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Batalha 01 - Avaliem por favor!

Iniciado por VincentVII, 27/07/2013 às 20:35

27/07/2013 às 20:35 Última edição: 18/08/2013 às 12:02 por VincentVII
Alguns de vocês talvez conheçam a série que eu estou escrevendo, que atualmente anda parada, (Propaganda Mode: ON) Raiki no Handora Densetsu. Como eu me baseio em mangás e animês eu tento deixar as batalhas o mais legal possível.

Sempre achei que no quesito de batalhas a maioria dos livros não investe muito. Geralmente rola uns três ou quatro golpes e pronto. Para tentar escrever as batalhas da minha história eu imaginei um animê paralelo baseado em Devil May Cry e só focado em lutas para treinar o desenvolvimento de lutas. Nessa história paralela, portais começam a se abrir no mundo todo e criaturas demoníacas invadem a Terra. O protagonista é escolhido para ser o guardião do planeta.

Eu escrevi esse texto para demonstrar como eu descrevo as lutas, utilizando o estilo clássico dos mangás e animês. Gostaria de saber a opinião de vocês a respeito da descrição. Falta mais ação? A descrição dos golpes ficou boa ou ruim? Será que deu pra fazer a imaginação rolar numa boa? Lembrando que eu gostaria da sua opinião a respeito das lutas, não pus muito trabalho na história, nos personagens e nos nomes pois é só um texto de treino.

Tem um pouquinho de história antes da luta para situar melhor o leitor, mas caso você queria pular é só apertar Ctrl+F (uso o Chrome e é esse o comando, não sei se funciona em outros browsers) e procurar pela palavra "verme" que já vai para o momento da ação mesmo. Boa leitura!



