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Um conto sem nome

Iniciado por Majora, 10/05/2013 às 23:59

Olá, pessoas :3
Queria que avaliassem esse conto/estória que fiz. Escrevi sem finalidade nenhuma, só pra ver como era mesmo. Mas antes quero deixar claro que nunca escrevi um conto ou algo do tipo antes, então peguem leve -q

NOTA:
Sei que a forma mais adequada pros diálogos seria do tipo: " - Oi, Fulano " Mas resolvi fazer diferente.

Spoiler


"Um homem, dois homens, quatro homens... Não! Um homem, dois homens, três homens, quatro, não, aquele não parece um homem." A voz baixa e arrastada não podia ser ouvida de longe. "Seis, quatro, quatro não!" E continuava.
A jaula era fria, e a fome piorava a situação. Não podia fazer nada senão esperar pra me juntar aos corpos. Corpos irreconhecíveis, uns decompostos, outros carbonizados, outros sabe lá Deus o que lhes ocorreu.
A figura grande e com aparência estúpida parou de contar os corpos no chão(não estava tendo muito sucesso nisso), e se virou para mim. Talvez se perguntando se eu estava viva, já que minha condição não era das melhores.
De repente entrou o Doutor. Não sei porquê Doutor, mas se intitulava assim. Algum líquido pingava de suas mãos enquanto andava depressa na minha direção. Parou ao lado do homem grande e o ordenou que me tirasse da jaula. Não pude resistir. Na verdade, não pude fazer nada durante muito tempo, devido à fome, frio, e outras coisas que não sei explicar.
"Tomara que dê certo. Você vai colaborar, não vai?" O Doutor tinha um grande sorriso no rosto. Ele sabia que eu não colaboraria, nem ia resistir, estava quase morta. Era um homenzinho muito sarcástico.
Enquanto era carregada, as lembranças começaram a vir mais fortes.

Eu estava investigando o desaparecimento de um idoso nas redondezas de um bosque. Nunca entendi essa mania que alguns têm de viver isolados da sociedade, isso só traz problemas.
Meu parceiro, Alexander veio ao meu encontro depois de ir ver a casa do velho.
Ele tinha achado um diário, quando o abri, Alexander fez uma de suas tristes piadinhas, sobre o diário ser algo pessoal e que não iríamos para o céu se lermos. Ignorando isso(o que fazia na maioria das vezes), comecei a folhear o diário. O desaparecido tinha insuficiência cardíaca. Não era fácil acreditar que ele frequentava um hospital, considerando que não haviam remédios em prateleiras, e o difícil acesso à cidade daquele ponto. Segundo o diário, o doutor dava medicamentos naturais para o tratamento.
"Talvez ele estava se sentindo mal, e tentou ir até a cidade. Ele pode ter morrido no caminho." Uma suposição inteligente de meu parceiro. "Então vamos olhar nas redondezas, talvez achemos o corpo." Disse guardando o diário comigo.
Procuramos durante horas floresta a dentro. Já era noite quando achamos um grande '26' gravado em uma árvore. A árvore era diferente das outras, não entendo de botânica para especificar. Olhei em volta e vi outra árvore, parecida com a do '26', mas havia um '25' cravado nesta.
"Alexander, você fica. Continue procurando pelo corpo. Eu vou ver o que diabos é isso."
Segui durante muito tempo, sempre que achava uma árvore com um número, ia até ela e procurava outra. Os números estavam em ordem decrescente, suspeitei que aquilo era uma marcação para chegar até algum lugar.
Finalmente quando cheguei na árvore 'número 1'. Não precisei olhar duas vezes. Uma construção quadrada e cinzenta se erguia no meio da floresta. Não tinha janelas nem aberturas. Andei em volta da caixa e encontrei uma porta, que por sorte estava aberta.
Não iria voltar todo o caminho para chamar Alexander, então entrei.
Estava muito escuro, se não tivesse minha lanterna, com certeza não entraria lá. Estava caminhando por um grande corredor de pedra, o frio começava a me incomodar, quando achei um alçapão. Mesmo sabendo que corria perigo, desci.
Ainda estava escuro, mas agora eu sentia a umidade do lugar. Era um outro corredor que seguia para uma escadaria.
Estava terminando de descer quando comecei a ouvir vozes. Uma voz, na verdade. O outro som era um lamento horripilante. "Estúpido, estúpido! Eu lhe disse pra fechar a porta!" disse uma voz fina e rápida. "Huh...Des...Descul..." Essa voz tentava se desculpar. "Sem desculpas, seu brutamonte acéfalo! Se o Doutor dependesse desse seu maravilhoso intelecto..." As vozes estavam se aproximando. Corri escada a cima.
Acabei notando algo que não tinha visto antes, haviam grades de metal nas paredes do corredor. Mesmo sabendo que deveria correr, olhei dentro de uma cela.
Levei uma facada de terror quando consegui enxergar. Tinha uma... Coisa assustadora caída, provavelmente morta. Não consigo descrever, mas tinha penas e pequenas asas, mas seu corpo era comprido, esparramado pelo lugar, coberto de sangue. Ainda tinha pernas, 6 ou mais delas. E a cabeça, por incrível que pareça, era humana. Com os olhos saltando das órbitas e uma língua amarela pendia da boca. Não consegui fazer nada a não ser gritar, largando involuntariamente a lanterna. Tudo ficou escuro.
Quando abri os olhos, estava sendo arrastada por um chão frio e úmido, sentindo meu braço ser apertado por uma forte e enorme mão áspera. "Parece que nossa visita acordou! Se queria me ajudar nas tarefas do Doutor só precisava pedir, não devia sair correndo!" disse a voz fina com uma gargalhada. Depois disso, fui arrastada por muito tempo até ser presa numa jaula, que ficava no centro de uma grande sala suja, com vários corpos no chão, alguns empilhados, outros quase não se podia dizer que era um corpo.

