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Chaos Symphony - K.

Iniciado por Syd Barrett, 22/04/2013 às 00:08

Introdução
Olá pessoal.
Hoje venho pedir vossa avaliação para a história do personagem principal do meu jogo. Eu quero melhorar a história, e aceito ideias(não garanto que serão usadas) e críticas. Espero que alguém leia, obrigado desde já.
Breve eu postarei as histórias de outros personagens.
K.(Kepler Dart)
Muito Grande
Kepler Dart nasceu em um lugar desconhecido, mas foi encontrado em um lugar inóspito no meio do norte, por uma caravana Dart que se movia para o sul, em busca de comércio de trocas com Iôs. A única coisa que havia com ele, era uma linda espada com o a letra K próxima ao cabo em algo parecido com ouro, mas resistente como diamante. Ele foi pego por um clérigo, e seu agora pai, Ralph Dart, tomou a espada para si, e o levou para ser criado como um de seus filhos. Desde quando ele se lembra, o seu pai lhe educou como um cortês, como um típico filho de lorde. Sua infância foi tranquila e calma, uma infância boa para qualquer criança. Nada muito sério para traumatizar. O que chegou mais próximo à isso, foi que um dia, ele acordou e viu o clérigo velho que havia lhe salvado na porta de seu quarto lhe olhando fixamente. O clérigo foi chegando perto dele, com os braços entreabertos, como se quisesse impedir sua possível passagem, e falando frases como " Eu vou ganhar um bom dinheiro com isso, o suficiente para sair daqui". Kepler esperou o momento certo, ele havia sido treinado para as situações mais perigosas e desesperadoras, desembainhou sua espada de madeira usada para treinar, e atacou o clérigo no estômago, passando por ele rapidamente, correu para avisar seu pai, que ao saber do acontecido decapitou o clérigo frente a todos, e disse que qualquer um que quisesse mexer com seu filho teria o mesmo fim. Depois disso, a vida de Kepler se tornou mais tranquila do que já era, o que por algum lado, o chateou. Ele preferia quando em seus treinos, seu oponente atacava com força, quando ele andava nas ruas com um certo medo de estranhos, e quando ele chegava perto das pessoas e elas não tinham receio de permanecer ali. Mas isso não foi o suficiente para interferir de modo dramático em sua mente. Ele gostava mais da preguiça do que do perigo. Além do mais, porque uma pessoa deixaria a paz, para ter o perigo? Liberdade ou conforto? Conforto era a opção de Kepler. Até que um dia, aos seus quatorze anos, ele foi atacado por um grupo de ladrões. Eram cinco, e ele estava apenas com sua espada de madeira. Ele não a desembainhou, pois eles notariam que ela era de madeira e teriam menos temor em atacá-lo. Apesar de sua preguiça e falta de treino, ele ainda era muito habilidoso. O mais habilidoso. Ele gostava de ser exaltado. Então eles perguntaram:
-Não vai desembainhar sua espada?
-Ela assim é mais do que suficiente - blefou Kepler.
Então os bandidos embraveados por suas frases arrogantes, o atacaram violentamente. Ele desviou enquanto podia, contra-atacando rapidamente, e usando o ambiente ao seu favor, como aprendera nas aulas. Mas sua espada não era forte o suficiente, e afinal de tudo, ele era só um ser humano. Ou pensava que era. Depois de tudo, seus ataque só os deixaram ainda mais encolerizados. Então, Kepler se viu encurralado. Ele pensou que poderia fugir, mas para isso precisaria que algum deles recuasse. Não havia muito tempo para pensar. E naquele estado da luta, eles certamente não teriam piedade. Até que de repente, apareceu um homem encapuzado, com uma capa rasgada e em um instante, matou todos eles com uma adaga que media metade do tamanho da adaga que Kepler usava em batalhas. O homem misterioso deu um forte soco no estômago dele e pulou desumanamente alto para o telhado, sumindo da vista de Kepler, que logo após terminar seu último esforço para ver quem, ou o que era, caiu desacordado. Acordou nos aposentos do castelo de seu pai, sendo tratado por uma mulher que seu pai havia acolhido no castelo, seu nome era Mari. A primeira coisa que Kepler viu, foi seu lindo rosto que o seduziu logo que foi visto, fazendo ele se apaixonar quase instantaneamente. Ele se esqueceu de tudo o que