Koji VS Barathios


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Koji chegou à fábrica abandonada. O lugar havia falido há cinco anos e desde então tinha se transformado num depósito de máquinas velhas e enferrujadas. Alguns mendigos usavam o lugar como dormitório e outros jovens costumava a fazer festas no telhado, mas nos últimos dias circulavam boatos que pessoas tinham sido encontradas mortas nas proximidades da fábrica. Dizer pessoas seria uma forma de tentar amenizar a verdade, partes de corpos devorados que tinham sido encontrados em meio a poças de sangue em diferentes pontos do local. A polícia não tinha ideia de quem estava fazendo isso, mas Koji sabia. E era por isso que ele estava naquele lugar. O jovem foi até uma escada de emergência e subiu para o teto.
  Não havia nada ali em cima, a não ser chaminés que não soltavam mais fumaça, alguns transformadores empoeirados e postes de iluminação quebrados. A noite ficava mais gelada a cada minuto, mas a sua jaqueta lhe protegia do frio. A maior preocupação de Koji era a falta de iluminação. Apenas a luz refletida pela lua e algumas estrelas que brilhavam incessantemente iluminavam o seu caminho. Seus olhos começaram a se acostumar com a escuridão e Koji conseguiu distinguir melhor as formas do telhado. O jovem olhava para todos os lados procurando o motivo da sua busca. "Cadê você, desgraçado?". Pequenas fumaças brancas saíam da boca do jovem e desapareciam na sua frente a cada suspiro nervoso dado. Os seus passos aumentavam de velocidade na mesma quantidade que sua impaciência. O som de seus pés raspando no telhado foi interrompido por um assobio agudo que parecia vir dos quatro cantos do mundo.
Koji sentiu um calafrio na espinha, mas se recompôs. Concentrando-se ele encontrou a direção da qual vinha aquele barulho e o seguiu.
Ele já estava há alguns metros de distância do fim do telhado quando uma silhueta negra lhe chamou atenção. De onde terminava o telhado da fábrica abria-se um vão de cinco metros de largura. Koji sabia que aquele não era o fim da fábrica, pois um segundo prédio se levantava no fim do vão parando talvez um ou dois metros mais acima do seu nível. E era no teto desse andar que a misteriosa criatura se aninhava. Pela distância Koji não conseguia ver muito além da sua forma escondida pelas sombras da noite. A visão que tinha era de uma gárgula grande e magra empoleirada na borda do telhado a sua frente, com as asas recolhidas e os chifres apontando para a direção da lua.
O demônio não notara sua presença, foi o que Koji pensou. Ele estava sentado sobre a borda, com um pé se apoiando nela e outro balançando no meio do ar. O demônio admirava o luar enquanto assobiava o que parecia ser uma marcha fúnebre. Koji fechou os punhos e apertou os polegares com força. Lentamente ele começou a andar para a borda do seu telhado, pensando que a escuridão da noite o ajudaria a se aproximar sem ser visto. Mas esse pensamento morreu quando a figura monstruosa começou a falar sem virar o rosto.
- É meio tarde para dar um passeio, não acha, garoto? – a voz dele era rouca e profunda,  parecendo raspar o ar com suas palavras. – Não ouviu falar que essas bandas estão perigosas ultimamente?
- Seu nome é Barathios? – gritou o jovem em resposta e sua voz ecoou pela noite.
- Depende de quem procura. Quem é você, garoto?
- Eu lhe fiz uma pergunta! – disse o jovem mais irritado.
O demônio virou a cabeça em sua direção dando um sorriso amedrontador. Neste momento pareceu que a lua mudou sua posição e refletiu a luz bem em cima do demônio dissipando as sombras que o cobriam. O nariz eram duas vendas profundas e negras, como dois abismos gêmeos um ao lado do outro. A boca era grande, com lábios secos e rachados e dentes pontiagudos e amarelos. O queixo mais parecia uma adaga apontada em sua direção e os olhos eram duas grandes bolas negras com uma pupila vermelha e fina. A boca se abriu lentamente emitindo outro ruído gutural.
- Nunca te disseram que antes de se apresentar você deve dizer primeiro o seu nome?
- Não tenho motivos para me apresentar para um demônio! – respondeu o jovem rispidamente.
- Então o demônio não vê motivos para fazer o mesmo. Vá para casa, garoto, antes que algo de ruim aconteça com você.
O demônio voltou a olhar a lua e assobiar sua marcha fúnebre, ignorando Koji. O jovem apertou as mãos novamente com mais força. Ele tinha certeza que aquele demônio era o tal de Barathios. E Koji precisava de suas respostas, por isso gritou outra vez:
- Por que os portais estão se abrindo? O que os demônios querem com o nosso mundo?
- Você gosta de fazer perguntas, deve deixar os professores a malucos. Não sei do que você está falando! – mentiu sem ao menos tentar soar verdadeiro.
- Me responda, seu demônio de merda! Ou então...
- Ou então o quê? - Barathios virou a cabeça e o pescoço num ângulo humanamente impossível e encarou o jovem com seus assustadores olhos negros.   
- Ou então eu vou arrancar as palavras da sua garganta.
