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Can you give me a cup of Coffe?

Iniciado por Nandikki, 06/03/2015 às 13:48

06/03/2015 às 13:48 Última edição: 10/03/2015 às 00:02 por Nandikki
  O homem possuía um terno e uma flor bem encaixada próximo ao bolso esquerdo. Chegou ao balcão, respirou fundo, e começou:

   - O cálido eflúvio que passa por minha narina me leva a crer que, sem nenhum escrúpulo, estou diante do mais inaudito e precioso licor já concebido.

   - Come que é?

   - Estava somente estimando o doce amargo que sai dessa cozinha. Propiciaria a possibilidade de eu degustar o exaltador desse notável aroma?

   - Ô, moço, um pôco lá na frente tem um restaurante para gringo. Lo-go lá-a na-a fren-te-e.

   - Excuse me, dear. I really thought you was Brazilian. Then, can you give me a cup of Coffe?

E é isto o que eu penso quando vejo "Roteiristas" / "Escritores" escrevendo contos e diálogos com expressões e palavras à muito tempo abandonadas do vocabulário.  You know.. Are you really brazilian? So write the history into a comprehensive way for your customers/fans.

Regards, Mauricio Cezar.



Infelizmente, nosso sistema de educação atual e a cultura da internet, associada com a pressa (Ou não) do brasileiro... Esse é o resultado, quem fala "certo" é visto como pernóstico (desculpe se acento inexiste), e quem fala com gírias e afins e tido como um apenas mais um falante...
Defensores de um culto Português pasmam ante casos como o citado ou como pode-se observar na fabrica de perólas que o nosso "Faicebuque", "Uatizape", "Tuitcher" e however... It's good feel like i'm not alone in this world...
Enqunto isso... É esperar que alguém pare com algo do tipo, dar R$120,00 por mês e começar a dar educação a esse 7 milhões de meu "Brazil"... (Com "Z" mesmo, entendedores compreenderão, embora seja redundante dizer isso...)
Falei Algo Que Gostou? Respondi Sua Dúvida? Fiz uma Crítica Construtiva Para Você? Curtiu Meu Trabalho? Deixe sua gratidão registrada...

09/03/2015 às 23:13 #3 Última edição: 10/03/2015 às 00:13 por Nandikki
[Refiz o post para deixar mais claro].

Há pessoas que se utilizam da linguagem rebuscada para passar um ar de superioridade ou respeito, e conseguem. Isso porque a maioria desconhece a norma culta. E essa maioria vê com outros olhos esses refinas (sim, refinas, não acho que quem force a barra seja refinado).


De começo eu pensei que isso era uma espécie de paródia ou crítica (seguindo a linha de raciocínio do Cezar), mas depois desse último post eu não tenho certeza.
Tem uns errinhos meio tensos aí, como "bolço" e "I thought you was", apesar do inlgês até ser compreensível se você não for fluente. Mas se o objetivo do texto é passar alguma moral sobre a possível "superioridade" em se ter conhecimento pra dialogar com palavras rebuscadas, erros desse tipo se tornam equívocos e causam o efeito inverso do tal "ser visto com bons olhos" que você comentou ali.

Não sou nenhum especialista em escrita pra poder fazer algum comentário mais profundo, mas acho que o exagero em tentar falar muito bonito deu uma estragada no sentido do texto, a ponto de (como falei ali) achar que era uma paródia. Aliás, ainda não tenho certeza se o personagem fala propositalmente mal ou se é sério.
Não se trata só de usar palavras incomuns ou tentar falar em outro idioma, tem que falar e fazer sentido dentro do contexto. Por exemplo, logo na primeira sentença: " o homem possuía um terno" - "possúia" aí é uma tentativa de usar uma palavra incomum pra esse contexto, pra parecer mais refinado. Mas não faz muito sentido, porque você quer dizer que ele estava vestindo o terno e não que ele tinha um terno. "Ele possúia um terno" denota que o cara tinha um terno em qualquer lugar não especificado, e não que ele estava, naquele momento, vestindo um. E a mesma coisa se extende nas outras tentativas de usar palavras cheias de firulas.

Enfim, meio confuso. Ainda to na dúvida se a sátira foi intencional ou não.

10/03/2015 às 00:00 #5 Última edição: 10/03/2015 às 00:10 por Nandikki
Foi uma sátira sim. E o meu último comentário foi uma resposta ao comentário do colega misturado com um fato.

epa, mas o erro do "bolço" foi acidental e passou despercebido, não foi intencional, afinal, é a fala do narrador. Obrigado pelo alerta, vou corrigir.

Um off topic que achei interessante:

Quando Charles Chaplin conheceu Albert Einstein

- "O que eu mais admiro na sua arte", disse Albert Einstein, "é a sua universalidade Você não diz uma palavra, e ainda assim ... o mundo lhe entende.".
- "É verdade", responde Chaplin. "Mas a sua fama é ainda maior: o mundo admira você, quando ninguém entende você".