Bom dia/Boa Tarde/Boa noite, galerinha selvagem! Tudo bem com vocês? Bem, vamos direto ao assunto.
A maioria dos membros deste fórum ainda são estudantes provavelmente, seja da faculdade ou da escola normal mesmo. A maioria das pessoas aqui devem estar familiarizadas ao sistema de ensino que utiliza deste método: Um professor falando e um grupo de alunos ouvindo.
Um estudo de pesquisadores norte americanos, porém diz que este método não é exatamente efetivo. Você pode encontrar um artigo sobre isto em português no site da Revista Galileu pelo nome "Aulas tradicionais são ineficientes, mostra estudo". Segue um trecho do artigo.
Citar...universitários submetidos a aulas tradicionais, em formato de palestras, são mais propensos à reprovação do que alunos em contato com métodos de aprendizado mais ativos e estimulantes.
...abordagens de ensino que transformam os alunos em participantes ativos, em vez de apenas ouvintes, reduzem taxas de reprovação e impulsionam notas em cerca de 6%.
Além disso, outros estudam mostram que nosso cérebro se importa mais em gravar algo que nos cause alguma emoção. Repetindo muitas vezes, nós conseguimos gravar algo também, mas este é o método lento. Os livros de programação da coleção "Head First" - em português é "Use a Cabeça" - fala disso na introdução da maioria dos seus livros.
CitarComo seu cérebro sabe o que é importante? Suponhamos que você saia para a sua caminhada diária e um tigre salte em sua frente; o que aconteceria dentro de sua cabeça? Acionamento dos neurônios. Ativação das emoções. Explosão química. E é assim que seu cérebro fica sabendo...
Isso deve ser importante! Não esqueça!
Mas imagine se você estivesse em casa, ou em uma biblioteca. É um local seguro, aconchegante, sem tigres.
Você está estudando. Preparando-se para um exame. Ou tentando aprender algum assunto técnico difícil, algo que o seu chefe acha que vai levar uma semana, dez dias no máximo.
Só há um problema. Seu cérebro está tentando lhe fazer um grande favor. Está tentando se certificar de que esse conteúdo obviamente irrelevante não use recursos escassos. Recursos que seriam melhor utilizados no armazenamento das coisas realmente importantes. Como os tigres.
Então se pudermos citar o que nos faz aprender bem, citaríamos a participação ativa e o despertar de emoções. E o que nós conhecemos que causa isto?
Os jogos. Mas, atualmente, seu maior uso é na área do entretenimento. Apesar de já serem feitos simuladores para ensinar os novos funcionários a pilotarem o metrô, por exemplo, é quase impossível encontrar algum jogo divertido - que não seja bobíssimo - sendo utilizado para ensinar assuntos de história, geografia ou ciências.
Há matérias, que eu realmente não consigo imaginar um jogo legal. Quer dizer, já viram um jogo que não seja bobo de matemática. Mas para demostrar reações químicas, fatores biológicos e abióticos e movimentos dos corpos, além dos laboratórios dá para fazer uso dos jogos. Assim como dá para explicar o mundo durante as Revoluções Industriais e os fatos que levaram acontecer, o cenário, etc com um jogo de Segunda Guerra mundial.
Então por que os jogos não são usados como ferramenta de ensino, se eles poderiam ser mais efetivos do que ficar encarando a verruga do professor? Por que ninguém nunca inova nada no sistema de ensino, deixando tudo do mesmo jeito que era quando surgiu as Universidades na Europa Ocidental, no ano 1050 d.c? Qual a sua opinião sobre isso?
Descubra no próximo episódio de DBZ!! Deixe-a nos comentários ^^
Fiz uma enquete sobre isso, pra quem não tem muito o que comentar, mas se interessa no assunto. Agradeço a quem puder contribuir para minha pesquisa. http://goo.gl/forms/NznB4S639d
"Aulas tradicionais são ineficientes, mostra estudo"
não precisa nem buscar estudos atuais para saber disso, isso já é dito de forma intensa desde o início do século passado por diversos pensadores, inclusive brasileiros, como Paulo Freire. Agora sobre a questão dos jogos,sim, poderiam sim ser usados como ferramentas de aprendizagem. O ponto chave é a interatividade. Jogos se diferenciam das outras mídias por possuírem interatividade, e a interatividade também é um dos pontos mais fundamentais da educação. O problema é que não adiantam boas ferramentas se o sistema de educação é totalmente rígido. É preciso uma total revisão do sistema educacional para que algo como jogos educacionais fossem inseridos, caso contrários eles seriam só "brinquedinhos" sem muita função.
