22/04/2018 às 12:50 por Dytto
Citação de: King Gerar online 22/04/2018 às 11:34
Meu doge falou que curtiu a ideia e pediu para perguntar se haverá uma seção de extras com essa pasta.

Então, de início é como tu bem disse: misturar esses contos brasileiros ao steampunk (que ao meu ver é um dos cenários que menos têm a ver com o Brasil), à primeira vista, não faz imaginar algo bom saindo como resultado mesmo não, é como comer croissant com feijoada no almoço. Mas vendo a descrição tua pro Sr. Peres dá pra entender melhor que não será uma mistura crua desses elementos. Ao menos eu achei bem plausível a adaptação do saci, será algo que quem conhece irá captar a referência e quem não conhece não ficará perdido, pois o personagem, mesmo sem a referência, continua estando inteiro, o que não aconteceria se jogasse um aleijado de gorro vermelho avulso ali, por exemplo.

Quanto ao roteiro, não conheço muitos parâmetros para comparar com outros similares, mas acho que o que vai fisgar mesmo vai ser esse começo, o despertar da vontade do Nikolas em, depois de meses, ver a carta e pedir férias no trabalho. Ele se apresenta como um cara com tendências depressivas e do tipo que tanto faz para ele, somente segue a rotina que a vida o apresenta, então para quebrar essa rotina e fazer algo diferente, imagino que a motivação deverá ser um pouco mais fundamentada. Talvez ele simplesmente saiu de férias e não sabe mais o que fazer com o dia inteiro livre, foi ver umas tralhas no guarda-roupa e, vejam só; esqueci de abrir essa carta. Mas também pode ser o caso de tu tá escondendo algo para revelar no jogo, faz parte.

Tem esse trecho no roteiro no qual eu tentei justificar essa motivação de Nikola:

CitarTalvez torne tudo mais compreensível para você leitor, que daqui para frente se fizer perguntas como "Por que ele fez isso?", "De onde ele tirou isso?", se eu lhe reforçar que, caso você ainda não tenha percebido, Nikola era uma pessoa diferente das demais. Nikola tinha um talento em ser bom demais com seus instintos. Se sentia que devia fazer algo, ele não se questionava duas vezes sobre os riscos, simplesmente ia lá e fazia. Não se sabe quando Nikola refletiu sobre suas ações seguintes, ou se refletiu. Estivera tantos anos no piloto automático que talvez seja incomodo demais abandonar essa mania, talvez seja impossível.

Acho que justamente pelo que você fala mais à frente: sobre o texto estar muito extenso, é um bom motivo para não ter visto isso. Como escrevi somente os primeiros capítulos e tenho ideia ou para coisas muito à frente ou muito próximas, não pensei muito bem se terá algo mais para motivá-lo. Admito que o protagonista é o personagem que menos gosto no jogo, e meu principal objetivo é propositalmente torná-lo o mais vazio possível. Talvez o desenrolar do gameplay, com as escolhas e ações do player, a personalidade dele vá se moldando.

Além disso, terá o sistema de diário. Penso que se eu colasse aqui o diário dele, com visões dele de fatos que aconteceram antes da carta, fatos esses que moldaram o que ele é no momento do início do jogo, aí que ia ter texto demais para ler  :ded:




CitarDe toda forma, esse cara me lembrou muito o filme A Vida Secreta de Walter Mitty, que também era uma pessoa assim e uma viagem mudou tudo. Aconselho dar uma assistida se tiver tempo, acho que dá pra tirar bastante coisa além de ter uma trilha sonora magnífica, por Of Monsters And Men.

Opa, anotado o filme. Já conheço Of Monsters And Men e é muito boa siim hehe




Citar
Eu ia ler o roteiro, mas puts... tá muito grande. É bom pra tu ter controle sobre o enredo, mas pra o pessoal ler e avaliar é um pouco pesado demais, talvez até afaste alguns comentários, então eu daria preferência a uma sinopse mesmo, até porque o mais importante do roteiro é como tu vai transmitir ele através do jogo. Inclusive eu li todo o restante e achei suficiente, já consigo imaginar um jogo oriundo de tudo isso.