passou, inclusive de suas hipóteses de quem havia salvo ele, cogitadas enquanto tentava manter os olhos abertos. Ele se sentiu envergonhado na frente dela, mas após um pouco de conversa eles começaram a se dar muito bem. Mas de vez em quando, aquele homem o intrigava. Porque ele não o matou? Obviamente, que era para protegê-lo. Mas quem o mandou? Não era seu pai. Não demorou muito para ela admirá-lo como um homem, ele possuía perfeitamente as qualidades de um, apesar de novo, e ele já a admirava pela gentileza, sensibilidade e carinho que ela tinha com ele, e por sua beleza estonteante. Não demoraria muito para que ele declarasse seu amor para ela, que já era algo que todos sabiam, e certamente ela também. Seu pai, Ralph, já iria ficar velho o suficiente para se aposentar, e apesar de possuir outros filhos, e legítimos, queria passar todo seu poder para Kepler, pois o mesmo seguia fielmente os ensinamentos de seu pai e possuía entranhado em si o comportamento de um lorde. Mas isso acontecia somente na frente de seu pai. Longe dele Kepler era bem humorado, sorridente e preguiçoso. Kepler, apesar de ter somente 14 anos, precisava casar. Porém, quando ele estava perto de fazer sua declaração, não por acaso digna de um verdadeiro lorde, Mari sumiu de repente e sem deixar rastros. Kepler se entristecera como nunca. Então ele decidiu nunca mais se apaixonar por ninguém, e também decidiu que a partir daquele momento, ele faria de tudo para ser o sucessor de seu pai, e que ele faria o nome Dart ser conhecido por todos no mundo. Ele ainda era muito jovem para decidir isso. E sua vida não dependia somente de si mesmo. Apesar de possuir as habilidades de dez homens, o que era descomunal para uma criança, sua mente ainda era muito despreocupada, e isso, iria mudar somente com o tempo. Ralph lhe disse isso, mas ele ignorou os seus conselhos e assumiu o cargo de braço direito de dele. A partir daquele momento, Kepler, agora com quinze anos, iria executar as ordens do rei. Apesar de sua inexperiência, ele assumiu bem o cargo. Entretanto aos seus dezessete anos, os outros filhos de Ralph planejavam o assassinato de seu único irmão adotivo, Kepler, e Ralph sabia disso. Porém ele confiava em Kepler, e sabia que ele não iria morrer. E foi como o esperado de seu pai. Seus irmãos iriam reunir cinquenta homens para combater Kepler, que conduzia uma missão noturna e de poucos homens em ataque a um acampamento inimigo num desfiladeiro. Kepler, já informado disso, decidiu reunir dez homens, que eram o suficiente para atacar um pequeno acampamento soldados bêbados, sem armaduras ou armas, e provavelmente, dormindo. Deu-lhes escudos, ensaiou uma formação defensiva e reuniu mais vinte homens que ficariam em cima do desfiladeiro, para quando a tropa fosse atacada, eles cercariam os homens e massacrariam os mesmos. Foi um sucesso. Os irmãos de Kepler o consagraram como o melhor espadachim, que matou quase vinte homens, como o melhor estrategista, que eliminou todos os cinquenta homens sem perder nem mesmo um dos seus. E ainda, continuou com a missão, atacando o acampamento inimigo. A partir daquele momento, todos reconheciam Kepler como o futuro lorde, e ele mesmo estava convencido disso. Todavia, suas convicções estavam prestes a ser massacradas, novamente. Um dia, enquanto ele sentava com soldados e bebia uma boa cerveja preta, ele viu Mari entrando na vila, e naquele instante, seus sentimentos voltaram. Mas ele não se declararia para ela, pelo contrário, agiria com frieza. Até porque ela sabia que ele a amava, e mesmo assim ela foi embora. Sua mente regredira há dois anos atrás, quando ele havia somente quinze anos. Mas ele sabia disso, e mesmo assim pretendia continuar com seu comportamento, até porque era o certo. Então, enquanto ele a visualizava entrando nos arredores do castelo, ele entrou calmamente, e após subir alguns degraus da escada percebeu que não estava mais sendo visto, então correu para seus aposentos, bateu a porta e se deitou na cama, cobrindo a cabeça e pondo-se a chorar. Até que alguém entrou no seu quarto. "Maldição. Porque não tranquei a porta", pensou Kepler indignado. Mas ele não iria se levantar, e ninguém iria ver sua situação.