Antigamente o sistema tradicional funcionava, justamente porque as pessoas não tinham muito o que fazer. Porém o tempo passou e a escola começou a tomar mais espaço na vida das pessoas. Porém com os avanços tecnológicos e as primeiras revoluções indústriais, a escola adotou o sistema fordista. A sociedade evoluiu, mas a escola parece parada no tempo. Parece que a intenção não é que os alunos adquiram conhecimento e o leve para a vida, e sim para treinar um bando de futuros operários. Isso parece não se adequar ao estilo de vida da atualidade, não?
Dêem uma olhada nesse vídeo, muito interessante:
Spoiler
https://www.youtube.com/watch?v=qrXk_U0aORo (https://www.youtube.com/watch?v=qrXk_U0aORo)
Agora, em relação aos jogo, sou completamente a favor do uso deles. Mas um uso que abuse mais da ferramenta, algu que faça com que os alunos gostem ou no mínimo se interessem pelo conteúdo que é passado.
Muito bom levantar esse debate Dark4000 :XD:
@Silverlake e @Eros
Sabemos que o sistema de ensino é ineficiente. Estudos, alunos e pensadores mostram isso. Mas do que adianta reclamar se não apresentam propostas de como mudar? A ideia de inserir jogos, seria só um meio que pensei pra quebrar o tradicionalismo atrasado, ao menos um pouco. Mas não seria suficiente, claro.
Citação de: Dark4000 online 11/04/2015 às 20:42
@Silverlake e @Eros
Sabemos que o sistema de ensino é ineficiente. Estudos, alunos e pensadores mostram isso. Mas do que adianta reclamar se não apresentam propostas de como mudar? A ideia de inserir jogos, seria só um meio que pensei pra quebrar o tradicionalismo atrasado, ao menos um pouco. Mas não seria suficiente, claro.
Sim, isso faz sentido... Reclamar é fácil, mas procurar por boas soluções é bem mais difícil.
Existe algo que eu penso que talvez poderia ser uma solução: instalar um sistema toyotista em escolas. Isso consistiria em deixar os alunos organizarem o prórpio tempo e descubrirem uma maneire em que aprendem melhor de acordo com as metas que deverão ser cumpridas. Mas isso seria um tanto arriscado. Simplesmente mudar todo o sistema educacional da noite pro dia geraria um caos. Algumas pessoas poderiam não conseguir se adequar as novas normas, alé, de que se já existe gente que não leva as coisas a sério sem com um sistema cheio de horários rígidos, imagine em um horário mais livre...
Isso é um assunto bem delicado. Eu concordo com a utilização de jogos na escola, com a implantação de um sistema toyotista, com o incentivo da leitura por prazer e não obrigação, e pela diminuição da pressão em cima dos alunos em relação ao vestibular. Acredito que isso seria algo que melhoraria a educação PRA MIM. Existem pessoas que conseguem aprender melhor vendo a verruga do professor, e tem gente que acha interessante ler Dom Casmurro na 5ª série, e não seria correto desconsiderar a opinião dessas pessoas. Isso nos deixaria em uma encrusilhada.
Sim, eu acabei só reclamando denovo... Mas infeismente não me veio nenhuma solução viável em mente. Nada que faria as pessoas frequentarem a escola por 100% prazer e eficiência e não por obrigação. As milhões de opiniões diferentes em relação a qualque assunto é que deixa tudo tão difícil... Mas aí faria o que? Controlar a opinião das pessoas?
Acabei levando a discução pra outro lado.
@Silverlake
Mudar as coisas totalmente é dificil mesmo. Peguemos como exemplo os sistemas políticos-economicos. As pessoas acham o capitalismo ruim. É um sistema que utiliza de hierarquias, nas quais quem está na base da piramide sustenta o resto. Mas no final, todos são apenas engrenagens toscas do sistema. Então, o Karl Marx criou o socialismo. É uma ideia bela: Um sistema onde o governo garante tudo que precisamos, não há desigualdade social, etc. Belíssima ideia, que não funcionou em lugar algum. Porém, as ideias dele ajudaram a mudar o sistema capitalista, pois as pessoas movidas por esses ideais começaram a exigir que as coisas fossem mais pelo povo. A ideia em si, não funciona mas o que deu para extrair dela foi útil. Mas é melhor não entrarmos nesse âmbito. Política é complicado.
