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A Representatividade nos Jogos

Iniciado por Nandikki, 03/11/2015 às 21:34

Assim eu nunca realmente para pensar nisso, e realmente em todos os jogos ou os 99,9% o protagonista é um cara com Cabelo de anime, olhos azuis e bela aparência sedutora (rs), mas lendo isso parei para refletir um pouco e ainda estou para dizer a verdade, então no momento não tenho alguma ideia, alguma opinião em certo a por em debate, mas devo parabeniza-lo, este é um ótimo tema a se discutir e a refletir  :clap:

That's All~

Citar
Sua arte está intimamente ligada com sua ética. Por meio da sua arte você forma opiniões e propaga valores.

Ah, Strato, não leve minhas respostas como agressivas, não é minha intenção. Faço questão de continuar a debater com você.
Pelo jeito você desconhece tanto a palavra arte quanto empatia.

1 - Arte é a representação de ideias, não de ética. Porque nem toda ética(ou falta dela) é cabível onde a arte é propagada.

2 - Empatia significa se por no lugar da pessoa. Em momento algum você se põe em meu lugar antes de criticar. Seu antipático :p

Tô ligado, é divertido xD

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Pelo jeito você desconhece a interpretação. Em momento algum disse que arte representa ética, e sim que estão intimamente ligadas. Se você faz um jogo onde a história tende a mostrar os nazistas como heróis, você está propagando uma ideia. É diferente de fazer um jogo onde os nazistas venceram, isso é só a história do jogo. Os nazistas podem vencer em seu jogo sem você passar a ideia de que eles estão certos. E num jogo desses, você deve deixar claro que eles não representam o certo (até porque você seria preso se fizesse o contrário). Como eu disse, a arte está intimamente ligada a sua ética, ao seu eu. Seu pateta :p.


04/11/2015 às 22:39 #18 Última edição: 04/11/2015 às 22:51 por Strato
No no no. Vamos fazer um mapa mental maroto:

1 - A arte não está ligada à ética.
2 - Porque são as ideias que estão ligadas à ética.
3 - Então, a arte é apenas uma representação dessas ideias que estão ligadas à ética.
4 - Porém, nem toda ética(ou falta dela) é cabível onde a arte é propagada.
5 - Logo, uma ideologia (como o nazismo que você citou) não é aceitável moralmente em certos lugares.

Conclusão do mapa:
Ideias são intrinsecamente mutáveis, a ética não. Logo, se preciso adaptar minha arte para certo lugares onde ela não é aceita, é porque as ideias tem o poder de mutação. Sendo assim, não há como a arte está ligada com a ética.
Conexão: Arte> ideias> ética.

ps: nossa cansei vei -.-
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04/11/2015 às 23:04 #19 Última edição: 04/11/2015 às 23:06 por Nandikki
A sua arte é afetada pela sua moral ou ética. Pois, a arte em seu nível mais essencial é uma forma de expressão. Seu mapa mental maroto não contradiz nada do que eu disse.

P.S: como chegamos até aqui?

04/11/2015 às 23:39 #20 Última edição: 04/11/2015 às 23:41 por Zugzwang
Citação de: Nandikki online 04/11/2015 às 20:45
Claro que ninguém deve forçá-lo a fazer isso. Entretanto, se você coloca 100% de seus personagens arianos de forma consciente (porque a maioria nem percebe), você tem algum problema, ou, então, Adolf Hitler foi um herói.

E, por favor, não entenda meu texto a mal. Não quis impor minha visão, eu apenas fiz um texto falando da importância dessas "minorias" (que não maioria).

Besteira, é a palavra certa. Ir no gerador de Character e colocar cor branca ou negra dá o mesmo trabalho. Modificar a cantada direcionada a mulher, e direcionar ao homem, dá o mesmo trabalho.

Volto a perguntar, por que todos brancos então? Por que o normal é colocar brancos?

Desculpe se te ofende pensar na possibilidade de negros ou gays poderem ter tanto respeito quanto brancos. Desculpe querer competir no pódio com você, desculpe termos saído da senzala. Desculpe, desculpe-nos.

O que você sabe e é capaz de fazer (p. ex. desenhar) sobre cultura africana (um país estupidamente racista) é suficiente para fazer um jogo decente? E sobre a egípcia?

E o mais importante, se você morasse na África, conseguiria fazer um jogo contando sua história?

Você quer que as pessoas façam uma cota de chars no gerador (olha o tamanho da besteira!) para preencher uma demanda social. Ou seja, um material lixo e raso.

A resposta é que simplesmente a maioria dos jogos tem o lore focado na Idade Média e no combate. É óbvio que é mais fácil produzir coisas nesse contexto. Visualmente, é uma sociedade menos complexa, inclusive. Historicamente, a cultura ocidental é mais influente. Eles foram racistas, ok, mas não tanto quanto certas etnias africanas. Embora isso também não importe dado contexto.

Mulheres são protagonistas de novelas. Aí é que está. Jogos no geral são focados no combate (corporal também). Historicamente (e se você quiser, evolutivamente), este papel foi dos homens. Pesquisas apontam que o corpo e a mente das mulheres é devastado pela rotina da carreira militar (até aqui estamos sendo evolucionistas, para efeito do argumento). É ironicamente mais fácil fazer um jogo em que uma mulher se comporte num arquétipo másculo de herói do que feminino (as diferenças são apontadas em The Hero Within).

Assim como o homossexualismo e a conduta efeminada de homens não são a normalidade. Se fossem, a humanidade não existiria.

É uma boa idéia aproveitar a lacuna do mercado para criar jogos de culturas diferentes? É claro, mas isto não vai tornar seu jogo necessariamente melhor e superior moralmente. É uma questão de criatividade e de mensagem, não de representatividade.

Mas a questão é que a mídia que vocês consomem é puro lixo. Leia Irmãos Karamazov e você verá um ateu com ótimas piadas sobre religião escritas por um católico fervoroso. Notas do subsolo tem um protagonista doentio. Poe tem um personagem praticamente autista (vocês conseguiriam fazer um jogo com um?). Morte em Veneza tem um personagem homossexual que não agradaria aos SJW.

