O TEMA DO FÓRUM ESTÁ EM MANUTENÇÃO. FEEDBACKS AQUI: ACESSAR

Crônicas de Vorpak

Iniciado por FilipeJF, 04/02/2016 às 19:14

escrevo essa história há bastante tempo. Comecei ao início do ano passado e dou continuidade de tempo em tempo.
espero que agrade a quem for ler

I: Um Povoado Solitário
Spoiler
"Eles afundaram continentes, partiram montanhas ao meio e enlouqueceram a mente das pessoas. É uma tarefa complicada, dizer qual deles é o pior: o antigo ou o novo homem."


O que ocorreu não mais importa, em minha humilde opinião. O fim daquele tempo deu-se devido a problemas da sociedade que nele existia. Por isso, não vejo nenhuma razão em adaptar os métodos governamentais antigos ao nosso novo mundo. Vamos crescer naturalmente, longe dos vestígios do passado.

— Futuro e Adiante, recitado pelo Terceiro Prefeito do Centro



A vida de penúria era complicada. A fome não vinha com tanta frequência, nem o cansaço. Ele sempre se achou mais resistente do que o resto, até um certo ponto. Mas ao fim do dia, todos tinham seus limites, até mesmo ele, a quem se dirigiam pelo nome de Itinerante. Diziam que isso era um título, mas ele não pensava o mesmo. Esse era seu nome, pois ele não se lembrava de outro.

Uma vez, no entanto, pelos cantos de Nova Estirpe bem mais ao sul, um senhor disse a ele que a falta de um nome poderia ser um problema vindouro. Ele concordou com essa afirmação e desde então pensou arduamente em um bom nome, que fosse condizente consigo próprio.

Foi nesse tempo que surgiu a identidade do Itinerante, que dizia se chamar, na verdade, Vorpak. "Quem colocaria um nome desses no filho? Já basta a desgraça de estar vivendo num mundo desses", diziam. Ele não tinha família, pelo que se lembrava. Seu nome original talvez fosse muito melhor. Pensava que nunca descobriria.

Fazia muitos anos desde que pensou em seu nome e já tinha se acostumado a ser chamado por ele. Infelizmente, deu a ele uma reputação infeliz, já que seus métodos de sobrevivência não eram muito usuais. Em uma terra selvagem, ele sentia que deveria ser selvagem. Jamais adotou uma distinta linha de raciocínio.

Era um fim de tarde alaranjado, com um céu parcialmente limpo e algumas estrelas piscando longínquas no espaço. Seus pés caminhavam havia horas e clamavam desesperados por descanso. A areia lhe sujara as botas, piorando o estado do calçado do pé esquerdo, cuja sola estava desbotando e saindo pra fora.

O pé esquerdo da bota tinha um significado interessante, pois refletia perfeitamente o estado de suas vestimentas. Vestia um sobretudo marrom de lã batida, cheio de remendas ao longo das mangas e na parte de trás. Debaixo dele, tinha uma blusa fina e um coldre velho e surrado colocado acima dos ombros, com uma pistola guardada. Suas calças cargo não estavam em um estado tão péssimo quanto seu sobretudo, mas demonstravam sinais de muito uso e estavam bastante sujas.

Luzes piscaram adiante, no único povoado no meio daquele deserto quase inóspito. Uma iluminação vermelha apareceu em cima da torre de vigia e foi rapidamente conduzida até o peito do Itinerante, que estremeceu.

"Quem vem lá?", a voz saiu alta e clara com a ajuda de um microfone.

Vorpak ergueu as mãos para o alto e sentiu uma das alças da sua mochila esticando-se. "Um simples viajante à procura de descanso", gritou.

Um silêncio de poucos segundos. Sentiu o receio incendiar o coração do guarda. "Aproxime-se devagar e abandone qualquer arma que estiver carregando", pediu o homem na torre. Parecia estar permitindo a entrada de Vorpak por pura pena, provavelmente cultivada pelo visual medonho e lastimável que ele trazia.