Mesmo que criemos sistemas de ensinos e estes sejam valorizados por parte da sociedade, eles podem não funcionar. Mas podem causar mudanças do mesmo jeito. Por isso, invés de reclamar, deveríamos pensar, bolar e opinar.
Tem problema não, eu perguntei sobre isso: "Por que ninguém nunca inova nada no sistema de ensino, deixando tudo do mesmo jeito que era quando surgiu as Universidades na Europa Ocidental, no ano 1050 d.c?"
Bem interessante o assunto. Não querendo me aprofundar nem começar uma bagunça, irei falar o que penso rapidamente.
Olha só. Colocar jogos na educação, seria muito bacana, seria muito mesmo. Mas, não acho que será algo muito efetivo. E pode ser que em alguns casos, eles desfoquem os alunos. Eu estou no 3º Colegial do Ensino Médio. Claramente, teremos momentos em que a matéria em que nosso professor irá passar e da maneira que irá passar vão ser bem cansativos. E muitos professores, principalmente os antigos, ficam no mesmo modelo:
-Explica matéria
-Cópia do livro
-Faz exercício
-Explica matéria
-Avaliação
Mas, tem professores que conseguem deixar esse modelo, que imagino eu ser imposto pelo governo, ficar mais atraente. Um exemplo real são dois professores meus. O de história e o de química. Ambos usam de maneiras que chamam nossa atenção. O de química, sempre da oportunidades em que nós participemos da aula... e usando gírias e termos que deixam o diálogo entre Aluno e Professor mais "descontraídos". E meu professor de história usa referências de jogos digitais famosos. Como em um dia que usou Assasins Creed como exemplo pra matéria.
Enfim. Acho que tem muitos prós e contras nessa ideia...
@Makers
Agora, por ser um debate na internet vou te xingar em 7 linguas diferentes por discordar -qqqqqqq
Bem, isso é verdade. Tem pessoas que clicam infinitamente o botão A. Terminam o jogo sem saber nada da história. Esse tipo de gente pode acabar por não absorver nada.
A ideia dos jogos, seria algo como um material complementar, não substituir toda a explicação do professor por um joguinho maroto.
Also, é mt bom quando o professor se adapta a turma
Citação de: Dark4000 online 11/04/2015 às 22:14
@Makers
Agora, por ser um debate na internet vou te xingar em 7 linguas diferentes por discordar -qqqqqqq
Bem, isso é verdade. Tem pessoas que clicam infinitamente o botão A. Terminam o jogo sem saber nada da história. Esse tipo de gente pode acabar por não absorver nada.
A ideia dos jogos, seria algo como um material complementar, não substituir toda a explicação do professor por um joguinho maroto.
Also, é mt bom quando o professor se adapta a turma
Haha. que isso. Não quero arrumar briga com ninguém, muito menos discutir... vamos entrar num acordo :XD:
Achei que sua ideia, era pegar as aulas que já tínhamos substituir algo delas por um jogo. Mas enfim. Sua ideia realmente é boa. Se um professor depois de nós explicar a matéria, poderia passar um mini-game ou um jogo completo mesmo, em que tenha o tema da nossa matéria que está sendo estudada.
Enfim. Todos tem o direito de discordar, mas sem discussão ou xingamento :)
É isso...
@Makers
Não faria muito sentido substituir o professor. Ele é o mediador, orientador que avalia se o aluno está se saindo bem ou se ele está passando por dificuldades.
E nem toda discussão é ruim. Um debate é uma discussão. Civilizada e respeitosa na qual cada um expressa sua opinião sem atacar a do outro.
Eu estava a procura de um tópico específico, mas procurei na área errada e acabei achando esse.
Achei interessante esses estudos, agora estou na faculdade (embora não seja muito diferente), mas quando estava no ensino médio eu percebia isso, afinal, como disse eros2: "não precisa nem buscar estudos atuais para saber disso".