-Olá - disse a voz suave e tranquilizante  - Kepler. Você está bem? - disse depois de uma pausa. Era ela, Mari. - Me desculpe por ter saído de repente. Eu tive problemas. - justificou inutilmente
-Porque não me disse? - falou Kepler com a voz abafada pelas almofadas, tentando disfarçar o seu choro.
-Eu já pedi perdão. - falou se aproximando de Kepler. Então ela se sentou na cama dele, e passou a mão em seu cabelo, como se ele ainda tivesse seus quatorze anos. Ele limpou seu rosto discretamente sob as almofadas, e virou seu rosto para onde a voz vinha, atordoado pelo tempo que passara sem olhar a luz fraca de verão que entrava pela janela de seus aposentos. Quando sua visão voltou ao normal, percebeu a proximidade que seu rosto estava do rosto de Mari, que o admirava deitada e um pouco encolhida. Então, ela tocou suavemente em seu rosto, descendo a mão até a ponta de seus dedos tocarem seu queixo. Kepler se sentiu um pouco envergonhado, mas não demonstrou isso.
-Não tenha medo K., sou eu, Mari. A mesma Mari de anos atrás, a mesma Mari que você amou, a mesma Mari que você ama.
Ela foi se aproximando, e por mais que Kepler não quisesse, ele não poderia resistir. Eles se beijaram, e Kepler, que agora foi apelidado amorosamente de K., amou ela como nunca. Ele a abraçou e a beijou, come se ela fosse a primeira e única mulher de sua vida e Kepler, ou melhor, K., pela primeira vez sentiu algo que deixava os sentimentos que ele conhecia até hoje como se fossem nada. Ele sentiu algo verdadeiro. Aquilo mudou todos os seus conceitos precipitados, que ele começou a adquirir sendo um cortês, e finalizou quando sua amada foi embora. A partir de agora ele iria procurar por sensações diferentes, para que ele pudesse rever seus conceitos. Ele iria buscar o novo. Novas ideias, novas filosofias, que fizessem ele se sentir ele. Toda aquela falsidade que ele aprendeu durante sua vida, ele iria ignorar, e agir como ele sempre quis, como era antes de Mari ir embora, só que um pouco mais descarado. Então, enquanto sua amada roçava suas bochechas macias em seu peito nu, ele fez uma decisão que iria mudar toda sua vida: Ele iria embora. Iria deixar toda a hipocrisia de lado, tudo que ele não havia conquistado com seus próprios esforços, todos os valores impostos pela sociedade egoísta, e iria embora com sua amada, para viver novamente, e dessa vez, de verdade. Então, quando ela acordou, ele falou sua decisão. E Mari aceitou, até porque ela o amava. Eles iriam embora. Então K. pegou o dinheiro que havia juntado, comprou roupas simples, ombreiras e uma faixa. Mari pôs um cordão com um animal estranho em seu pescoço. K. subiu todas aquelas escadas e foi até onde seu pai, Ralph, se ajoelhou a frente de seu trono, como todos os plebeus que traziam suas questões, e disse:
-Meu pai, sinto muito, mas eu preciso ir.
-Do que você está falando Kepler? - perguntou Ralph nervoso
-Me chame de K. - corrigiu K. - Eu vou embora junto de Mari. Não sou seu filho legítimo e não tenho o direito de usurpar suas terras de seus filhos. - argumentou.
-Você também é meu filho. - Retrucou Ralph - E você possui minha confiança, não só a minha, mas de todo o povo.
-Me desculpe, mas não há nada que você fale que me faça mudar de idéia. - afirmou K. com segurança - Eu revi todos os conceitos hipócritas que foram impostos para mim desde pequeno. - Ralph se levantou de seu trono indignado - Eu decidi que serei eu mesmo. E ninguém irá me mudar, quem gostar de mim, terá que gostar como eu sou, e quem tentar me mudar, ou será meu melhor amigo, ou meu pior inimigo.
-Kepler - então o rei foi bruscamente interrompido pela observação de K.
-K., meu nome é K.!
-Cale-se! - falou Ralph encolerizado - Você não tem o direito de me abandonar agora. Meus filhos me querem morto, você é o único em que confio. Eu salvei sua vida quando era apenas um bebê, agora eu preciso que você salve o que conquistei.
-Humf... Para que? Se enquanto eu estiver fazendo isso você irá estar morto? - Ralph caiu sentado em seu trono. K. foi se retirando da sala, quando Ralph arremessou uma espada nele, K., com um reflexo desumano esquivou rapidamente e segurou precisamente no cabo da espada. A espada tinha a letra K e um ponto: K.. Ele admirou aquela espada, e ela era linda. E tinha sua inicial. Seria tudo isso para ele? Não, não era. Havia algo muito estranho naquela espada. Ele olhou para trás e disse, após uma pausa:
-Você me decepciona Ralph. - finalizou. - Ah e, bonita espada. Para um decrépito.