Koji se colocou em posição de batalha e se preparou para avançar. Barathios estendeu o braço, erguendo o dedo indicador. Uma grande unha roxa saía da ponta dele semelhante a uma lâmina curvada e afiada o suficiente para cortar um humano como se fosse papel. Pequenas foices, foi o que pensou Koji.
- Eu não faria isso se fosse você! – precaveu o demônio balançando o dedo.
O jovem não deu ouvidos e disparou em direção ao prédio. Ao ver o garoto correndo, Barathios comprimiu os lábios secos e soltou um assobio baixo e agudo, tal como o de um apito de cachorro. O chão tremeu e as paredes da fábrica sacudiram. O vidro das janelas empoeiradas estalou e se partiu, caindo no chão na forma de centenas de cacos. O jovem, por instinto, saltou para trás momentos antes de um enorme verme surgir do meio da terra entre ele e o prédio do demônio.
O verme devia ter no mínimo uns vinte metros de comprimento e entre seus anéis saíam pequenos espinhos. Koji sentia que aquela criatura emanava uma forte aura assassina. Vermillion dobrou sua cabeça na direção do jovem e se abriu num grande X. Milhares de dentes famintos se revelaram e uma segunda boca circular se abria por dentro da garganta. Parecia um mar infinito de caninos brancos.
- Hora do jantar, Vermillion! – disse Barathios para o enorme verme – Limpe o prato dessa vez, já estou cansado de ver esses humanos encontrando as suas sobras.
O monstro soltou um grito agudo e penetrante nos ouvidos de Koji e se jogou sobre ele tentando engoli-lo. Este saltou para trás e se afastou mais alguns passos. Vermillion se ergueu novamente, se inclinou para trás para pegar impulso e avançou outra vez na sua presa.
Ouviu-se um som de algo sendo rasgado e o demônio sorriu, mas a alegria fugiu do seu rosto ao ver que o garoto ainda estava de pé ao lado do verme. Uma linha horizontal se estendeu pelo corpo de Vermillion, indo da boca até o ponto ao lado do garoto. Então um sangue verde jorrou do verme e fazendo uma linha gosmenta pelo teto da fábrica. Vermillion soltou um último grito de dor, se contorceu e então caiu morto. De um dos braços do jovem, por um buraco rasgado no fim da manga da jaqueta, saía uma lâmina metálica coberta com o sangue do verme escorrendo pela ponta.
O demônio pôs uma das mãos na testa e começou a rir
- Hahahahaha! Não consigo acreditar! Quem diria que hoje eu seria visitado pelo tão famoso Kaiser Guardian. Achei que as histórias eram apenas boatos.
- Se ouviu as histórias sabe o que vai acontecer agora.
- Mas é claro! – Barathios limpou a garganta fazendo pose de discurso – Quando o equilíbrio for interrompido, os braceletes de Kaiser irão eleger um novo guardião. O escolhido será presenteado com incríveis habilidades sobre-humanas e terá a missão de livrar a Terra de todo o mal, até que o equilíbrio seja restaurado. Centenas e centenas de demônios caírão perante suas mãos e no final o bem triunfará novamente... Hahahahahaha! E eu achando que isso era uma história que a gente contava para assustar os bebês demônios.  – Barathios passou a língua pelos dentes e o jovem percebeu que ela se dividia em duas igual as das cobras – Essa noite acaba de ficar interessante.
Koji apertou os olhos encarando Barathios. O demônio abriu a mão e uma imensa bola de fogo se projetou sobre sua palma. Barathios a lançou sobre Koji que a rebateu com a lâmina do bracelete. Barathios riu e abriu a outra mão, conjurando duas bolas de fogo dessa vez. Lançou as duas simultaneamente, depois conjurou mais duas e as lançou novamente e continuou repetindo o golpe. Koji foi saltando para trás, defendendo-se da melhor maneira possível. A lâmina lançava as bolas flamejantes para o céu que explodiam como fogos de artifício. A manga da jaqueta de Koji começou a pegar fogo. Koji a arrancou e a jogou fora. Agora em seus braços eram visíveis ambos os braceletes de Kaiser. Barathios cansou-se e parou o ataque, dando tempo para o guardião reagisse. Koji disparou para frente e, ao chegar na borda do teto, saltou na direção do demônio.
Barathios abriu as asas negras e saiu voando segundos antes de Koji aparecer em sua frente com o braço erguido tentando fincar a lâmina em sua cabeça. O demônio escapou do golpe e a lâmina de Koji ficou agarrada no teto. O demônio voou para trás dele sorrindo.
- Hahahahahaha! Algum problema, guardião?
Koji rosnou para ele e retraiu a lâmina, fazendo-a sumir por um buraco do bracelete. Barathios olhou para o chão, medindo a distância que o guardião havia saltado.
- Sua capacidade física é muito boa, devo reconhecer. Mas não creio que você consiga voar. E agora? O que vai faz...
Um tiro raspou em um de seus chifres, pegando o demônio de surpresa. Koji apontava um dos seus braços para ele. Ao levantar o segundo ouviu-se um barulho semelhante ao de uma máquina carregando. Os buracos dos braceletes começaram a brilhar e Koji gritou:
- Energy Blast, Rapid Fire!
Dezenas de balas de energia saíram dos braceletes na direção do demônio. Barathios deslizou para o lado escapando da saraivada. Koji ajeitou a mira e disparou outra rajada de balas. O demônio desviou delas fazendo piruetas no ar e rindo histericamente. Os braços de Koji tentavam acompanhar o movimento do demônio, mas ele era rápido demais. Então os tiros se cessaram.