Sobre o fato dos jogos é um assunto interessante, no meu tempo do médio eu estudava numa escola técnica. Eles faziam uma mostra de trabalhos técnicos todo ano. Em um dos anos eu fiz um trabalho justamente sobre jogos nas séries iniciais. As crianças nascem cada vez mais conectadas a tecnologia. Por que não unir o tablet/smartphone/pc que usam com tanta facilidade com 4 anos ou menos, e a matéria tão terrível para muito, matemática? Nosso estudo técnico era ver se os jogos faziam com que as crianças aprendessem a tabuada mais facilmente nas séries iniciais. Tenho todo um trabalho escrito com os estudos e o jogo em si que fui usado como teste em uma escola de ensino fundamental. Quem quiser acompanhar o estudo esta aqui (http://centrorpg.com/index.php?topic=9231.0) o link.
Na minha opinião como pesquisador, funcionou muito melhor que o esperado, justamente por uma história que me marcou. Vou tentar resumir pra vocês:
Nós chegamos na escola onde tínhamos marcado uma visita para testar o jogo com as crianças. Pedimos que chamassem a biblioteca crianças da 1ª série em quanto preparávamos o notebook, o jogo, etc. As crianças chegaram, sentaram e começaram a jogar. Porém, elas ainda não sabiam ler, mas sem problemas, nós mesmo fomos lendo os diálogos para elas. Até que a primeira conta apareceu. O nosso jogo ensina a tabuada, ou seja, multiplicações. só que multiplicação é lecionado apenas na 2ª série, elas eram da 1ª série. A conta, se não me engano, era 4x5. Eu pensei: "Agora vou ter que dar um jeito, né?", na mesma hora uma luz brilhou na minha cabeça e eu percebi que ali tinham 4 crianças, cada uma com uma mãozinha de 5 dedinhos. Eu pensei: "vai ter que ser isso!". Eu pedi para cada uma levantar 5 dedos e expliquei que a multiplicação é como somar os números e etc. E contei com eles: "1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ..., 20!". Elas responderam no jogo "20" e ficaram empolgadas. Quando apareceu a segunda pergunta, a surpresa. Eu enchi os pulmões para explicar novamente como funciona a tabuada, iria pedir para elas levantar os dedos, mas antes mesmo de eu começar a falar, elas levantaram as mãos e começaram a contar sozinhas. Elas estavam fazendo as contas de multiplicação! Depois tiveram mais contas e elas fizeram todas sozinhas! Eu fiquei muito feliz por que eu e meu jogo tinham acabado de ensinar a 4 crianças como fazer multiplicações. Só não chorei por que estava no meio de um teste. Mas admito ter ficado emocionado.
Essa sensação foi tão gratificante que estou com um projeto de uma série de jogos educativos baseado nesse experimento científico. Quero poder ajudar outras crianças das séries iniciais a aprender a ler e escrever (português), um pouco de história, ciências, etc.
Olá, tudo bem? Realmente demorei um bocado para responder, mas tive que arranjar um tempo para ler o seu trabalho e jogar o seu jogo. Midira, eu só esqueci mesmo de jogar -qqqq
Não vejo o porque dizer o que achei do jogo no geral aqui pois não cabe a esse post detalhes técnicos do desenvolvimento mas acho interessante alguém ter tido a mesma ideia que eu. Porém, eu estava pensando que isto poderia ser aplicado em outras séries que não só as primeiras do Ensino Fundamental I. E aqui o motivo: pergunte a qualquer um da minha faixa etária (eu tenho 13 anos, estou no 9º ano) se ele ou ela gosta de estudar. Se você fizer uma média, não irá encontrar um número muito grande, acredito eu. Isto por que a matéria é apresentada na maioria da seguinte forma pelas escolas tradicionais: Dados insignificantes, modelo palestra tediosa de 50 minutos, repetição e exercícios. E a pessoa tem de estudar em casa com mais repetição tanto de fatos quanto de exercicios. A gente decora, mas não entende. A gente grava, mas não aprende.
Por isso que vejo como um incentivo, mas não uma solução, a implementação de jogos em todas as séries. Criar gosto pelos estudos é algo útil para toda vida.
