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Seven Souls: A Primeira Guerra Santa

Iniciado por Stella Artois, 20/09/2018 às 10:36

20/09/2018 às 10:36 Última edição: 21/09/2018 às 01:37 por ~Vici



"A Ganância de uma sociedade a fortalece, aqueles que a compõe se esquecem
do verdadeiro inimigo e são presenteados com a falsa insegurança."



Não costumo explorar esta área, mas sempre tento quando tenho um tempo livre. Sinceramente fico bem preocupado com o resultado pois não entendo muito, então se puderem me ajudar ficarei muito grato!
Há um tempo estou escrevendo a origem do mundo do meu jogo, no caso Grand Fantasy. Neste tópico contarei a história da Primeira Guerra Santa, mas no jogo conta sobre a Terceira. Quem sabe não rola um spin-off? haha



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A Primeira Guerra Santa

Há centenas de anos, duas criaturas de raças celestiais viviam sobre as terras de Grand Fantasy. Atendiam pelos nomes Dimitry e Pandora. Eram idolatrados por todos e recebiam vários agrados como rezas e presentes. Dimitry e Pandora acolheram todos, cuidando de cada ser. O mundo era belo e a paz parecia duradoura, porém tudo tem um fim.

Um indivíduo se aproxima da entrada do Templo, no qual os dois anjos ficavam para receber seus protegidos. Era um ser muito misterioso, caminhava lentamente e radiava uma energia estranha e bem diferente dos outros seres que já pisaram naquele recinto. Quando o homem chega perto dos seres celestiais, ele levanta seu rosto e reverencia respeitosamente.

- Precisam de alguma coisa, meus senhores? - o indivíduo desconhecido perguntou

- Primeira vez que ouço isso, Dimitry. – Pandora sussurra nos ouvidos de seu irmão, expressando sua curiosidade sobre o indivíduo.

- Sim, este senhor parece bem peculiar se observá-lo bem. – ele responde o encarando  – Sinto que ele irá me trazer problemas. Sua energia espiritual é bem diferente das outras criaturas que também habitam este mundo.

- De certa forma, ele me despertou interesse. – ela completa ainda sussurrando

- Por hora não precisamos de vossa ajuda, mas agradeço a sua bondade. – Dimitry responde o indivíduo – Contudo, você precisa de alguma coisa?

- Não, meus deuses. Apenas gostaria de retribuir vossa generosidade perante a nós, criaturas tão frágeis e dependentes. – o ser misterioso reverencia novamente como forma de agradecimento e caminha para a saída.

- Essa aura que ele radia é tão diferente e me faz sentir tão bem. – Pandora fala consigo mesma

-Não quero que você fale com este homem, irmã. Ele não parece com alguém que se pode confiar.

-E por que, irmão? Minha curiosidade já foi despertada e não irei conseguir segurá-la. – ela o responde com um sorriso em seu rosto – Talvez seja isso que estava precisando, algo que me fizesse sentir bem. Algo diferente como este indivíduo.

- Não é um pedido, Pandora. Como seu irmão mais velho, estou mandando não falar com ele. – Dimitry começa a encarar com um ar sério – Sabe que quero preservar a paz que habita Grand Fantasy e tudo aquilo que tiver intenções de arruiná-la, irei considerar como inimigo... Seja quem for.

- Não me venha com ameaças, irmão. O venero por ser poderoso, mas usar seu poder com estes seres me faz acreditar que isso seja um pecado, desperdício de um poder tão grandioso como o seu. – Pandora o responde com um ar desafiador – A paz sobre Grand Fantasy? Você gosta mesmo deste lugar? Já adotamos mundos melhores.

- Primeiramente, irmã, não fale de pecado como se entendesse do mesmo. – o anjo eleva seu tom de voz fazendo com que sua irmã tirasse o sorriso que carregava – Em segundo lugar, nosso poder é para ajudar estas criaturas e preservar esta paz que tanto protejo, portanto não ouse julgar o que eu tento manter. Não irei falhar igual da última vez.

- Não imaginei que você ficaria tão abalado, irmão. – Pandora abaixa sua cabeça e completa – Este amor por estas criaturas me faz pensar que é sua maior fraqueza, mas  mesmo assim você continua tão forte.

- Ainda não estou acreditando em você a respeito deste indivíduo misterioso, irmã. – Dimitry responde lembrando-se daquele sujeito  – Então irei falar mais uma coisa antes que este assunto chegue ao seu desfecho: Se fizer qualquer coisa que coloque esta paz em risco, irei te considerar uma traidora.