- Merda!
Percebendo que o guardião havia ficado sem energia, Barathios mudou o curso de seu voo e deu um rasante mortal para cima de Koji.
- O que foi,  guardião? Acabou a munição? – o demônio zombou com seu sorriso macabro enquanto se aproximava em alta velocidade.
Koji riu.
- Idiota! Energy Blast, Slash Beam!
- Filho da...
Um feixe de luz concentrado disparou do bracelete. Barathios tentou desviar para a esquerda, mas o feixe lhe acertou em cheio arrancando metade de sua asa. O demônio perdeu a estabilidade e afundou no chão. O som da queda repercutiu tão alto que parecia que um prédio tinha desabado. Koji chegou perto da borda do prédio e viu que uma pequena cratera tinha se aberto onde o demônio caíra e agora Barathios se levantava irritado. O demônio dobrou as pernas e se impulsionou de volta ao prédio. Agora o sorriso dele havia mudado para uma expressão de pura raiva.
  Koji pôs a lâmina de ambos os braceletes para fora e avançou em Barathios. O demônio saltou por cima dele e girou a sua calda derrubando o guardião. Depois ele lançou suas garras à garganta de Koji que girou para o lado fazendo a mão do demônio agarrar no teto. Koji se levantou rapidamente e pulou em Barathios. O demônio conseguiu se soltar a tempo de saltar para trás, mas a lâmina conseguiu fazer um pequeno corte em seu ombro.
Koji continuou avançando, dando vários cortes diagonais consecutivos com as lâminas. Barathios ia recuando e desviando dos golpes. Quando percebeu que já se aproximavam da outra borda do prédio, Barathios abriu sua boca soltando uma labareda de chamas em Koji. O guardião saltou para trás, o fogo acertou sua calça e começou a subir pela perna. Koji conseguiu apaga-lo, mas quando o fez, percebeu que Barathios havia encostado no teto e de suas mãos saíam uma espécie de sombra. A sombra se dividiu e formou um losango em volta dele. O demônio, então, gritou:
- Shadows' Dance!
As sombras começaram a se levantar formando quatro clones de Barathios. Os clones avançaram com as garras em Koji. Mesmo sendo feitos de sombra os clones pareciam ser tão sólidos quanto o original. Koji foi se defendendo dos ataques e empurrando-os, mas eles estavam conseguindo atocaia-lo. Um deles chegou por trás rasgando a camisa de Koji e quatro filetes de sangue escorreram por suas costas. Koji gritou de dor e raiva e retraiu ambas as lâminas. Depois estendeu os braços e os braceletes voltaram a carregar energia.
- Energy Blast, Hurricane!
Koji girou disparando os projéteis de energia. Os tiros acertaram os clones, dissipando as sombras e destruindo todos eles. Quando terminou de girar Koji foi surpreendido com as garras de Barathios que vinham na direção de sua cabeça. O jovem conseguiu chamar as lâminas de volta a tempo de protegerem seu rosto formando um X. Mas o Barathios era muito mais forte do que Koji imaginara e o demônio começou a empurrá-lo para fora do prédio enquanto suas garras tentavam alcançar o rosto de Koji.
Chegaram à borda.
Koji sabia que em termos de força física não conseguiria combater o demônio. Precisaria agir rápido! Então o jovem saltou para fora do prédio. No meio do ar apontou a lâmina para a perna de Barathios. Ouviu um som de disparo e a lâmina saiu voando presa a uma corrente que saía do buraco do bracelete. O demônio não esperava por esse golpe e percebeu quando lâmina entrou em seu tornozelo. Koji segurou a corrente com ambas as mãos e as puxou. Barathios se desequilibrou e despencou do prédio se esborrachando no chão novamente. Koji aterrissou em sua cabeça, afundando-a no chão.
O bracelete puxou a corrente e a lâmina se soltou do tornozelo de Barathios. Koji agarrou o demônios pelos chifres e o tacou na parede.
- Vai me responder ou eu preciso continuar?
O demônio respondeu abrindo a boca e sua língua se esticou igual uma cobra vermelha. A ponta da língua, que se dividia em duas, abriu mais um pouco revelando uma segunda e pequena boca. Koji agarrou a língua e a cortou com a lâmina da outra mão. Barathios soltou um gemido agudo e irritante. Koji avançou e segurou seu pescoço. A lâmina ficou rente à garganta do demônio.
- Por que... os portais... estão... se abrindo? – Koji soou impaciente e irritado.
- Vá... se... ferrar! Hahahahahaha!
Koji jogou Barathios no chão, chutou seu queixo e pisou em seu peito. Depois apontou o braço para sua testa e o demônio viu que o bracelete carregava outro tiro.
- Vamos! Diga! – Koji ordenou.
- Vamos! Atire! – o demônio lhe respondeu com a voz esguichada.
- Eu vou te matar!
- E eu vou morrer!
- Por que você não fala?
- Por que você não atira?
- FALE!
- ATIRE!
- ME DIGA!
- ME MATE!
O bracelete disparou. Sangue voou por toda a roupa de Koji que olhava o corpo do demônio inconformado. Tinha vencido a batalha, mas não se sentia vitorioso. As perguntas permaneciam sem resposta.
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Viva a lenda!



