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Antiquário #2 - Golden Axe (Arcade/Mega-Drive)

Iniciado por VincentVII, 10/09/2013 às 18:24

10/09/2013 às 18:24 Última edição: 10/09/2013 às 19:18 por VincentVII
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Pixel Arts da logo por neoriceisgood
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     O Antiquário é um periódico (não uniforme) que trará uma análise e uma proposta de debate sobre alguns jogos de antigos consoles, que um dia foram (ou ainda são) muito conhecidos ou que apresentam pontos bem relevantes e inspiradores para nós makers. Além de se destacarem, seja em questão de gráficos, sistemas, ambientação, histórias ou na parte auditiva.
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E nessa edição:

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Jogo: Golden Axe
Plataforma: Arcade (e posteriormente Mega Drive, Master System, entre outros.)
Distribuidora: Sega
Gênero: Hack & slash, Beat 'em up
Lançamento: 1989



  Numa época em que fliperama significava Arcade e não um site de jogos da UOL, Makoto Uchida desenvolveu o que seria uma das melhores franquias da Sega e um dos maiores clássicos dos anos 90: Golden Axe. Não é do meu tempo, quando o III lançou eu tinha acabado de nascer, mas conheci quando eu tinha lá meus quatro anos quando ganhei um Mega-Drive da minha tia junto com os dois primeiros jogos da série. E foi paixão a primeira vista! Golden Axe era aquele tipo de jogo que você jogava, morria, xingava e dez segundos depois já estava lá jogando de volta, pois a fita tinha alguma espécie de maldição que te puxava de volta. O jogo era tão viciante que até minha mãe, que nem sabe quem é Mário e Luigi, jogou!

  Ok VincentVII, quer dizer que você vai ficar aí falando da sua vida e não do jogo?

  Certo, me desculpem! Seguiremos com a programação normal. Golden Axe era um jogo muito simples. A história era basicona mesmo, algo meio que padrão dos jogos desse gênero da época. O vilão Death Adder captura o rei e sua filha, encontra o "Machado Dourado" e ameaça destruí-los caso o povo de Yuria não o aceitasse como seu líder. Então três guerreiros, que perderam entes queridos graças a Death Adder e seu exército, resolvem ir até o castelo do vilão  para chutar a bunda dele e salvar o dia. Durante o caminho rola mais um pouquinho de história, contando sobre a viagem desses três guerreiros, mas não muda basicamente nada.

  A jogabilidade hoje pode parecer simples, mas na época foi revolucionadora para o mundo dos Arcades. Podendo ser jogado por duas pessoas, os jogadores podiam escolher entre os três personagens principais, o carismático anão Gilius Thunderhead, o bárbaro meio-Conan meio-He-Man Ax Battler e a amazona campeã de concurso fitness Tyris Flare. Os jogadores precisam seguir em linha reta por uma fase e matando todos os inimigos que encontravam para poder prosseguir. Alguns de vocês devem lembrar de algo parecido como nos jogos do Double Dragon e Streets of Rage. No final de cada fase havia uma luta um pouco mais díficil, um grupo maior de inimigos ou então um semi-boss.

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  Os personagens tinham a mesma vida e dano, a única diferença era sua barra de magia. Além dos combos normais (ataque, pulo, pulo+ataque, back attack, dash, tackle  e dash+pulo+ataque) cada personagem tinha uma magia que acertava todos os inimigos na área. A força da magia dependia da quantidade de jarros azuis que você tinha acumulado. Esses jarros eram derrubados por gnomos batedores de carteira que você encontrava pelas fases. A barra de magia era toda consumida ao utilizar o ataque então você tinha que pensar duas vezes para saber se era melhor usá-la ou deixar acumular poder para os inimigos mais complicados.

[hs width=300 height=200]http://imageshack.us/a/img818/8072/z8p7.png[/hs]
Tem gente que chama de espíritos, mais eu prefiro gnomos então: Deal with it!

  Outro ponto interessante eram as montarias. Durante o jogo alguns inimigos vinham montados em certos animais, chamados de "bizarros" e se o jogador os derrubassem poderia utilizá-los. Esses "bizarros" podiam ser uma Cockatrice e dois dragões, um cuspidor de fogo e outro que lançava bolas de fogo. Além disso, algumas versões também tinham um duel mode onde o jogador lutava diversos rounds contra alguns inimigos do jogo. Era até legal para treinar, mas a história principal era o melhor do jogo.

[hs width=300 height=200]http://imageshack.us/a/img833/6618/a2d3.png[/hs][hs width=300 height=200]http://imageshack.us/a/img829/6857/vr49.png[/hs]

  Não gosto muito de falar de gráficos, mas podemos dizer que os de Golden Axe eram excelentes. Os cenários eram bem coloridos e, de certo modo bem, detalhados. O design dos personagens, apesar de apresentar aquelas versões meio estereotipadas de guerreiros (muito músculo e pouca armadura), era ótimo. O grande problema seria a falta de variedade, grande parte dos inimigos apenas mudava a cor da roupa. A música eu não tenho o que falar, era algo bem regular mesmo, batidas eletrônicas para animar o ambiente.