Vorpak se aproximou lentamente, assim como foi ordenado; seus pés não aguentariam andar depressa nem se fosse necessário. Desabotoou o sobretudo e retirou a pistola descarregada do coldre, colocando-a no chão, sobre a areia. "Isso é tudo o que tenho, senhor."

O povoado não continha nenhuma defesa admirável. Os muros eram amontoados de restos de objetos metálicos porcamente reunidos, que não sobreviveriam nem a um único ataque bem elaborado. Do lado de dentro, algumas casinhas feitas quase do mesmo jeito pareciam tão precárias que Vorpak sentiu que talvez devesse seguir adiante, deixar essas pessoas em paz e evitar ser um incômodo. Mas já era tarde demais para isso.

Sem uma resposta do guarda altivo, o portão, de madeira, começou a se elevar com a ajuda das pessoas do lado de dentro e mais luzes vermelhas apareceram no corpo de Vorpak. Meia dúzia de homens armados, com armas de fogo ou brancas, cercou rapidamente o viajante. "Esvazie a mochila!", vociferou um deles, com uma cicatriz cortando em linha reta o rosto, da testa até o queixo.

"Com todo o respeito, senhor, mas será que não podemos fazer isso longe daqui? Odiaria ter de limpar meus pertences, que já não estão em condições agradáveis." Sorriu, não muito preocupado. Sentiu que, devido a todo o alvoroço causado pela sua chegada, aquelas pessoas não recebiam visitas a um tempo considerável.

"Pegue a mochila dele, Vaerien", disse olhando para um homenzarrão a sua esquerda, de braços imensos e feição brutal. "Vamos verificá-la lá dentro. Venha conosco, viajante. Mas comporte-se." Vorpak alargou o sorriso e acenou com a cabeça, concordando com os termos.

Atravessando o portão, erguido com o uso de alavancas em um sistema simples de roldanas com cabos de aço, Vorpak foi saudado com olhares curiosos e, na maioria das vezes, grosseiros e irritados. As casinhas e as pessoas do povoado eram muito simples e pareciam muito distantes de qualquer assunto do mundo lá fora. Aparentavam estar satisfeitos e felizes, por mais escassos que parecessem estar.

A rua principal — se é que aquilo poderia ser chamado de rua — era cercada por sete casas de amontoados de metal e madeira, sendo uma especialmente maior e com um acabamento mais caprichado. A porta era uma porta de verdade, grande e de ferro, protegida por uma enorme fechadura, que estava aberta. Vorpak foi levado até ela, e sua última visão desse dia foi o crepúsculo brilhante enfeitado pelas estrelas.

Levou uma estocada forte nas costas, sendo arremessado para dentro. Caiu de joelhos sobre um tapete vermelho, rasgado e desbotado. Ele parecia estar ali a tanto tempo que Vorpak o considerou como parte do próprio chão.

O homem da cicatriz parou na frente dele. "Você veio de qual direção? É raro ver viajantes passar por essas bandas e, mesmo quando o fazem, não costumamos deixá-los entrar."

Algumas pessoas se retiraram, sobrando apenas duas.

"Fico feliz em ser uma exceção, visto que me deixaram entrar. Respondendo a sua pergunta: eu vim do leste."

Os olhos do homem se arregalaram e ele pareceu, repentinamente, estar muito mais vivo do que realmente estava. "Do leste? De onde, do leste?"

"Da Nascente, senhor. Perto dos Montes Nublados." Seus olhos fitavam a ponta do rifle que o homem tinha em mãos, apontado bem nos seus peitos.

O rosto do homem estava cheio de indagações, que ele não segurou: "Como vão as coisas por lá? O Conselho permanece vivo? Ainda guerreiam com o Centro?"

Vorpak assentiu duas vezes.

"Sim, estão em guerra com o Centro, por isso eu parti. Sim, o Conselho permanece vivo, e o pessoal na cidade continua como sempre foi: estúpido. Então, acho que as coisas por lá vão mal, provavelmente da mesma forma como iam da última vez que você esteve lá."

