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História sem nome, somente para avaliação da narrativa.

Iniciado por LoboShow, 14/01/2013 às 15:55

Notas
Então pessoal, eu já não escrevia a algum tempo, comecei essa "história" quando tinha faltado luz aqui em casa, então peguei uma caneta uma folha qualquer e comecei a escrever.  Tentei esse novo tipo de história, uma narrativa do ponto de vista do personagem.  A minha ideia mesmo é criar algo grande, possivelmente um livro que conta a história do personagem abaixo - ainda não é revelado o seu nome.  A história em si é sobre o personagem narrando as aventuras da sua vida, então envolvem as narrações do presente (com o personagem dando a sua opinião e descrição sobre certas coisas) e narrações do passado (onde o personagem conta o seu passado).  Resolvi juntar essas duas narrações na história para ver no que ia dar, então peço que avaliem somente o modo de narração e o meu modo de escrita - já que a história está pequena mesmo.
Agradeço desde já.

A História Sem nome (ainda lol)
Spoiler
  Era tudo muito novo para mim.  Como, em um único lugar, poderia haver tanto barulho? Nunca tinha entrado em uma taverna antes, achei que os meus ouvidos fossem sangrar.  Me encostei na parede lentamente, fechava os olhos quando fui derrubado.  Bati com força no chão.  Com pouco de dor, levantava já procurando o maldito bêbado que havia me derrubado.  Mas ele não estava lá.  Nada estava lá.  Os copos estavam cheios no balcão.  O baú de cerveja desperdiçava tudo com a pequena torneira aberta.
  - Mas o que... - Falei para mim mesmo enquanto coçava a cabeça.  Aquilo não era nada normal.  Muito pelo contrário, poderia ser algum caso de magia, das mesmas que foram explicadas na escola. - Bom, não é hora para pânic...
  Fui interrompido, odeio quando isso acontece, por um som de passos leves e devagar, que vinham atrás de mim.  Não vou mentir, então confesso que fiquei apavorado naquele instante.  Eu estava muito vulnerável: desarmado, sozinho e de costas para o suposto inimigo/oponente.  Quer mais facilidade ou já está de bom tamanho?
  - O que um frágil Kemono faz por essas redondezas? - A voz parecia ser de uma mulher, era muito penetrante e ao mesmo tempo acolhedora. - Acho que está um pouco longe de casa, não está?
  - Eu moro aqui.  Estou procurando o meu jantar para hoje à noite... - Menti.  Tinha lembrado de ter lido em um livro sobre uma tal mentira que havia salvado a pele de um pobre humano.  Eu tinha que arriscar. - Nessa taverna tem muitas presas fáceis.
  - Então estou correndo muito perigo, não é Kemono canibal? - Ela tirava sarro de mim, notei pela sua voz.  Eu estava muito curioso para saber quem seria, talvez pudesse me virar lentamente, já que nenhum sinal de ameaça era visto por ambos os lados.
- Sim, você corre grande... - Assim que me virei totalmente, tudo estava lá.  A música retornará, o barulho ensurdecedor que dos malditos bêbados tomava todo o local.  Aquilo já estava estranho demais.  Como poderia ter acontecido algo assim? E por quê?