28/07/2013 às 12:13 #1 Última edição: 28/07/2013 às 12:31 por Kazuyashi
Mas o que é isso, meu rapaz! Até me empolguei e quase imitei aqueles lunáticos que saem nas ruas pensando que são seus personagens favoritos e atacando transeuntes! Hehe. Por um momento eu quis ser esse Koji aí. Ele ficou muito bem descrito.

Aliás: não só ele, mas toda a situação no geral. E você descreveu o combate de uma forma intensa e inspiradora, pelo menos para mim. Na época em que escrevia minha série sobre samurais, queria ter metade dessa habilidade para retratar confrontos. A maioria era ridiculamente efêmero, diferente do seu que está muito bem desenvolvido.

Ah, e uma outra observação: este estilo corrido de narração que você possui cai perfeitamente bem com este tipo de texto de ação. É importante ter uma narrativa mais pausada em alguns momentos, porém não se desfaça dessa sua característica de narração acelerada. Ela é ótima!

Ela é tão boa que você não cometeu o erro que acho mais comum quando a estamos utilizando: comer vírgulas necessárias. Geralmente, para esse estilo, extirpam-se as vírgulas estilísticas, mas não as necessárias. E isso simplesmente para que não fique tudo em "ponto" e embole um raciocínio no outro. Já você não cometeu isso! Ficou tudo muito bem descrito. Parabéns novamente, Vincent. Arrebentou, cara.

Ah, e desculpe também o único palavrão desse comentário, mas não posso deixar de usá-lo: Barathios é foda! Gostei demais dele, Vincent! Sério mesmo, muito bom. Parabéns pelos belos personagens. Consegui imaginá-los direitinho.

Mas assim: agora vem aquela parte chata. Posso te dar alguns puxões de orelha? Hehe. Se não puder, então pule toda esta parte que virá agora, beleza? rs.

Bom, não são erros crassos, mas tive de apontá-los pois, se fosse eu o escritor da vez e os tivesse cometido, gostaria que alguém os apontasse para mim. E não pense que isso é uma forma de destruir o escritor ou sua obra. É mais para uma questão de aperfeiçoamento mesmo. É importante se defrontar com erros para que estes não sejam mais cometidos ou para que, pelo menos, seus índices de aparecimento caiam por terra.

