Desventuras em Peace, a cidade da "Paz" [1º Capítulo]

[Milho]

[box class=windowbg3]Informações:[/box]
[box class=plainbox]   A história se trata de um texto de drama/suspense, com um tom irônico. Se passa no mundo das fantasias num planeta nomeado Terra, pouco mais de dois mil anos depois de um homem supostamente ter sido condenado à morte, e crucificado. A pesar da inexistência de provas concretas sobre a existência da tal cidade de Peace, ou dos personagens dessa história, existem pessoas que juram que tudo aqui citado realmente aconteceu. Opiniões, críticas ou falas de personagens ou trechos não expressam necessariamente a opinião do autor. E a linguagem usada varia entre os personagens, podendo haver gírias, palavrões ou coisas do tipo. Boa leitura.[/box]

[box class=windowbg3]Introdução:[/box]
[box class=plainbox]   Peace, a "cidade da paz", um lugar calmo e tranquilo, habitado por poucas centenas de moradores, construída ha poucas décadas atrás. Poderia até ser um lugar pacífico, como todo mundo dizia, se não fosse aquele 'bendito' presídio. O presídio de Peace, um local onde 90% da habitação nem pertence à cidade. O presídio abriga criminosos de cidades vizinhas, cujas quais não possuem mais espaço para abriga-los. Peace nunca foi uma cidade violenta. mas isso mudaria. Mudaria bruscamente, em uma noite. Naquela noite.[/box]

[box class=windowbg3]Personagens:[/box]
[box class=plainbox]Nome: Marck
Idade: 14 Anos
Sobre: Marck é o personagem principal da história. Mora com sua mãe, Vivian, na cidade de Peace. Nunca conheceu seu pai, nem tem informação alguma sobre o mesmo. Marck é um garoto curioso e carismático.

Nome: Vivian
Idade: 31 Anos
Sobre: Vivan mora com seu filho único, que teve ainda muito jovem. Guarda um segredo que nunca contou a ninguém. É uma mulher humilde e simpática.

Nome: Carlos
Idade: 44 Anos
Sobre: Dono do mercado de Peace. Gosta muito de Marck, e está quase sempre de bom humor.

De acordo com o avanço da história, novos personagens serão apresentados.
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[box class=windowbg3]Capítulo 1- Peace, a cidade "quase perfeita".[/box]
   [box class=plainbox]Peace, a cidade da Paz. Esse era o lema de Peace, uma cidade que fica na região centro-oeste de um país que adota o sistema capitalista. Ah, o sistema capitalista, sistema de comércio coercivo. E falando em comércio, lá estava Marck, um garoto que viveu sua vida inteira na cidade de Peace - ou pelo o menos era isso que sua mãe lhe dizia -, comprando alguns pães no mercadinho local.
- Bom dia, seu Carlos !
- Ei, bom dia, Marck ! Como vão as férias ?
- Ah, normal.
- Heh. E sua mãe, como vai ?
   Seu Carlos sempre teve uma quedinha por Vivian, mãe de Marck. Pena que ele era bem mais velho que ela.
- Vai bem, obrigado. Seu Carlos, o senhor ainda vende aqueles biscoitinhos da sorte ?
- Rapaz, eu parei de fazer os biscoitos depois que o chinês abriu a loja ao lado. Mas vou ver se ainda sobrou algum !
- Obrigado, seu Carlos !
   Marck adorava os biscoitos da sorte. Não por dizerem que ele dava sorte, mas sim, por eles serem crocantes, gostosos e virem com um provérbio dentro. Marck adorava provérbios. Para ele, provérbios pareciam frases sábias e intelectuais.
- Aqui, Marck, encontrei dois.
- Obrigado, seu Carlos.
- Vai querer mais alguma coisa ?
- Sim. Quero 3 pães e um refrigerante.
- Dá 6 reais no total.
   Antigamente, as coisas eram mais baratas. Mas cada dia que passa, as pessoas querem mais dinheiro, e os impostos e a necessidade do lucro aumentam. Não é culpa de Seu Carlos que as coisas sejam tão caras. A culpa é do sistema capitalista.
   "Real" é o sistema monetário que prevalecia na cidade de Peace. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.
   Marck enfia a mão direita no bolso da calça, e cata algumas moedas para pagar sua compra.
- Toma aqui o dinheiro.
- Obrigado, Marck. Mande um abraço à sua mãe !
- Pode deixar, seu Carlos !
   Então, Marck correu até sua casa, que se encontrava duas ruas acima do mercado. Era uma distância relativamente curta, a qual, Marck percorria todo dia para comer alguma coisa, pouco antes de partir para escola. Mas estava em tempo de férias, fato que dava algum tempo a mais para Marck dormir antes de ir ao mercado.
- Marck, achei que não ia mais voltar !
   Exclama Vivian, sua mãe, estranhando sua ausência de 46 minutos, sendo que o percurso de ida e volta ao mercado duravam aproximados  11 minutos, e Marck não levaria tanto tempo no mercado. Mas o atraso se devia ao fato de que Marck, no percurso de ida, parou algum tempo para conhecer o novo restaurante chinês que havia sido construído recentemente.
- Desculpe, mãe, parei pra ver o restaurante chinês novo.
- Tudo bem, mas podia ter me avisado.
- Sinto muito.
- Tudo bem. Coma logo os pães, que jajá eu vou fazer o almoço. Depois você perde a fome, aí já viu, né... ?
- Ok. Ah, seu Carlos mandou um abraço !
- Obrigado. Qualquer dia desses, eu te levo no restaurante novo.
- Legal !
- Agora coma seus pães que vou preparar a comida.
   O relógio marcava 10:16. Mal sabiam Marck, Vivian, seu Carlos e os outros moradores de Peace que, daqui à 13 horas e 44 minutos, a cidade viveria uma mudança bem... Desagradável.[/box]