  A cidade de Analaímo.  Casa grandes de tijolos de barro amarelo.  Poucas pessoas caminhavam pelas ruas a noite.  Os policiais locais olhavam de cara feia para qualquer um que lhes encarasse.  Nos becos mais escuros, lembro de ver pessoas dormindo, me perguntava por que não estavam em suas casas.  O céu negro e a falta de iluminação da cidade contribuia para deixar qualquer um cego em certos lugares.  Naquele momento eu era um Kemono sem rumo, sem nome e sem objetivos.
  Analaímo sempre foi uma cidade muito agitada.  Até os dias de hoje, duas principais facções comandam a cidade: os Sem-Sombra e os Nálamos.  Os Sem-Sombra são ladrões cruéis que não tem medo de matar ninguém para continuar no anonimato.  No tempo que eu estava na cidade, os ladrões não eram muito conhecidos, quase ninguém conhecia o nome "Sem-Sombra".
- Se eu fosse você, não faria movimentos bruscos, jovem. - Droga, pensei.  Era a segunda encrenca que eu me metia na cidade na mesma noite.  Só que essa parecia mesmo ser real, sim, concerteza aquela lâmina que eu sentia na nuca era real.
- Não tenho nada para lhe oferecer. - Respondi à ameaça.  Foi nessa hora que passei a pensar no modo que educavam nós Kemonos no vilarejo.  Eu não sabia nenhum modo de defesa, não sabia nem como agir em uma situação daquelas.
  O suposto ladrão colocou a mão em um dos meus bolsos e não encontrou absolutamente nada.  O mesmo com os outros bolsos.  Senti que o rapaz estava começando a ficar irritado com a situação.  Então corri.  Por sorte havia um beco com pouca iluminação a frente.  Mesmo eu correndo com extrema rapidez, o maldito ainda estava na minha cola.  Nunca vi uma cidade com tantos becos na minha vida.  Eram tantos que eu já estava perdido.  E por um movimento em falso, tropecei.  Cai sobre algumas tralhas no chão.  O maldito ladrão pulou com extrema agilidade fincando a adaga nas minhas costas.  Aquela dor foi a primeira de muitas que viriam a seguir.  Fui largado para morrer naquele beco imundo.  Mais um Kemono que morria, que novidade.
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Avaliem, por favor.  Estou querendo melhorar cada vez mais e criticas construtivas irão me ajudar nisso.

Cara...
Muito confuso xD

Já vi isso em terceira pessoa, como por exemplo, em As Crônicas de Gelo e Fogo. Funcionou muito bem e acho que você não merece ouvir que ficou ruim (talvez não ainda), pois acho que primeiro você deve tentar aperfeiçoar essa técnica e então mostrar de novo. Pareceu que foi por falta de prática (afinal, é algo novo que você está tentando).

O tópico só tem 15 dias, então imagino que você ainda esteja com esse projeto em prática. Revise seus textos, escolha o melhor trecho e mostre um bom exemplo de como essa técnica tem valor.

Cara, posso ser sincero?

Gostei!!

Não vou avaliar a estória por claramente estar incompleta e faltarem muitas explicações, como o que o personagem fazia na cidade. Isso é coisa para se fazer com um texto completo.

Mas você escreve bem.

A única coisa que eu posso falar é: Como a estória será contada tanto em primeira pessoa como em terceira pessoa, é preciso dar uma atenção especial aos trechos em primeira pessoa.

Isso porque nestas partes, ele provavelmente estará contando a história a outro personagem, ou até mesmo ao leitor, que neste caso não deixa de ser também, um personagem.
Mas estes trechos precisam ter começo, meio e fim. Como uma mini estória dentro da trama visando explicar detalhes do passado que possuem relevância no tempo presente. São os famosos "flashbacks".

Mas sendo o objetivo, a avaliação da escrita. Ponto positivo.

Continue escrevendo e nos traga mais material.

O diário de Kalyn - Maedro
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  Dorogar: Então cara, nunca li nem sei nada sobre esse tal de "As Crônicas de Gelo e Fogo". xD  Bom, vou tentar is me aperfeiçoando, mas ainda sim vou continuar com esse modo de escrita.  Vou ver o "que está confuso" ali para arrumar.  Obrigado pelo comentário, cara!

  Fittsherck: Entendi o que você quis dizer, eu estava pensando nisso mesmo.  Como a maldita falta de tempo faz parte de nossas vidas, tive que dar uma parada em me dedicar essa história, mas assim que possível vou retomar ela.  E realmente o texto completo está mais explicativo, vou deixar para postar de novo só quando tiver algo mais completo e explicativo para postar.  Obrigado pelo seu comentário!

Fiquei bem curioso quanto ao que você escreveu, lobozero, e felizmente não é menos que eu esperava de você. A questão técnica me agradou, só acho que faltou interpretar melhor o personagem, deixar a visão de tudo ao seu olhar e em momentos, ele mencionar que sentia um cheiro ruim ou que seu corpo estava tenso. Não que isso tenha ficado ruim, mas acho que talvez pudesse deixar a leitura um pouco mais imersiva - o que já é difícil.

Acabei imaginando o personagem como um hobbit devido ao fato de ser "inocente" como uma criança apesar de ser mais velho, no mais, aguardo para ver como vai terminar essa história.
To Die Is To Find Out If Humanity Ever Conquers Death

  Obrigado pelo comentário, B.loder.

  Realmente, vou ver se consigo dar essa "algo a mais" que voce mencionou para o personagem.

  E ele e um Kemono lobo.  Os kemono são animais antropomórficos — ou seja, com características humanas. São bichos de várias espécies (a maioria, mamíferos) que andam, falam e agem como humanos.  Cada espécie de Kemono tem o seu povo e o seu modo de viver.  Tudo será explicado no decorrer da história, as raças, lendas, e tudo o mais.

  Obrigado pelo comentário novamente. ^^

Saudações cordiais!

Rapaz, li algumas vezes seu texto. Gostei dele. Não vi problemas tão graves que não possam ser corrigidos e algumas passagens melhoradas.

Com relação ao estilo narrativo, foi bem articulado. E não entrega "tudo pronto" para o leitor, fazendo com que ele tenha que ler atentamente, não apenas decodificar.

Mas eu daria atenção especial ao trecho:

A cidade de Analaímo.  Casa grandes de tijolos de barro amarelo.  Poucas pessoas caminhavam pelas ruas a noite.  Os policiais locais olhavam de cara feia para qualquer um que lhes encarasse.  Nos becos mais escuros, lembro de ver pessoas dormindo, me perguntava por que não estavam em suas casas.  O céu negro e a falta de iluminação da cidade contribuia para deixar qualquer um cego em certos lugares.  Naquele momento eu era um Kemono sem rumo, sem nome e sem objetivos.

Parece destoar um pouco da proposta inicial. A descrição foi muito "seca".

[Casas grandes de tijolos de barro amarelo].

Veja este exemplo:

[As casas, áureas, pareciam refletir o intenso amarelo do sol, como se cada um dos tijolos de barro amarelado fosse um pequeno astro luminoso.]

A linguagem se aproxima mais do poético, entende.

No mais, continue empregando seu potencial criativo, que teremos uma bela história.

Sucesso!

  Opa, valeu Brittus.

Realmente ainda tenho que melhorar as minhas "descrições", talvez na hora tenha me faltado criatividade para descrever, mas vou evitar ao máximo que isso ocorra novamente.  Mais uma vez obrigado pelo comentário!

Gostei do seu texto, achei bem escrito. Algumas coisinhas meio estranhas, mas bom.

Falaram das Crônicas de Gelo e Fogo, você deve conhecer a série que é baseada nela, Game of Thrones. Realmente lembra um pouco, mas achei seu texto mais similar a A Crônica do Matador do Rei, o primeiro livro se chama O Nome do Vento, recomendo ler se pretende seguir essa ideia. No livro nós temos o personagem no presente (do mundo que ele vive) contando sua história - ou seja, o passado - para o Cronista. Então quando está no passado é em primeira pessoa com ele contando os pensamentos dele na época (o passado) e a opinião dele daquilo agora (no presente). Enquanto quando mostra o presente (onde ele está contando a  história) vai para terceira pessoa.

Não sei se deu para entender bem, mas seu texto me lembrou isso.
Conheçam meu blog: Get a Life

"Talvez o certo para você é o errado para mim . Claro, cada um é cada um,
ninguém é igual a ninguém. Não vai ser por isso que vamos nos desentender.
Duas pessoas discutirem e não chegarem a uma conclusão igual,
é a melhor prova de que cada ser humano tem o seu valor e identidade própria."
Raul Seixas

  Opa, obrigado pelo comentário, Kris Wanuagata.

  Conhecer a série Game of Thrones eu conheço de nome mesmo, pois nunca assisti sequer um episódio.  E já estou baixando o livro que me recomendou, assim que possível vou dar uma lida nele.

  Eu entendi bem a sua explicação de passado-presente.  Eu pretendo usar somente a primeira pessoa, seja para passado ou presente.  Então ainda tenho que organizar umas coisas, inserir outras para assim continuar escrevendo.

  No mais, obrigado pelo seu comentário.