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Memórias, pesadelos esquecidos. - Capitulo 6

Iniciado por Nocive, 17/11/2013 às 14:29

17/11/2013 às 14:29 Última edição: 14/08/2014 às 21:56 por Nocive

Sejam bem vindos a minha primeira série. O objetivo criado aqui por mim é saber o que vocês acham da história enquanto vou a escrevendo e criando novos capítulos. Possivelmente esta historia se tornara o roteiro para um novo jogo meu. Agradeço desde já a presença no tópico e espero que acompanhem a história conforme for sendo lançada aqui. Qualquer erro que encontrarem no tópico seja gramatical ou de estrutura me avisem por favor. Pretendo postar de três em três dias então nos vemos lá.






Capitulo 1 - O Sabor da morte
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  Em uma noite fria, daquela cidade escura e cheia de mistérios estava Aidan, deitado em sua cama sufocado pelo frio. Ao seu lado estava seu neto John preocupado com a saúde daquele velho homem ali deitado sofrendo a beira da morte.
[John] O médico disse que você ficará bom a tempo do casamento.   
[Aidan] Aceite... já estou morto a muito tempo.
[John] Você já superou coisas maiores! Com certeza pode enganar a morte mais uma vez (John sorriu).
[Aidan] Sabe, você é idêntico ao seu pai. Sempre acreditando que há outra maneira, que podemos sempre fazer melhor. Que... (tosse), podemos mudar o que já está predestinado a acontecer.
[John] Ele sempre me contava das suas histórias, o maior caçador que esta terra já viu. O mestre dele, o implacável, aquele que disse não para a morte.
[Aidan] Mas chega uma hora (tosse), que é melhor escolher não enganá-la.
[John] Você construiu uma família, um legado! Tem títulos e mais títulos, uma riqueza imensurável.
[Aidan] Mas perdi o meu filho e minha mulher para conseguir tal legado. Não me interessa os títulos nem todas as regalias desta sociedade hipócrita. Apenas quero poder me deitar e morrer como todo bom velho doente faz.
[John] Já é tarde, acho melhor descansar, não quero que você desmaie na cerimonia. (John sorriu).
Aidan se acomodou em suas cobertas enquanto John aquecia um pouco mais a lareira. A noite passou, e quando amanheceu toda a preparação para o casamento já estava sendo feita. Eram em torno de cem pessoas dentro daquela mansão. Pessoas correndo de um corredor para outro, carregando comida, arrumando as mesas, preparando os enfeites, organizando a pequena capela no quintal.
John voltou ao quarto para conferir como Aidan estava... Ele abriu as cortinas e se aproximou da cama aonde o velho já o esperava.
[Aidan] Então... Mais uma noite que acordo aqui (Aidan sorriu).
[John] Amanha é o casamento quero você lá com um terno e á levando até o altar.
[Aidan] Você fez uma ótima escolha (Aidan sorriu e tossiu), Megan era muito linda também. Não foi atoa que a escolhi (Aidan sorriu).
[John] A vovó me disse que você uma vez a abandonou no altar (John sorriu).
[Aidan] Tanta coisa que já fiz nesta vida, ainda acho estranho morrer aqui, trancado em um quarto nesta mansão.
[John] Você tem a nós aqui com você. Eu, Lucy, Sophia e o tio Ethan.
[Aidan] Ethan... aquele garoto insuportável (Aidan sorriu e tossiu), chame-o aqui por favor.
John saiu do quarto e desceu as escadas, logo encontrou Ethan na sala conversando com um homem de terno preto.
[Ethan] Não estamos interessados na proposta do seu senhor. A propriedade não está a venda e nunca estará.
[Homem] Fique sabendo que está perdendo o melhor negocio de sua vida aqui Sr. Ethan, a propriedade não vale a quantia que meu senhor lhe oferece aqui.
[Ethan] Está certo ela vale muito mais! Agora ponha-se para fora daqui.
John ficou quieto por alguns segundos enquanto Ethan balançava a cabeça. O homem foi embora e John então chamou Ethan para subir até o quarto de Aidan.
[Ethan] Então meu pai... não vos deu a honra de sua morte ainda?
[John] Não sei como permiti Ethan a morar aqui ainda meu vô. Ele pode ser seu filho mas não lhe respeita como um.
[Aidan] John me faça outro favor, se retire do quarto. Preciso falar com Ethan.
John contrariado com o pedido deixou o quarto.
[Ethan] Vai perder o casamento de John se ficar chorando deitado ai.
Aidan apontou para a gaveta de seu criado mudo. E Ethan a abriu retirando um diário velho e um tanto sujo.[info][/info]

[Aidan] Pegue uma pena e anote no final deste diário as palavras que te falar.
O tempo passou e Ethan saiu do quarto, logo John o encontrou no jardim enquanto conversava com Lucy.
[John] E então Ethan, oque aconteceu lá dentro?
[Ethan] Não é de seu interesse John. Agora, Lucy seja uma boa menina e leve esta carta até o mordomo.
Lucy saiu correndo pelo jardim com seus cabelos escuros a dançar no vento.
[Ethan] John, ele vai morrer. E isso não tardará muito, tenha em mente que estou indo embora também. Essa propriedade será só sua e de sua família depois do casamento. É sua responsabilidade cuidar deste lugar. Mantenha seu emprego do melhor modo possível e tenha um filho homem o mais rápido que puder.
[John] Você pretende ir para onde?
[Ethan] Norport, é uma cidade não muito grande. Devem ser em torno de oitenta e quatro milhas daqui.
[John] Um lugar bem longe, pretende trabalhar com o que por lá?
[Ethan] Tenho casos mal acabados.
Logo a noite caiu e John foi ao encontro de sua amada Sophia em seu quarto para dormir.
[Sophia] Como foi o dia?
[John] Um pouco estressante (John sorriu), não sei se meu avô vai conseguir participar da cerimonia.
[Sophia] Não se preocupe meu amor. Ele sabe decidir o que é melhor para ele. Seu avô sempre foi como um pai para mim, eu o visitei ontem e ele me pediu que Ethan me levasse até o altar no lugar dele.
[John] Não gosto disso, mas se foi uma escolha dele não posso ir contra.
John e Sophia dormiram, porém em torno das quatro horas da manhã Ethan foi até o quarto chamar por John que levantou assustado.
[John] O que houve?
[Ethan] Ele... Ele.. Está morrendo John.
Assim falou Ethan muito triste e assustado. Logo John correu até o quarto de Aidan, ele sentou ao seu lado e agarrou sua mão.
[Aidan] Pegue o diário e o leia depois que me levarem daqui. Não quero estragar seu casamento. É um pedido meu, não pare o casamento por causa da minha morte.
Assim falou Aidan e então fechou os olhos e viu a face da morte. John deitou a cabeça no peito de seu avô e falou as palavras: vade ad caelum, que em latim significam, vá para o céu.
Não tardava chegaram as pessoas da funerária que pegaram o corpo de Aidan e o levaram para as preparações antes do funeral. Como o pedido de seu avô John pegou o diário que estava aberto na ultima pagina e leu as ultimas palavras que Aidan deixou nele: Me desculpe John.
John fechou o diário e o abriu novamente na primeira página aonde começa a nossa história.

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Capitulo 2 - Sangue por sangue
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Bedford – 14 de novembro de 1880
  Então começamos aqui. Querido diário, eu lhe comprei por que acredito ser a hora perfeita para começar a redigir a minha história. Estou indo para uma cidade no interior, perto de Bedford. Tive relatos de assassinatos múltiplos por lá. Alias deixe-me apresentar antes: Meu nome é Aidan Watson, tenho vinte e cinco anos e trabalho a dois como caçador de ''fatos estranhos''. Tenho um parceiro que me ajuda muito, praticamente meu mestre, ele se chama Thomas Foster, e aqui entre nós ele é um bêbado tarado...
Era uma noite de lua cheia nos campos ao redor de Bedford, a claridade da lua permitia a mim e Thomas ficarmos acordados na estrada conversando sobre coisas idiotas da vida, tais como bebidas fortes, mulheres e... mulheres. Estávamos em uma carroça com um cavalo muito bonito que eu havia comprado mais cedo. Até coloquei o nome dele de Tom, mas o Thomas achou um insulto então comecei a o chamar de pangaré mesmo. O caso em questão se tratava de seis assassinatos, os mortos eram pessoas pobres e não havia marcas de cortes ou qualquer coisa do tipo, apenas símbolos estranhos que convidavam a mim e a Thomas a ir investigar o caso.
Quando chegamos ao local encontramos um homem com um pentagrama pintado com tinta vermelha ou sangue, não sei direito ainda.
[Aidan] Bruxaria?
[Thomas] Acredito em tudo, menos magia (Thomas gargalhou)
[Aidan] Este símbolo é usado em rituais satânicos não é?
[Thomas] Acho que sim. Deve ter algum doente mental obcecado por bruxaria rondando esta cidadezinha.
[Aidan] Então vamos atrás de alguém que nunca vimos ou ouvimos falar? Uma pessoa que mata outras pessoas sem tocar nelas?
[Thomas] Se acalme rapaz, dois anos neste ramo e você parece ainda não ter aprendido nada!
[Aidan] Qual sua ideia afinal?
[Thomas] Precisamos levar este corpo até a capital e fazer uma pericia mais profunda. Ele pode ter ingerido veneno ou algo do tipo.
[Aidan] Vamos levar dias até que isso aconteça.
[Thomas] Não temos outra escolha no momento.
Sai do casebre aonde aquele homem se encontrava e então avistei um vulto passar muito rápido por trás de alguns caixotes no outro lado da rua.
[Aidan] Thomas venha rápido! Acho que encontrei uma solução melhor.
Eu e Thomas saímos correndo atrás daquele vulto, praticamente atravessamos a cidade até pararmos perto de um bar. Um senhor de manto preto veio até nós e se pôs a falar.
[Senhor] Aquelas pessoas não foram assassinadas nem se suicidaram. Elas estavam ligadas a um ritual ao qual a energia de todas seria usada para invocar um ser maligno.
[Thomas] Pare de falar baboseira e nos diga algo coerente.
[Senhor] Pode não acreditar em mim, mas as coisas aqui são diferentes agora. Ele voltou e quer vingança!
[Aidan] Quem voltou? Do que falas?
[Senhor] Tomem cuidado com o que procuram. A face do mal não é nem um pouco bonita!
Aquele senhor virou as costas e desapareceu na escuridão daquela noite. Mais cedo no outro dia Thomas teve a ideia de procurar por algum sinal incomum pela cidade, e então partimos a andar pelas ruas daquele lugar. Perguntamos pessoa por pessoa, o que teriam visto de diferente. Foi então que encontrei uma garota, ela dizia se chamar Amelie, e morava bem próxima do local aonde uma das pessoas havia morrido.
[Amelie] Naquela noite um pouco mais cedo eu vi um homem sair da casa ao lado. Era alto, branco como a neve e possuía uma marca vermelha no rosto.
[Aidan] Não sabe me dizer o que ele faria ali?
[Amelie] Eu o escutei gritando com a mulher, dona da casa. Ele falava para ela se entregar e libertar o que ele precisava.
[Aidan] Obrigado pela sua ajuda.
Thomas chegou logo após a conversa.
[info][/info]
[Thomas] Um homem branco e alto e com uma marca vermelha no rosto é o motivo desta confusão. O nome dele é Jamie Ward, o cara morava na capital e há três anos se mudou para cá. Relataram-me que há alguns dias, para ser mais exato a quatro. Jamie começou a ter comportamentos estranhos. Ele dizia ser o escolhido e que devia começar o que o pai dele não havia terminado.
[Aidan] Isso explica a parte da vingança. Mas e agora, vamos atrás dele?
[Thomas] Um senhor me disse que o viu perto do rancho Belgrore, isso fica em torno de duas milhas daqui. Temos que ir até lá dar uma olhada.
[Aidan] Está certo então.
Thomas e eu viajamos até o rancho aonde encontramos aquele homem pálido com manchas apagadas da marca vermelha no rosto, sentado em uma cadeira de madeira e olhando para o horizonte.
[Thomas] Levante-se! Nós sabemos o que você fez.
[Homem] Agora nada importa... Estamos condenados...
[Aidan] Condenados a o que?
Em um ato de força o senhor se voltou contra mim com uma faca e Thomas reagiu rápido o contendo, mas ainda assim ele me fez um pequeno corte. O homem riu muito e sendo segurado por Thomas ele olhou para mim.
[Homem] O seu sangue é meu! Só meu!
[Thomas] Cale a boca seu idiota.
O Homem em um ataque de fúria jogou Thomas contra a parede com uma força incrível e então pegou a faca e cortou sua própria garganta...
[Thomas] Mas o que? Que diabos foi isso?
[Aidan] Não sei, mas não gostei nem um pouco.

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Capitulo 3 - Amaldiçoados
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  Já estava quase na hora da cerimonia de casamento e John ainda não estava pronto. Ele ficou lendo aquele diário e esqueceu-se de se preparar. Já não tardava Lucy entrou em seu quarto a procura do noivo.
[Lucy] O que está fazendo que não se arrumou ainda?
[John] A..ah (ele gaguejou), me desculpe, fiquei lendo o diário de vovô e esqueci de me arrumar, me dê mais dez minutos e estarei pronto.
Lucy saiu do quarto e John se preparou rapidamente para o casamento. A cerimonia aconteceria na capelinha que Aidan mandou construir quando comprou a Mansão.
Chegando a capela John se direcionou ao altar a espera de Sophia. Então seu amigo Luke veio falar com ele.
[Luke] Mais um amigo acorrentado. (Luke deu uma risada)
[John] A vida é assim. Você se casa antes dos trinta anos para garantir o futuro!
[Luke] Ainda bem que não cheguei aos trinta ainda.
[John] Verdade você tem o que? Cinquenta já? (John sorriu)
Luke era um velho amigo da família, tinha cinquenta anos mas aparentava ter quarenta, seus cabelos já eram grisalhos mas os fios negros ainda persistiam e sua barba agora estava feita para a ocasião. Ele conheceu o pai de John em épocas difíceis e agora sempre estava presente nas festas que Aidan promovia.
[Luke] Boa sorte com esta nova vida John. Saiba que isto era tudo que seu pai queria para você.
John olhou para baixo e tornou a olhar para Luke novamente. E falou com uma voz triste:
[John] Era a vida que ele não teve e você também não pôde ter...

[info][/info]
[Luke] Viva e seja feliz. Eu lhe desejo muito isso.
A marcha cerimonial começou a tocar e logo Sophia chegou à porta da igreja com Ethan ao seu lado. John abriu um sorriso e quase deu uma risada quando Lucy tropeçou enquanto segurava o véu da noiva.
Ethan foi até o ouvido de John e lhe sussurrou:
[Ethan] Aqui está sua garota John, agora me faça um favor: seja feliz!
Então o padre começou a cerimonia... 
Tudo ocorreu como devia e ao anoitecer todos se juntaram a mesa para festejar. A fome era uniforme a todos, e não poderia ser diferente afinal era tanta comida boa. As conversas sobre presente e futuro cercavam a mesa e os convidados. Planos para o pós-casamento, ter filhos...
Então John se levantou e pediu silencio enquanto propunha um drink.
[John] Senhores, senhoras e senhoritas (se referia a Lucy). Estamos aqui para festejar o meu casamento com Sophia, porém não posso esquecer-me da morte de meu avô, Aidan. Ele construiu este legado, e me deu tudo que tenho hoje. Sou esta pessoa por que ele me criou assim. Proponho este bater de taças em seu nome e de seus feitos como homem, detetive, e pai.
A conversação continuou e John se levou até a escrivaninha de seu quarto enquanto os convidados se embebedavam na festa. Puxou a gaveta e retirou de lá o diário de seu avô.

Londres – 17 de novembro de 1880
Já se passaram alguns dias desde que escrevi em meu diário. Thomas e eu voltamos a capital aonde relatamos o progresso de nossas missões. Como não conseguimos capturar o assassino vivo, tivemos certa reprovação por parte de nossas autoridades.
Thomas resolveu partir para Liverpool donde partiria para um novo ponto de alocação para serviço não mais oficialmente Britânico. Então sozinho agora recebi um caso em Oxford ao qual deveria resolver.
Tratava-se de dois assassinatos envolvendo uma mulher e um homem como vitimas e mais três pessoas como suspeitos. Pus-me a caminho da cidade, um fato estranho que encontrei foi entre uma das estradas que me levava. Uma mulher de cabelos vermelhos e com umas mancha vermelha no rosto passou por mim e sorriu. Acredito que estava me paquerando! Então dei uma risada e me virei de volta seguindo o caminho já traçado para minha busca.

John se assustou quando Lucy entrou no quarto a sua procura.
[John] Garota, assim vai me matar do coração!(John sorriu)
[Lucy] Devia estar na festa comemorando o seu casamento.
[John] A festa é legal, mas que tal ouvir uma história? Algo do tipo, ''os contos do incrível Aidan''!
Lucy deu uma risada e John começou a ler o diário empolgado pela companhia que havia ganhado.

Oxford – 20 de novembro de 1880
Cheguei a cidade há alguns dias e já consegui juntar algumas coisas sobre o caso em questão. Ocorreu que algum dos três suspeitos assassinou o casal em sua própria casa em plena luz do dia. O primeiro deles era uma prostituta que afirmava ter transado com o homem na noite passada ao assassinato e que dizia não ter nada a ver com o que aconteceu outro suspeito era o pai da garota que teria brigado com ela e a ameaçado de morte por se juntar ao rapaz, e por ultimo um homem que presenciou o crime e dizia ter visto um demônio roubando a alma daquelas pessoas em sua frente. Fiquei com a declaração daquele homem em minha cabeça sem saber o que fazer. Procurei ir mais fundo no caso, se passaram dias a mais depois dos depoimentos e então chegou o laudo da pericia feita nos corpos na capital, apontando que o casal havia sido envenenado com raticida. Confesso que não esperava isto do laudo, mas mesmo conformado fui atrás do homem querendo saber mais sobre o que ele falará de demônios.
[Homem] Eu o vi, era alto, negro, estava com a mão na cabeça da mulher e então puxou a alma dela para fora e depois o mesmo fez com o homem.
[Aidan] E depois ele sumiu o que aconteceu?
[Homem] Ele falou baixo, pronunciou um nome. Não pude entender o que falará, mas era algo parecido com ''Vega''.
[Aidan] Como você presenciou o assassinato?
[Homem] Estava recolhendo a bola que meu filho havia deixado cair próximo a janela do quarto do casal.
[Aidan] Eu acredito em você agora me diga. Você sabe de algo que tenha a ver com a palavra vega?
[Homem] Não sei se é o que procura, mas tem uma lapide próximo a da minha esposa no cemitério da cidade com essa palavra escrita. Acho que foi por isso que consegui a memorizar bem.
[Aidan] Pode me levar até lá?
[Homem] É claro, alias meu nome é Dominic.
Dominic e eu seguimos até o cemitério da cidade aonde ele me mostrou a lapide a qual se referia. Tratava-se da lapide de um homem, Henrique Vega. Talvez um espanhol que havia vindo para o Reino Unido em tempos melhores.
[Aidan] Não posso chegar muito longe com apenas isso.
[Dominic] Um nome espanhol... Existe uma família espanhola por aqui. Poderíamos ir até ela.
E nós fomos atrás da família, moravam em uma casa simples no subúrbio da cidade. Eles nos receberam muito bem em sua casa e se propuseram a ajudar.
[Aidan] Precisamos saber sobre um falecido, o nome dele é Henrique Vega.
[Mulher] Ele era um bom homem, morreu há nove anos quando coisas horríveis começaram a ocorrer com ele e sua filha.
[Aidan] Coisas horríveis?
Uma garota que observava a conversa logo se manifestou.
[Garota] Meu pai... Ele começou a ficar estranho depois que comprou um amuleto que lhe disseram trazer sorte. Em uma noite ele surtou e se matou na cozinha com uma faca. (Falou ela dando uma risadinha triste)
[Aidan] Como assim? Ele se suicidou?
[Garota] Ele começou a gritar que não aguentava mais, que não podia continuar ali sofrendo. Ele ouvia vozes em sua cabeça e não podia mais conviver com elas.
Uma lagrima do olho daquela garota de cabelos escuros desceu em seu rosto liso.
[Mulher] Ele estava possuído! (A mulher afirmou fortemente)
Não entendi o que a mulher queria dizer com ''possuído'' mas com certeza essa minha investigação estava me levando a um lugar obscuro e repleto de mistérios. Saímos da casa daquelas pessoas sem rumo ou objetivo para continuar com a investigação. Foi então que um garoto veio correndo até mim.
[Garoto] Senhor! Senhor... (ofegante), me pediram para lhe entregar esta carta.
Agradeci o garoto e lhe dei alguns trocados, a carta se tratava do assassinato e dizia que foi encontrado com o pai da garota o veneno usado para matar o casal. Virei-me para Dominic...
[Aidan] Não temos como continuar com esta investigação. Seja lá o que você viu, talvez ele não volte a aparecer tão cedo.
[Dominic] Vou voltar para minha casa então. A noite não tardará, tem uma pousada não muito longe daqui.
Dominic me passou o local da pousada e se pôs embora. Eu segui até o lugar que me falara, era uma pousada um tanto antiga, mas estava bem conservada. O dono do local aparentava ter em torno de cinquenta anos, era simpático e logo me perguntou sobre o assassinato. Seu nome era Serjian.
[Serjian] Ouvi falar do caso em que está trabalhando, foi o pai que matou o casal não?
[Aidan] De fato sim, foram encontradas provas que o sentenciavam.
[Serjian] Aquele senhor não era mal, ele vendia joias na outra esquina da rua. Ouvi dizer que nos últimos dias ele estava atrás de uma forma para separar a filha dele do rapaz.
[Aidan] Uma forma? Comprar armas?
[Serjian] Magia negra... Pelo menos foi o que ouvi falar.
[Aidan] Quem te falou isso?
[Serjian] Uma mulher com uma mancha vermelha pintada no rosto que apareceu por aqui á seis dias atrás querendo um quarto para ficar.
[Aidan] Sabe aonde posso encontra-la?
[Serjian] Ela dizia estar indo para a capital.
Foi então que me lembrei da garota que havia encontrado há alguns dias na estrada. Seria ela o motivo disto? O que estas marcas em vermelho no rosto dela representariam? O mesmo tinha o homem que se suicidou em minha frente.
A Noite chegou e logo partiu, então fui ao encontro de Dominic me despedir e seguir meu caminho de volta para a capital, agora com um caso solucionado. Quando cheguei à casa de Dominic. Uma cena a meus olhos era simplesmente terrível. Um pai que chorava por sua única filha que se suicidou em sua frente. Dominic estava em pedaços pelo acontecido, quando me viu correu ao meu encontro.
[Dominic] Ele esteve aqui! Levou minha filha para o outro lado! (Dominic gritava)
[Aidan] Se acalme quem levou sua filha?
[Dominic] O espirito ele esteve aqui e disse que coisas piores estavam para começar.
  O meu mundo parou ali, o caso que parecia estar resolvido agora havia piorado e me levou a fazer uma escolha. Eu e Dominic seguiríamos para Londres em busca da mulher a qual eu tinha certeza que seria a culpada de todas as mortes ou me reportaria diretamente aos meus superiores?


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Capitulo 4 - O Mistério
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[Lucy] O bisa deve ter visto de muitas coisas nesta vida já.(Lucy sorriu)
[John] Estas histórias malucas (John também sorriu) sempre me prendiam na cama a noite. Mas ele nunca me contava as dele. Eram sempre histórias de amigos.
John falou em um tom misterioso.
[Lucy] Talvez ele quisesse que você as lê-se para alguém.
[John] O seu pai deveria cuidar melhor de você, ainda não me conformo com o modo como Ethan trata a família.
[Lucy] Nunca achei o meu pai uma pessoa ruim, apenas não é atencioso a ponto de ser uma mãe para mim. (Lucy sorriu)
[John] Sophia sempre cuidou de você muito bem.
[Lucy] E eu gosto dela como uma mãe, e se pudesse escolher, queria ser sua filha.
Sophia entrou ao quarto onde Lucy e John estavam parados conversando.
[Sophia] Muito bonito Sr. John, em seu casamento ficas ai lendo histórias para Lucy.
[John] Já estou descendo querida. (John sorriu e olhou para Lucy fazendo uma careta)
  John e Lucy saíram para ver a festa e a noite continuou como deveria. Uma festa incrível e linda para que todos se lembrassem do casamento.
Noutro dia John recebeu o chefe da funerária que veio lhe entregar uma chave e um relógio de bolso que encontrará no corpo do falecido Aidan. John agradeceu e perguntou sobre quando o corpo estaria disponível para o funeral. E como resposta em mais um dia já poderia ser realizada a cerimonia. John guardou a chave sem saber qual o seu uso e colocou o relógio de Aidan no baú de pertences da família.
Então ele partiu para o quarto de seu avô aonde faria um inventário de o que estaria guardado ali. Encontrou alguns livros, e uma caixinha a qual seria possível inserir uma chave. John a tentou abrir com a chave que havia recebido mais cedo, porém não funcionou então ele guardou a caixinha metálica em um armário na sala da mansão e ao sair pela porta da frente encontrou Lucy segurando o diário. Os dois sentaram a frente do lago e Lucy tomou a função de narrar a história.

Londres – 24 de novembro de 1880
Eu e Dominic recém havíamos chegados a capital e estávamos loucamente à procura daquela mulher misteriosa. Procuramos por bares a respeito dela e até em cabarés por incrível que pareça. Não encontramos nenhum vestígio, até que em uma noite a pessoa mais incrivelmente mandona que existe no mundo apareceu em minha vida. Estávamos eu e Dominic sentados em um banco na Praça Russell. As luzes de natal enfeitavam a praça e a deixavam muito clara naquela noite. Foi então que uma garota de cabelos ruivos apareceu com um sobretudo negro e nos disse para a seguir.
[info][/info]
  A seguimos por alguns metros e ela virou olhando para nós e depois para mim.
[Garota] Eu sei do que vocês estão em busca. Pra quem trabalham?
[Aidan] Sou membro dos caçadores de Londres. E ele está me ajudando em um caso.
[Garota] Meu nome é Megan, estou atrás do mesmo que vocês. Agora me façam um favor e saiam do meu caminho.
[Aidan] Como assim sair do seu caminho? Estou em busca de uma assassina.
[Megan] Você mal sabe o que procura. Agora pare de passear por aqui e dê o fora.
[Dominic] Aidan ela tem uma arma. (Dominic apontou para o bolso dela)
[Aidan] Vai me dar um tiro se não sair daqui?
[Megan] Apenas faça o que lhe digo e não se meta.
  Megan saiu andando sem olhar para trás e deixou a mim e Dominic calados no meio da praça.
[Dominic] E então vamos desistir?
[Aidan] Vamos segui-la. Preciso saber aonde ela irá passar a noite.
Nós dois começamos a andar atrás de Megan cuidando para que ela não vos percebe-se. Foi então que chegamos a uma rua um pouco escura aonde ela parou e bateu em uma porta. 
Daquela porta saiu quem eu menos poderia esperar. A mulher de cabelos vermelhos que eu vira antes na estrada e a que estava agora a procurar. Dominic e eu nos abaixamos atrás de algumas caixas e nos pusemos a escutar a conversa das duas.
[Megan] Têm um investigador da casa lhe procurando pela cidade.
[Mulher] Cuidei ao máximo para que ninguém chega-se até mim.
[Megan] A sua passagem por Oxford foi tolice Rebecca. Eles sabem que esta na cidade agora trate de cuidar de seu problema por aqui e ir embora logo.
[Mulher] Tudo bem, em dois dias estarei saindo da cidade.
Com o foco na fala das duas empurrei sem querer um pote de vidro que estava encima da caixa, este qual caiu no chão em pedaços. Logo Megan e Rebecca voltaram seus olhares para mim e Dominic.
A neve mostrou sua face e finalmente começou a cair. Enquanto aqueles flocos gélidos tocavam o chão lá estava eu e Dominic parados á frente de duas mulheres. Uma assassina, e uma detetive prestes a arrancar uma arma de sua cintura.
[Megan] Seus idiotas! Os avisei para que saíssem do meu caminho.(Megan falou com muita raiva)
[Aidan] Você está traindo os caçadores!
[Megan] Não preciso lhe explicar nada!
Megan apontou a arma para Aidan e então se ouviu um disparo.

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Capitulo 5 - Uma surpresa
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  Uma arma caiu ao chão e um grito foi o único barulho que aquele beco escuro emitiu.
[Thomas] Senhorita você está presa por utilizar uma arma com objetivo de ferir um oficial da lei!
Aidan sem palavras olhou para trás e viu Thomas cercado por mais dois policias da Scotland Yard decentemente fardados. E quando olho de volta para frente, lá estava Megan ajoelhada com as sua mão direita tapando o braço esquerdo qual foi atingido pela bala.
[Megan] Você também estava me seguindo não é? (Falou Megan com uma voz fraca)
[Thomas] Rebecca você também está presa e vocês duas iram vir comigo e os policias para realização de um interrogatório.
[Aidan] Como você sabia disso?
[Thomas] Mantenha-se a salvo Aidan. Você devia ter reportado o caso diretamente para seus superiores, portanto será punido também. Agora saia daqui e vá para a sede da Scotland Yard. Guardas prendam as duas agora!
Thomas e os guardas saíram com as duas algemadas daquele beco enquanto Dominic e a mim sentamos em um banco em frente á um bar.
[Dominic] E agora? Ela será enforcada?
[Aidan] Não sei... (falou Aidan cabisbaixo) provavelmente sim.
[Dominic] Então vamos para onde?
[Aidan] Precisamos dormir, e está ficando cada vez mais frio aqui fora. É melhor procurarmos por alguma pousada.
Seguimos por aquelas ruas coloridas e enfeitadas até encontrarmos uma pousada a cinco quadras dali. A mulher que atendia vos pediu alguns documentos e enquanto preenchia os formulários um homem alto, loiro e com uma capa negra entrou na pousada.
[Homem] Aidan Watson?
[Aidan] Sim. (Aidan olhou meio torto para o homem)
[Homem] Estive lhe procurando por vários lugares, e quem diria! Você está em Londres. (o homem sorriu)
[Aidan] Posso lhe ajudar com algo?
[Homem] Sim, você pode. O seu nome apareceu na lista dos sangues impuros faz alguns dias.
[Aidan] Sangues impuros, lista...?
[Homem] Você precisa vir comigo para Manchester. A Universidade Victoria de Manchester reivindica a sua presença.
[Aidan] De que se trata essa reivindicação?
[Homem] Não sou portador de tais informações, apenas devo leva-lo para Manchester.
[Dominic] Você deve ir, eu me seguro bem por aqui sozinho.
[Aidan] Tudo bem, mas espero que seja algo importante.

Sophia avistou John e Lucy conversando no jardim e resolveu saber de que se tratava.
[Sophia] Está linda hoje Lucy. Esses laços em seu cabelo estão maravilhosos.
[Lucy] Obrigada tia.
[Sophia] John aproposito, o que encontrou de tão interessante neste diário?
[John] Uma leitura melhor que o jornal. Noticias sobre a guerra e mortes não satisfazem a minha fome por letras. (John sorriu)
[Sophia] Pois saiba que o Reino Unido está prestes a participar da guerra.
[John] Estes alemães não permaneceram sozinhos nesta luta por muito tempo.
[Lucy] O meu pai. Possui alguma noticia dele?
[Sophia] Desculpe querida, mas ele não mandou nenhuma carta ainda.
[John] Talvez ele demore bastante tempo para voltar.
Um dos empregados da mansão chegou até o local onde John, Lucy e Sophia estavam reunidos.
[Empregado] Senhor, encontramos um buraco na parte traseira da mansão. Não é muito grande, mas parece haver uma porta lá.
[John] Lucy, amor... me deem licença por favor.
John se retirou do local e foi investigar a descoberta feita pelo empregado. Quando chegou ao local outros dois empregados já tinham retirado a terra e raízes que encobriam a passagem.
[Empregados] A porta precisa de uma chave para ser aberta.
[John] Fiquem aí eu já volto com uma.
John se levou até a sala da mansão donde pegou a chave que havia deixado junto com a caixinha metálica que tinha guardado.
[John] Tentem abri-la com isso.
John entregou a chave a um de seus empregados que abriu a porta. O local era escuro então John pegou uma lanterna e então adentrou aquele corredor. O lugar continha três portas as quais cada uma precisava de uma chave para ser aberta. Logo John voltou para o lado de fora e encontrou Lucy observando.
[John] Nenhuma porta pode ser aberta.
[Lucy] Acha que têm alguma coisa a ver com o bisa?
[John] Provavelmente sim, afinal ele conhecia essa mansão de olhos fechados.
John voltou para a sala junto de Lucy aonde encontrou Sophia lhe esperando.
[Sophia] Chegou uma carta de Londres dizendo que você precisa comparecer a uma reunião do magistério na segunda-feira.
[John] Hoje é domingo então amanhã bem cedo devo partir.
[Sophia] O almoço já deve estar pronto. Levarei Lucy á uma festa de aniversário no rancho Harsh á noite. Tudo bem para você?
[John] Está certo com certeza lhe acompanharei.
A tarde se passou rapidamente enquanto John preparava alguns documentos que precisaria levar até a capital. Logo a noite chegara e todos estavam se arrumando para a festa que viria. John vestiu um smoking e sentou-se na sala á espera de suas duas ladies.
Sophia e Lucy desceram a escadaria, uma mais bela que a outra. Lucy vestia um vestido amarelo e cheio de rendas enquanto Sophia estava com um vestido negro e totalmente liso, com alguns detalhes estampados na parte superior.
[John] Não acham inconveniente aparecerem na festa mais lindas que a aniversariante? (John sorriu)
[Sophia] Seu bobo! O carro já está pronto?
[John] Sim, apenas me digam que estão prontas e iremos á festa.
John, Sophia e Lucy chegaram alguns minutos adiantados na festa, mas isto não causou nenhum problema. John se sentou em uma mesa perto de uma arvore muito grande. O rancho era um lugar lindo e estava lotado de convidados para aquela noite. Um deles chegou até John, era um homem um tanto baixo e careca.
[Homem] Poderia vir comigo Sr. John?
[John] Posso saber de que se trata?
[Homem] Meu chefe quer lhe fazer uma proposta, afinal você é um advogado muito competente.
[info][/info]
John seguiu aquele homem até o interior da grande casa que foi construída naquele rancho. Ao entrar na sala encontrou uma mulher muito familiar para ele mesmo. Ela aparentava ter em torno de cinquenta anos.
[Mulher] Então você realmente cresceu...
[John] Quem é você?
[Mulher] É claro, idiotice minha pensar que você saberia. Meu nome é Amy Watson.
John ficou pálido, olhou para os lados querendo esconder uma lagrima que caiu do seu olho.
[John] Por que voltou só agora?
[Amy] Tenho meus motivos e não posse lhe contar nada por agora.
Um homem entrou na sala, possuía cabelos brancos e estava vestido em um terno branco.
[Homem] Quem diria! Mãe e filhos separados á vinte anos agora juntos em uma sala apenas.
[Amy] O que você quer aqui? (Amy falou com raiva)
[Homem] Você sabe muito bem o que eu quero!
O homem arrancou uma arma de dentro de seu terno e a apontou para Amy.
[Homem] Você não devia ter me ignorado! Não devia estar aqui!
[Amy] Você é patético Oscar!
Oscar se encostou-se à parede, abaixou a arma e começou a rir.
[Oscar] Sabia que eu viria até aqui não é?
[Amy] É claro, afinal não deixei meu rastro tão perceptível atoa.
[John] Alguém quer me explicar o que está acontecendo aqui?
[Oscar] Com muito prazer. Meu nome é Oscar Martin, sou nascido em... bla, bla, bla. Enfim, pode me chamar de pai se quiser. Mas na verdade não quero que me chame de pai se é que me entende.
[Amy] John, a morte de seu avô desencadeou uma série de eventos problemáticos. Por enquanto não posso lhe revelar nada. Mas sei que está com o diário dele. O quanto mais rápido o ler mais rápido saberá o que está por vir.
[John] Isso tem algo a ver com a história sobrenatural dele?
[Amy] Por enquanto faça o que lhe disse.
[Oscar] Precisamos voltar logo amor. O trem saí de Londres daqui três dias e temos muito o que fazer até lá.
[Amy] Meu filho não tenho tempo para poder te contar tudo o que aconteceu, mas por favor leia o diário.
Amy abraçou John e seguiu com Oscar para fora da casa. Logo John se encontrava no jardim observando a festa e pensando sobre sua mãe. Ele não a conhecera quando pequeno e agora ela aparecia do nada com uma conversa estranha sobre seu avô.
Sophia chegou á mesa e sentou-se na cadeira ao lado de John.
[Sophia] O que está achando da festa?
[John] Um pouco agitada demais.
[Sophia] Pelo menos finja que está se divertindo. (Sophia sorriu)
[John] Isto vai demorar muito ainda?
[Sophia] Um pouco... Logo a aniversariante irá iniciar a cerimonia.
O tempo passou... E a festa já estava no final. John e sua família já se encontravam saindo do rancho quando foram abordados por um velho de terno que andava mancando.
[Velho] Você é John Watson?
[John] Sim, sou eu.
O velho levou a mão direita até John e lhe entregou um pedaço de papel.
[Velho] Isto é seu. Espero que faça um bom uso...
John não conseguia entender o que estava escrito na folha. Mas se recusou a perguntar para o velho que agora já estava longe.
Ele seguiu até sua casa onde dormiu por algumas horas até que se levantou deixando Sophia na cama e devagar avançou entre os cômodos da casa se preparando para a viajem. O sol se levantou no céu e John já estava na estrada indo para Londres. Ao seu lado estava seu chofer e enquanto ele dirigia, John abriu o diário na página onde havia parado sua leitura.
[close]





Manchester – 28 de novembro de 1990
A viagem havia sido muito longa e cansativa. O Homem que havia me procurado me levou até a porta da universidade e me entregou alguns itens. Um crucifixo, uma chave de prata e a bala de uma arma.
[Homem] Você fica por aqui Aidan. Preciso cuidar de outros assuntos.
[Aidan] Como chego onde... devo chegar?
[Homem] Siga aquelas escadarias.
O Homem apontou para uma escada que me levou a uma travessia de vários corredores que davam acesso a varias salas. Comecei a andar meio perdido por aqueles corredores até que encontrei uma porta fechada com o meu nome. Um jovem de cabelos pretos e meio enrolados colocou uma mão sobre meu ombro.
[Jovem] Está com a chave?
[Aidan] Esta aqui...
Entreguei a chave para ele e então a porta foi destrancada pelo lado de dentro. Estavam ali parados dois homens bem velhos, talvez com oitenta anos cada um. Eles me pediram para entrar e quando entrei...
[Velho] Seja bem vindo aos Cavaleiros da Ordem do Templo de Salomão senhor Aidan Watson, Levi.
[Aidan] Eu nunca uso este sobrenome!
[Velho] Pois saiba que é um belo sobrenome Sr. Levi.
[Aidan] Ninguém usa este nome em minha família a gerações.
[Velho] Mas o nome continua em seu sangue e você faz parte disto.
[Aidan] Por que estou aqui? Como pode ver eu sei que minha família é de origem Judaica, mas e agora? O que mais quer me falar?
[info][hs width=320 height=300]http://s9.postimg.org/dvvkdymbz/demon_detail_by_ceruleanvii.jpg[/hs][/info]
[Velho] A Ordem do Templo de Salomão é uma instituição não muito grande agora, mas ainda consegue viver. Somos poucos e precisamos de mais, muito mais. Uma guerra virá Sr. Levi, e não temos como impedi-la. Precisamos de ajuda e você pode nos ajudar!
[Aidan] Como? Encontrando mais jovens dispostos a ajudar a igreja em... Em oque?
[Velho] Caçar demônios Sr. Levi, caçar demônios! Eles são muitos e estão cada vez mais fortes.
Eu não podia acreditar no que ele falava. Aquilo tudo estava fora do normal, mas... Dominic...
[Velho] Existe um demônio muito perto de nós. Ele não chegará até aqui, mas ira lhe procurar assim que sair. Use o crucifixo e revele este demônio. Faça apenas isso e saberá que estou falando a verdade.
Sai daquela sala um pouco balançado pelo oque o velho me disse. Segui para fora da universidade, já era tarde e o sol já estava deixando o céu. Andando com a cabeça baixa esbarrei em um homem alto de cabelo negro. E aquilo foi a ultima coisa que me lembrei, talvez tivesse desmaiado...
Quando acordei, estava em um lugar escuro e no meio da escuridão estava uma luz e um homem nu sobre um circulo gravado no chão, seus cabelos ruivos pegavam fogo!
[Homem] Olá Sr. Levi. (Risada psicótica)
[Aidan] Que lugar é esse?
[Homem] O inferno...






