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Minha Outra Vida Capítulo 1 já disponível.

Iniciado por Jr0012, 17/03/2013 às 13:26

Essa história conta o passado de um jovem chamado Rafael Medrado, um garoto qualquer que morreu atropelado, e vaga em busca de um grupo de pessoas que pode ajudá-lo a passar para o outro mundo.
A história contará com capítulos que falará sobre o presente dele, mas também outros que fala sobre o passado. Cada capítulo será lançado toda quarta.


Spoiler
Eu levava uma vida normal, com amigos, família, e namorada, meu nome é Rafael Medrado, tinha 17 anos quando tudo aconteceu. E o que aconteceu? Bem, eu morri. Quando se morre muita pessoa diz que aparece uma luz branca, ou então que vem um ser para te buscar, mas eu não vi nada, senti nada, apenas a dor do carro moendo meus ossos e a pancada no asfalto, mais que isso nada. Minha morte não causou muito impacto sobre meus amigos, nem minha família entrou em choque. Quando pequeno, meus pais me deixavam sozinho, com fome, eu cresci dependendo de mim mesmo, e ninguém mais. Na escola tive amigos, mas com o tempo eles se afastaram de mim.
Tive um passado podre, e o presente nada agradável. Crescendo e aprendendo, o que não me mata me fortalece, mas não é bem assim que as coisas são, tive que roubar muitas vezes para poder ter comida, ou certeza que sobreviverei. Mas não cheguei ao ponto de comercializar drogas, nem me envolver com crimes mais pesados. Mas um dia a sorte sorriu para mim, um homem me tirou das ruas, me deu abrigo, e me deu comida, conforto. Tudo que eu pedi.
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Spoiler
Eu tinha sete anos de idade, estava na rua à noite, estava muito triste, pois era páscoa, nessa data, toda criança está ganhando um ovo de chocolate, ou algo do tipo, mas eu não. Estava na calçada de um prédio branco simples e com umas flores perto da porta, estava chovendo, aquela água batendo no meu cabelo e escorrendo pelo meu rosto, tudo estava triste para mim. Olhei meu reflexo da poça de água na beirada de uma estrada rachada, estava com os olhos inchados de tanto chorar e todo encharcado, quando de repente saiu um homem correndo em meio a névoa que cobria aquele lugar, estava sangrando e eu me assustei. Depois que o homem passou correndo, veio outro logo atrás com uma arma atirando para todo canto, meu coração acelerou e pensei que ia morrer, tive um impulso de adrenalina e me escondi rapidamente e quando eu saí daquele lugar estava tudo calmo novamente. Estava muito assustado e ainda andei em direção aos dois homens, com muito silêncio, pensando que ele ainda estaria lá, e estavam.
Meu coração ficou muito mais acelerado que antes, eu fui andando cauteloso e cheguei mais perto e fiquei escondido atrás de um jarro de planta perto de outro edifício, o homem estava falando com um tom de voz de nervosismo e eu só ouvi os tiros, quando eu me aproximei mais o homem estava morto e o outro já estava correndo muito longe, o homem sangrando estava com uma bala encravada no meio da testa. Pergunto-me como uma pessoa consegue matar outra, isso é desumano, a névoa ainda estava forte e vi uma sombra de longe, tentei ver melhor e o homem com a arma ainda estava lá, ele mirou a arma em mim e meu coração parou com o desespero, eu corri e me escondi atrás da planta, ele atirou na vidraça do prédio e caíram uns cacos de vidros bem afiados perto de mim, uns até feriu minha pele, o homem se aproximou e eu agarrei uns estilhaços pontudos e quando ele botou a cara para me ver eu enfiei o vidro na mão dele e ele derrubou a arma, eu peguei a arma dele e ele pegou um vidro. Estava muito assustado e mandei-o largar o caco de vidro antes que eu atirasse e ele me agarrou, e colocou o caco na minha garganta, eu mirei a arma no pé dele e atirei sem dó, começando a correr eu percebi que ele via andando atrás de mim mancando e eu mirei a arma para trás, quando ele apareceu eu atirei no meio da testa dele e fui embora, não chamei a polícia, pois eles iam me mandar para um reformatório ou algo do tipo.
Quando amanheceu eu refleti naquilo, matar uma pessoa, desde que tenha um motivo bom, e não os fúteis, ou simplesmente por auto-defesa, pode ter um perdão.
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