Vou tentar desenvolver uma sinopse desse roteiro, porém como eu disse, tem tanta coisa para dar sentido às motivações e à personalidade do protagonista - que eu tento fazer o mais vazio possível - que eu nunca sei o que é válido de citar. Talvez eu crie um F.A.Q. com as possíveis dúvidas mais frequentes... hehe




CitarSó repenso a necessidade de batalhas, talvez quick time events seriam o bastante para dar uma agitada de vez em quando. Todavia, como elas não serão o foco do projeto, algo mais simples também não fará mal. O jogo Long Gone Days, por exemplo, também é feito no RPG Maker e teve o sistema de batalha alterado pro adaptar à proposta do jogo; ainda é uma batalha frontal mas somente com o necessário. Acho que consegue chegar a um bom resultado trilhando este caminho.

As batalhas são realmente um ponto bem sensível à mudanças, mas como estou focando na base do jogo ainda não pensei taaaanto assim nesse ponto. Jogo anotado também. ;)




CitarE pretende desenhar os personagens? Agregaria aos personagens tê-los com características singulares, como apresenta, e poder ver isso também. Personagens únicos e cativantes, pra mim, valorizam bem mais o jogo do que centenas de superficiais dos quais tu acaba nem se lembrando.

Pretendo sim, eu comentei no texto inclusive "(...) o meu exemplo favorito e também primeiro personagem que estou desenhando - antes mesmo até do protagonista (...)". Já existem muito rascunhos, mas ainda não encontrei meu estilo favorito. Estou trabalhando nessa busca da identidade visual que mais me agrada e muito em breve eu posto na área de design por aqui no fórum para darem uma opinada, mesmo sendo só rascunhos.




CitarAh, e uma última recomendação é o jogo Tower 57. Esta jé é em um cenário do tipo steampunk e, não conheço o enredo a fundo, mas à primeira vista me é de investigação e tal, do tipo também. Talvez sirva como alguma base, fonte de inspiração ou direcionamento mesmo.

Anotadíssimo :3




Mãos à obra!! Muito obrigada pela contribuição e se pensar em mais algo peço para que por favor, volte aqui e compartilhe. <3

Spoiler
Só um comentário: falta MUITO um emote aqui no Centro com corações. Não sei se já sentiram falta disso antes. Mas como eu vou demonstrar meu amor sem emote de coração. :flipstable: Vou aprender pixel art e será minha primeira criação.
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Citação de: Dytto online 22/04/2018 às 12:46
[...]Acho que justamente pelo que você fala mais à frente: sobre o texto estar muito extenso, é um bom motivo para não ter visto isso. Como escrevi somente os primeiros capítulos e tenho ideia ou para coisas muito à frente ou muito próximas, não pensei muito bem se terá algo mais para motivá-lo. Admito que o protagonista é o personagem que menos gosto no jogo, e meu principal objetivo é propositalmente torná-lo o mais vazio possível. Talvez o desenrolar do gameplay, com as escolhas e ações do player, a personalidade dele vá se moldando.[...]
Ah sim, peço perdão por ter skippado o spoiler com o maior texto. Nele li somente a descrição da cidade que, aliás, é onde esqueci de dar a recomendação que mais gosto: Assassin's Creed Syndicate. Se passa na revolução industrial que é exatamente o que precede ali a era vitoriana e é muito bem ambientado. Então pra ideias de mapas de interiores de casas, indústrias se vier a ter, e até mesmo vestimenta e as paisagens da cidade num geral, vale a pena dar uma olhada nas artes de screens do jogo.

Entendi quanto ao personagem. Realmente não há obrigatoriedade que ele seja interessante se não é ele a estrela do jogo, mas acho boa a ideia de ir apresentando pouco a pouco seu background com o desenrolar do gameplay, quem sabe com o final finalmente explicando o porquê dele ser o único capaz de fazer o que fez. É algo que, ao meu ver, Dark Souls faz muito bem; vejo o protagonista como o menos interessante, enquanto tem personagens memoráveis como Solaire of Astora ou Siegmeyer of Catarina. Eu acho eles geniais.

:heart:

Citação de: King Gerar online 22/04/2018 às 13:34
Ah sim, peço perdão por ter skippado o spoiler com o maior texto. Nele li somente a descrição da cidade que, aliás, é onde esqueci de dar a recomendação que mais gosto: Assassin's Creed Syndicate. Se passa na revolução industrial que é exatamente o que precede ali a era vitoriana e é muito bem ambientado. Então pra ideias de mapas de interiores de casas, indústrias se vier a ter, e até mesmo vestimenta e as paisagens da cidade num geral, vale a pena dar uma olhada nas artes de screens do jogo.

Entendi quanto ao personagem. Realmente não há obrigatoriedade que ele seja interessante se não é ele a estrela do jogo, mas acho boa a ideia de ir apresentando pouco a pouco seu background com o desenrolar do gameplay, quem sabe com o final finalmente explicando o porquê dele ser o único capaz de fazer o que fez. É algo que, ao meu ver, Dark Souls faz muito bem; vejo o protagonista como o menos interessante, enquanto tem personagens memoráveis como Solaire of Astora ou Siegmeyer of Catarina. Eu acho eles geniais.

:heart:

Ambos ótimos exemplos e recomendações!!

Esse emote sempre existiu?!?!?!? :heart:

Não li o roteiro, porque é demasiado extenso e ando sem tempo ultimamente (sorry), mas li o resto e apesar de, numa primeira visada, parecer um monte de groselha, confesso que não achei a ideia impossível de ser executada. Aliás, trata-se de uma ideia ousada e deveras interessante, e só por isso já merece alguns pontos positivos. Eu gostaria de vê-la funcionando. ^_^ 
"A arte é o que resiste: ela resiste à morte, à servidão, à infâmia, à vergonha." (Gilles Deleuze)

Citação de: RaonyFM online 23/04/2018 às 17:51
Não li o roteiro, porque é demasiado extenso e ando sem tempo ultimamente (sorry), mas li o resto e apesar de, numa primeira visada, parecer um monte de groselha, confesso que não achei a ideia impossível de ser executada. Aliás, trata-se de uma ideia ousada e deveras interessante, e só por isso já merece alguns pontos positivos. Eu gostaria de vê-la funcionando. ^_^

Esperei para responder seu comentário quando finalmente adicionasse uma sinopse na postagem: e aqui está, tão sujeita a críticas como todo restante do texto hehe.

Ah, e obrigada pela esperança depositada no projeto! Irei trabalhar para que um dia, em um futuro distante próximo, possa vê-la funcionando!  :heart:

21/05/2018 às 13:18 #7 Última edição: 21/05/2018 às 14:29 por ~Vici
Citação de: King Gerar online 22/04/2018 às 11:34
Citação de: Dytto online 22/04/2018 às 01:47
[...] um atalho para Starcraft 2 e uma pasta oculta recheada do pior e mais barato pornô que a internet poderia oferecer. [...]
Meu doge falou que curtiu a ideia e pediu para perguntar se haverá uma seção de extras com essa pasta.
Meu dinossauro apoia com toda a fé que carrega em seu peito que esta é uma boa ideia.


Citação de: Dytto online 22/04/2018 às 01:47
BOM!
Eu sei que o jogo soa como uma daquelas misturas que inicialmente parece ser muito ruim e que provavelmente vai resultar em algo tão ruim quanto parece... tipo um suco detox!
Só peço um pouquinho de fé e já agradeço previamente à todas as críticas, sugestões e ideias que vocês compartilharem comigo.  <3
Pedido especial para que comentem erros gramaticais que encontrarem nos textos, pois não sou bem da área de humanas.
Primeiramente gostaria de parabenizá-la por ter desenvolvido um enredo tão concreto e incrível, Bianca e acho totalmente o oposto do que você falou sobre ele. Acredito que é uma boa ideia e se polida com o tempo e desenvolvida a medida do possível, será um jogo bem divertido de se jogar.
Bem, vamos lá?


Não sei o porquê, mas quando comecei a ler "Diz logo do que se trata" pensei que o enredo teria algo baseado do livro/filme A Cabana ou se tratar do mesmo tema, mas é algo bem mais distinto pelo jeito ehhe. Sinceramente, eu gostei de muitas coisas, da proposta, do tema, da ideia de unir o folclore com steampunk e dos personagens apresentados, que pelo visto você trabalhou muito na protagonista. Tu leva jeito apesar de ser de exatas hauehuae o/

Mas apesar do projeto ter um enredo um tanto meio complexo com um tema digamos que "ousado", mas muito interessante, ainda acredito que o projeto é bem promissor e já estou ansioso para ver ele em desenvolvimento. Ah! Me desculpe, eu não li o que estava no "Enredo Gigante" para não receber spoilers e é bem provável que irá influenciar a minha futura gameplay.

Também gostei muito dos sistemas que estarão no projeto, principalmente esse último que parece deveras interessantes e divertido. Esta mecânica se for trabalhada com maestria e atentamente, poderá interagir muito com o jogador, prendendo a atenção do mesmo na história de Folclum, mas já que está em suas mãos, não será um problema para você. O Geraldo deu exemplos de muitos jogos bons e filmes que poderão te ajudar.
Sendo bem sincero, este tópico me chamou muita atenção apenas com palavras e as ideias que aborda, nem sou muito fã do estilo do jogo, mas poxa... Espero muito jogar isso. Qualquer coisa só chamar também o/

Boa sorte em sua jornada, Dytto.
Depositarei minhas energias positivas e fé neste protótipo também para que assim seja possível zerar este jogo quando for lançado.
Até o/
:XD:



Ps: Desculpe qualquer erro, digitar pelo celular e o corretor dele são uma das piores coisas do mundo rs

Adorei a ideia do jogo, eu realmente gosto de livros que tem essa pegada mais puxada pro romance-policial ou mistério.
Gostei bastante do jogo L.A. Noire que tem esse enredo de mistério. Com certeza se bem trabalhada dará um ótimo projeto, parabéns pela ideia Dytto  :ok:

~Vici




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Meu dinossauro apoia com toda a fé que carrega em seu peito que esta é uma boa ideia.
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Será que eu crio um mini game nessa pasta para corresponder os pedidos dos pets de vocês? :sera:

auheuehauehauehaue




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Primeiramente gostaria de parabenizá-la por ter desenvolvido um enredo tão concreto e incrível, Bianca e acho totalmente o oposto do que você falou sobre ele. Acredito que é uma boa ideia e se polida com o tempo e desenvolvida a medida do possível, será um jogo bem divertido de se jogar.
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Muito obrigada pelos elogios. É uma ideia ainda bagunçada na minha cabeça sabe? Tenho muitas coisas em mente, me falta organizá-las. E colocar em prática o que já tenho, da maneira que eu quero, é bem difícil. Mas vamos com calma que eu sei que aos pouquinhos o projeto vai se desenvolvendo.




Spoiler
Não sei o porquê, mas quando comecei a ler "Diz logo do que se trata" pensei que o enredo teria algo baseado do livro/filme A Cabana ou se tratar do mesmo tema, mas é algo bem mais distinto pelo jeito ehhe.
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Olha sinceramente, eu nunca li A Cabana então não entendi a relação, mas achei engraçada auehaehauehauhe'




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Sinceramente, eu gostei de muitas coisas, da proposta, do tema, da ideia de unir o folclore com steampunk e dos personagens apresentados, que pelo visto você trabalhou muito na protagonista. Tu leva jeito apesar de ser de exatas hauehuae o/

Mas apesar do projeto ter um enredo um tanto meio complexo com um tema digamos que "ousado", mas muito interessante, ainda acredito que o projeto é bem promissor e já estou ansioso para ver ele em desenvolvimento.
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Eu trabalhei muito e ainda não encontrei ele sabe? Parece que Nikola "foge" de mim às vezes. Enquanto escrevo e produzo ele vai aparecendo aos poucos, mas ainda não tenho nem 10% do que ele seria pronto. Comentei que queria que ele fosse uma tela em branco, sem muita personalidade ou propósito explícitos para que o jogador o molde. Mas mesmo com as pretensões que tenho de como quero que ele seja, vai tudo depender do encaixe dele com o restante do cenário e todo contexto do universo que ele está.

Não dá pra pensar nele isolado sabe? Tem que olhar os NPCs que ele interage, o cenário que ele anda. E tentar adivinhar como ele agiria. Loucura.




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Também gostei muito dos sistemas que estarão no projeto, principalmente esse último que parece deveras interessantes e divertido. Esta mecânica se for trabalhada com maestria e atentamente, poderá interagir muito com o jogador, prendendo a atenção do mesmo na história de Folclum, mas já que está em suas mãos, não será um problema para você.
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Já tenho em mente outros sistemas também! Uns minigames e tal, opcionais ao jogador. Acho que se curtiu o do alcool - imagino que seja esse o que você mais gostou - vai curtir esses também, terão uma temática similar e estou animada. hehe




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Sendo bem sincero, este tópico me chamou muita atenção apenas com palavras e as ideias que aborda, nem sou muito fã do estilo do jogo, mas poxa... Espero muito jogar isso. Qualquer coisa só chamar também o/

Boa sorte em sua jornada, Dytto.
Depositarei minhas energias positivas e fé neste protótipo também para que assim seja possível zerar este jogo quando for lançado.
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Muito obrigada!

