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O Livro de Anaboth

Iniciado por Aliaster Sunstrider, 22/03/2019 às 12:03

Esta história é uma adaptação inspirada no universo de H.P Lovecraft. Inicialmente se chama o Livro de Anaboth. Estaria genial ler sua opinião, sugestão ou crítica.


Setembro de 1922

Você está caminhando pelas velhas ruas nas docas de Portolivre quando as primeiras gotas que logo se transformarão
em uma tempestade, começam a molhar sua cabeça.

Sem muita opção entra na primeira lugar que vê. O interior é escuro e todo empoeirado. O cheiro que a humidade
e a pouca ventilação exalam é horrível.

Objetos estranhos como estatuetas de pedra e máscaras penduradas em uma parede. Animais deformados dentro de garrafas de vidro
com líquidos se amontoavam entre as pilhas enormes de velhos velhos mal cuidados que estão apodrecendo desde o piso até o teto.
Tudo coberto de poeira e teias de aranha.

Ainda que o lugar parece estar vazio, você tem a sensação de estar sendo observado.

Talvez não seja o lugar mais adequado para esperar a chuva passar. Antes de sair do local você vê um livro que lhe chama a atenção
porque parece ser muito mais velho que os outros, porém em melhor estado de conservação e sem tanta poeira intitulado "O Livro de Anaboth".

No momento em que você pega o livro, você tem a terrível sensação de que toda a loja na verdade é a boca de uma imensa besta pronta para te devorar.
Muito assustado você deixa o livro e sai correndo do local.

Em poucos metros correndo, sua roupa já está toda molhada o que dificulta um pouco seu movimento, porém sem parar para descansar
e esbarrando em algumas pessoas na rua, você nota que algumas tem feições de estrangeiros e escuta como sussurros, além de ter
a impressão que algumas portas e janelas se abrem bruscamente quando você passa.

Somente quando você já está em casa recuperando o fôlego se dá conta que o mesmo livro está sobre a mesinha de centro da sua sala.

Depois de algumas tentativas sem sucesso de destruí-lo, você decide abri-lo e descobre que é uma edição de 1845 que foi traduzida do
sânscrito pelo professor Gláucio Guimarães em Lisboa. Apesar de estar traduzido em um português meio arcaico, e facilmente compreensível.
Enquanto o lê, você começa a sentir uma profunda sonolência...

Quando acorda se encontra numa sala de aproximadamente quatro metros de comprimento por três de largura com paredes brancas
um pouco sujas, uma cama, armário pequeno e uma cadeira. Suas roupas estão sobre a cadeira junto com seu relógio que parou de funcionar...