Quem é você?

[Kernots]

Spoiler

Antes de tudo, tenho que avisar que o texto foi inspirado através de minha criatividade e nada mais, digo isso, para que não pareça nada de errado. E aviso ainda que este texto é um tipo de continuação de meu anterior chamado A sombra. Para quem quer le-lo http://centrorpg.com/index.php?topic=13404.0

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   Desde aquele evento, minha vida ficou diferente, mas ainda me parecia tão igual. Sinto um vazio, como se me faltasse algo. Tenho um problema que chamo de "Crise de Inexistência", toda vez que acontece, não sinto mais meu corpo, o mundo se torna tão irreal.
   Já tive um sonho que mudou minha, será que eu teria outro para apagar este vazio?
   Tenho um emprego incrivel, mas não sei se estou satisfeito, meus amigos me amam, porém este é um amor suspeito. Não sei se devo continuar essa jornada em busca do que me falta, ou se fico aqui desconfiando de mim mesmo.
   Agora volto de meu emprego, ando de cabeça baixa na rua, distraido. Quando levanto minha cabeça lentamente, vejo um parquinho de criança, me aproximo e sinto um calor subir em meu coração. Me sinto estranhamente ancioso, mas estou com medo, não sei exatamente se isso é um bom sentimento.
   Uma lagrima cai ardendo de meus olhos, parece acido, sinto como se meu rosto estivesse rachado. Fracamente levanto minha cabeça e vejo uma criança brincando com o balanço, um medo invade meu corpo, mas me aproximo dela.
   "Quem é você?" Eu pergunto.
   "Quem você menos espera que eu seja" Respondeu a criança com arrogancia na voz.
   Me sinto surpreso com a resposta enigmatica da criança, vejo nela algo estranho. Este sentimento nunca havia sentido antes, era como se eu pudesse saber o que ela estava sentindo, apesar de não conseguir ver seu rosto.
   A criança se levanta, aproxima-se de mim rapidamente e me dá um soco incrivelmente forte em meu coração. Eu caio ajoelhado e consigo finalmente ver seu rosto... Mas... Espera... Não pode ser... Sou eu?
   Os traços no rosto da criança eram exatamente como os meus de quando eu era menos, mas eu não me lembro de ser tão arrogante com alguém assim. Eu realmente não me lembro de ter sido assim, na verdade, não me lembro de nada que aconteceu em minha infancia.
   "Diga-me, por favor" Supliquei ao garoto na minha frente.
   "Tudo bem, mas não se arrependa" Respondeu friamente esse eu diferente.
   De repente, me vejo em meu passado. Nele eu estava sozinho nesse mesmo balanço, não via ninguém, não sabia se estava esperando alguém ou se eu era realmente solitario.
   Sento-me ao balanço ao lado do meu, percebo que estava chorando. Um frase surge em minha mente ao mesmo tempo que uma voz aparece e a diz.
   "Por que você está chorando sozinho? Cade seus amigos ou seus familiares?"
   O eu criança levanta o rosto e vê uma garota, ela devia ter a mesma idade que a minha na época, tinha cabelo loiros, seus olhos eram raros, eles eram lilas, uma cor muito linda.
   "Não existem mais pessoas para me apoiarem." Respondeu o eu friamente para a garota.
   A garota fez uma cara de duvida e eu por um instante sabia quem era, só não me lembrava seu nome. Sua expressão de duvida só podia ser de uma pessoa. Daquela pessoa.
   "Bem... Então, eu serei a pessoa que se importa com você daqui em diante" Respondeu a garota com uma certa animação.
   "Mas eu nem sei seu nome." Disse o eu do passado, mas com um pouco de esperança na voz.
   "Meu nome é..." A garota foi interrompida de dizer seu nome, parece que eu não consigo lembrar.
   O tempo para nesse intante e apareceu novamente aquele eu do balanço.
   "Você é realmente um inutil, estou quase chorando por ser você" Disse esse eu com arrogancia.
   "Me desculpe, eu realmente não consigo me lembrar" Minha tinha voz um tom de preocupação.
   Esse eu me deu um soco tão forte na minha cabeça que seria impossivel não me lembrar dessa dor que não era fisica e sim sentimental.
   Eu ainda estava nesse mesmo parque, só que agora era um pouco mais velho, essa mesma garota se aproximou de mim e disse:
   "Então é isso... Acho que vamos ter que nos separar por algum tempo"
   "Por que a vida tem que ser tão injusta?" Disse eu indignado.
   "Me desculpe, não é uma escolha minha. Se eu pudesse escolher, ficaria aqui com você" Disse a garota demonstrando preocupação.
   Repirei fundo e com uma calma forçada lhe respondi:
   "Tudo bem. Até a próxima, Lilá Whost"
   O tempo parou novamente, o garoto reaparece, mas dessa vez, com um sorriso.
   "Finalmente se lembrou. Acho que minha ajuda acaba aqui"
   "Espere, tenho muitas duvidas..." Mas fui interrompido, eu simplesmente acordei.
   Uma médica está me atendendo, não consigo lhe enxergar direito, estou um pouco tonto. Ela me parece um pouco séria e está em compania de outros médicos.
   "Ainda bem que acordou, parece que o senhor teve um desmaio" Disse a médica.
   Ela ficou esperando um tempo ali. E quando os outros médicos sairam da sala, ela me encarou e perguntou:
   "Quem é você? Como sabe meu nome?"
   De repente, minha visão melhora e a primeira coisa que enxergo é seu crachá, nele estava escrito "Lilá Whost" e tudo me pareceu mais estranho ainda.

[Ven]

Ótimo texto 

[Kernots]

Ótimo texto 

Obrigado cara. Escrevo aqui para treinar minha escrita, meu futuro objetivo é escrever um livro.