K. nunca havia tratado Ralph com tanta aspereza e convicção. Ralph não poderia aceitar tal desrespeito, afinal, era seu filho, que ele pegou para criar, educou, cuidou e protegeu. Mas ele sabia que não poderia fazer nada.
K. saiu determinado da sala, e começou a correr. Naquele momento ele sabia que o Ralph não o deixaria sair de lá com vida. Então ele desceu as escadas rapidamente, e encontrou com Mari encostada na parede, ele segurou firme em seu braço, e a puxou, descendo rapidamente as escadas. Ela assustada perguntou:
-O que está acontecendo?
-Depois eu te explico - disse K. ofegante
Eles desceram as escadas rapidamente, enquanto Mari perguntava confusa detalhes sobre a situação. Eles entraram numa carroça, onde K. bateu euforicamente nos cavalos, que correram em uma velocidade muito alta. Os guardas subiram em seus cavalos e carroças e perseguiram-os. Eles conseguiram sair dos arredores do castelo, então K. desviou a carroça para a floresta e mandou Mari subir em um dos cavalos e ir para o Sul. Ela retrucou, mas K. insistiu e disse que iria ficar tudo bem, e que eles se encontrariam lá. Ela foi para a floresta e K. seguiu para a estrada, onde ele iria distraí-los até perceber que Mari estava à uma distância segura, e após isso iria subir no cavalo e ir para o sul também, seguindo seu rastro. Porém, Ralph estava enfurecido, e mandou sua besta mais poderosa para matá-lo. A besta temida por todos, chamada Rudra. Era um animal abominável, parecido com um javali gigante com chifres proporcionais ao seu tamanho descomunal. Ele tinha passos largos, e poderia alcançar a carroça facilmente. Porém K. havia feito um plano. Quando chegasse perto de Rudra, K. iria pular da carroça em cima da besta, enfiar suas adagas nela, e se guiar até a distância suficiente para conseguir nadar até a embarcação que estava no mar, um pouco longe, mas dava para chegar lá através do nado. E ele fez isso. Porém, Rudra afundou prematuramente, e não tinha volta. Os soldados estavam logo atrás, K. iria nadar até o navio. Então K. tentou, nadou, nadou até quase perder a consciência, e ser salvo por alguém, que o levou para a embarcação. Quando ele acordou, estava no sul. Em Mou.
-Mas como? - perguntou intrigado para alguém que ele achava que não estava lá
-Você sabe quanto tempo passou desacordado? - disse seu salvador sarcasticamente, que estava oculto nas sombras do canto mais sombrio da sala quadrada - quase um mês. E na verdade você estava em coma, milagre não ter morrido após beber o tanto de água que bebeu.
-Mas isso não é suficiente... - Retrucou K., um pouco assustado com a presença do estranho, e com o tempo que lhe foi dito
-Nós pegamos um Zepelim até Iôs e viemos até aqui nesse navio. - disse o estranho - você tem sorte de eu ser rico.
-Porque me trouxe até aqui?
-Porque eu salvei sua vida. Eu me senti responsável por ela. Me arrependi amargamente de ter lhe salvado, só me deu mais trabalho. - Falou ironicamente - Aliás, qual o seu nome?
-Meu nome é Kep... K. - corrigiu se lembrando do que aconteceu.
-O meu nome é Dan. Eu sou o dono desse navio, do outro que você pegou e do Zeppelin, que eu usei para nos levar ao porto de Iôs.
-Dan?! - disse K. surpreso
-Sim, eu mesmo.
Dan era o único inventor de todo o mundo. Poucos o conheciam, ele inventou tudo de mais tecnológico que a sociedade possui. A igreja não aceita suas invenções, mas ele é muito rico, por isso nunca foi condenado e nem amaldiçoado. K. era um grande fã dele, e agora, era mais fã ainda. Eles conversaram por bastante tempo, até que K. pediu para que Dan o deixasse na beira do rio, onde ele iria a procura de Mari. Dan ofereceu ajuda, mas K. recusou. Ele desceu, se despediu de Dan, o maior e único inventor relevante de Neo, e agora um amigo. K. seguiu subindo o rio, até encontrar um pequeno vilarejo.
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