Não sou perfeito escrevendo. Ninguém é. Ninguém m-e-s-m-o. E a "perfeição", por si só, é uma falha abominável por um simples motivo: não pressupõe evolução. O bacana mesmo é ficar "um passo atrás da perfeição". Também não cheguei nesse ponto, infelizmente. Ainda cometo alguns deslizes, mas se eu tiver condições de ajudar, farei o melhor possível.

Ah, e caso você venha a encontrar algum errinho, por mais bobo que possa parecer, nos meus textos (caso venha a lê-los), se quiser, pode apontá-los também! Hehe. Estou certo de que irá achar, principalmente quanto ao uso de crases. Sei algumas regras, mas sempre as uso por instinto. 90% das vezes uso certo, mas nos 10 restantes saem um verdadeiro fracasso. hehe

Então, para resumir isso tudo: estarei apontando alguns erros, mas não é para te rebaixar. Longe disso. É uma forma de tentar te ajudar a não cometê-los mais. E vamos ao que interessa:

[...]outros jovens costumavam fazer festas [...] 

Deve ter sido erro de digitação, mas a formação original ficou um pouco estranha, Vincent. Eu corrigi para o que, a meu ver, se encaixaria melhor.

[...]amenizar a verdade, partes de corpos devorados [...]

Essa composição, também a meu ver, não caiu muito bem não. Será que assim não ficaria melhor: 'Dizer pessoas seria uma forma de tentar amenizar a verdade sobre partes de corpos devorados terem sido encontradas em meio a poças de sangue em diferentes pontos do local.'

Mas não existe um único modo para se formular frases. Poderia ser, por exemplo, desse outro jeito, o que a tornaria mais sucinta e pausada: 'Dizer pessoas seria uma tentativa de amenizar a verdade: partes de corpos devorados serem encontradas, em meio a poças de sangue, em diferentes pontos do local.'

[...]mas sua jaqueta lhe protegia do frio.

A contração 'do' foi comida no original. Eu a inclui no trecho acima.

[...]O jovem olhava[...]

Houve um erro de digitação aqui. No original, em vez de 'va', estava 'da'.

Os seus passos aumentavam de velocidade na mesma quantidade que sua impaciência.

Não ficou errado, mas sei lá. A meu ver não caiu muito bem desse jeito. Será que 'frequência' ou 'medida' não cairia melhor ali em vez de 'quantidade'? Mas pode pular este item. É só uma sugestão. Hehe

É meio tarde para dar um passeio, não acha garoto?[...]

'Garoto', neste caso, é um vocativo. Salvo situações especiais, sempre, antes de vocativo, procure usar vírgula, beleza, Vincent? -- Viu? Usei seu nick aqui só para exemplificar mesmo. Hehe.

Quem é você, garoto?

Viu só? Aqui você já usou certinho! É isso aí, continue assim, rapaz.

O nariz não eram duas vendas profundas e negras, como dois abismos gêmeos um ao lado do outro.

Salvo situações especiais, procure concordar o verbo com o sujeito. Embora alguns teóricos da língua portuguesa digam que isso não é necessário, fazer isso cai melhor e é, até onde sei, o que a maioria aceita.

E ainda nesta frase: está correto o uso do 'não' ali ou foi erro de digitação? Se estiver correto, achei que ficou um pouco confuso. Seria mais interessante fornecer uma descrição do que uma não descrição neste caso. E a palavra 'venda' está certa? Não seria 'fenda'?

Vá para casa garoto, antes que algo de ruim aconteça com você.

Você usou a vírgula corretamente, mas esqueceu novamente da vírgula do vocativo.

Eu não faria isso se você!

Esqueceu do verbo. Provavelmente é um 'fosse', mas por mais intuitivo que seja, ainda assim é necessário. Hehe.

[...]tal como o de um apto de cachorro.

Você comeu o 'i' de 'apito'.

Hahahahaha! Não consigo acreditar! Quem diria que hoje eu seria visito pelo tão famoso Kaiser Guardian. Achei que as histórias eram apenas boatos.

