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Um homem sem passado

Iniciado por Gabriel_257, 14/01/2013 às 13:55

E aí, pessoal, resolvi postar aqui esta história, que seria do jogo que estou começando a desenvolver. O título é provisório. Sem mais delongas...

Spoiler
   Era uma noite bonita no Deserto de Carthene. Tão bonita, porém o palco para um desastre, que abalou o Reino de Carthene. Foi há 5 anos atrás...
   - Majestade, foi confirmada a presença de 300 rebeldes na redondeza. Eles planejam invadir nosso castelo - informou o General Richard, um mestre em combates e grande estrategista, cuja armadura amarela era desejada por todos os jovens do reino, e sua cicatriz no olho esquerdo e seus cabelos grisalhos provavam sua experiência.
   - Muito bem, e qual é seu plano? - indagou o Rei Alvarios VII, um senhor benevolente que sabia ser cruel na hora certa.
   - Enviar 900 soldados nossos, sendo 400 magos, e 500 combatentes. Assim mostraremos para eles que estão pressionando sua sorte.
   - Se é o que acha certo... o Marquês de Saltiford irá com você. Timothy, por favor chame o ilustre Marquês.
   Timothy, irmão mais velho de Richard, desempenhava uma função tão importante quanto à do seu irmão. Ele era conselheiro real, o braço-direito do rei. Em poucos minutos, o conselheiro volta, e logo em seguida aparece o Marquês de Saltiford.
   Ele era um jovem, ainda tinha 24 anos, e ainda assim era muito importante. Ninguém sabia seu nome real, ele era simplesmente um embaixador do reino de Saltiford, mas pouco se sabia além disso. Usando uma elegante roupa azul, ele se dirigiu ao rei.
   - Vossa Majestade, o que queria? -pergunta o Marquês.
   - O senhor irá acompanhar o General Richard em sua missão de impedir os rebeldes de invadirem nosso castelo. - disse o monarca.
   - Você cuidará da defesa do portão principal com 500 soldados. Isto é, se os invasores conseguirem passar! - completou Richard.
   - Muito bem. Irei fazer o que for preciso para ajudar. - disse o Marquês.
   Marchando firmemente pelo deserto frio na noite, a tropa real se dirigia ao local de preparação dos rebeldes, perto de uma formação rochosa. Estes rebeldes eram contra as leis rígidas impostas na cidade real, e lutavam para mudar o governante. Seu poder aumentou, mas Richard achava que poderia vencê-los sem dificuldades.
   Ao chegar ao local de descanso dos inimigos, Richard declara o avanço de suas tropas. Porém eles foram pegos em uma emboscada, e os 300 rebeldes se revelaram um número muito maior, ultrapassando 10000 homens. Em poucos segundos, a tropa real foi dizimada. Nessa hora, Richard surta. Desesperado, foge do local, e corre até chegar nos portões do castelo.
   - Não... entendo... como pode ser isso?? - ele repetia para si mesmo.
   Notando a presença do General, o Marquês vai falar com ele.
   - O que houve, Richard? Onde estão as tropas? - ele pergunta.
   - Impossível... era impossível esconder 10000 homens naquela pedra!!! Impossível!!! - era tudo que o General conseguia dizer, com o terror estampado em seu rosto.
   - 10000 rebeldes? Não eram só 300? - perguntou o Marquês.
   Nesta hora, uns 300 homens aparecem para atacar os portões do castelo, eram rebeldes. Os 500 soldados de Carthene fizeram um serviço rápido e derrotaram os rebeldes.
   - Richard... eram só 300 inimigos. O que houve lá? - pergunta o Marquês.
   O General estava mudo, mas continuava com sua expressão de terror no rosto. 2 soldados conduziram ele até os aposentos reais, e ele foi convocado para a sala do trono, para uma audiência com o Rei.