Já a literatura feita para atender demandas revolucionárias na Rússia foi nitidamente inferior. "Os romances escritos pelos conservadores pululam de revolucionários, comunistas, anarquistas, terroristas e assassinos políticos retratados com toda a complexidade moral da sua vida interior e das situações que atravessam".
Uma coisa curiosa, em don't take it personally, babe, it just ain't your story todos os relacionamentos heterossexuais são doentios. Eu recomendo jogar porque tem bons personagens. E reconheço que relações heterossexuais degeneradas são um bom tema. Mas isso já não seria uma forçação queer da autora? Ou seria uma coisa válida?

Gran Torino
tem um protagonista racista. O filme é racista ou é contra o racismo?  Devemos representar menos personagens racistas e mais gays no lugar? Se o gay for racista, estou atacando o movimento?

"Não adianta colocar uma mulher só pra ser a princesa em perigo, colocar um negro só pra ser o mano do gueto que vende itens ilegais e colocar um gordo que só pensa em comida."


O protagonista de Actual Sunlight é um obeso que só pensa em videogames.

O vendedor de itens ilegais pode ser visto como um empreendedor oprimido pelo estado. Assim como um negro que odeia funk e drogas pode ser visto como um coxinha.

Por que a princesa não pode ser um personagem bem construído e valer mais do que um NPC-minoria-feliz de gerador?

Eu conheço homossexuais cuja identidade sexual foi provavelmente afetada por abusos na infância. Conheci um homossexual que perseguia pessoas. Todos eles existem mas talvez não cumpram a cota de representatividade.

Mas o racismo existe? Claro que existe. A cultura japonesa tende a ser racista e fechada. Mas eu não culpo os devs japoneses. Eles apenas representam o mundo deles. Em certos contextos não cabem personagens de outras etnias. Inclusive eu posso escolher representar o racismo.

Ironicamente, o racismo também facilitou o contato com outros povos por meio da escravidão. Que eu saiba, italianos vieram para cá porque eram mais baratos do que escravos, inclusive. Representar a diversidade também pode ser representar um lore onde existiu racismo.

Eu jogo PBP com uma personagem lésbica. Mas não me importo com representatividade, me importo com inovação e bons personagens.

Citação de: Nandikki online 04/11/2015 às 20:45
Você está errado ao dizer que arte é algo pessoal, totalmente livre e espontâneo, as quais as regras quem dita é o próprio autor, não por pressão da sociedade. Você está erradíssimo, pois é exatamente o contrário que acontece. Seria muito bom se acontecesse conforme você diz.
É normal, entretanto, as pessoas se sentirem ofendidas quando ao invés de falarmos que somos todos iguais, falamos que precisamos ser todos iguais. Nós não somos iguais ainda, e estamos longe de ser.

O racismo, homossexualismo e a diversidade cultural poderiam ser abordados num contexto que expandisse a imaginação moral do público, especialmente num mundo globalizado que dá a possibilidade de pesquisa. Mas você transformou tudo numa insinuação de que não querem que negros ou mulheres não recebam o mesmo respeito que o resto das pessoas.

Em resumo, você transformou num discurso de ódio barato travestido de tolerância e vitimismo.




Num ensaio publicado em 1961 na Partisan Review, Lionel Trilling observava que o traço essencial da cultura intelectual moderna era "uma crença de que a função primária da arte e do pensamento consiste em libertar o indivíduo da tirania da sua cultura -- no sentido ambiental do termo -- e permitir-lhe erguer-se diante dela com autonomia de percepção e de julgamento".

O tema da cultura intelectual versus cultura ambiental aparece já num estudo anterior do crítico norte-americano, The Opposing Self ("O Eu Oponente"), de 1955. A literatura romântica entre os séculos XVIII e XIX assinala o advento do "escritor" como tipo humano marcado pela capacidade -- ou necessidade -- de sobrepor ao império do discurso coletivo a autoridade intrínseca de uma visão do mundo nascida da experiência pessoal. Numa época de derrocada geral das crenças e valores, quando tudo parecia naufragar na banalidade compressiva da sociedade de massas, o testemunho direto do artista adquiria uma força moral comparável à de Sócrates ante a assembléia de seus carrascos. A "cultura intelectual" era o refúgio do espírito contra a "cultura adversária" -- a cultura dos slogans e da demagogia.

http://www.olavodecarvalho.org/semana/111031dc.html

**
Himmelfarb observa que, ao longo das obras de Trilling, algumas das palavras mais freqüentes são "variedade", "possibilidade", "complexidade", "dificuldade", "sutileza", "ambigüidade", "contingência", "paradoxo" e "ironia". São os termos que traduzem a própria substância da vida moral, não como aparece no esquematismo abstrato dos códigos e regras, mas na realidade da existência concreta, que não é acessível à compreensão intelectual antes de ser elaborada em símbolos pela imaginação literária.
....
Daí a importância de examinar o fundo de símbolos e emoções por baixo das idéias esquerdistas em evidência. E a primeira coisa que o crítico aí notava era a rigidez esquemática das reações morais, a falta daquela abertura para a variedade e ambigüidade das situações humanas, que tão nitidamente transparecia entre os conservadores como Samuel Johnson, Edmund Burke, Samuel Taylor Coleridge, Mathew Arnold – ou, acrescento eu, Balzac, Dostoievski, Leonid Andreiev, Manzoni, Papini, Henry James, Conrad, Mauriac, Bernanos, Soljenítsin, V. S. Naipaul, Eugenio Corti.
http://www.olavodecarvalho.org/semana/111031dc.html
For all to be accomplished, for me to feel less lonely, all that remained to hope was that on the day of my execution there should be a huge crowd of spectators and that they should greet me with howls of execration.