-Agh... - Pandora fica trêmula porque ao ouvir esta ameaça de Dimitry, ele radia uma energia tão grandiosa que domina todo o lugar – Tudo bem, irmão. – ela responde ainda paralisada e cabisbaixa.

- Obrigado por entender o meu lado, Pandora. – ele diz com um sorriso no rosto e com um tom pacífico – Espero que você tenha realmente entendido o que quis dizer. Não quero ser forçado a te machucar. – ele o abraça fortemente

- Dimitry... – Pandora sussurra

Um ano depois, numa noite de Lua Sangrenta, um fenômeno que acontece uma vez por ano, Pandora bate na porta da casa do indivíduo daquele dia.

- Quero falar com você. – Pandora aborda o homem

- Claro, deusa Pandora. – o ser reverencia a anja – É uma honra recebe-la em minha humilde residência.

- Antes de conversarmos, quero que pare com esse seu jeito de falar. Observei-te por um ano inteiro e descobri muitas coisas sobre você. – Pandora o desafia verbalmente – Seu nome é Villarian, não gosta de ver pessoas sorrindo, pois o faz sentir um ódio tão profundo que dói em seu peito, mas prejudicá-las o satisfaz, seja o que eu e meu irmão chamamos de roubo, traições e assassinatos.

- Sem dúvidas você possui um poder espetacular, minha deusa. – Villarian sussurrou surpreso – Mas por que não me matou ou chegou a me punir por minhas ações?

- Primeiramente admiro sua coragem, mesmo você indo até o nosso templo, me vendo com meu irmão e sentindo nossa força espiritual que imagino como o motivo de sua visita, ainda continua a praticar estes feitos horríveis e cruéis, mas o real motivo da minha presença refere-se ao fato de você ser a primeira pessoa assim deste mundo. – Pandora fala com um sorriso de felicidade e com um brilho estrondoso em seus olhos – Você me faz pensar que este mundo pode melhorar! Você é igual a mim, Vallarian, nunca gostei de ver as pessoas em paz ou alegres atoa, sem ter realizado nenhuma proeza. Gosto de ver sacrifícios, conquistas e medalhas por feitos grandiosos e merecidos. Entregar de bandeja como meu irmão faz me deixa tão...

- Furiosa? – Vallarian completou

-Exatamente. Você me entende e eu te compreendo, por isso quero que você trabalhe para mim.

-Um trabalho? Não é como se eu gostasse de algo assim, mas prevejo uma proposta muito encantadora vinda de você.

- Claro, Vallarian. Tenho absoluta certeza que você irá gostar. Afinal, todos gostam... – Pandora afirma e tira do seu bolso uma pedra brilhante – Isto se chama Mythril, mais resistente que diamante e que possui uma essência mágica tão grandiosa quanto qualquer outra relíquia existente deste mundo. Esta foi criada por mim e darei como pagamento por você continuar com estas suas ações que adoro tanto. Irei te presentear com essas pedras por cada vila destruída. Quero um holocausto pela minha felicidade e diversão.

- Sem dúvidas isso é tão belo e despertou algo dentro de mim que faz querer isso mais que qualquer coisa, porém tem algo que me faz pensar: o anjo Dimitry não tentará me parar? - Vallarian perguntou olhando fixamente para a pedra encantadora que a anja carregava.

- Me faça um show que darei a devida proteção para continuar vivo. – Pandora respondeu – Quero que chame mais pessoas como você para ajudar a realizar este incrível espetáculo. Todos estarão invisíveis aos olhos de Dimitry com minha magia, não se preocupem. – ela descreve o contrato de trabalho e estende sua mão direita.

- Aceito este trabalho, minha deusa Pandora.  – os dois apertam a mão sorrindo orgulhosamente.

Em um mês, a quadrilha estava formada e assim começaram com os roubos e assassinatos em todas as vilas que visitavam, provocando o início de um caos. Ao decorrer do tempo, a pedra preciosa já estava no mercado, despertando a curiosidade de todos. A beleza do objeto e a vontade de possuir eram cruciais para um ser vivo, fazendo com que a maior parte da sociedade entrasse em colapso e deixassem a ganância e ambição dominá-los.

Levou cerca de três meses para que este assunto chegasse ao templo dos anjos, no qual Dimitry descobriu que sua irmã teria criado a relíquia Mythril. Isso fez com que surgisse a Primeira Guerra Santa, entre as quadrilhas formadas por Vallarian acompanhadas da anja Pandora contra apenas o celestial Dimitry.

A guerra durou três dias. O poder do anjo era incrível, pois apenas ele conseguiu vencer centenas de criaturas corrompidas pela ganância pura e sombria. Após a guerra, Dimitry isolou os assassinos numa terra desértica e Pandora numa torre criada da mais pura magia do anjo chamada Tesseract com objetivo de aprisioná-la por toda a eternidade.

Contudo, o caos já havia dominado a maior parte de Grand Fantasy, arruinando a paz que antes prevalecia. Dimitry não conseguiu ajudá-los e nem destruir as pedras criadas por Pandora, já que elas possuíam uma enorme quantia de poder maligno. Dias foram se passando e Dimitry não era mais adorado. Muitas pessoas o viam como o causador daquele mal e por ter errado com seus protegidos. Desesperado, se refugiou para um lugar que o aceitaram e formou uma família, passando a viver como um mortal.

Na centésima noite, civilizações se uniram pelos seus próprios objetivos e crenças, formando os distritos da atual Grand Fantasy.

"Nosso poder é para ajudar estas criaturas e preservar esta paz que tanto protejo,
portanto não ouse julgar o que eu tento manter. Não irei falhar igual da última vez."

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Você por essas bandas?  :*-*:
História bacana, senhor ~Vici. Se me permite fazer algumas sugestões:

Evite identificar qual personagem fala em todos os diálogos. Soa estranho, eu sei, mas se a cena está bem estruturada não é necessário repetir sempre o disse fulano, fazendo alguma coisa. Um disse é o suficiente. É preferível que a descrição da cena aconteça antes do diálogo, assim o leitor terá um pano de fundo para imaginar as ações durante o mesmo. Quando chegar ao ponto em que não precisa descrever como o diálogo é dito saberá que está no caminho certo.

Agora, excesso de descrição também atrapalha o ritmo. (Por ritmo eu sempre digo ritmo de leitura.) Peguemos esta frase inicial como exemplo:

"A Ganância de uma sociedade que a fortalece, deixa "ela" apenas mais forte, já que os mesmos que compõe
a tal esquecem do verdadeiro inimigo e são presenteados com um sentimento falso de segurança eterna."


"A Ganância de uma sociedade a fortalece, aqueles que a compõe se esquecem
do verdadeiro inimigo e são presenteados com a falsa insegurança."

Nota alguma diferença ao ler os dois trechos? Veja como o sentido se mantém o mesmo. Imagine que a ideia é escrever mais com menos da mesma forma como você corta linhas de um código. Assim como nos códigos, você pode e deve omitir uma coisa ou outra, mostrando apenas o necessário. Outra coisa que eu gosto de citar para quem se aventura pelos textos: tudo o que você precisa saber está aqui. Esqueça cursos, workshops, oficinas e por aí vai. As páginas 52 e 53 desse livro me ensinaram mais que as sei-lá-quantas horas desperdiçadas nesse tipo de coisa.

E essa Pandora aí. A dominação do mundo começou. o/

É muito bom aprender com o senhor.
Muito obrigado, Corvão, tentarei seguir seus conselhos e sugestões. Vivendo e aprendendo haha.
Obrigado por tirar um tempinho para ler estes rabiscos. Já me ajudou bastante o/
Um dia domino esta área!

Talvez ela já tenha dominado e os meros mortais ainda não sabem, apenas nós temos o conhecimento sobre e escondendo este segredo.


Não seria "aqueles que a compõem"? (já que o verbo compor se refere ao sujeito indeterminado e não à sociedade)
Master corvo falou tudo que a gente poderia falar hehehe
Mas curti bastante a história, parece que o Vici manda muito bem nisso também (e qual área ele não manda bem, né? Hahahdha)
Louco pra ver isso no jogo, hein?  :XD:
Me ajude a continuar produzindo!

Todo incentivo e ajuda são bem-vindos!
Quem quiser e puder me ajudar ► Compre-me um café! :coffee:
Você vai estar me ajudando demais!

ZAAAAAAAAAGO NELES o/
Valeu pela visita oh musiqueiro.
Você está mais do que certo, na real vou até trocar pelo exemplo do Pássaro das trevas.

Obrigado, Zaggo :D