  Mas se Golden Axe era um jogo tão simples, porque se tornou uma grande franquia? Pelo mesmo fato que Dark Souls é famoso hoje em dia. Era desafiador! Naquela época não podíamos contar com as facilidades dos jogos atuais. Não havia checkpoint, regeneração de vida ou botão para defender. Era apenas você e sua habilidade como jogador. Você não podia ficar parado um segundo porque os inimigos tentavam te cercar e, enquanto você tentava bater em um, outro chegava por trás para te atrapalhar. Fora que, assim como você, os inimigos também usavam tackle. Ou seja, se um deles se afastasse demais e você não prestasse atenção, você ia levar uma bela ombrada na testa.

[hs width=300]http://imageshack.us/a/img62/4460/r4h7.png[/hs]
Eu ODEIO esse ataque com todas as minhas forças, que de acordo com o resultado do modo de duelo é 45

  E continua sendo um jogo desafiador até hoje. Baixe um emulador e tente zerá-lo. Mesmo com todo o seu God of War, Devil May Cry ou Dark Souls, você vai apanhar bastante até ser capaz de dar o chute merecido no traseiro do Death Adder. Mas mesmo com essa pequena dificuldade você notará que será um dos jogos mais divertidos que você já jogou. O jogo tem uma carisma enigmática que te seduz, principalmente se você tiver a chance de poder jogar com um amigo.

  Infelizmente, assim como muitos outros clássicos do Mega-Drive, Golden Axe mergulhou no Oblivion e não passou para o século XXI. Depois de duas sequências, lançadas em 1991 e 1993, e alguns spin-offs, o último sendo um jogo de luta no estilo Street Fighter, a franquia permaneceu inerte por quase quinze anos. Em 2008 a Secret Level desenvolveu e lançou o Golden Axe: Beast Rider, para PS3 e Xbox 360, trazendo de volta a amazona Tyris Flare como personagem principal. O jogo não teve uma recepção muito calorosa dos críticos, mas chegou a agradar alguns fãs. Eu não joguei então não vou tentar bancar a IGN aqui, mas quem quiser pode conferir o trailer:


Aos tarados de plantão, pausem nos 0:43. Lembrem-se: vocês não ouviram isso de mim!



  Enfim, Golden Axe foi e será para sempre um dos grandes clássicos do Hack & Slash.  Podemos aprender muito com o jogo que nos mostra como algo simples pode cativar uma geração inteira. Um fonte de inspiração para todos aqueles que sabem que sistemas complexos e gráficos tridimensionais não são obrigatórios para se fazer um jogo de sucesso.


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Para quem quiser conferir o game, fica aí o link com o diretório para download da ROM. Em seguida, é só emular em algum emulador para o console.


Golden Axe
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Viva a lenda!



Esse jogo já me tirou muitas noites de sono.

Eu joguei o do Xbox, mas não é a mesma coisa que os antigos, onde eu sempre escolhia o velhinho por achar ele ladrão XD

O multiplayer desse jogo era muito bom, serio, melhor coisa pra jogar com o amigo era esse Golden Axe e o Top Gear do Snes. Era daqueles jogos destruidores de tardes em finais de semana, quando se começava a jogar só se parava na hora em que a mãe gritava, ah, bons tempos...

Enfim, ótimo texto e boas lembranças \o




11/09/2013 às 14:27 #3 Última edição: 11/09/2013 às 14:29 por Kazuyashi
Golden Axe:*-*: Ah, cara, adoro essa coluna! A cada Antiquário, uma nostalgia diferente. Como estou velho... Era o maior guri quando jogava isso. :/ Snif snif...

Mas foi um puta jogo. Um dos melhores. Os personagens eram bastante estereotipados mesmo, mas na época isso contribuía para o caráter legal da coisa. E GoW e DMC são como um passeio no parque ao lado não só do Golden Axe, mas também da maioria dos jogos beat 'em up e hack & slash da época.

Enfim, ótimo texto, Vincent! Parabéns, cara!

Um grande abraço,

Kazuyashi.

Tenho o cartucho desse jogo e meu Sega Mega-Drive ainda funcionais aqui em casa, kkk'

Nem sou tão velho assim (Nasci em 1995) e pude passar belas tardes jogando esse jogo com meu irmão ou com meu primo aqui em casa, saudade desse tempo... :')



Inicialmente, valeu todo mundo que comentou! Para os que só olharam também valeu pela atenção.

[user]allanndsr[/user]

Noites ele não me tirou, mas certas manhãs sumiram da minha vida.

[user]GuilhermeDL[/user]

No meu caso o amigo era minha mãe. Brincadeira, tinha um cara no meu prédio que também jogava comigo direto. Mas sim, a sensação de jogar com alguém era muito boa. A diversão em tentar se superar toda vez valia muito a pena.

[user]Kazuyashi[/user]

Também estou sentido o peso da data de nascimento antiga. Why God? Why? O gênero era ótimo mesmo. Streets of Rage, Double Dragon, Battletoads, etc. Eram desafiadores e ao mesmo tempo divertidos.

[user]Chaos[/user]

Eu também sou da mesma época (1993) e só conheci o jogo quando a franquia já estava paralisada (meados 1997). Mas isso não me impediu de me divertir com o jogo. Realmente, saudades!

Maldita nostalgia!

Viva a lenda!