Spoiler
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Citação de: Nandikki online 04/11/2015 às 23:04
A sua arte é afetada pela sua moral ou ética. Pois, a arte em seu nível mais essencial é uma forma de expressão. Seu mapa mental maroto não contradiz nada do que eu disse.

P.S: como chegamos até aqui?

Lol, já respondi isso no item 4:
Citar4 - Porém, nem toda ética(ou falta dela) é cabível onde a arte é propagada.

Não fazemos ou podemos fazer tudo aquilo que nos afeta/influencia. Eu sou influenciado a comer carne de vaca, mas se for para a Índia não poderei fazer isso. Minha ética/moral vai mudar por causa disso? Nop. Nem um pouco, continuarei achando que comer carne de vaca é saudável e correto. Mas não é cabível, sendo assim, não irei desenhar carne de vaca sendo servida. Preciso mudar minhas ideias(concepções) para se adaptarem ao ambiente. Se essas ideias mudam, automaticamente a arte muda também, porém, minha ética/moral permanecerá a mesma. Ela não vai mudar da noite pro dia. Continuarei gostando de carne de vaca mesmo que minha arte diga o contrário.
A arte não está ligada à ética :p
Arte> ideias> ética.
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Citação de: RhitDark online 04/11/2015 às 21:17
Me retirando do tópico, como sempre trolls estão dominando...
[...]
Mano, que trolls? O papo tá tão bom que eu até li todos comentários.  :clap:

Bom, acho que de todos aqui, concordo mais com o que o Phantomx disse. Se eu já bolei o universo
do meu jogo, já encaixei o conceito dos personagens como os fiz, o enredo do jogo ficou fechadinho
e sem furos, não preciso mudar nada disso exclusiva e unicamente para passar a imagem de um autor
preocupado em representar as minorias e/ou com o intuito de agradar essas novas tendências.

Todavia, isso esbarra no que o Cronus falou. Eu mantendo o jogo sem diversidade, vai deixar
ele um tanto pobre em material. Grandes jogos vem com conceitos muito bem trabalhados dos personagens,
com uma fase de estudo e criação às vezes tão grande quanto o desenvolvimento do restante do jogo.
Se eu fizer todos personagens sob uma mesma base (raça, cor, estilo, armas, background, etc), acho
que vai perder um pouco da surpresa que o jogador poderia ter ao encontrar um possível personagem
in game.

Também acho válido o impasse da dificuldade em fazer personagens diferentes. Não só pela preguiça,
obviamente, nem só pelo visual, mas mais mesmo por inserir aquele personagem ali. Por exemplo, um
protagonista negro em meio a um jogo de brancos. Como ele fora parar ali? Viajou de sua terra natal?
Foi preso e ficou livre? Está a negócios? Porém, se substituí-lo por um branco pode justificar como
ele nasceu ali, viveu ali e ali está ele.


Também acho que muito disso é gosto pessoal. Se alguém não gosta de protagonistas femininos,
tu pode até aconselhá-lo a tentar ou algo assim, mas nada no mundo vai sentir ele ter o prazer
de desenvolver o projeto se ele não se sentir a vontade com essa ideia. Eu por exemplo, em todo
rpg que jogo, passo a imagem do meu personagem como justo, digno, correto e se tiver lança,
uso lança, se não, uso espada. Não consigo lidar bem com magos, ou arqueiros, da mesma forma
que não curto escolher raças meio-animal. Em Guild Wars 2 dessa vez fiz uma guria, tá que justa,
digna, correta e de lança, mas já é um avanço e-e

E acho que um pouco do nosso caráter a gente tenta passar
nisso, daí talvez a ética tenha um pouco a ver com a arte sim, não daquilo impresso no papel,
mas o que você vê a partir dela, afinal o autor vai ver um universo dali, o jogador verá algo
mais limitado e nem sempre na mesma diretriz.

Por fim, temos muitos exemplos de personagens que fugiram do guerreiro-herói-branco-quesalvaprincesas
e que deram muitíssimo certo. Mace Windu, que era o segundo melhor jedi, só atrás do Yoda, E o próprio
Yoda, que era um et, em Star Wars. Aliás, esse próximo Star Wars vai ter o Finn, que to ansioso pakas
pra conhecer também. Bah, de mulher tem uma lera. A Lara, que todo mundo tá cansado de conhecer,
a Ellie de The Last of Us, um game lindo. Cara, a Aurora de Child od Light *-*

Enfim, é uma variedade imensurável de aspectos a serem aproveitados e que tendem a enriquecer muito
os universo dos jogos quando usados. Mas usa quem quiser, ao meu ver só tem a incrementar, mas se
não vai se sentir confortável desenvolvendo sobre essa nova ideia, acho que vai acabar atrapalhando.
Então eu não vejo algo como "os desenvolvedores alimentam uma sociedade gamer racista", longe disso.
É uma questão de tradição, que jogos foram feitos assim, deram certos, e assim servirão de base para
novos jogos, e isso vai se modificando ao passo em que a sociedade se modifica. Um protagonista
negro hoje, um mulher amanhã, na próxima um homossexual, e assim vai. Da mesma forma como citaram
as novelas: hoje o público para esse entretenimento e dominantemente feminino, logo é lógico que as
protagonistas terão um foco feminino.

Esse é meu TL DR, haha.

05/11/2015 às 10:12 #23 Última edição: 05/11/2015 às 12:17 por Nandikki
Perdoem o Zugzwang pela besteira dele, é uma característica dele querer bancar de culto e sabichão. E postando de novo já que excluíram:

A humanidade não existiria, querido, se pessoas como você, arrogantes e egocêntricas, fossem a normalidade. A humanidade existe até hoje porque o humano aprendeu a se ajudar em todos os aspectos. Você só está sentado numa cadeira teclando besteiras porque milhares de pessoas permitiram/permitem que isso aconteça. Antes de vim dar uma de cult aqui só falando besteiras, aprenda o conceito de humanidade. Acredite, você pode se superar.
 