Sim, eu entendo seu ponto de vista. E concordo. Embora que eu pessoalmente não tenho dificuldades com matemática (exatas são minhas matérias preferidas, matemática, física, química, etc), ela é a matéria mais odiada pelos estudantes (foi por isso que fiz o trabalho científico em cima dessa matéria, e tenho planos de continuar a pesquisa) e não só das séries iniciais. Se tivesse um forma de atrair mais interesse, seja com jogos, ou outra forma de pudermos visualizar o que estamos fazendo. Por exemplo, eu não gosto de história e geografia, essas matérias são realmente minhas inimigas. Se tivesse uma forma mais "divertida" de ver a história, seria diferente. Por exemplo, se eu visitasse os lugares onde aconteceram as coisas (poderia ser até virtualmente), se tivesse filmes com uma linguagem jovial, uma coisa mais descontraída. Sei lá. Mas ao mesmo tempo, precisaria ser investido mais na educação brasileira. Por que isso que eu mencionei, de certa forma, existe. Escolas estrangeiras tem isso. Aliás, até algumas escolas particulares brasileiras tem isso. O problema é que é caro fazer excursões, ter professores capacitados, fazer jogos educativos e divertidos, etc.
Infelizmente, a gente precisa "aceitar", por que isso é muito maior que simplesmente implementar um jogo nas escolas. Não estou dizendo pra desistir, mas que é difícil, é. A gente é muito "pequeno" pra mudar séculos de tradição. Sempre foi assim e não é um jogo bom que vai mudar isso. mas sempre é possível começar devagar, começar pelas pontas, para então chegar no meio. conforme vai passando as gerações as pessoas vão ficando mais inteligentes, cada vez mais jovens despertam por questões importantes, veem problemas, lutam por solução. Talvez haja mais jovens que pensem como você. que queiram lutar por isso, mostrar ao mundo que a forma de educação atualmente é falha. Talvez assim haverá uma mudança memorável na história. Mas em contra partida, o mundo anda podre, ninguém se importa com ninguém, só almejam o dinheiro. Não quero parecer estar pagando de "odeio o Brasil" mas é a verdade, é mais que provado que somos liderados por corruptos. Então, não adianta muito o pessoal não gostam de como esta agora se o ministério da educação (ou seja-lá-quem que manda na forma de ensino) não esta nem ai. Entende?
Mas sempre se pode tentar, não é?
Enfim, não quero me estender muito, embora já o tenha feito. Eu realmente torço que a forma de ensino seja alterada, afinal, não há dúvidas de ser falha. É apenas um adestramento, não é aprendizado. Fazer isso não é simples, mas apoio quem tentar.
As pessoas também só protestam por coisas inúteis xD (MAS NÃO VOU ENTRAR NESSE ÂMBITO)
O que a maioria das escolas costumam ter são as aulas passeios (aula de campo, passeio, n importa muito o nome), que são basicamente "viagens" pagas para alguma instituição que tenha a ver com a matéria. Esse ano, irei para Arraial do Cabo visitar as praias para o estudo das ciências. Fui ao museu de imagens do inconsciente e provavelmente outros passeios virão. Mas isto é caro e muito ruim para ficar fazendo o tempo todo.
Não sei como poderíamos mudar algo tão complexo como um sistema de ensino que existe desde sempre, mesmo com um estudo detalhado do modelo. Se você pesquisar na internet há tentativas e idéias, como a escola libertária por exemplo. Mas não há ninguém que queira estudar, ver o que funciona, o que não funciona, descartar o que não funciona e aplicar o que funciona. Não há ninguém faça a cobrança pra que isto aconteça.
Nós continuamos sendo treinados para sermos meramente engrenagens que não se destacam, que nada mudam. O incentivo para melhorar o mundo vem apenas de casa, não das instituições de ensino.
Acho que temos dois grandes problemas:
- Somos obrigados a estudar.
- Somos obrigados a pagar por isso.
O problema 1 é sobre as leis:
O sistema educacional é muito controlado. Tem que ter licença pra tudo, e tem que seguir normas e diretrizes do MEC pra tudo. Sem isso, existiriam muitos mais escolas - muitas iriam falir, claro - e ainda mais métodos de ensino seriam postos em prática. Aqueles métodos que dessem certo - baratos e eficientes - dariam destaque para várias escolas.
Juntando esta relativa "precarização" dos métodos, com a obrigatoriedade do ensino,
muitos alunos são simplesmente torturados pelo sistema educativo durante vários anos de sua vida. No sistema atual, é extremamente difícil o professor adotar um ritmo "bom" de ensino - os lentos ficam pra trás e os rápidos se aborrecem, os medianos perdem o incentivo perante os rápidos - e na prática todos os alunos não gostam da escola e perdem muito tempo - na escola - que poderia gastar estudando de verdade.
O problema 2 é sobre recursos:
Quando o sistema educacional é muito regulado, existe uma relativa queda no número de escolas. As que sobram podem cobrar um preço maior do que poderiam sem tais regulações (com maior concorrência). A cobrança de impostos encarece ainda mais o serviço, afastando empresários e trabalhadores que poderiam se arriscar pra tentar oferecer uma educação diferente e melhor.
Fora os impostos diretamente sobre as escolas, existe o imposto inerente à tudo, onde parte desta arrecadação é direcionada as escolas públicas (em geral). Ou seja, as escolas particulares (em geral), sofrendo com as restrições e pesados impostos, devem concorrer com escolas públicas (em geral) que recebem impostos vindo de várias fontes, incluindo aqueles retirados das escolas privadas (em geral).
Isso foge completamente da meritocracia, se isso representa algo de bom. Alguém com poucos recursos financeiros tende a ter menos chances de uma boa educação e posteriormente menores chances de entrar numa escola pública. Provavelmente entrará numa particular, mas isso é dificultado pelas regulações, cobrança de impostos sobre escolas particulares e cobrança de impostos sobre as outras coisas.
Assim fica difícil de obter conhecimento!
Como se isso não bastasse, mesmo que você consiga o conhecimento, você ainda precisa de "coisas" pra trabalhar - de material. E boa parte desse material não vem direto da natureza, vem de um trabalho aplicado à um material anterior. Se esse "trabalho anterior" não é comum no brasil, ou você espera que seja, ou você importa de fora.
A primeira opção pode levar décadas. A segunda é dificultada graças as barreiras alfandegárias.Com isso, todos nós temos menos incentivos pra aplicar conhecimento de ponta no brasil - é difícil de aplicar por falta de material! Então temos menos incentivo pra investir este tipo de conhecimento em nós mesmos, e então temos menos incentivo pra pagar certos tipos de professores qualificados.
Em geral é isso que penso. Pra finalizar, sempre odiei cantar o hino nacional na escola - nunca mais cantei e nem cantarei novamente.
como sou contra ficar fazendo textos enormes que ninguém vai ler trago Esse vídeo diz algumas coisas sobre isso infelizmente esta em inglês, mas se ate eu entendi vocês também podem
Spoiler
https://www.youtube.com/watch?v=MuDLw1zIc94&list=PLhyKYa0YJ_5BIUqSDPmfBuKjTN2QBv9wI
@Thi
Pequenas coisas que não irei aprofundar: Não acredito em meritocracia e na verdade, concorrência grande faz com que os preços abaixem.
Infelizmente, mesmo que tenhamos um bom presidente (suposição, pq n sei nada sobre a tão polêmica mamilos Dilma), as chances dos que governam a niveis estaduais desviarem verbas é grande. Mesmo assim, a galera ainda vota nesses caras sem se quer pesquisar ou apenas seguindo um ibope que nem sabe se é verídico. Então, não há investimento nas escolas públicas.
Outro grande problema, é as pessoas em geral, considerarem as escolas como boas somente se elas tem bastante pessoas aprovadas no ENEM. Essas escolas tradicionais, apenas querem formar trabalhadores e ganhar dinheiro, exibindo em suas paredes "Veja, meu aluno passou em 1º lugar na matéria x. Mérito todo meu." (não são todas, obviamente). Claro que as escolas assim, enchem o aluno com simulados e mais simulados, agindo como se o 3º ano fosse época de extorquir e desesperar o aluno. Assim, pais ignoram as escolas não tradicionais, que podem ter posição mais baixa no ENEM, mas estimulam a criatividade e procuram formar cidadãos conscientes, que são os que mudam o meio em que vivem.
@rafaelrocha00
Eu iria ler. Não gosto de ver vídeo ;==;
Vou adicionar o link da pesquisa que estou fazendo sobre isso para quem quiser responder. É uma enquetizinha que fiz no Google Alguma Coisa, tem 8 questões e precisa logar.