O homem desviou o rifle dos peitos de Vorpak e sentou-se em uma das caixas — aparentemente tudo o que havia no local eram caixas — e apoiou o cotovelo na coxa.

"Você não precisa saber dos meus negócios por lá, mas agradeço que tenha cooperado. Agora, se quiser, pode ficar, mas só por uma noite. Encontrou alguma coisa na mochila, Vaerien?", perguntou. O homenzarrão havia revirado todos os pertences da mochila de Vorpak sobre uma caixa no canto do aposento. Na realidade, ela não tinha nada de valor. Carregava um caderno de anotações e duas canetas azuis, um saco de sementes comestíveis, um cartão de numerários, duas garrafas térmicas vazias, um pão duro enrolado em pano de seda, isqueiro e maço de cigarros carimbado com o emblema da Nascente.

"Nada perigoso, Lane. Você realmente está duro, amigo", disse Vaerien, remexendo os pertences. "Vamos encher suas garrafas e lhe dar alguma coisa para comer, por suas informações."

Vorpak sorriu. "Obrigado. A propósito, meu nome é Vorpak. É um prazer conhecê-los, pessoas tão boas em uma terra tão dura. Fico impressionado com a vivência de vocês em um lugar desses, tão longe de tudo."

Os dois homens trocaram olhares frios e suspeitos. Vaerien juntou os itens e os colocou de volta na mochila, saindo do estabelecimento. Lane permaneceu onde estava, o rifle postado ao seu lado em outra caixa. Seu dedo estava sobre o gatilho, alisando-o. "Como foi que você conseguiu, Vorpak?"

O Itinerante não entendeu. "O quê?"

"Não se faça de tolo. Você tem noção de quanto tempo caminhou, longe de qualquer civilização, da Nascente até aqui, sozinho, no meio do deserto?"

Novamente, a questão de sua resistência. Perdera a conta de quantas vezes as pessoas notaram esse seu aspecto peculiar, sem compreender. Ele também não compreendia, mas agradecia por tê-lo.

"Uma semana, sendo esperto e evitando os locais perigosos. Eu vivo nessas terras há anos, e digo-lhe, amigo, que não há ninguém que tenha vagado por tanto tempo sem morrer quanto a mim. Muitos duvidam de minha capacidade e sempre indagam a mesma coisa: como isso é possível? A resposta é muito óbvia."

Ele já tinha uma resposta para esses questionamentos. Sempre a usava e nunca falhara.

"É mesmo?", perguntou Lane, duvidoso, enquanto erguia uma das sobrancelhas.

"É mesmo, Lane", confirmou Vorpak. "Tudo se trata de adaptação. Eu me adaptei ao ambiente." Sorriu, mostrando os dentes sujos. Ele adorava essa parte e se esforçava ao máximo para estremecer o ouvinte. "Sou a evolução da raça humana."

Lane franziu a testa e esboçou um sorriso levemente abobado, contrariando o efeito comum que essa frase costumava causar. Acontecia, às vezes.

"Ah. Tudo bem, então. Eu escolherei acreditar nisso", disse Lane, se levantando com o rifle em mãos. "Vaerien virá trazer as suas coisas e mais suprimentos para a sua viagem, que deverá ter início amanhã de manhã. Desculpe, mas não podemos aceitar mais pessoas na cidade."

"Eu entendo. Uma noite é tudo que eu preciso", disse Vorpak. Lane observou um sentido a mais naquela frase, mas não o considerou da forma como devia.

Esse foi o seu maior erro. "Ótimo. Boa noite, Vorpak", disse ele.

"Boa noite."