"Olha só, olha só. Você vai servir muito bem, minha querida." O Doutor ia na frente, enquanto eu era carregada. Depois de algum tempo andando, fui colocada numa cama, amarrada.
O Doutor me deu algum remédio, mas me recusei a tomar. "Vamos! Se você quiser ser a minha predileta, vai ter que me obedecer! Agora abra a boca" me recusei a abrir, então ele me socou no estômago, me forçando a gritar, então jogou seja lá o que for na minha boca. Adormeci pouco tempo depois.
Quando acordei novamente, estava me sentindo estranha. Ainda estava amarrada, e ouvi tiros e gritos.
"Quantos tiros preciso dar até que você caia?!" era a voz de Alexander. Como diabos ele tinha chegado até aqui? Isso não importa. Ele estava atirando com uma escopeta contra o grandalhão, que estava quase morto, mas ainda avançava. O Doutor não estava na sala.
Alexander conseguiu fazer com que o gigante tropeçasse, então deu um tiro em sua cabeça, que o parou para sempre.
"Alexander!" gritei com a pouca força que tinha. "Bela adormecida!" ele veio correndo e me soltou.
"Como conseguiu... Como chegou aqui?" minha cabeça ainda rodava.
"Bem, acredite se quiser, mas eu me perdi na floresta. Fiquei 3 dias sem achar uma trilha, mas consegui sobreviver ficando na casa do velho. Depois de muita procura achei uma daquelas árvores, então cheguei aqui."
"Ainda bem que conseguiu chegar... Eu não sabia o que ia acontecer comigo" tentei andar, mas estava tonta. Alexander me ajudou até que eu conseguisse andar normalmente.
Estávamos subindo as escadas, parecia que tudo ia acabar ali, voltaríamos pra cidade e eu nunca mais atenderia a casos como esse. "Vamos, meus queridos!" gelei quando ouvi a voz. Ainda mais com os rugidos e outros barulhos que vinham da mesma direção.
"Mas o que é isso?!" Alexander se virou para olhar. "Vá na frente, quando chegar na árvore número 29 siga uma trilha na esquerda, você chegará num bar. Te encontro lá quando acabar aqui" sem me dar tempo de resposta, ele saiu correndo em direção aos barulhos.
Eu não podia ir atrás dele, eu só atrapalharia seja lá o que fosse, e não poderia lutar se fosse preciso. Resolvi seguir a trilha. E, bem... Essa foi a última vez que vi Alexander.
[close]

Caralho Majora...
Meu amigo...
Pra você, que não tem ideias, não manja das escrita tudo, que é totalmente desespirado *badumtsss*, esse texto está bom.
A história é empolgante, eu pulei da cadeira quando li que o cara tomou uma facada, e não é modo de dizer não, deve ser porque eu to meio bêbado, sei lá. Huauheuah.

Mas maninho... Ficou foda! Espero ver você escrevendo mais e tal! Boa sorte com suas próximas histórias. E use o traço para fazer a conversação. Só use o Aspas caso seja a citação da fala do cara, ou a fala do cara no meio de uma descrição.

Safety and peace.
ALGUÉM FALOU EM JAIMES DESING?!

// -> cHEAT .exeKUTIVE OFF-ice ~~//


14/05/2013 às 17:54 #2 Última edição: 14/05/2013 às 17:56 por Elyven
Ficou muito interessante. Não há problemas em usar aspas nos diálogos! Não precisa do hífen, é um estilo que muitos  autores norte-americanos  usam. Até eu uso em alguns contos.  Bem, "Um Conto sem Nome" está sendo um bom conto! Vale a pena dar continuidade no texto e melhorar um pouco a revisão.

Valeu pessoal!

@Dyas
Só depois de muito tempo comecei a refletir
É, geralmente eu tenho umas ideias "bestinhas" como essa e.e
Já que achou legal, vou continuar tentando escrever outras histórias o/

@Ely
Pois é, eu não lembro onde tinha visto isso de por os diálogos com aspas, acho que foi até numa das suas histórias e.e
Bem, não sei se vai ter continuidade. Como falei, só fiz pra ver se pego o jeito mesmo.
Que bom que gostou ^^


Hasta la vista