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Capítulo 1

Iniciado por Kvothe, 30/04/2016 às 17:32

30/04/2016 às 17:32 Última edição: 01/05/2016 às 17:58 por Kvothe
 Prólogo de um futuro projeto, caso queiram ver com uma formatação melhor, cliquem aqui.

Capítulo 1 = Aqui

Spoiler

    Dois homens, dentro de um cômodo conversavam. Um, andava de um lado para o outro, trajava roupas simples, tinha os cabelos brancos e uma voz experiente. O outro, olhava fixamente para o espelho, era jovem e bonito, tinha sonhos e ambições.
    A cada passo, o homem mais velho reafirmava a frase: "Faça, se não, ela sofrerá as consequências!". Nada em sua aparência denunciava quem ele era, ou poderia ser.  Mas se olhássemos de perto, poderíamos ver seu olhar frio, prontos para fazer aquilo que fosse para alcançar seus objetivos. Sua maior arma? A lábia.
    — Prometa mais uma vez que se eu fizer, ela ficará segura e eu poderei viver com ela?! —, quis saber o jovem, buscando alguma segurança, alguma garantia. Ele sabia das consequências, nada de bom poderia vir daquele homem, ele sabia. Se ele fizesse, talvez, tudo poderia ocorrer bem; mas ele sabia que estava sendo negligente, que se fizesse, muitos poderiam morrer. Uma decisão difícil, ele tinha.
    — Irei garantir que não façam nada com ela —, prometeu o velho, enquanto se aproximava do jovem. — Agora —, sussurrou em seus ouvidos, — faça! —.
     E então ele escolheu. Entre a promessa que seu amor ficaria bem e a de que ele pudesse salvar muitos, ele escolheu o seu amor. Uma decisão irracional, irresponsável, muitos diriam. Outros, até entenderiam, a dor de ter alguém que se ama desprotegido, ameaçado; à vontade de querer lutar e proteger, e não poder fazer nada.
    O velho sibilou em seus ouvidos uma frase e assim o ordenou que fizesse aquilo.
    O jovem então fez. Frente à frente no espelho, recitou a frase. Seus olhos brilhavam, tremiam, choravam, não de medo, mas de raiva. Raiva de perder tudo aquilo que construiu. Raiva de si, de seus erros e de suas escolhas.
    — Mais alto! — gritou o velho, seus olhos cintilavam, maravilhados. Uma habilidade perigosa, o jovem tinha. E ele sabia disso, se ele não a tinha em mãos, bom, ninguém mais teria, pensou o velho. — Anda, mais alto! —, ordenou.
    O jovem gritou, berrou, chorou. E então uma luz, um clarão e tudo se apagou.
    Somos forjas de nossas memórias, elas definem quem somos. Muitos achariam uma dádiva poder esquecer do passado ou de alguma coisa. Porém, se elas são a nossa base, esquece-las pode ser um erro. O jovem sabia disso, mas ele não hesitou. Necessário ou não se desconstruir e por menor que fosse a verdade dita pelo velho, ele queria protegê-la, tê-la. Assim, o jovem tomou a decisão mais tola de sua vida...
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Texto bastante interessante ahahaha! O que um jovem faz por uma rapariga! Qual será a frase que o velho sussurrou?

Muito bonito, e essa parte em específico é uma tremenda verdade:

"Somos forjas de nossas memórias, elas definem quem somos. Muitos achariam uma dádiva poder esquecer do passado ou de alguma coisa. Porém, se elas são a nossa base, esquece-las pode ser um erro."

Embora esteja tudo muito implícito, o meu interesse na trama continua intacto. Estou bastante curioso com o que virá a seguir, trazendo explicações sobre a ocasião. Tudo em nome da proteção daquele que ama! A posição do jovem não é nada fácil, e adoro esquemas que cogitam decisões complicadas assim.

Espero que traga a continuação!

flw
fear is the mind-killer

@Lima : Vlw hehehehe
@FilipeJF : vlw cara, muito obrigado e também gosto de tramas assim.