Concordo Strato. Mas no caso da de colocar negros, nada do que você falou impediria isso. O objetivo geral da matéria e fazer os makers atentarem para isso, não que eu queira forçá-los. Acontece que isso é um fato que passa em branco pra maioria das pessoas.





É interessante não só colocar negros em jogos, como também explorar as diversas culturas africanas. A áfrica nos proporciona um tesouro inexplorado e fantástico de heróis, mitos e tradições! Podemos encher nossos jogos de culturas jamais vistas por muitos, podemos nos inspirar cada vez mais.


ate você postar isso eu nunca tinha pensado sobre, seria interessante mesmo que um povo de um determinado local do universo criado pelo autor tenha características locais.. não seria ruim da uma mudada em outros locais, quem sabe ate tudo misturado e de pele roxa xD rsrs

e sobre as tretas.. pelo o que eu vi.. se homossexualismo não é natural pq existe na vida animal? alguém chegou e transformou magicamente todo mundo gay? pra eu saber qual é a minha sexualidade por acaso precisei ser abusada? qual é o próximo passo? que gays se tornam gays pq conheceram gays na infância? ohh tive que ver casais héteros ou tive que ser abusada pra gostar de homem? to confusa... ja ja o rei da hipocrisia vem apagar meu post, que fofo <3

Sabe, algum dia eu vou entender porque sempre me chamam só quando tem treta. Hoje não é tal dia, contudo. Hoje, considerem-me Shylock, e nosso colega Zugzwang como vosso querido Antônio. Por mais válido que meus pontos possam vir a ser, ainda hei de ser castigado e expulso no final. Então, com as regras postas em lugar, prossigamos:

Citação de: Zugzwang online 04/11/2015 às 23:39
O que você sabe e é capaz de fazer (p. ex. desenhar) sobre cultura africana (um país estupidamente racista) é suficiente para fazer um jogo decente? E sobre a egípcia?

E o mais importante, se você morasse na África, conseguiria fazer um jogo contando sua história?

Só um aviso amigável: África é um continente, não um país. Você está pensando na África do Sul, que de fato teve um regime extremamente racista do apartheid, e que até hoje sofre com as sementes plantadas pelas atitudes racistas e imperialistas dos holandeses e ingleses que tomaram o lugar para si próprios. Mas, independente de atitudes racistas, , de fato, uma cultura sul-africana. Onde há uma sociedade, uma cultura é certa de emergir. E alguém que vivenciou tal cultura poderia fazer um jogo sobre tal cultura.

Citação de: Zugzwang online 04/11/2015 às 23:39
Você quer que as pessoas façam uma cota de chars no gerador (olha o tamanho da besteira!) para preencher uma demanda social. Ou seja, um material lixo e raso.

A resposta é que simplesmente a maioria dos jogos tem o lore focado na Idade Média e no combate. É óbvio que é mais fácil produzir coisas nesse contexto. Visualmente, é uma sociedade menos complexa, inclusive. Historicamente, a cultura ocidental é mais influente. Eles foram racistas, ok, mas não tanto quanto certas etnias africanas. Embora isso também não importe dado contexto.

O historiador dentro de mim chorou quando leu tal... digamos argumento, por falta de palavra mais adequada. Primeiramente, a maioria dos jogos têm sua história e background fundadas em fantasia. Provavelmente Tolkeniana, embora já tenha visto aqueles que tentam algo mais diverso. Tal fantasia Tolkieniana foi feita a partir de mitos e folclore originalmente nórdico e anglo-saxão, tais como os mitos de Baldr, Loki, Thor, Wodan, entre outros. Gandalf, por exemplo, além de ser uma alteração de um nome originalmente nórdico (Gandalfr), é uma óbvia referência ao sábio "pai-de-todos," Wodan. Então fica óbvio que, em tal mitologia, não há muito espaço para uma "cota," como você colocou. Mas também não há espaço para Jesus. Nem para armas da alta Idade Média (tais como suas amadas espadas bastardas, Zweihanders, etc.), já que a cultura nórdica foi quase que totalmente erradicada durante o século IX e X, seguindo apenas por nome no século XI, sendo totalmente modificada para acomodar ideias cristãs, como Baldr subitamente se tornando uma forma de messias, algo que ocorreu repetidamente através da história do cristianismo. Mas, curiosamente, eis algo que caberia num jogo baseado em história nórdica: Uma personagem muçulmana!

Mas, se você vai fazer um jogo baseado em história medieval, há, dá e sobra espaço para personagens não-brancas. Não apenas figuras históricas da era medieval foram negras (Pesquise sobre o Império Ethiope, ou Abyssinia), como também nossos amigos muçulmanos não apenas conquistaram diversos lugares outrora de cristãos, tais como quase toda a península ibérica (isto é: Espanha e Portugal), o Império Bizantino, e toda a costa mediterrânea da África, mas eles também mantiveram e aumentaram nosso repositório de conhecimento julgado "herético" pela Igreja. A Primavera Árabe, como a chamam, é o motivo pelo qual nós temos coisas preciosas e importantes hoje em dia tais como álgebra e calculus. Quando, depois das Cruzadas, a Europa começou a ter relações comerciais com reinos muçulmanos, subitamente nós começamos a nossa Renascença. Engraçado como isso ocorre, né?

Citação de: Zugzwang online 04/11/2015 às 23:39
Mulheres são protagonistas de novelas. Aí é que está. Jogos no geral são focados no combate (corporal também). Historicamente (e se você quiser, evolutivamente), este papel foi dos homens. Pesquisas apontam que o corpo e a mente das mulheres é devastado pela rotina da carreira militar (até aqui estamos sendo evolucionistas, para efeito do argumento). É ironicamente mais fácil fazer um jogo em que uma mulher se comporte num arquétipo másculo de herói do que feminino (as diferenças são apontadas em The Hero Within).

Assim como o homossexualismo e a conduta efeminada de homens não são a normalidade. Se fossem, a humanidade não existiria.

[Citation needed] no "pesquisas apontam." Citation VERY needed. Mulheres são protagonistas de novelas? Desde quando? Pensei que era sempre o cara meio boboca que quer o bem de todo mundo mas que tem uma mulher vil que abusa da boa-vontade dele ao manipular todo mundo com seu charme e temível sexualidade. Yeah, novela não é exatamente um exemplo de progresso. Historicamente, o Império Romano, tomando deixa dos mini-reinos Gregos, pegaram na cabeça que o homem era superior à mulher, e que a mulher devia ficar no Oikos ("Casa," no antigo Grego), porque a esfera social da Polis (cidade) era o lugar de homens. Isso, do nosso bom amigo Sócrates. Isso significa que ele estava errado sobre tudo? De forma alguma. Só que ele devia ter percebido que ele não sabia ser mulher. E pensar que ele disse que não sabia de nada... Mas enfim. Graças ao Império Romano e sua cultura tomando conta de... uhm, 60 até 70% da Europa, dependendo dos seus cálculos e se você considera ou não Rússia parte da Europa (Se você considera, Vladimir Putin quer lutar com você. Sem camisa), e de uma religião adotada que também dizia que mulheres não deviam interferir, é bem simples ver o porquê de não se terem mais mulheres proeminentes em tal história. Porque, você pode apostar, elas aparecem. Dido, que fundou Cartago (embora seja parte mito), Theodora, a prostituta que basicamente controlou o Império Bizantino através de seu marido (mais um caso de mulheres usando algo que nós queremos delas contra nós... é quase como se machismo fosse fruto da insegurança masculina com relação aos seus desejos para com mulheres!), Joanna d'Arc, que salvou França dos ingleses e recebeu uma fogueira como seu presente de gratidão, Wu Zetian, imperadora da China (na época, Tang)... Boadicea (ou Boudicca), que rebelou-se contra os romanos. Fato é, mulheres são parte da história da humanidade quer queiramos ou não. E essas são apenas mulheres basicamente lendárias por seus atos. Imagine você agora, se elas não tivessem tais preconceitos como o seu contra elas, as coisas que elas poderiam fazer, tanto boas quanto más? Afinal, vale lembrar: Napoleão nasceu em Corsica. Corsica só virou uma ilha francesa poucos anos antes de Napoleão nascer. Imagine o quanto a história teria mudado se não tivesse mudado de dono!

E, antes de continuar para a próxima citação, vou trazer atenção a algo dito por você: "Assim como o homossexualismo e a conduta efeminada dos homens não são a normalidade."

Você não tem como saber o quê, exatamente, é normal para a humanidade pré-sociedade. Ninguém tem. Desde que começamos a desenhar figuras em cavernas, já começamos a assinar o contrato social que nos faz esperar alterações não apenas em nossos colegas e iguais, tanto quanto em nós mesmos. Num estado natural, pré-contrato social, e pré-sociedade, é bem possível — e provável, considerando-se as outras espécies com animais homossexuais — que uma conduta "efeminada" e homossexualismo sejam o estado natural de uma parte da matilha humana. Afinal de contas, quem vai cuidar de todos os bebês que os "machos alfa" insistem em ter?

E vale também lembrar que "conduta efeminada" é uma construção praticamente inteiramente social. Em determinadas vilas chinesas, comportar-se efeminadamente é agir como um "homem" na sua cabeça: dar ordens e estar no comando.

Citação de: Zugzwang online 04/11/2015 às 23:39
É uma boa idéia aproveitar a lacuna do mercado para criar jogos de culturas diferentes? É claro, mas isto não vai tornar seu jogo necessariamente melhor e superior moralmente. É uma questão de criatividade e de mensagem, não de representatividade.

Mas a questão é que a mídia que vocês consomem é puro lixo. Leia Irmãos Karamazov e você verá um ateu com ótimas piadas sobre religião escritas por um católico fervoroso. Notas do subsolo tem um protagonista doentio. Poe tem um personagem praticamente autista (vocês conseguiriam fazer um jogo com um?). Morte em Veneza tem um personagem homossexual que não agradaria aos SJW.

Já a literatura feita para atender demandas revolucionárias na Rússia foi nitidamente inferior. "Os romances escritos pelos conservadores pululam de revolucionários, comunistas, anarquistas, terroristas e assassinos políticos retratados com toda a complexidade moral da sua vida interior e das situações que atravessam".

Um cristão fervoroso ortodoxo, que acreditava na mensagem de seu Deus, mas que via a completa e absurda discrepância entre a vida dos ricos e poderosos na Rússia com aqueles que sofriam com fome, desabrigo, e uma simples falta de compaixão daqueles supostamente acima deles. Re-leia Os Irmãos Karamazov, pois você obviamente apenas leu o que queria ler. Ivan não é um ateu. Não verdadeiramente. Ele quer acreditar. Desesperadamente. Mas, diante de tal estado absurdo e repugnante de si mesmo, e de uma Rússia tão decrépita, ele não tem escolha senão debater consigo mesmo e com aqueles que o rodeiam a inexistência de um Deus. Isso é o que o torna uma personagem trágica. Não ele ser ateu, mas ele não conseguir encontrar um simples momento para refletir, com calma, sua vida. Acho que você ficou cego demais pelo seu "deus" que não conseguiu entender isso na leitura.

E você chama a nossa literatura de lixo, menospreza nossa arte, nossas ideias, nosso grito primordial de justiça, e contudo se vê tal como a nobreza Russa! Menospreza o trabalho daqueles que vê como inferiores, vê o trabalho de pessoas já mortas e que concordam com seu ponto de vista (até onde você sabe) como infinitamente superior! Você não é Dostoyevski, Zugzwang! Você não é o árbitro infinitamente sábio, que vê um mundo corromper-se e não tem escolha senão chorar por sua passagem! Você é Javert. Cego por sua devoção, cego por seu nojo e preconceito, incapaz de ver o valor que brilha diante de ti! És, de fato, uma figura trágica... mas não a que desejas.