-

Vorpak foi levado até a torre de vigia, a única construção digna de respeito daquele povoado. Era feita de concreto e revestida com placas de aço inoxidável, estes em um estado incrivelmente bem considerando a idade. No primeiro andar havia um beliche, o qual ficava guardado dentro da parede e só aparecia via comando de voz ou pressionando os botões em um painel digital de um receptor no chão. Vorpak dividiu-o com o primeiro homem que o viu, do alto da torre, ao aproximar-se da cidade. Ele tinha um bom coração e parecia gostar de viver.

Vaerien trouxe de volta a mochila, enquanto Vorpak ainda aguardava no armazém. Ele a abriu e verificou seus pertences, antigos e novos: foi adicionada uma garrafa extra de água, que aceitou com muito agrado, e as outras duas foram reenchidas. Vaerien botou lá dentro mais um maço de cigarros — dessa vez marcado com o símbolo do Centro — que também foi recebido com muito agrado, embora Vorpak tivesse preferência pelos da Nascente. Não que fizesse muita diferença, no final das contas, já que o método para fazê-los era o mesmo. Também ganhou um queijo processado e um pacote cheio de comidas prontas para comer, também chamadas de rações, que duravam uma vida inteira caso continuassem embaladas.

Durante a madrugada, na parte de cima do beliche, Vorpak acordou. Era impossível saber a hora, mas julgou que todos já estivessem dormindo. Deslizou suavemente seu pescoço até a beirada do colchão, para observar o companheiro de quarto. Ele dormia profundamente, mergulhado em sonhos.

Vorpak segurou cuidadosamente o cabo da escada e desceu silenciosamente. Suas botas estavam do outro lado do quarto, junto com as suas meias, gastas e nojentas. Decidiu abandonar as meias, após notar um rasgão irreparável em uma delas.

Caminhou devagar na direção das botas e sentou-se no chão perto delas. Com muita atenção, colocou-as, com um olho sempre atento na direção do beliche iluminado pelo painel digital que saía do receptor ligado ao chão. Arrumado, levantou-se, aproximou-se do homem deitado sem nenhum cuidado e o acordou com seus passos.

Ainda sonolento e piscando os olhos repetidas vezes em meio a um bocejo, Toss perguntou:

"O que está fazendo? Já pretende partir?"

"Sim", respondeu Vorpak, ajoelhando-se ao lado do beliche. Fez um sinal com a mão direita para que o rapaz continuasse deitado. "Porém, preciso de algumas informações antes."

Ele franziu a testa. "Informações?"

Vorpak levou os dedos da mão esquerda para perto do jovem, posicionando o polegar no ponto mais rígido entre o trapézio e o pescoço.

"Pontos vitais e de pressão requerem uma precisão inigualável para serem atingidos. Essa é uma aptidão que tenho orgulho de revelar, quando necessário. Portanto, você deve me responder com educação e cuidado, ou eu acabarei com você com um simples movimento do meu polegar."

Toss engoliu sua própria saliva. Há poucos segundos pretendia se espreguiçar, mas a vontade para isso foi substituída por outra bem mais específica.

"Eu farei o que quiser, pelo amor de Deus."

"Ótimo", disse Vorpak, estalando o pescoço, "pois eu não gostaria de machucá-lo. Diga-me, Toss, onde vocês negociam. Eu não sobreviverei até chegar às terras do oeste, que é para onde estou seguindo, caso eu não possa fazer paradas mais longas."

"Você podia ter perguntado ao Lane...", disse Toss, imediatamente sentindo que cometera um grande erro. "Digo, isso é só informação, não é nada demais."

"Então não desvie da minha pergunta."

Toss engoliu em seco, suas pernas fraquejando por baixo da coberta. Provavelmente nunca vira alguém sendo interrogado. Provavelmente, também, nasceu naquele lugar e nunca viu as belezas que o mundo lá fora pode oferecer; pelo menos àqueles mais espertos.

"Ao norte, a cidade nas montanhas das árvores caídas", informou, tenso.

"Penedo do Norte", arriscou Vorpak. Ele também não conhecia muito bem o norte daquela região, pois viveu grande parte da sua vida vagando nos restos dos oceanos ao sul.