   Assim que Richard chegou na sala do trono, os portões se trancaram. Dentro da sala, estavam apenas ele, Alvarios VII, Timothy e o Marquês, além de 2 soldados para guardar a sala do lado de dentro.
   - Primeiramente, gostaria de agradecer a sua ajuda, Marquês. Fez um bom serviço ao derrotar aqueles rebeldes. - iniciou o rei.
   - Ora, não foi nada, Majestade. Afinal, estávamos em maior número. - respondeu o Marquês.
   - Mas parece que tem gente idiota o suficiente para perder com muito mais soldados. Como você explica isso, Richard??? - disse Alvarios, desta vez irritado, cada palavra soando como um trovão.
   - Mas eram dez mil!!! - disse Richard se defendendo.
   - Cale-se! Você é uma vergonha para este reino!!! - replica o rei.
   - EU JÁ NÃO SOFRI O BASTANTE???? - grita o General.
   Toda a sala fica em silêncio. Ele continua a falar.
   - Minha... minha esposa estava lá!!! Eu perdi a mulher que eu amava!!
   - VOCÊ NÃO É O ÚNICO!!!
   Todos se voltaram para Timothy.
   - Incompetente! Minha esposa também era uma maga! A perda de sua esposa serve de punição para sua incompetência! Agora pague pelas vidas das outras 899 pessoas que estavam lá, sendo esquartejadas por uns rebeldes imundos, por sua culpa!!!!!!!!!
   A sala volta a ficar quieta. Alvarios quebra o silêncio.
   - Basta! Não podemos deixar este idiota num posto tão importante como este! Richard! De hoje em diante, será um escravo deste castelo, até a sua morte!!!!!! - declarou o monarca.
   O agora ex-general Richard fica de joelhos, e começa a chorar. Nesta hora, o pequeno Keith, filho de Richard, invade o salão.
   - Pai! - gritou o garoto.
   - Keith! Você... - começou Richard.
   - Pai! Você... você matou a mamãe! Eu te odeio!
   Nisso o garoto saiu correndo. O pai aflito foi correndo atrás dele, mas quando viu, seu filho já havia sumido pelo deserto afora. Soldados vieram, e arrancaram sua armadura, depois o espancaram, e no fim eles o acorrentaram, e jogaram ele em uma masmorra, seu novo lar pelo resto da vida, destinado a sair de lá apenas para realizar as mais imundas e degradantes tarefas. Perdendo sua família, seu cargo, sua honra e seu lar, Richard havia perdido tudo o que ele possuía.
   2 anos depois...
   Tudo corria bem em Carthene depois daquele dia. Os soldados perdidos foram eventualmente repostos. Os rebeldes não atacaram mais. Todos estavam felizes - todos, exceto Richard, é claro, mas ele já havia ficado louco nesses dois anos de trabalho escravo - eis que, durante uma das visitas de Timothy à cela de seu irmão, ele lhe conta uma coisa:
   - Sabe, Richard, acho que você já cumpriu o que deveria. Infelizmente o rei não concorda comigo. Então eu poderia te ajudar a provar sua lealdade à ele. O que acha?
   O escravo balançou a cabeça euforicamente, concordando.
   - Certo, tem um bandido querendo invadir a sala do trono. Que tal matá-lo para impressionar o rei?
   Richard mostrou um sorriso de orelha a orelha. Seu irmão lhe tirou da masmorra, e lhe deu uma espada.
    - Agora corra até a sala do trono! Provavelmente ele estará sentado no trono, fingindo que é um rei, mas não deixe ele te enganar! Mate-o sem dó nem piedade! - instruiu-lhe Timothy.
   Richard disparou para a sala do trono. Corria feito um doido. Num golpe selvagem derruba os dois guardas da sala do trono, e invade o local. Rapidamente, o louco ataca o rei Alvarios sem deixar o nobre reagir ou chamar os guardas. Ele crava a espada no corpo do rei, o matando. Nesta hora, Timothy invade o salão com vários guardas, e o conselheiro gritava:
   - Ali! Ele matou o rei!!! Traidor! Traidor!
   Os guardas o cercaram, e Timothy começou a ficar histérico:
   - Não, não, não!!! E agora, como teremos um reino sem um rei!!! É culpa sua! Richard! Eu... eu me envergonho de possuir o mesmo sangue que um verme traidor como você!!!!!! - dizia ele andando de um lado pro outro.
   - Segundo as normas que Alvarios deixou, o trono seria do... conselheiro real. - disse o Marquês, chegando no local.
   - Eu... não posso!!! Eu não posso assumir o trono e ficar no lugar do honroso Alvarios!!! - dizia Timothy.
   - Não, senhor conselheiro! O senhor seria um ótimo governante! - disse um dos guardas.
   - Muito bem... se o rei deixou esse documento, então irei cumprir a vontade dele! E governar esta terra com dignidade e sabedoria! - disse Timothy.
   - Entendo... - disse o Marquês.
   - Minha primeira ordem será... cortar a cabeça de Richard!!!!!!!
   - EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE! VIVA O REI TIMOTHY!!!!! - comemoravam os guardas ali presentes.
   No dia seguinte, o povo de Carthene foi convocado ao castelo. Da sacada, Timothy acenava para o povo enquanto era coroado o novo rei daquela terra. Após isso, ele desceu para acompanhar a decapitação de Richard, que foi um sucesso. Neste dia também foi apresentado o novo conselheiro real, Walter, que Timothy dizia ser um grande amigo que salvou sua vida na juventude. Um mês depois, Timothy se casa com Georgia, uma senhora que trabalhava como camareira no castelo. O povo também estava feliz com seu novo rei, apesar de Timothy ser extremamente militarista. Após dois meses, o rei declara uma guerra contra as nações próximas, incluindo Saltiford. Naquela mesma noite, o Marquês invade o salão real, que estava sendo iluminado por algumas poucas velas.
   - Timothy, você está louco? Por quê quer atacar Saltiford, se nós não atacamos Carthene? - ele pergunta indignado.
   O rei fica calado. Walter responde por ele.
   - Não lhe devemos explicações. - disse o conselheiro.
   - Sendo assim, minha missão de embaixador acaba aqui. - replicou o Marquês, sacando sua espada.
   Em um movimento estranho, o Marquês é empurrado por uma força psíquica. Seu corpo estava imobilizado.
   - O que é isto? Você me deve uma explicação, Walter!
   - Você nos deve sua vida.
   - Ora, cale-se!
   Eis que o Marquês se solta do comando psíquico do conselheiro, e o corta com sua espada. Ele então aproveita esse momento para fugir pela janela. Se mostrando muito ágil, ele se agarra nos adornos da parede do castelo para chegar ao chão.
   Quando ele ia sair dos portões do castelo, guardas o cercaram e o atacaram, o deixando inconsciente. Como estes acharam que mataram o Marquês, o levaram ao meio do deserto e o abandonaram.
   Após dois dias ele foi encontrado e levado à um vilarejo próximo, e as pessoas, notando que ele era o Marquês, cuidaram dele. Por um mês inteiro ele ficou desacordado, mas quando ele acordou, o povo do vilarejo contou que ele havia sido declarado morto pelo Rei Timothy.
   Assim, o Marquês de Saltiford não existia mais. Ele era um homem sem passado.
[close]

Citar-Minha primeira ordem será... cortar a cabeça de Richard!!!!!!!
Coitadinho do Richard.  :T.T:
Enfim, pra falar a verdade, eu não li todo o tópico e também, não sou a melhor pessoa do mundo para avaliar algo do tipo. Fui apenas vendo algumas partes, e conclui que está muito bom! Parabéns. (Só acho que podia colocar menos pontos de exclamação: "!". Claro, penso que isso sinaliza que a pessoa está falando forte  ou gritando, mas eu acho "estranho" muitos pontos de exclamação em uma frase!  :¬¬:)

Obrigado por comentar!
O "excesso" de pontos de exclamação no texto serve justamente para indicar que alguém está falando forte, como você disse.

See ya!  :XD: