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Projeto da Semana

Iniciado por Sotelie, 02/10/2017 às 17:11

Projeto da Semana #32


O projeto selecionado foi Ekorella, criado no  RPG Maker VX Ace por Alexrockmaker.



[box2 class=cat_bar title=Enredo: 6]
Por Corvo: Universo interessante. Eu diria que a narrativa está no caminho certo, não jogando informações ao relento só pra mostrar que elas existem. Porém, o ritmo é muito rápido. No início o jogador é obrigado a encontrar um objetivo por si mesmo, explorando os mapas iniciais. Depois a trama continua o forçando a explorar, e o jogador até se esquece de quem é o protagonista do jogo. Falo mais sobre isso abaixo, mas em suma temos o típico problema de um universo ser mais atraente do que a história a ser contada.
[/box2]

[box2 class=cat_bar title=Personagens: 6]
Por Corvo: Personagens interessantes. Possuem traços bem definidos, até mesmo jargões típicos de RPGs clássicos. São apresentados de forma bem natural - em maioria. Porém, nada disso se aplica ao protagonista. Um dos problemas do uso de personagens calados é que o risco de eles se tornarem inúteis é muito grande.

Aqui temos um exemplo perfeito disso. Façamos um exercício e troquemos o protagonista por um dos NPCs-Pato. O jogo segue normalmente e o jogador sequer notará diferença. Tanto o protagonista quanto o irmão deste - se me permitem o spoiler - são completa e absolutamente irrelevantes. Ao menos pelo que a demonstração nos mostra. Minha dica nestes casos é responder à seguinte pergunta: por que este personagem merecer ser o protagonista? Por que contar a história dele e não a do NPC dono da loja?
[/box2]

[box2 class=cat_bar title=Mapeamento: 7]
Por Corvo:  Os mapas são muito bonitos graças aos recursos usados, porém não há muito o que dizer deles. Cumprem seu papel, não são excepcionais mas também não são ruins.
[/box2]

[box2 class=cat_bar title=Interface: 5]
Por Corvo: Por um lado temos gráficos originais para os mapas, personagens, inimigos e fundos de batalha. São excelentes pontos, mas criam uma certa expectativa no jogador. Expectativa esta que, lamento dizer, rolará morro abaixo ao vermos que os gráficos mais simples, diria até básicos, foram esquecidos. É o caso da windowskin e do design dos menus. Espero que tenham sido deixados de lado para acelerar a demonstração, pois quando se altera totalmente as imagens mais complicadas, é de se estranhar que as mais simples passem direto.
[/box2]

[box2 class=cat_bar title=Jogabilidade: 4]
Por Corvo: Com toda certeza o foco do jogo não é a jogabilidade. Isto é um problema grave, pois não existe enredo no mundo que segure um jogo entediante. Neste projeto o jogador é forçado - literalmente - a explorar os mapas até encontrar um objetivo. Batalhas, coleta de itens e o de sempre.
[/box2]

[box2 class=cat_bar title=Trilha Sonora: 3]
Por Corvo: Como de praxe, dos sessenta MB do projeto, cinquenta e cinco estão na pasta de áudio. Particularmente eu gosto bastante das trilhas do RM 2000, 2003 e até algumas do XP. Mas não existe nada melhor para quebrar a imersão em uma narrativa que o RTP do VX/Ace. Não se encaixam em nada e são extremamente característicos, fáceis de reconhecer.
[/box2]

[box2 class=cat_bar title=Nota Geral: 5]
Por Corvo: É um bom projeto. O uso de recursos originais e a remoção da dependência do RTP mostram que o autor está no caminho certo. Polindo aqui e ajustando ali, o jogo tem grande potencial.
[/box2]



Dadas as avaliações, o projeto foi classificado como RANK C!
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26/12/2018 às 01:23 #46 Última edição: 26/12/2018 às 01:48 por Alexrockmaker
Opa, é uma honra ter sido selecionado para projeto da semana!

Obrigado, Corvo, pelo feedback sobre meu projeto!

Tem dois pontos que eu queria falar sobre, que é a questão da música e do layout dos menus: O problema da música é que talvez eu tenha que usar um pacote diferente do RTP, de fato, pois nessa parte eu tive severas limitações por não contar com trilha sonora original, inclusive algo que já foi pontuado também em um feedback que tive no gamejolt. Estou pensando em procurar alguém para compor a trilha e melhorar nesse ponto, que eu já vi que é deficiente pelas razões que você corretamente apontou.
Sobre o Layout de Menus infelizmente eu não tenho ideia do que fazer, na verdade eu queria poder modificá-lo, e acho que assim como a música eu preciso recrutar alguém que faça essa personalização dos menus para o projeto.

Esse é meu primeiro projeto publicado, e é a primeira vez que eu estou tendo que organizar um roteiro, a arte do jogo surgiu primeiro que a narrativa propriamente dita, talvez explique os problemas que você apontou nesse aspecto. Porém vou trabalhar para corrigir e polir melhor o jogo, pois você me deu a visão de problemas e melhorias potenciais que eu não havia visto por estar do "lado de dentro". Muito obrigado novamente!

Sobre a questão da jogabilidade vou avaliar como deixar o jogo onde o usuário tenha que fazer um trabalho de exploração sem que isso fique tão exaustivo!

Agradeço de novo e quem puder dar um feedback com a sua experiência eu ficaria muito feliz, tanto para me dar ânimo para seguir com o projeto quanto para dar sugestões de melhoria!

Edit 1: Corrigir erros de digitação
Em quase qualquer lugar esse é meu nickname

Projeto da Semana #33


O projeto selecionado foi Peter Quest, criado no  RPG Maker MV por SoyeR.



[box2 class=cat_bar title=Enredo: 4]
Por Corvo: O foco do projeto evidentemente não é o enredo, logo este possui o único objetivo de apresentar motivos para que o jogo aconteça. Não há muito o que comentar sobre ele exceto que, em casos como este, você não precisa de enredo nenhum, literalmente. É isso mesmo, você pode simplesmente começar o jogo no mapa inicial, dizer ao jogador "colete todos itens" ou algo do tipo e pronto. Menos trabalho no desenvolvimento, menos chances de deixar lacunas em aberto no futuro e, consequentemente, menos gastos envolvido.

Mas preciso frisar que uma historinha é sempre legal.
[/box2]

[box2 class=cat_bar title=Personagens: 5]
Por Corvo: Os personagens seriam extremamente importantes se influenciassem diretamente a jogabilidade. Por exemplo, personagens com habilidades específicas e/ou movimentos próprios. Segundo o autor do jogo isto está em seus planos, então é um ponto positivo. Porém, na demonstração os personagens são irrelevantes. O enredo prepara o terreno para o que poderia ser qualquer imagem andando pelo mapa. Mas, repito, o foco do jogo não é o enredo. O personagem é só uma imagem andando pelo mapa porque é isso mesmo que ele deveria ser, teoricamente.
[/box2]

[box2 class=cat_bar title=Mapeamento: 4]
Por Corvo:  Aqui eu esperava mais. O estilo dos mapas está diretamente ligado à jogabilidade do mesmo, logos todos eles serão quadrados e retos, como o RTP. Felizmente, esse estilo permite ao autor um investimento medonho no visual do jogo. Uma vez que todos os mapas possuem o mesmo tamanho, não seria exagero esperar por cenários em peças inteiras. Isso mesmo, cada mapa feito por parallax usando uma imagem única. O resultado seria excelente, se as artes fossem feitas com o devido cuidado.

Na demonstração temos dois tipos de mapas: os com RTP que, apesar de sem graça, cumprem o papel, e os com um pacote gráfico externo. Este último usa uma perspectiva impossível que força todos os mapas a terem um terreno redondo, colocando os objetos em desarmonia com as paredes e com os personagens. Funciona, os tiles são individualmente bem bonitos, mas em mapas que podem ser vistos inteiramente em uma tela, é bastante estranho.
[/box2]

[box2 class=cat_bar title=Interface: 2]
Por Corvo: Tela de título em estilos variados, HUD pixelada, ícones e tiles em design. Precisamos de um pouco de harmonia por aqui.
[/box2]

[box2 class=cat_bar title=Jogabilidade: 7]
Por Corvo: O ponto forte do jogo, sem dúvida. Inicialmente pode parecer um simples Pacman, talvez seja isso o que o torna interessante. A jogabilidade é a mesma do clássico, mas com elementos mais complexos que tornam o jogo um RPG como habilidades, itens diversos e um sisteminha de batalha travado, mas bem simpático.
[/box2]

[box2 class=cat_bar title=Trilha Sonora: 0]
Por Corvo: Não há trilha sonora. Os arquivos da pasta de áudio são efeitos sonoros e efeitos musicais do próprio RPG Maker MV. Maior parte deles não é utilizada, então se as músicas não foram incluídas para salvar espaço, faltou limpar as outras pastas com estes arquivos.
[/box2]

[box2 class=cat_bar title=Nota Geral: 3.5]
Por Corvo: Entendo que o jogo foi iniciado às pressas para o evento, é um motivo razoável para os diversos pontos citados aqui. Entretanto, quando afirmo que o jogo tem potencial isso depende exclusivamente do cuidado durante o desenvolvimento. Terminada a competição, é hora de ter calma, planejar tudo e colocar a mão na obra.
[/box2]



Dadas as avaliações, o projeto foi classificado como RANK D!
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Projeto da Semana #34


O projeto selecionado foi Arch Ultra, criado no  RPG Maker VX Ace por manpaint.



[box2 class=cat_bar title=Enredo: 4]
Por Corvo: Esta avaliação foi feita com base na demonstração disponível no dia 01/01/2018. O autor planeja lançar uma atualização no dia quatorze deste mesmo mês. Caso você jogue a versão atualizada, o conteúdo pode diferir do que foi avaliado aqui.

O enredo é no mínimo interessante, todas as distopias são. Porém, não me parece que o autor tenha muito controle sobre a narrativa. O ritmo é muito acelerado, as cenas se desenrolam sem que o jogador tenha tempo para assimilar nada. É possível entender o básico, a essência propriamente dita, mas alguns detalhes relevantes sequer ficam subentendidos.

Como sempre digo, um início não é o lugar para segredos nem mistérios, é para dizer sobre o que é a sua história.

Outro problema são os infodumps. O jogador é literalmente obrigado a ler alguns textos para prosseguir no jogo. Informações importantes devem ser transmitidas suavemente, não como obstáculos a serem vencidos.
[/box2]

[box2 class=cat_bar title=Personagens: 2]
Por Corvo: O item acima afeta diretamente este. Não é possível conhecer os personagens em tão pouco tempo, menos ainda criar alguma empatia para com os mesmos. O grande problema é que isso torna impossível dizer o quanto os personagens são bons ou ruins, eles simplesmente não são apresentados da forma correta.
[/box2]

[box2 class=cat_bar title=Mapeamento: 5]
Por Corvo:  Como dito abaixo, o visual do jogo é totalmente original. O estilo gráfico adotado permitiu que o autor criasse mapas bem abertos, mas sem dar a sensação de vazio. A passabilidade foi prejudicada, de fato, mas os cenários não deixam de ter sua beleza.
[/box2]

[box2 class=cat_bar title=Interface: 4]
Por Corvo: Visualmente o jogo é bastante harmônico. O menu é interessante, possui todas as informações importantes em uma tela e seu design é bem harmônico. Entretanto, o autor se esqueceu de bloquear a movimentação e o personagem se mexe conforme utilizamos o mouse. Para bem dizer todo o menu é bugado. O jogador pode não só se mover com ele aberto, mas interagir com objetos e NPCs.

Quanto à tela de título e demais interfaces, cumprem seus papeis. O menu de opções possui erros similares aos do menu principal, ressalto.
[/box2]

[box2 class=cat_bar title=Jogabilidade: 4]
Por Corvo: Exploração, coleta de itens e semelhantes. Assim resumimos Arch Ultra. Há um sistema de batalha simples, mas nota-se que o foco é o enredo. Infelizmente, nesta demonstração, praticamente todos os sistemas do jogo possuem erros de algum tipo.
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[box2 class=cat_bar title=Trilha Sonora: 2]
Por Corvo: De 229MB de jogo, 178 estão na pasta de áudio, quem diria? O grande problema é que, durante o jogo, as faixas ficaram extremamente baixas. As músicas estão quase imperceptíveis e os efeitos sonoros estão no volume normal. Isso faz com que você não possa aumentar o volume sem que o cursor sangre seus tímpanos.
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[box2 class=cat_bar title=Nota Geral: 3.5]
Por Corvo: 229MB é um tamanho considerável mesmo para jogos com recursos originais. Isso tratando-se de RPG Maker, claro. Porém, é um projeto bastante promissor. Apenas o fato de ter seus próprios recursos é algo a ser parabenizado. Só podemos aguardar a nova demonstração e torcer para que todos os problemas tenham sido corrigidos.
[/box2]



Dadas as avaliações, o projeto foi classificado como RANK D!
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Projeto da Semana #35


O projeto selecionado foi Inkey University, criado no  RPG Maker VX por Uhtred.



[box2 class=cat_bar title=Enredo: 6.5]
Por Corvo: Por mais que seja um bom jogo, não consigo deixar meu preconceito de fora. Inkey me presenteou com um combo: animes + adolescentes + colégios. Se já não conhecesse o jogo de longa data, teria fugido para as colinas mais próximas.

Entretanto, é uma boa narrativa ao seu modo. Há algumas repetições e determinados trechos irrelevantes, como o caminho da cidade inicial até a cidade mais próxima da Universidade. São pequenas cenas que não fazem diferença alguma e podem ser cortadas sem perda de conteúdo.

Mistyrol: Eu me sinto um tanto confuso com o enredo. Apesar de ele demorar um pouco para desenvolver, esse tipo de coisa é algo comum para jogos do gênero então não chega a ser um problema muito grande, mas ao mesmo tempo é um pouco cansativo. O mistério foi uma sacada legal para trazer mais interesse do jogador além das fotos (até porque a gente sabe qual o interesse de quem baixa um jogo desse tipo).
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[box2 class=cat_bar title=Personagens: 4]
Por Corvo: Pelos motivos citados acima, não consigo simpatizar com boa parte dos personagens. Um pouco com a mocinha do início, vivo onde as pessoas também vão pra capital estudar/trabalhar, acabei enxergando nela uma personagem mais palpável que os outros. Veja bem, dado o estilo do jogo eu preciso dizer que não disse apalpável, eu disse palpável.

Por Mistyrol: Uma coisa que me incomoda muito em jogos do tipo é a falta de diversidade dos personagens. Se o protagonista é do sexo masculino, então todos os outros personagens da história serão do sexo feminino e vice-versa. Gostei de ver que isso não acontece em Inkey, mas senti falta de um pouco mais de diversidade. Vejamos bem, o personagem está em uma faculdade e não esbarra com uma pessoa negra, com um homossexual, com ninguém além do típico personagem branco cis gênero e heterossexual. Mas eu sou suspeito para falar porque eu pessoalmente não gosto desse tipo de enredo levemente machista.

Ainda que tenham alguns personagens para o jogador interagir, achei todos eles muito rasos, não consegui me identificar com nenhum deles e achei a personalidade da maioria das garotas muito estereotipada e forçada.
[/box2]

[box2 class=cat_bar title=Mapeamento: 7.5]
Por Corvo:  Bom, não existe mapeamento. Os cenários são imagens fixas e elas cumprem bem seu papel, como era de se esperar. Considerando a ligação dos cenários aqui, nota-se que existe uma boa noção de como as construções estão dispostas, o que vale uma menção honrosa.

Por Mistyrol: Como dito pelo Corvo, não há mapas para serem avaliados mas as imagens dos cenários cumprem muito bem o seu papel. Gostei que todas elas seguem um padrão, normalmente criadores de jogos amadores desse estilo tendem a colocar imagens de artistas diferentes e isso faz perder toda a harmonia da ambientação.
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[box2 class=cat_bar title=Interface: 8.5]
Por Corvo: Aqui não darei nota máxima por um detalhe: a tela de título com as partículas voadoras me deixando tonto, pelos botões das opções da mesma tela, que ficaram um pouco deslocados. E é só isso mesmo, o visual está perfeitamente harmônico, sem excessos. Mas quanto melhor o jogo, menor o número de detalhes para criar uma desculpa qualquer, já falamos sobre isso.  :lol:

Por Mistyrol: Um dos maiores exemplos de que menos é mais. A interface gráfica é bem simples e ao mesmo tempo é bastante atraente ao jogador, as cores ficam harmoniosas e combinam bastante com a identidade visual do jogo. A única coisa que me incomodou foi a parte da tela de título, como já foi citado.
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[box2 class=cat_bar title=Jogabilidade: 8]
Por Corvo: Não me lembrava dessa seleção de faixa etária. Todos nós sabemos qual opção você vai escolher se baixa um Visual Novel Hentai, mas é uma opção curiosa. No mais, a jogabilidade é o que o estilo propõe e permite: transite entre os cenários, interaja com os personagens e complete sua galeria.

Por Mistyol: Cumpre bem com a proposta. Visual novel raramente apresenta alguma jogabilidade muito diferenciada do convencional, então não me incomoda a falta de sistemas super complexos para chamar a atenção do jogador.
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[box2 class=cat_bar title=Trilha Sonora: 7.5]
Por Corvo: Não é uma trilha espetacular, mas cumpre bem o papel. As músicas não competem pela atenção do jogador. Apesar da boa qualidade, também não temos uma pasta de áudio ocupando dois terços do tamanho do jogo.

Por Mistyol: O que mais me agradou na trilha sonora foi a decisão do criador em utilizar midis. É um arquivo de áudio super leve e traz um ar nostálgico para o jogador. No entanto, achei algumas delas um tanto repetitivas e senti falta de uma diversidade maior, mas nada que me incomode a ponto de deixar de jogar ou algo do tipo, é mais uma questão de polimento.
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[box2 class=cat_bar title=Nota Geral: 7]
Por Corvo: Curiosidade: Inkey University possui o tópico mais visitado de todo o fórum desde sua criação. São vinte páginas, número não tão grande, mas neste exato minuto são 109905 visualizações. É como se todos os membros do fórum, a saber,  9834 tivessem visitado o mesmo ao menos onze vezes. Isto é, permitindo que visualizações duplicadas façam parte da conta.

Na época do desenvolvimento, ainda era comum o uso de instaladores em jogos. Hoje, porém, isso é completamente desnecessário e dificulta a remoção do projeto quando o jogador quiser se livrar dele. Até porque o instalador recomenda que instale-se determinada fonte, mas se o usuário instalar sem prestar atenção ao diretório onde instala, será uma campanha  encontrar o jogo depois. Mas tenho que admitir, é um instalador bem organizado, um splash de carregamento bem bonitinho.

E claro, para um jogo completamente original, tanto imagens quanto em áudio, 122MB é perdoável. Tudo está comprimido na medida do possível e o instalador deve ocupar seu pedacinho, provavelmente generoso. No mais, é complicado avaliar um dos projetos que fizeram parte da história do RM no país. Venceu os maiores concursos das maiores comunidades de sua época e venceria de novo caso concorresse. É um projeto muito bem trabalhado, cujos detalhes foram meticulosamente preparados e apresentados sem exagero.

Por Mistyrol: Foi um dos projetos mais aclamados no mercado nacional (e até internacional) do RPG Maker, além de ter marcado uma era para muitos que se espelharam nele, virando até parâmetro de comparação entre os membros. Devo dizer que, estranhamente, o jogo me conquistou mais pela produção em geral, pela forma que foi desenvolvido e pela escolha da engine do que pelo enredo (que é o que deveria ser o forte de um visual novel).

É interessante ressaltar que o jogo pode ter diversas interpretações de acordo com a data em que o jogamos. Me lembro muito bem de como me senti sobre ele quando joguei no passado com meus 15 anos e de como me senti quando joguei agora. Algumas das coisas que eu achava legais sobre ele não me apetecem mais e outras coisas que não prestei tanto a atenção na época hoje são mais interessantes.

Ainda que hoje esse tipo de jogo hentai não me chame nem um pouco a atenção, não tem como negar que Inkey é um legítimo clássico e que tem um público enorme que curte muito. Não é por nada que Uhtred é nada menos que uma lenda na nossa comunidade.
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Dadas as avaliações, o projeto foi classificado como RANK B!
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  Os projetos atuais devem estar bem nice para terem pegado o do nosso velho Utreidão.

  Edit: Prefiro algo mais light como Bibble Black.

Opa...isso me pegou um pouco desprevenido huahuah

Legal a avaliação galera, muito bom ainda ler conteúdo do meu projeto! Confesso que eu teria que jogar novamente pra realmente ter um ponto crítico em cima dele, mas acredito no que vocês falam então de qualquer forma achei a análise magnífica.

Só assim, Misty...no caso dos personagens serem todos heteros e brancos:
Spoiler

Essa mania de "ter" que incluir qualquer tipo de personagem me incomoda bastante. Ninguém é obrigado a inserir qualquer tipo de personagem que seja, assim como em um jogo homossexual eu não vou cobrar a inserção de um personagem hétero. Pra mim tanto faz, provavelmente no ambiente da universidade do game existam homossexuais mas não dentro dos 10-12 personagens do jogo. Assim como tu não pode cobrar personagens gays em um FF da vida...

Já a questão de negros...como são gráficos ripados de jogos, não encontrei nenhum gráfico que pudesse ser usado, até porque geralmente (quase totalmente) desses jogos são feitos no Japão e no Japão não tem muitos negros... MAS mesmo se tivesse facilidade em encontrar gráficos e eu não tivesse inserido, não vejo o porque "tem que ter" esses personagens.

Então assim, só explicando que não é "um enredo levemente machista", foi apenas questão de gráficos e opção mesmo. Eu acho muito chato hoje em dia essa onda de que "tem que incluir".
[close]

Eras isso, valeu de novo Corvo e Misty pela avaliação e sigam esse trabalho que é bem legal pros produtores e pra quem tá interessado em jogar algo criado na engine e não sabe por onde começar.

Valeeeeeus

15/01/2019 às 02:00 #52 Última edição: 15/01/2019 às 02:04 por Mistyrol
Citação de: Uhtred online 14/01/2019 às 16:02
Opa...isso me pegou um pouco desprevenido huahuah

Legal a avaliação galera, muito bom ainda ler conteúdo do meu projeto! Confesso que eu teria que jogar novamente pra realmente ter um ponto crítico em cima dele, mas acredito no que vocês falam então de qualquer forma achei a análise magnífica.

Só assim, Misty...no caso dos personagens serem todos heteros e brancos:
Spoiler

Essa mania de "ter" que incluir qualquer tipo de personagem me incomoda bastante. Ninguém é obrigado a inserir qualquer tipo de personagem que seja, assim como em um jogo homossexual eu não vou cobrar a inserção de um personagem hétero. Pra mim tanto faz, provavelmente no ambiente da universidade do game existam homossexuais mas não dentro dos 10-12 personagens do jogo. Assim como tu não pode cobrar personagens gays em um FF da vida...

Já a questão de negros...como são gráficos ripados de jogos, não encontrei nenhum gráfico que pudesse ser usado, até porque geralmente (quase totalmente) desses jogos são feitos no Japão e no Japão não tem muitos negros... MAS mesmo se tivesse facilidade em encontrar gráficos e eu não tivesse inserido, não vejo o porque "tem que ter" esses personagens.

Então assim, só explicando que não é "um enredo levemente machista", foi apenas questão de gráficos e opção mesmo. Eu acho muito chato hoje em dia essa onda de que "tem que incluir".
[close]

Eras isso, valeu de novo Corvo e Misty pela avaliação e sigam esse trabalho que é bem legal pros produtores e pra quem tá interessado em jogar algo criado na engine e não sabe por onde começar.

Valeeeeeus

Fico genuinamente feliz que tenha gostado da avaliação. Ainda que Corvo e eu tenhamos alguns anos de experiência nas costas e certa propriedade técnica para avaliar, grande parte do que escrevemos não passa de gosto pessoal e os desenvolvedores avaliados podem não concordar com tudo o que dizemos e está tudo bem (como foi o seu caso, mais na minha parte), contudo, é legal estar aberto a debater sobre essas coisas.  :XD:

Acho que o Inkey fez parte de uma geração inteira e não tem como deixar de fora.


Agora, sobre a parte do "tem que ter"
É mais uma questão de representatividade, entende? Não quer dizer que necessariamente seja obrigatório todo jogo ter um personagem de cada etnia, com uma orientação sexual diferente, com uma identidade de gênero diferente, e assim por diante. Até porque qualquer pessoa com um pouco de bom senso sabe que além de soar "forçado" e fora de contexto demais, isso seria uma bagunça com proporções inimagináveis (risos). Mas ainda assim é importante dar espaço para que outras pessoas se sintam representadas de alguma forma, afinal de contas elas existem. E eu entendo que essa é uma construção social que vem intrínseca na indústria de jogos (que é sim machista, homofóbica e muitas vezes racista) desde os seus primórdios, e hoje que está começando a aparecer algumas desenvolvedoras que estão dando um pouco mais de atenção nesse ponto.

Quando disse que senti falta dessa diversidade no projeto foi justamente por não me sentir representado em nenhuma forma e muito menos conectado com algum personagem. É como o Corvo disse, eles não são palpáveis. Não cobro em todo jogo que vejo porque eu entendo como funciona o mercado, de onde são tiradas as referências e até mesmo as questões de desenvolvimento, mas no caso de Inkey está bem dentro do contexto ter esse tipo de diversidade. Na parte onde você diz "(...)provavelmente no ambiente da universidade do game existam homossexuais mas não dentro dos 10-12 personagens do jogo(...)", bem, então eles não existem. Eu e mais ninguém conhece o restante do ambiente da universidade, o núcleo que está sendo apresentado ao jogador é esse dos 10-12 personagens e nele não existem personagens fora do padrão.

Mas está tudo bem. É compreensível a limitação dos gráficos (ainda que edições pudessem ter sido feitas), e até mesmo a ambientação do jogo, que contava a história do jovem Yasuji e seus gostos. Mesmo que não possamos generalizar, Japão tem alguns probleminhas com preconceito e não é incomum ver uma péssima representação dessas minorias (Persona 5, que é um jogo atual, fez uma representação horrenda e estereotipada de personagens homossexuais, e Final Fantasy tem umas histórias mais machistas do que as outras), então é melhor não ter essa representatividade do que fazer algo que só piore a situação. E, bem, um enredo que objetifique a mulher a ponto de servir apenas para satisfazer um personagem masculino é o que eu considero "levemente" machista.

Enfim, como dito anteriormente, é uma questão de se sentir representado e eu não me senti. No entanto, é apenas a forma que eu interpretei o jogo, não quer dizer que seja a mensagem que tentou passar e muito menos que a minha opinião é mais válida que a sua. São apenas divergências de ideias e ideais. Assim como fiz questão de citar na avaliação, o jogo me chama a atenção pelo desenvolvimento e é um exemplo para mim, é normal gostarmos de algum ponto e de outro não (como está tudo bem você achar chato tudo o que eu falei). Tá tudo bem, mas é legal abrir os nossos horizontes e é importante falar sobre isso. Quem sabe em um próximo projeto não possa pensar melhor no assunto?

Grande abraço, meu velho!  :XD:
[close]

20/01/2019 às 16:48 #53 Última edição: 20/01/2019 às 16:52 por Mistyrol
Projeto da Semana #36


O projeto selecionado foi Harry Potter e a Pedra Filosofal. Fora cancelado, mas estava sendo desenvolvido com o RPG Maker XP por Master Knight.



[box2 class=cat_bar title=Enredo: 3]
Por Corvo: Antes que me crucifiquem, entendam que a avaliação não é direcionada ao enredo da obra original, mas ao modo como foi apresentado no projeto.

Gostei de ver que o enredo foi apresentado com as cenas dos livros. Infelizmente eles possuem muita coisa inútil, como é o caso da primeira parte da introdução. Não é à toa que muitas cenas foram cortadas dos filmes, é caro filmar e cada segundo conta. Podemos traçar um paralelo com a produção de um jogo onde o mesmo se aplica, mas apenas para jogos comerciais.

Outro ponto a ser citado é o ritmo. Cenas que são originalmente lentas poderiam ser cortadas ou adaptadas ao jogo. Já as cenas que requerem um pouco mais de construção acontecem rápido demais, atrapalhando o entendimento. Outro exemplo são os cortes inesperados. Nota-se que a intenção é boa, eles são feitos quase no lugar certo, mas não da forma correta.

Por Mistyrol: Levando em consideração que o enredo não é original e o nosso trabalho aqui não é avaliar a obra de terceiros, a minha avaliação vai ser em cima de como ele foi apresentado. Devo dizer que o ponto que mais me agradou foi o cuidado do desenvolvedor em deixar o enredo o mais fiel possível, ainda que tenha um pouco de originalidade aqui e ali, para um fã da obra original isso é um deleite.

Porém, essa decisão acaba se tornando uma faca de dois gumes. O ritmo da narrativa ficou muito lento, no começo da demonstração estava interessante assistir as cenas, mas depois de certo tempo a quantidade abissal de texto sem nenhum tipo de jogabilidade acaba deixando o jogador um tanto entediado. É preciso ler inúmeras vezes o enredo e fazer adaptações para que a história fique interessante de ser jogada (tendo em mente que um ritmo de um livro é diferente de um jogo).
[/box2]

[box2 class=cat_bar title=Personagens: 2]
Por Corvo: Todos os diálogos, ou aparentemente quase todos, parecem ter sido retirados integralmente da tradução, arrisco dizer que é a de Lia Wyler, uma das melhores. A naturalidade dos mesmos conta bastante para a apresentação dos personagens.

Entrementes, os pontos citados acima atrapalham bastante a apresentação dos personagens. Não há tempo para o suficiente para conhecê-los.

Por Mistyrol: Os personagens acabam ficando fracos justamente por conta da narrativa não adaptada. Os diálogos são longos demais e, ainda que soem naturais até certo ponto, a ambientação geral do jogo não permite que o jogador se sinta instigado a continuar e muito menos a querer saber mais sobre os personagens.
[/box2]

[box2 class=cat_bar title=Mapeamento: 2.5]
Por Corvo:  Como dito no tópico abaixo, visualmente o projeto não era muito bom. Os mapas também poderiam ser melhores, mais pequenos e com menos espaço vazio. A janela de nome dos mapas também se torna irritante quando aparece pela ducentésima vez em que você sai do corredor pra cozinha ou de qualquer ambiente para outro.

Os cenários do RTP não são ideais para o projeto. O quarto do pobre Harry se parece mais com uma masmorra que com um armário. Literalmente, ele é feito de pedra.

Por Mistyrol:  Como dito pelo Corvo, o RTP não era a melhor escolha para o tipo do projeto. Os mapas eram grandes demais e muitas das vezes sequer faziam sentido, a disposição dos elementos não criavam um ambiente natural. É sempre importante parar e pensar em como seria explorar aquele mapa e, se possível, ir além e se imaginar ali dentro. Está natural o bastante?

Além disso, não acho legal misturar dois estilos gráficos provenientes de artistas diferentes. Utilizar os gráficos do RTP (ao menos os do XP são bonitos) e os gráficos feitos pelo Inquisitor fez a ambientação que já não era boa perder toda a harmonia.
[/box2]

[box2 class=cat_bar title=Interface: 2]
Por Corvo: Não há muita harmonia na parte gráfica. O cursor dos menus se destaca muito do fundo, quando poderia ter o mesmo efeito sendo mais suave. Há termos não traduzidos nos menus, a cena onde se salva o progresso é um bom exemplo com seus File N.

Por Mistyrol: Basicamente inexistente. Toda a parte gráfica do jogo está pura, com o padrão da engine. A tela de título, o menu principal, a caixa de mensagens, tudo continua no padrão e isso sequer combina com o estilo do jogo.
[/box2]

[box2 class=cat_bar title=Jogabilidade: 2.5]
Por Corvo: Como é mesmo que chamam isto hoje em dia? Walking simulator? É basicamente o que você faz. Caminha, interage com os NPCs, caminha mais, pega objetos, e caminha. Seria interessante se os mapas fossem melhores, talvez para explorar o universo do jogo.

Por Mistyrol: O que me impediu de deixar nota mínima nesse quesito foi o interesse do desenvolvedor em criar puzzles e deixar a jogabilidade um pouco mais atraente. Enquanto jogava eu esperava ansiosamente para poder controlar os personagens e seguir explorando os ambientes, mas não aconteceu da forma que eu esperava. Os mapas ruins atrapalharam ainda mais nessa parte, ainda que não tivesse muito o que se fazer além de andar longos caminhos desnecessários.
[/box2]

[box2 class=cat_bar title=Trilha Sonora: 4.5]
Por Corvo: As músicas estão bem compactadas, a qualidade é relativamente boa. Pode destoar um pouco do estilo do jogo, mas ao menos não temos 90% do peso do jogo na pasta Áudio. Mas desconfio que faltou um pente-fino na pasta dos SEs. Muita coisa ali não é utilizada pelo jogo ou, ao menos, pela Demo.

Por Mistyrol: Não tem muito o que dizer nessa parte, são músicas já bem conhecidas e que não poderiam faltar no jogo caso quisesse manter a fidelidade. No entanto, elas foram utilizadas em excesso. Os longos textos já eram cansativos por si só, mas lê-los enquanto ouvia uma música repetitiva por tanto tempo deixou tudo mais difícil.
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[box2 class=cat_bar title=Nota Geral: 3]
Por Corvo: Curiosidade: É preciso frisar que o projeto foi cancelado. Porém, a avaliação foi feita como se o desenvolvimento ainda estivesse em curso, pois o objetivo é destacar os pontos em que se pode melhorar, independentemente do jogo a ser criado. Dito isso, quem acompanha as avaliações do PdS já conhece os motivos pelos quais não se inicia um jogo em tela cheia sem perguntar ao jogador se ele quer. Creio que é desnecessário repetir os motivos, certo?

Apesar dos erros, gostei do projeto. Não sei se pela nostalgia, mas havia potencial. Uma pena que tenha sido cancelado. :(

Por Mistyrol: Eu particularmente não sou muito fã de fan-games (hu3), alguns até me chamam a atenção e esse foi o caso do projeto. Acredito que os pontos que mais faltaram foram planejamento e experiência. Tinha potencial de seguir firme e forte e chamar bastante a atenção, mas no estado em que estava dava a impressão de que tudo havia sido feito de maneira preguiçosa e despretensiosa.
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Dadas as avaliações, o projeto foi classificado como RANK D!
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Projeto da Semana #37


O projeto selecionado foi Zu, criado no  RPG Maker VX Ace Lite por Cronus.



[box2 class=cat_bar title=Enredo: 7]
Por Corvo: Como explicado no item abaixo, o enredo principal não me agradou muito. Eu esperava mais da criatura que motiva o protagonista. Apesar de toda a aura que a narrativa cria em torno dela (chamo de ela me referindo ao termo criatura), sua história não foi capaz de me atrair mais do que o universo em que se passa. Este é um caso óbvio de um enredo que não é capaz de competir com os demais pontos do jogo, seja o visual ou a trilha.

Para registro, quanto à jogabilidade não deve haver disputa mesmo. Esta vem sempre em primeiro.

Por Mistyrol: Acredito que como a maioria dos jogos nesse estilo, o enredo é apresentado de forma bem confusa ao jogador. Ainda que o desenvolvedor tenha feito um ótimo trabalho na escolha da forma em que as informações seriam passadas, não tem como não se sentir confuso. Contudo, com o passar do tempo e o avanço do jogo nós podemos entender melhor o universo.
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[box2 class=cat_bar title=Personagens: 8]
Por Corvo: Não importa o quão interessantes sejam os personagens em torno dos quais a trama gira. Não importam os chefes ou o protagonista. Meus personagens favoritos são os dois simpáticos vendedores, os cavalheiros Solo e Mono. São a representação mais pura do que um personagem fantasioso deve ser. Ou ao menos do que deve ser em relação ao universo em que vive.

Apenas indivíduos vivendo suas vidas sem arabescos narrativos. Curiosamente, suas rotinas são peculiares e essa é a essência de uma boa fantasia. Não darei nota máxima justamente porque eles me parecem mais interessantes que todos os envolvidos no enredo principal.

Por Mistyrol: Gostei da forma que eles foram construídos. Ainda que não exista uma variedade muito grande, os poucos indivíduos apresentados ao jogador possuem suas próprias características, seguem uma linha de crescimento constante e livre de superficialidade, fazendo com que eles sejam mais palpáveis.

Pontos a mais pela construção dos NPCs também, normalmente os desenvolvedores acabam se focando tanto na construção dos protagonistas que acabam se esquecendo de que os NPCs não são robôs e que precisam de personalidade.
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[box2 class=cat_bar title=Mapeamento: 10]
Por Corvo:  Preciso encontrar um detalhezinho mínimo que possa passar como ponto negativo por uma questão de honra. Depois de garimpar bastante, só me restou falar sobre as correntezas do lago, cuja animação é um pouco difícil de identificar apenas olhando. E é só isso mesmo. O restante dispensa comentários, baixe o jogo e veja por você mesmo.

Por Mistyrol:  Devo dizer que foi um dos pontos mais altos do projeto. Os mapas são harmoniosos e seguem muito bem a linha lúdica da ambientação do jogo. Cada um deles possui suas características próprias e são interessantes de serem explorados. Nesse caso, infelizmente para nós avaliadores, não há nada a mais para dizer além de "lindo".
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[box2 class=cat_bar title=Interface: 10]
Por Corvo: Aqui não há espaço para comentários. Tudo muito harmônico, original e prático. Alguns podem argumentar que o menu não foi suficientemente alterado, mas esta é uma das limitações da versão Lite.

Por Mistyrol: Pessoalmente a minha parte preferida. A identidade visual desse jogo é muito marcante e com certeza original, impossível não ver o cubo do menu sem se lembrar dele, as cores também ficaram muito harmoniosas.
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[box2 class=cat_bar title=Jogabilidade: 7.5]
Por Corvo: A parte mais interessante da jogabilidade são as ações no mapa. As músicas da lira, a interação com as estátuas, o barco. Tudo auxiliando o jogador na exploração dos ambientes. Eu gostaria de aproveitar a oportunidade para dizer que você só deve focar seu jogo na exploração se realmente valer a pena explorar. Tenha belos mapas, uma atmosfera interessante e o jogador não ficará entediado mesmo se tiver que caminhar pela mesma rota cinquenta e oito vezes seguidas.

As batalhas são - quase obrigatoriamente - as padrões da versão do programa. Isso não me incomodou, mas sim a falta de edição nos parâmetros. O balanceamento do jogo é também o padrão da engine, ao meu ver utilizar valores menores se encaixaria perfeitamente no jogo.

Por Mistyrol: As ações no mapa trouxeram algo a mais para a jogabilidade. Seria um desperdício não aproveitar bem os lindos ambientes, a possibilidade de explorá-los com sistemas mais interativos foi uma ótima decisão. Gostei muito de ver as notinhas musicais aparecendo, achei fofo.
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[box2 class=cat_bar title=Trilha Sonora: 7]
Por Corvo: Apesar de serem trilhas excelentes e de se encaixarem perfeitamente nas cenas, ainda são 40MB e não são originais. O que seria um espanto, pois criar todo o projeto e compor suas treze faixas em um mês seria pedir demais.

Por Mistyrol: As faixas são bonitas, mas nada de especial. Entendo que pelo curto tempo de desenvolvimento a ideia de ter músicas originais acabou ficando um tanto distante, e talvez tenha sido sensato não cair na ilusão de que daria tempo de compor uma grande variedade de músicas, acabar ficando com poucas e ter de repeti-las várias e várias vezes.
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[box2 class=cat_bar title=Nota Geral: 8]
Por Corvo: O projeto foi criado utilizando o RPG Maker VX Ace Lite. Para quem não conhece, é uma versão gratuita e extremamente limitada do programa. Outro ponto a considerar é que o projeto não apenas foi criado em uma versão limitada, mas dentro de um prazo limitado. Em menos de um mês o projeto foi idealizado e finalizado.

Dito isso, o resultado é um dos melhores e mais famosos projetos desde a época de seu lançamento. Recomendo não só que joguem, mas também que investiguem o funcionamento do jogo - que é distribuído sem codificação. Tenho certeza absoluta de que equivale à boas aulas.

Por Mistyrol: Quando foi decidido que esse projeto seria o avaliado, pensei que teria dificuldades de me manter neutro durante meus comentários, levando em consideração que sou um grande fã do trabalho do Cronus desde que comecei no maker há muitos anos atrás. Mas quem teve a oportunidade de jogar pode ver que o jogo é uma inspiração, tendo em mente o pouco tempo em que foi desenvolvido, as limitações da versão da engine e os poucos recursos para a época, várias lições podem ser tiradas de seu desenvolvimento.
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Dadas as avaliações, o projeto foi classificado como RANK B!
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quando eu penso que o meu projeto está indo bem, que tem qualidade, a vida vem e me dá uma rasteira! Kkkkkk

Mesmo assim é inspirador!

 

Projeto da Semana #38


O projeto selecionado foi The Chaotix, criado no  RPG Maker VX Ace por MateusDxD.



[box2 class=cat_bar title=Enredo: 2]
Por Corvo: Joguei a demonstração por quinze minutos e não entendi bem a ideia. Sei que o protagonista busca a vingança por um massacre ocorrido anteriormente, e só. Não sei qual o conflito, nem saberia dizer se o ritmo está rápido ou lento. Não resta o que comentar. Presumo que o foco esteja na jogabilidade, o que está certíssimo.
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[box2 class=cat_bar title=Personagens: 1]
Por Corvo: Pelo mesmo motivo citado acima não consegui conhecer os personagens. O protagonista se tornou um mero veículo para que o jogador assuma, os demais personagens aparecem e desaparecem instantaneamente. Não há razão para sua existência.
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[box2 class=cat_bar title=Mapeamento: 4]
Por Corvo:  Eu até gostei do estilo das construções, mas os caminhos estreitos somados à movimentação por pixels são uma ótima ferramenta para irritar o jogador. Toda movimentação deste tipo é bugada no RPG Maker, pois a engine não foi feita com isto em mente. Você fica preso com os NPCs, entra em portas mesmo se passar diante delas
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[box2 class=cat_bar title=Interface: 1]
Por Corvo: Visualmente falando, temos a Master Demo do Moghunter com algumas alterações. É preciso frisar que os menus e cenas dele são muito bonitas quando usadas individualmente. E claro, quando o desenvolvedor usa seus próprios recursos para substituir os exemplos.

O problema aqui, e estou citando neste quesito para aproveitar o assunto, é que o autor literalmente mesclou a Demo do Mog com outras demos. A do SAS, por exemplo, deixou escapar não só o sistema, mas mesmo os eventos de apresentação. Essa mistura destruiu a imersão pois, além do visual, temos três idiomas diferentes. Inglês no título e menus, português nos diálogos (e menus) e o nome do protagonista que provavelmente está em japonês.
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[box2 class=cat_bar title=Jogabilidade: 3]
Por Corvo: Neste ponto também terei pouco o que comentar. Basicamente é a demonstração do SAS com outros efeitos visuais.
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[box2 class=cat_bar title=Trilha Sonora: 1]
Por Corvo: Temos 143MB nesta pasta. Aqueles que acompanham o periódico já imaginam quais serão meus comentários sobre este ponto, então me dou o direito de omitir a repetição aqui. Aos que não acompanham, estou dando um motivo para ler qualquer uma das edições anteriores. Não me crucifiquem. :D
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[box2 class=cat_bar title=Nota Geral: 2]
Por Corvo: É, não foi uma avaliação muito boa. Porém, nem tudo está perdido. Se é o primeiro jogo do criador, já temos pontos positivos como conseguir instalar tantos scripts sem gerar incompatibilidade. Tudo bem, são sistemas funcionando em partes totalmente diferentes, mas para um iniciante, colocar tanta coisa funcionando é um certo trabalho.

Agora, vamos falar o que precisa ser dito: você pode usar sistemas e gráficos prontos como preferir, mas saiba que será este o resultado. O jogo será como uma demonstração prolongada dos sistemas, dificilmente sendo reconhecida como um jogo propriamente dito. Logo, personalize absolutamente tudo o  que for possível. O que não for, recomendo que corte ou refaça do zero.

Descompactado, são consideráveis 275MB. A biblioteca inteira do NES e boa parte do SNES cabem nesse espaço sem repetir um único arquivo. Não é porque não temos mais certas limitações que podemos nos dar ao luxo de ignorá-las. Por fim, espero que o autor não tome estes comentários como ofensivos. Como todos sabem, o intuito destas avaliações é justamente criar alardes sobre os pontos negativos dos projetos, afinal, só elogios não levam ninguém à lugar algum.
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Dadas as avaliações, o projeto foi classificado como RANK E!
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09/02/2019 às 00:15 #57 Última edição: 09/02/2019 às 00:19 por MateusDxD
Obrigado pelo feedback Corvo, realmente tem muito a melhorar, tomei todos seus comentários como inspiração e já estou trabalhando para resolver todos os problemas, tanto que, na nova demo que lancei, resolvi boa parte dos problemas citados. Enfim, obrigado pelas críticas, elas são sempre bem vindas! :XD:



Projeto da Semana #39


O projeto selecionado foi Uma História Qualquer, criado no  RPG Maker MV por Aegis.



[box2 class=cat_bar title=Enredo: 3]
Por Corvo: Achei o enredo interessante, no início. Apesar de a introdução ser desnecessária, me lembra bastante os projetos dos velhos tempos, época do Santuário. A trama simples,grande o bastante para sustentar a jogabilidade, mas sem extrapolá-la. Porém, o ritmo é demasiado lento. Cansativo, até. Como não há muita informação no início, você pode passar bons minutos sem ter ideia do que está acontecendo.

Depois percebi que, aparentemente, o universo do jogo é um colégio.
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[box2 class=cat_bar title=Personagens: 1]
Por Corvo: Os personagens não tem voz. O vocabulário de ambos é o mesmo que o de um adolescente moderno. O que não seria necessariamente um problema caso a introdução não informasse que os mesmos já não são jovens. Pouco depois descobre-se que todos os personagens são exatamente iguais.
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[box2 class=cat_bar title=Mapeamento: 3]
Por Corvo:  O RTP do MV é até bonitinho, mas os mapas possuem muito espaço vazio, poucos detalhes na áreas visíveis. A passabilidade está correta visto que os tilesets não foram alterados, porém falta algo nos cenários. Algo difícil de explicar, mas que caracterize o cenário como um ambiente não-artificial, por assim dizer.
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[box2 class=cat_bar title=Interface: 1]
Por Corvo: Não há harmonia alguma. As cenas são um conjunto de sistemas em idiomas diferentes agrupados de modo a simular um menu, uma janela de alertas. Infelizmente não resta muito o que dizer sobre este ponto.
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[box2 class=cat_bar title=Jogabilidade: 2]
Por Corvo: A jogabilidade é padrão. Exploração e batalha sem muitas modificações. O desempenho não colabora muito com o estilo e também não há muito o que comentar por aqui.
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[box2 class=cat_bar title=Trilha Sonora: 1]
Por Corvo: Aposto minhas economias caso a maior parte dos generosos 778MB não estiver por aqui. Além deste problema, são trilhas que não se encaixam bem nas cenas. Algumas chamam mais atenção do que deviam, outras são quase imperceptíveis.
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[box2 class=cat_bar title=Nota Geral: 2]
Por Corvo: Começa bem, mas se perde conforme avança. O projeto é exatamente o que se espera de um primeiro projeto: vários sistemas inclusos sem muitos critérios, e já é mérito do autor conseguir ter tantos sistemas funcionando juntos se é seu primeiro projeto. Entretanto, é preciso uma boa revisão para melhorá-lo e nada melhor para isso que comentários sobre os pontos negativos logo no início.

Vale dizer que, se o objetivo é apenas a própria diversão e se funciona, excelente. Mas toda oportunidade para melhorar pode e deve ser usada.
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Dadas as avaliações, o projeto foi classificado como RANK E!
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Projeto da Semana #40


O projeto selecionado foi Ninguém vai tocar em você, criado no  RPG Maker VX Ace por MissDoctor.



[box2 class=cat_bar title=Enredo: 5]
Por Corvo: Falha minha, imaginei que a demonstração do jogo fosse maior. Mas já que estamos aqui, falemos sobre ele. Primeiro, fiquei muito satisfeito ao não encontrar jumpscares. A proposta do jogo é criar uma atmosfera vazia, e a cumpre muito bem. Porém, falta um motivo para incluir o jogador na história. O início brusco, por assim dizer, não é uma opção boa quando falamos de imersão.
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[box2 class=cat_bar title=Personagens: 0]
Por Corvo: Na demonstração, você conhece apenas o protagonista. E se ele fosse uma batata não faria diferença.
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[box2 class=cat_bar title=Mapeamento: 3]
Por Corvo:  Os cenários não estão necessariamente ruins, mas faltou proporção entre os elementos. Há barris maiores que o jogador - o que não seria um problema se fossem os mesmos do RTP, pois aqueles são pra ser assim mesmo -, plantas mais altas que as paredes e tiles de diversos estilos diferindo entre si.

E é preciso ser confiante para deixar uma bigorna no sótão de uma casa de madeira. Principalmente quando ela está imediatamente acima da sua cama. :sera:
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[box2 class=cat_bar title=Interface: 2]
Por Corvo: Interface padrão. O lado bom é que não foram incluídos os efeitos pirotécnicos que costumamos ver por aí, mas também não temos identidade visual.
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[box2 class=cat_bar title=Jogabilidade: 2]
Por Corvo: Exploração, basicamente. Caminhar por um ambiente tão pequeno torna-se cansativo com poucos minutos, pois é preciso algo além de uma boa atmosfera para prender um expectador/jogador.
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[box2 class=cat_bar title=Trilha Sonora: 5]
Por Corvo: Aqui fiquei um pouco confuso ao escrever a avaliação. Não há trilha sonora e não é pra ter mesmo. É a ausência de sons que torna a atmosfera do jogo boa. Porém, imagino que seja muito difícil segurar o jogador com este estilo, talvez seja este o motivo pelo qual a demo é tão curta. Em todo caso, dou uma nota mediana e todos ficamos felizes.
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[box2 class=cat_bar title=Nota Geral: 3]
Por Corvo: Não me resta muito a comentar sobre o projeto. Tem uma proposta interessante e espero sinceramente que não se perca na multidão de jogos de terror que inundam o RPG Maker. O que também não significa evitar clichês, eles funcionam. Vejo potencial e estarei aguardando mais informações.
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Dadas as avaliações, o projeto foi classificado como RANK D!
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