[17/11/13] Postagem do tópico no fórum e adição dos primeiros personagens e capitulo 1.
[20/11/13] Segundo capitulo adicionado ao tópico e adição do personagem Thomas.
[23/11/13] Terceiro capitulo adicionado ao tópico e adição do personagem Dominic.
[26/11/13] Quarto capitulo adicionado ao tópico e adição das personagens Megan e Rebecca.
[29/11/13] Quinto capitulo adicionado ao tópico e adição dos personagens Amy e Oscar.
[16/12/13] Capítulos 1 ao 5 guardados em spoiler.
[17/12/13] Sexto capitulo adicionado ao tópico.
[user]Nocive[/user]


Nocive, bem-vindo ao fórum, antes de tudo.

Roteiro muito interessante, diga-se de passagem. Confesso que li as duas primeiras linhas e fiquei receoso em continuar a leitura, mas ainda bem que o fiz. Se não o fizesse, perderia um grande espetáculo de falas. Mas vamos por partes.

Assim, antes de tudo, dê uma revisada no texto. Não há muitos problemas, mas eles ainda existem. Nada que uma revisão básica não dê conta, no entanto. Não me aprofundando nesse mérito, olha, admito que suas narrações não me agradaram. A qualidade delas não chega nem ao dedinho do pé da que persiste nos diálogos. É uma diferença absurda. Tão absurda que parece até dois textos diferentes colados um no outro.

As falas ficaram excelentes. Mesmo. Deu para sacar que o seu forte é esse. Um roteiro, salvo exceções, majoritariamente é constituído por falas, portanto, escolheu bem o estilo. Está, provavelmente, no caminho certo.

A história me despertou bastante curiosidade, também. Assim como John, estou curioso para saber o passado de seu avô. Espero descobrir em breve.

Enfim, boa sorte com a história e até a próxima.

Kazuyashi.

Opa. Lendo o texto, esse estilo meio de transcrição me lembrou de cara WoD. Gostei desse começo de história, da maneira como vai estabelecendo o mistério e preparando o chão. Estou curioso para saber onde isso tudo vai dar.
Só acho que, como o Kazu disse, as partes de narração são seu fraco. Acho que se for para ir para um estilo realmente mais de relato digitado, caberia fazer descrições com frases mais breves, caso contrário o "clima" geral fica desequilibrado.

Agora, uma única correção que acho importante apontar é quanto ao latim usado: ad caelum não equivale, diretamente, a "vá para o céu", mas a "para o céu". "Vá para o céu" seria "vade ad caelum", embora isso seja redundante uma forma redundante. No geral, a tradução seria mesmo "para o Céu", sem o peso imperativo do "vá".

Eu realmente estou ficando muito babaca... ou muito velho. Você decide.

   Agradeço muito pela avaliação de vocês dois. Vou me esforçar para criar uma narração melhor e com certeza irei revisar tudo antes de postar aqui. Quanto a frase em latim vou corrigir neste momento, obrigada pela observação. E... espero que gostem e realmente acompanhem o que vem por ai.
[user]Nocive[/user]


Ah, não há do quê. Procurarei acompanhar sempre que possível, pois a introdução realmente me cativou. Aliás, o segundo capítulo também ficou bem interessante. E percebi relativa mudança na narração de um para o outro. Um mudança positiva. Seguir o conselho do Moon realmente foi a coisa certa a fazer. Frases claras e curtas caem muito melhor com o roteiro que está desenvolvendo.

Não há o que dizer sobre as falas. São muito boas. Fiquei até com inveja branca delas, rs. Ah, outro detalhe que me chamou a atenção foi a inserção do Thomas no "quadro dos personagens". Bem legal esse esmero com o tópico.

Enfim, parabéns pelo trabalho e vejo você nos próximos capítulos.

Um grande abraço,

Kazuyashi.

Gostei do capítulo, embora tenha achado que ele ficou um pouco corrido. Os eventos se desenrolaram rápido, então acho que não deu muito tempo de sentir as coisas, sabe? Ao menos foi a minha impressão.
Achei o Thomas interessante e a interação dele com o Aidan é legal. As partes de narração funcionaram melhor nesse capítulo, achei. No geral, achei um capítulo bom.

Eu realmente estou ficando muito babaca... ou muito velho. Você decide.

20/11/2013 às 10:55 #6 Última edição: 20/11/2013 às 11:10 por Nocive
Citação de: Moon[light] online 20/11/2013 às 10:46
Gostei do capítulo, embora tenha achado que ele ficou um pouco corrido. Os eventos se desenrolaram rápido, então acho que não deu muito tempo de sentir as coisas, sabe? Ao menos foi a minha impressão.
Achei o Thomas interessante e a interação dele com o Aidan é legal. As partes de narração funcionaram melhor nesse capítulo, achei. No geral, achei um capítulo bom.
  Realmente me pareceu que estou fazendo os capítulos mais corridos mesmo, o fato é que eu preciso mudar de cenário e não sei se devo criar passagens entre essa mudança ou não. Como de exemplo um viajem entre uma cidade e outra, eu deveria criar algum acontecimento entre o espaço de tempo que os personagens estão na estrada?