Por ter gostado, compartilhado suas opiniões e pelo apoio!!

O tópico vai ser atualizado com o tempo. Quero trazer as artes que estou fazendo, umas ideias de mapeamento, em breve - e com breve eu quero dizer daqui a uns meses. Espero lhe ver por aqui quando isso acontecer!  :heart:




Guvar

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Adorei a ideia do jogo, eu realmente gosto de livros que tem essa pegada mais puxada pro romance-policial ou mistério.
Gostei bastante do jogo L.A. Noire que tem esse enredo de mistério. Com certeza se bem trabalhada dará um ótimo projeto, parabéns pela ideia Dytto  :ok:
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É sempre legal encontrar pessoas com gostos parecidos. Eu já ouvi falarem bem de L.A. Noire antes, tenho interesse em jogar.

Obrigada por ter gostado! Vou me dedicar para que realmente se um torne um ótimo projeto, ou o mais perto possível disso!
:heart:

Nunca fui muito fã de romances policiais, mas eu vi uma menção à 'Sistema de Alcoolismo'.  :e.e:
Me lembra o Indigo Profecy (PS2) - único jogo desse tipo que joguei -, é baseado na cultura Asteca, se gostei dele pode ser que eu goste desse também. Ah, recomendo resumir esse roteiro em formato de roteiro:

Exemplo: Cena X
Local - Horário (Dia/Noite)

Breve descrição do cenário (opcional)

Personagem A
Diálogo.

Personagem B (breve descrição da ação - opcional)
Diálogo.

Personagem A
Diálogo.

[...]
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Pode parecer que vai ficar pior, mas nesse modelo você acaba cortando mais da metade do texto. Facilita que é uma beleza.

Spoiler
Citação de: Corvo online 01/06/2018 às 09:04
Nunca fui muito fã de romances policiais, mas eu vi uma menção à 'Sistema de Alcoolismo'.  :e.e:
Me lembra o Indigo Profecy (PS2) - único jogo desse tipo que joguei -, é baseado na cultura Asteca, se gostei dele pode ser que eu goste desse também. Ah, recomendo resumir esse roteiro em formato de roteiro:

Exemplo: Cena X
Local - Horário (Dia/Noite)

Breve descrição do cenário (opcional)

Personagem A
Diálogo.

Personagem B (breve descrição da ação - opcional)
Diálogo.

Personagem A
Diálogo.

[...]
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Pode parecer que vai ficar pior, mas nesse modelo você acaba cortando mais da metade do texto. Facilita que é uma beleza.
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É uma ótima ideia! Até mesmo para transferir futuramente ao jogo né? Vou reescrevendo por aqui e quando estiver nesse estilo atualizo o tópico.

Obrigada!  :heart:

é Uma Ideia Ambiciosa Porem Tem Grande Chance de Dar Certo
Boa Sorte  :clap:

12/09/2018 às 22:57 #13 Última edição: 12/09/2018 às 23:12 por Dytto
Howdy!  :cowboy:

Trouxe a primeira atualização desde que lancei a ideia aqui, e não é grande coisa... Na real é só uma imagem. Eu avisei que estava aprendendo de tudo aos poucos e desenvolvendo as ideias do jogo bem lentamente :ded:.

Enfim, a imagem se trata do primeiro design do protagonista Nikola, e serve também como demonstração de um pouco da estética que pretendo trazer ao jogo.

Estava cogitando em tornar o nome do protagonista customizável, e acho que ficarei com essa ideia em mente até finalmente decidir. O que vocês acham de nomes de protagonista customizáveis? Se preferem poder jogar com o nick Jacinto Pinto ou preferem um nome fixo?

Segue abaixo a imagem do protagonista, para os que chegaram até aqui pelo link desse comentário ou sei lá, só segue:

Spoiler
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Agradeço novamente aos que acompanham minha caminhada em passos de formiga por aqui! Fé que um dia terei material suficiente para levar à região de Projetos em Desenvolvimento :urra:  :heart:

Até mais!

Esse sim, cores e estilo bastante harmônicos. Está excelente, não entendi bem a parte direita da placa, mas fora isso penso que não precisa mexer em nada. O nome personalizável é um trabalho a menos para você, acho válido. o/