Mas Toss assentiu com a cabeça, afirmando a resposta. "Eles nos dão alimentos, embora nós também produzamos o nosso com as vacas e as galinhas no celeiro."

"Eles dão alimentos? Em troca do quê?", perguntou Vorpak, ignorando as outras informações. Toss temia essa pergunta e não queria respondê-la. Mas, mais do que isso, temia o aviso que recebera no início e se questionava sobre o que aquele dedo faria com seu corpo.

"Em troca de serviço. Eles nunca vêm à cidade, nós é que vamos até eles. Na verdade, não eu, pois Lane diz que sou ainda muito jovem, então não posso falar o que acontece nessas negociações...".

O fogo do inferno, do mais puro vermelho, é o destino da desordem, pois é a última visão daqueles que a espalham.

"Não precisa me falar", disse Vorpak, pensando na frase em sua mente, "eu já sei o que eles fazem. Alguns somem por vários dias, estou errado?"

Toss ficou paralisado por um tempo, encarando o braço do Itinerante.

"Estou errado?", repetiu, em um tom mais grave.

O rapaz pareceu assustar-se. "Não, está certíssimo."

Vorpak pressionou o polegar com força e o garoto soltou um gemido, retomando seu sono. "É claro que estou", murmurou e pôs-se de pé. Descobriu o corpo do pobre coitado e examinou a cama. Nada. Enfiou a mão por debaixo do colchão e o ergueu o máximo que pôde, e a luz fraca da tela digital acentuou um elemento metálico no meio de alguns cartões de numerários. Primeiramente, pegou o objeto de metal, que revelou ser uma pistola de pulso elétrico, mortal a uma distância razoável. Tinha um cartucho cheio, com vinte e cinco projéteis intactos. Guardou-a no coldre, depois lançou a mãos por cima dos três cartões. Puxou a mochila da cama superior e guardou os cartões em um bolsinho na parte inferior, então lançou as alças ao redor dos braços e, por último, roubou um anel com um botão transparente do criado-mudo. Enfiou-o no dedo médio da mão esquerda e retirou-se da torre de vigia.

Lá fora, tudo estava negro e um silêncio mortal e frio assombrava a cidadezinha solitária. As mesmas estrelas do crepúsculo do dia anterior cortavam o céu, acompanhada de muitas outras. Um raio cortou o horizonte ao norte, a direção em que ele pretendia seguir.

Vorpak não era capaz de ver muito, mas sabia em qual direção ficava o Penedo do Norte. Pressionou o anel na parte transparente e uma luz não muito forte, mas suficiente, surgiu para guiar o seu caminho. Seguiu para a direita da torre e atravessou um corredor apertado entre uma casa e outra, desviando de um aglomerado de madeira podre — que não teria visto caso lhe faltasse o anel — e se deparou com o muro porcamente construído. Atirou a mochila por cima dele, que soltou um estrondo macio ao se chocar com a areia. Apoiou em uma das vigas de metal amarrada na horizontal e tentou movê-la com a mão, para averiguar qualquer infortúnio. Felizmente, ela parecia resistente, e se amaldiçoou por ter se esquecido de fazê-lo antes de jogar a mochila. Meteu o pé por cima da viga metálica e saltou por cima do muro, caindo em segurança do outro lado. Quando se virou para trás, imobilizou-se.

"Merda", disse, infeliz.

A mochila havia caído sobre o excremento de alguma criatura. E, para piorar, ele ainda estava fresco, e espalhou-se relativamente bem pelas costas da mochila. Lembrou-se das meias, que abandonou na torre de vigia, que serviriam para limpar aquela bagunça. Infelizmente, ele se precipitou em abandoná-las. Também fez o mesmo ao jogar primeiro a mochila, que nem estava tão pesada.

Abaixou-se perto da mochila e ergueu-a para o alto, as fezes se descolando lentamente do tecido. "Que sorte."[/font][/size]
[close]
fear is the mind-killer