Acredite: eu já cometi MUITO este erro e, com certa propriedade, posso te dar esse conselho: meu amigo, por mais tentador que possa ser colocar 'hahahaha', 'MUHAHAHAH', 'hehehe', 'kkkkk', ou qualquer outra onomatopeia que expresse o ato de rir, simplesmente evite.

EVITE.

Ou melhor: EVITE, RE-EVITE e EVITE NOVAMENTE.

Isso deprecia muito (muito mesmo) a qualidade e seriedade do texto. Sério. Para fazer um personagem rir, basta dizer que ele está rindo. No máximo, descreva a risada. Algo do tipo: 'E ele começou a rir. Era uma gargalhada estridente tal qual a de um psicopata após lamber o sangue casto de sua vítima.'

[...]eu seria visito[...]

Ocorreu apenas um erro de digitação. O certo seria 'visitado'.

Centenas e centenas de demônios caíram perante suas mãos e no final o bem triunfará novamente... Hahahahahaha!

Aqui o verbo foi conjugado no tempo errado. Deveria ser 'cairão'. E novamente o problema da onomatopeia, mas isso já foi discutido antes.

[...]no ar e rindo histericamente.[...]

Não tem nada para corrigir aqui não. Só destaquei esta frase, pois aqui você fez uso correto da descrição de risada. É isso aí! Não use onomatopeias, meu amigo! Abomine-as em textos sérios!

O que foi guardião?[...]

Aqui é o lance da vírgula e do vocativo.

[...]o demônio zombar com seu sorriso[...]

Acredito que seja 'zombou'. Erro de digitação. Sem problemas.

[...]garras a garganta[...]

Neste caso use a crase, pois ocorre a contração do 'a' preposição com o 'a' artigo.

Koji se levantou rapidamente pulou em Barathios.


Faltou um 'e' entre as duas palavras destacadas. Quando lemos rápido, nosso cérebro automaticamente põe um "e" ali, mas uma leitura mais atenta é capaz de identificar essas faltas. Mas foi apenas um erro de digitação. Nada demais.
[...]mas lâmina conseguiu fazer um pequeno corte em seu ombro.

Mesmo caso que o de cima, porém com o 'a' em vez de 'e'.

[...]borda do prédio Barathios abriu sua boca[...]

Uma vírgula entre os dois termos cairia bem. Manteria o ritmo e ficaria esteticamente mais elegante. Mas não está errado.

[...]mas quando o fez percebeu que Barathios havia encostado[...]

O mesmo caso que o de cima.

[...]a camisa de e quatro filetes de sangue escorreram por suas costas.

Seria 'dele', não? Se for, comeu metade da palavra. Se não for, não entendi a frase. Hehe.

[...]chamar as lâminas de volta a tempo que protegeram seu rosto formando um X.

Ficou estranho essa formação. Seria melhor 'de protegerem' no lugar.

[...]A ponta da língua, que se dividia em duas,[...]

De vez em quando eu também cometo isso. Não chega a ser um erro, mas para contribuir com a estética, pode ser evitado. Evite fornecer a mesma descrição mais de uma vez no mesmo momento, a menos que seja algo realmente contundente.

A lâmina ficou rente a garganta[...]

Use crase aqui, pois ocorre a contração dos dois 'a'.

Bom, acho que acabou aqui. Hehe. Desculpe se fui muito chato, meu rapaz, mas como disse no início, acredito que essa seja parte importante para nos aperfeiçoarmos. Se um dia ler os meus textos e encontrar erros, por menor que possam parecer, faça o mesmo por mim, está certo? =)

Bom, passada essa parte chata, vamos novamente ao elogios mais que merecidos!

Meu amigo, devo confessar que a escrita está no seu gene! Um ou outro erro, mas nada que não possa ser consertado. O que importa é que você leva jeito pra coisa e, embora já seja bom escritor, pode ficar muito, muito melhor. E se for no ritmo que estou pensando, não vai demorar muito para isso acontecer.