Citação de: Zugzwang online 04/11/2015 às 23:39
Uma coisa curiosa, em don't take it personally, babe, it just ain't your story todos os relacionamentos heterossexuais são doentios. Eu recomendo jogar porque tem bons personagens. E reconheço que relações heterossexuais degeneradas são um bom tema. Mas isso já não seria uma forçação queer da autora? Ou seria uma coisa válida?

Gran Torino
tem um protagonista racista. O filme é racista ou é contra o racismo?  Devemos representar menos personagens racistas e mais gays no lugar? Se o gay for racista, estou atacando o movimento?

Gran Torino tem uma personagem inicialmente racista que percebe que tem mais a ver com os "gooks" (como ele os chama) que inicialmente despreza que com sua própria família, que cresceu, se mudou, e passou a ressentir suas atitudes racistas. O filme é contra racismo, definitivamente, e contudo você perdeu a moral mais importante do filme, uma obra-prima de Clint Eastwood: O valor que é ter um olhar crítico não de outras culturas ou orientações, mas de si mesmo, de seus preconceitos, e daquilo que considera como importante.

Não tendo jogado Don't Take it Personally Babe, It Just Ain't Your Story (abreviá-lo-ei para DTiPBIJAYS daqui em diante. Exceto que essa é a última vez que irei mencionar tal jogo), não posso fazer uma análise dos relacionamentos da história, mas posso comentar sobre "forçação queer," porque eu duvido que a única escolha que você tenha no jogo seja qual relacionamento homossexual deve seguir. Muitas vezes — e, sendo alguém que discute cultura popular frequentemente, eu vejo isso quase todo dia —, o que chamam de "forçar o gay goela abaixo" nada mais é que duas personagens gays mostrando afeto, algo que, estranhamente, ninguém tem problema com quando é um afeto heterossexual. Talvez eles não tenham mostrado o beijo das duas personagens direito, ou talvez precisem mostrar mais. Não sei, eu não sou essas pessoas. Prossigamos.

Citação de: Zugzwang online 04/11/2015 às 23:39
"Não adianta colocar uma mulher só pra ser a princesa em perigo, colocar um negro só pra ser o mano do gueto que vende itens ilegais e colocar um gordo que só pensa em comida."[/b]

O protagonista de Actual Sunlight é um obeso que só pensa em videogames.

O vendedor de itens ilegais pode ser visto como um empreendedor oprimido pelo estado. Assim como um negro que odeia funk e drogas pode ser visto como um coxinha.

Por que a princesa não pode ser um personagem bem construído e valer mais do que um NPC-minoria-feliz de gerador?

Sendo alguém gordo que só pensa em comida e, ocasionalmente, seios, eu estou francamente ofendido que conseguiram me descrever tão perfeitamente. Mas, voltando ao assunto em questão, é, de fato, preferível ter personagens bem-construídas a personagens "tokens," que só estão ali para satisfazer uma cota imaginária. Mas esse era justamente o ponto que nosso colega estava fazendo. Não faça só tokens! Não faça uma princesa ser só a garota que precisa ser resgatada! Não faça a personagem negra ser vendedora de mercado negro só por ela ser negra. Adicione uma história. Uma regra fundamental da escrita é e sempre foi que, com suficiente catarse, até o vendedor de kibe da esquina é uma figura trágica que faz o leitor chorar.

Nosso colega não fez um pedido para tokens, ele fez um desafio aos escritores muitas vezes complacentes deste fórum. Não se atenham apenas por estereótipos! Não se permitam o conforto que é uma rotina na escrita! Desafiem-se! Façam personagens maiores, melhores!
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Citação de: Zugzwang online 04/11/2015 às 23:39
Eu conheço homossexuais cuja identidade sexual foi provavelmente afetada por abusos na infância. Conheci um homossexual que perseguia pessoas. Todos eles existem mas talvez não cumpram a cota de representatividade.

Mas o racismo existe? Claro que existe. A cultura japonesa tende a ser racista e fechada. Mas eu não culpo os devs japoneses. Eles apenas representam o mundo deles. Em certos contextos não cabem personagens de outras etnias. Inclusive eu posso escolher representar o racismo.

Ironicamente, o racismo também facilitou o contato com outros povos por meio da escravidão. Que eu saiba, italianos vieram para cá porque eram mais baratos do que escravos, inclusive. Representar a diversidade também pode ser representar um lore onde existiu racismo.

E é aqui onde meu bom humor acaba. "Eu conheço homossexuais cuja identidade sexual foi provavelmente afetada por abusos na infância." Não. Você não conhece. Você, Zugzwang, você e seu zelo singularmente focado não conhecem absolutamente nada sobre "homossexuais." Você se recusa a conhecer. Você vê apenas o que quer ver, lê apenas o que quer ler, e reconhece apenas o que quer reconhecer. Você esquece o tema de Irmãos Karamazov, não percebe a mensagem de Gran Torino, ignora o abuso e sofrimento de seus supostos amigos homossexuais — não quando crianças, mas sim por simplesmente serem homossexuais, e tenta passar-nos uma imagem culta, desenvolvida, e sofisticada. Não há nada dessas três qualidades em você. Você não consegue ver além de seu próprio preconceito, não consegue reconhecer que África é um continente multicultural, que não tem só UMA cultura, não entende o quanto a história que temos hoje foi modificada post-factum por interesses racialistas, e se vê, de alguma forma, como alguém sábio. Você é um rei vestindo uma fábrica "invisível" a idiotas. E eu me recuso a fingir que você não está pelado. Se há alguém neste fórum, e provavelmente há, que deseja aprender mais sobre nossa sociedade e cultura, sem preconceitos tão óbvios e contudo tão orgulhosamente guardados, não ouçam este homem. Nada adianta um homem uma biblioteca com todo o conhecimento do mundo se ele se recusa a ler.

E, pelo bem de seus amigos, se é que você os tem, nunca diga tais coisas diante deles. Nós todos, sem exceção, somos humanos. Cometemos erros, guardamos raiva e ressentimento, e fazemos merda. Não deixe que a sua idiotice arruine sua amizade com seus amigos. Reflita sobre si mesmo. A segurança de si mesmo é o caminho mais rápido que conheço ao ódio. Mas, no fim do dia, eu torço que você, algum dia, encontre um verdadeiro conhecimento, uma verdadeira compaixão, e aprenda o quão importante é, nesses momentos breves que temos uns com os outros, ouvir e entender, e não só tentar impor nosso suposto "vasto conhecimento" para explicarmos nossos preconceitos. Nenhum de nós sabe de tudo... não importa o quanto tentemos fingir diferente.

05/11/2015 às 21:31 #26 Última edição: 05/11/2015 às 21:58 por Zugzwang
Hoje, considerem-me Shylock, e nosso colega Zugzwang como vosso querido Antônio. Por mais válido que meus pontos possam vir a ser, ainda hei de ser castigado e expulso no final. Então, com as regras postas em lugar, prossigamos:


Jamais o teria em tão pouca estima! Você é um escritor publicado, altamente conceituado no Brasil, que faz os leitores chorarem pedindo mais, e até se ajoelharem, a quem eu deveria dar 5 dólares por história pequena, casado e ao mesmo tempo uma máquina de sexo.

Como faço para contribuir?


Sua resposta não fala de nada importante.

Só um aviso amigável: África é um continente, não um país. Você está pensando na África do Sul, que de fato teve um regime extremamente racista do apartheid, e que até hoje sofre com as sementes plantadas pelas atitudes racistas e imperialistas dos holandeses e ingleses que tomaram o lugar para si próprios. Mas, independente de atitudes racistas, há, de fato, uma cultura sul-africana. Onde há uma sociedade, uma cultura é certa de emergir. E alguém que vivenciou tal cultura poderia fazer um jogo sobre tal cultura.

Estou falando das disputas étnico espalhadas pelo continente africano. Uma generalização óbvia que você usa para não discutir a questão.


Tal fantasia Tolkieniana foi feita a partir de mitos e folclore originalmente nórdico e anglo-saxão, tais como os mitos de Baldr, Loki, Thor, Wodan, entre outros


Tem isso, mas fiquei com preguiça de editar depois.

mas eles também mantiveram e aumentaram nosso repositório de conhecimento julgado "herético" pela Igreja

Espero que não esteja falando dos clássicos gregos estudados pelo catolicismo.

Imagine você agora, se elas não tivessem tais preconceitos como o seu contra elas, as coisas que elas poderiam fazer, tanto boas quanto más?

Continua sendo mais fácil fazer jogos de hack-and-slash do que jogos com as mulheres que você citou. Se você não estivesse apenas interpretando um papel, entenderia o que eu disse. Tanto que eu citei o modelo de heroínas femininas. (The Hero Within). Se você estivesse falando sério, teria abordado isso.

Citation VERY needed.

Marines Katie Petrônio na revista Marine Corps Gazette fala sobre, pegando um relato.

Você não tem como saber o quê, exatamente, é normal para a humanidade pré-sociedade. Ninguém tem. Desde que começamos a desenhar figuras em cavernas, já começamos a assinar o contrato social que nos faz esperar alterações não apenas em nossos colegas e iguais, tanto quanto em nós mesmos. Num estado natural, pré-contrato social, e pré-sociedade, é bem possível — e provável, considerando-se as outras espécies com animais homossexuais — que uma conduta "efeminada" e homossexualismo sejam o estado natural de uma parte da matilha humana. Afinal de contas, quem vai cuidar de todos os bebês que os "machos alfa" insistem em ter?

O papel dos homens foi lutar. Nem estou falando de pré-sociedade. Estou dizendo que quanto mais brutal a sociedade mais requerido dos homens foi lutar. "Conduta efeminada" como não lutar.

Ivan não é um ateu. Não verdadeiramente.

Entretanto é um ateu. E tem ótimos momentos defendendo o ateísmo, o que é a questão relevante.

Não tendo jogado Don't Take it Personally Babe, It Just Ain't Your Story (abreviá-lo-ei para DTiPBIJAYS daqui em diante. Exceto que essa é a última vez que irei mencionar tal jogo), não posso fazer uma análise dos relacionamentos da história, mas posso comentar sobre "forçação queer," porque eu duvido que a única escolha que você tenha no jogo seja qual relacionamento homossexual deve seguir. Muitas vezes — e, sendo alguém que discute cultura popular frequentemente, eu vejo isso quase todo dia —, o que chamam de "forçar o gay goela abaixo" nada mais é que duas personagens gays mostrando afeto, algo que, estranhamente, ninguém tem problema com quando é um afeto heterossexual. Talvez eles não tenham mostrado o beijo das duas personagens direito, ou talvez precisem mostrar mais. Não sei, eu não sou essas pessoas. Prossigamos.

Não sabe do que está falando.

Mas esse era justamente o ponto que nosso colega estava fazendo.

Não, não era. Era pra adicionar no gerador, mesmo, e cumprir demanda social.

Você não consegue ver além de seu próprio preconceito, não consegue reconhecer que África é um continente multicultural, que não tem só UMA cultura, não entende o quanto a história que temos hoje foi modificada post-factum por interesses racialistas, e se vê, de alguma forma, como alguém sábio. Você é um rei vestindo uma fábrica "invisível" a idiotas.

Você sabe que é isso que eu penso sobre você. Seu texto é apenas desvio dos pontos que levantei. Tanto que levantei o fato do racismo ter formado nossa cultura. Mas isso está longe de justificar demanda social, que é o ponto do texto.

Se quer saber sobre meus amigos, pergunte para os escritores do fórum que você cita o quanto rimos dos seus textos. Vindo de quem escreveu Memento Mori e O Velho Jardineiro, eu me sinto lisonjeado.

Você deve estar me confundindo com algum fake que mente a idade, o estado civil e se gaba de ter publicado um livro todos os dias, que, segundo os escritores que conheço, é seu alter-ego bonzão e chupinscação de Hemingway.

E você chama a nossa literatura de lixo, menospreza nossa arte, nossas ideias, nosso grito primordial de justiça, e contudo se vê tal como a nobreza Russa!

A da Christine Love é interessante. Mas a sua provavelmente é lixo.

E é aqui onde meu bom humor acaba. "Eu conheço homossexuais cuja identidade sexual foi provavelmente afetada por abusos na infância." Não. Você não conhece. Você, Zugzwang, você e seu zelo singularmente focado não conhecem absolutamente nada sobre "homossexuais." Você se recusa a conhecer.

Eu não vou postar prints aqui, mas a própria pessoa me disse isso.

Mais um dos post mais vazios e cheios de espantalhos seu.

Eu vou sumarizar as questões.

1. Se a arte deve cumprir ou não demanda social.
R: Não.

2. Se nossa cultura foi influenciada pelo racismo e machismo.
R: Foi. Mas isso não justifica (1).

3. Se há outros fatores além do racismo e machismo que justifiquem a pouca aparição de negros, mulheres e afins.
R: Sim. (a). Jogos focados em combate e, naturalmente, em homens, são mais fáceis de se criar. (b) A cultura "branca" foi mais bem-sucedida por motivos que vão além da exploração e racismo (que existem em larga escala na África antes da influência branca). (c) Se o racismo formou uma cultura, ainda assim, pode ser mais útil criar um bom personagem racista do que criar personagens em gerador negro. (d) Se o racismo formou uma cultura, ainda assim, um artista não é obrigado a suprir demandas sociais.

Você não é Dostoyevski, Zugzwang! Você não é o árbitro infinitamente sábio, que vê um mundo corromper-se e não tem escolha senão chorar por sua passagem!

Spoiler
EU QUERO PARABENIZAR VOCÊ intensamente por ter humilhado escritores como Lotmaker todos os dias no chat e no fórum, para no dia seguinte vir com um relativismo cretino, dizendo que todos os vencedores do Awards eram ativos (um cara só tinha um post), e, que todos os vencedores (um contra o qual você conspirava e que não serviria nem de garçom do Jabuti, segundo você) e que o concurso era inútil, com apoio da staff.

Só um idiota levaria você a sério.

Meus amigos estão perguntando por onde você anda no chat. Volte lá, ksks.
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For all to be accomplished, for me to feel less lonely, all that remained to hope was that on the day of my execution there should be a huge crowd of spectators and that they should greet me with howls of execration.

Spoiler
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Citação de: Zugzwang online 05/11/2015 às 21:31
Se quer saber sobre meus amigos, pergunte para os escritores do fórum que você cita o quanto rimos dos seus textos. Vindo de quem escreveu Memento Mori e O Velho Jardineiro, eu me sinto lisonjeado.

Você deve estar me confundindo com algum fake que mente a idade, o estado civil e se gaba de ter publicado um livro todos os dias, que, segundo os escritores que conheço, é seu alter-ego bonzão e chupinscação de Hemingway.

Eu não pretendo responder a nada além desta citação, porque meu argumento já foi feito e ir além de tal seria redundante, mas isto é simplesmente engraçado demais para não comentar sobre. Primeiro porque eu não citei nomes, já que faz tempo que não apareço por aqui e muitos escritores provavelmente apareceram e sumiram desde meu tempo, como é o normal. De fato, estou até surpreso que se lembraram de mim! Pelo visto, meus textos foram tão ruins que eles deixaram cicatrizes. Mas, segundo: Haja rancor, colega! Haja raiva! "bonzão e chupinscação de Hemingway!" Eu tive inclusive que procurar o que raios é "chupinscação," tal limitado meu pobre conhecimento. Pelo visto, é um boquete.

Francamente, se eu soubesse que minha aparição iria causar tantas emoções, teria guardado ela para algo mais climático. Seria mais apropriado para uma boa história. E, se você vai tentar envenenar o poço que é a minha poça d'água rasa, ao menos faça um trabalho completo: Também sou gordo, feio, tenho um nariz todo esquisito, não faço a barba por pura preguiça, de vez em quando não tomo banho porque meu estado emocional é simplesmente paralizante, não arranjo um bom trabalho há anos, sou um mentiroso patológico, não sei física térmica, meu nome do meio é Fischer, eu tenho depressão crônica e tomo remédio para isso, meu primeiro livro de merda foi publicado apenas porque a editora publica qualquer coisa usando um modelo "à demanda" onde o próprio autor age como vendedor, e o nome tosco que eu dou para meu pênis que ninguém em vinte mil anos tocaria é "Cebolinha."

Tente o quanto quiser, meu amigo, ninguém consegue me humilhar tão bem quanto eu mesmo.

Nandikki, confesso que fui muito literal. Eu quis expor que para a arte nós não somos todos iguais. Porque os processos de criação são diferentes.
Eu, como pessoa, também acredito que indiferente de cor, raça, sexo e etc, sejamos essencialmente todos iguais. Mas como artista já não concordo. Então o que disse inicialmente era um contraponto, e não é uma questão do que impede ou deixa de impedir na inserção de diferentes tipos étnicos e culturais nos jogos.
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06/11/2015 às 10:04 #29 Última edição: 07/11/2015 às 09:35 por Lhu!

Bem o meu conceito é o mesmo que o de Nandikki

  O mundo felizmente e infelizmente não tem um conceito fixo, algumas pessoas são homofóbicas e racistas hoje em dia e mesmo com um conceito geral criado pela lei ou religioso. Uma outra questão é pessoas que dão importância a este tipos de pessoas não concordando com a atitude deles e se importando a agrada-lá mesmo assim.

  As pessoas tem pensamento diferentes e temos que tentar manter a harmonia, o que nos resta é o respeito caso não haja isso só nos resta a guerra (Se não vou quebrar todos eles).




Um abraço a todos, seus tesudos!




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