E se a sua história parada tiver trechos tão bons quanto esse apresentado, pode ter a certeza de me ter como leitor! Atualmente ando um pouco ocupado, mas quando der darei uma passada lá.

Um grande abraço e sucesso na sua vida de escritor! Desculpe novamente por bancar um pouco o carrasco, e qualquer coisa estamos aí.

Um grande abraço,

Kazuyashi.

Primeiramente, muito, mas muito mesmo, obrigado por ter comentado. E que comentário!

Quanto aos erros, nossa, me deu até vergonha agora. Realmente eu preciso fazer a revisão dos meus textos. Valeu por ter tirado um pouco do seu tempo e apontá-los. Arrumei todos os que você citou. Teve alguns ali que foram falhas na edição. Eu reescrevo o mesmo texto diversas e acabo esquecendo de deletar algumas partes, igual aquele da língua. Na primeira versão eu tinha descrito-a na parte de baixo, mas depois resolvi editar o começo para por mais detalhes e acabei esquecendo de apagar a parte de baixo.

Que bom que a luta ficou bem dinâmica e com boa ação. Apesar de eu adorar Dragon Ball, sempre odiei aqueles longos diálogos durante as lutas. Por isso eu tento deixar toda a conversa antes da briga e colocar apenas algumas frases curtas no meio. Na minha cabeça eu tento imaginar um luta que não dure mais de dez minutos, mas que tenha bastante briga nesse meio tempo.

Cara, confesso que adorei o Barathios. Quando eu o criei, tentei fugir um pouco do vilão "Vou te matar! Você é fraco! Herp derp!" e abordar um personagem mais sarcástico. Um dos momentos que eu mais gostei de escrever foi o final da história, onde preferi fugir do clichê do derrotado que pede misericórdia e manter o orgulho do demônio, porque pensei que se isso realmente acontecesse um demônio não cederia tão fácil assim.

Obrigado novamente pelo comentário e pelas dicas, vou prestar mais atenção nelas daqui pra frente!

Viva a lenda!



Que nada, rapaz! Precisando, estamos aí. O que eu puder fazer para ajudar, pode contar comigo. E não se preocupe não. É assim mesmo! Hehe. Erro de digitação é natural. Trocar posição de informação e esquecer de apagá-la do local original também. Todos nós passamos por isso. É só uma questão de revisão mesmo! Aliás: até mesmo com uma revisão atenta, um ou outro erro sempre vai passar, não tem jeito. Mas já diminui bastante o índice!

Mas deixando isso de lado... só reforçando aqui: a luta ficou excelente. De fato, ficou ágil e precisa. Não houve excessos nem faltas. Gostei bastante mesmo. E o Barathios seguiu perfeitamente a linha planejada. Ele ficou muito bem arquitetado! E o desfecho foi bacana também. É isso aí. Só posso dizer pra continuar assim!

Um grande abraço,

Kazuyashi.

D:
Estou surpreso com sua habilidade tão surpreendente de descrever cenas de ação, Vincent. Além deste quesito, notei uma personalidade irônica em Barathios, como você mesmo citou. Um demônio fora do comum, rs. Sorria e brincava, independente do que acontecia (com exceção do fim). Gostei da excelente frase que proferiu à Vermillion sobre não deixar mais sobras.
De fato você caprichou neste texto. Sei lá, viajei lendo a batalha. Foi muito bem explicado e descrito, com diversas comparações e relações entre o ambiente e a ação que fiquei admirado.

Parabéns. Aguardo mais textos.
fear is the mind-killer

Valeu FilipeJF!

Parece que o Barathios caiu nas graças da galera mesmo. Tento caprichar nos inimigos, mas o Barathios teve um resultado melhor do que eu esperava. Pode ser que eu poste mais alguns textos de treino nesse estilo, pensei numa luta entre o Koji e um monstro semelhante ao Kraken e quando me sobrar tempo tento escrevê-la. No Raiki que vai ser difícil atualizar, porque além de eu estar reescrevendo-o, não consigo postar a história completa porque sempre um capítulo fica cortado.




Viva a lenda!