[user]Kazuyashi[/user]
  Muito legal que você tenha gostado, e a narração eu me preocupei realmente em melhorar, o quadro de personagens eu pretendo sempre adicionar uma imagem de cada um conforme forem aparecendo na história.
[user]Nocive[/user]


Não sei se o problema são bem as transições, mas os acontecimentos mesmo. A parte com o senhor do manto negro, por exemplo, acabou muito curta, porque não acontece muito nela. Acho que falta criar tensão para as cenas, criar um clima com o que se trabalhar. Sabe num filme quando antes de encontrar com aquela personagem que vai revelar alguma coisa a protagonista tem que passar por um corredor cheio de pessoas ou explorar uma casa? Esse tipo de coisa. Ou talvez tornar os acontecimentos em si maiores.
Talvez seria legal se você colocasse, digamos, o Aidan e o Thomas procurando pessoas na cidade e aí encontrando a Amelie. Não precisaria ser nada longo, mas apenas criar uma expectativa para quando eles achassem ela servir de recompensa.
Acho que isso poderia funcionar.

Eu realmente estou ficando muito babaca... ou muito velho. Você decide.

Citação de: Moon[light] online 20/11/2013 às 11:25
Não sei se o problema são bem as transições, mas os acontecimentos mesmo. A parte com o senhor do manto negro, por exemplo, acabou muito curta, porque não acontece muito nela. Acho que falta criar tensão para as cenas, criar um clima com o que se trabalhar. Sabe num filme quando antes de encontrar com aquela personagem que vai revelar alguma coisa a protagonista tem que passar por um corredor cheio de pessoas ou explorar uma casa? Esse tipo de coisa. Ou talvez tornar os acontecimentos em si maiores.
Talvez seria legal se você colocasse, digamos, o Aidan e o Thomas procurando pessoas na cidade e aí encontrando a Amelie. Não precisaria ser nada longo, mas apenas criar uma expectativa para quando eles achassem ela servir de recompensa.
Acho que isso poderia funcionar.
  Obrigado pela resposta, com certeza irei observar melhor essa parte da criação nos próximos capítulos.
[user]Nocive[/user]


Eu estou com o Moon[light] no lance da velocidade. Parece que os personagens ficam se teletransportando de uma situação para a outra. Precisa adicionar mais um pouco de narração, adicionar mais ação ao texto. Quando eu digo ação não estou falando de casas explodindo, perseguições em alta velocidade e lutas épicas. Falo do simples fato de os personagens fazerem alguma coisa e não simplesmente pularem para uma outra situação.

Enfim, estou neutro em relação ao texto. Não odiei, mas também não gostei. Tá com uma premissa até legalzinha, mas precisa desenvolver mais os personagens e a narração.

Viva a lenda!



20/11/2013 às 14:17 #10 Última edição: 20/11/2013 às 14:19 por Nocive
[user]VincentVII[/user]
  Estou trabalhando em alguma maneira para melhorar essas passagens. Sobre melhorar os personagens e a narração eu pensei... pensei... e única maneira de fazer isso seria mostrar mais detalhes sobre eles certo? No caso de (exemplo) a passagem da cidade para a fazenda ou a procura de informações na cidade você poderia me dar algum exemplo de como faz isso? Estou realmente um pouco confuso com o que fazer para melhorar. :ded:
[user]Nocive[/user]


Citação de: Moon[light] online 20/11/2013 às 11:25
Não sei se o problema são bem as transições, mas os acontecimentos mesmo. A parte com o senhor do manto negro, por exemplo, acabou muito curta, porque não acontece muito nela. Acho que falta criar tensão para as cenas, criar um clima com o que se trabalhar. Sabe num filme quando antes de encontrar com aquela personagem que vai revelar alguma coisa a protagonista tem que passar por um corredor cheio de pessoas ou explorar uma casa? Esse tipo de coisa. Ou talvez tornar os acontecimentos em si maiores.
Talvez seria legal se você colocasse, digamos, o Aidan e o Thomas procurando pessoas na cidade e aí encontrando a Amelie. Não precisaria ser nada longo, mas apenas criar uma expectativa para quando eles achassem ela servir de recompensa.
Acho que isso poderia funcionar.

Creio que o comentário do Moon[light] já dá a sugestão necessária. Só colocar um pouco mais de narração, informações sobre o aspecto dos personagens, do ambiente que eles se encontram, como o Moon disse, criar mais expectativa.

Por exemplo no meu conto mais curto, Slender Man, a história era menor do que a que eu escrevi. Mas resolvi adicionar mais um pouco de detalhes pra criar o perfil do protagonista e situar melhor o leitor na história.

Viva a lenda!



Citação de: VincentVII online 20/11/2013 às 14:49
Citação de: Moon[light] online 20/11/2013 às 11:25
Não sei se o problema são bem as transições, mas os acontecimentos mesmo. A parte com o senhor do manto negro, por exemplo, acabou muito curta, porque não acontece muito nela. Acho que falta criar tensão para as cenas, criar um clima com o que se trabalhar. Sabe num filme quando antes de encontrar com aquela personagem que vai revelar alguma coisa a protagonista tem que passar por um corredor cheio de pessoas ou explorar uma casa? Esse tipo de coisa. Ou talvez tornar os acontecimentos em si maiores.
Talvez seria legal se você colocasse, digamos, o Aidan e o Thomas procurando pessoas na cidade e aí encontrando a Amelie. Não precisaria ser nada longo, mas apenas criar uma expectativa para quando eles achassem ela servir de recompensa.
Acho que isso poderia funcionar.

Creio que o comentário do Moon[light] já dá a sugestão necessária. Só colocar um pouco mais de narração, informações sobre o aspecto dos personagens, do ambiente que eles se encontram, como o Moon disse, criar mais expectativa.

Por exemplo no meu conto mais curto, Slender Man, a história era menor do que a que eu escrevi. Mas resolvi adicionar mais um pouco de detalhes pra criar o perfil do protagonista e situar melhor o leitor na história.
   Não quero mexer na história que já foi postada aqui então pretendo ir fazendo as mudanças conforme os próximos capítulos forem sendo construídos. Como já tenho o próximo capitulo escrito vou aplicar algumas mudanças na narração e alias a sua história do Slender é incrível!
[user]Nocive[/user]


 Só dando um Up aqui galera, capitulo três adicionado ao tópico.  :*-*:
[user]Nocive[/user]


Dessa vez passaram alguns errinhos de gramática. Por exemplo, você usa "falará" (futuro) no lugar de falara (passado), além de um caso de "há vários anos atrás", o que é redundante. "há" e "atrás" passam a mesma informação de algo localizado no passado.
Coisas gramaticais.

Sobre a história, só fiquei confuso por um momento com o retorno ao presente, mas depois de um tempo me toquei. Acho que as coisas estão se movendo bastante rápido. Fiquei querendo ver mais sobre a investigação do Aidan. Aliás, falando do Aidan, ele já tinha experiência com esse tipo de casos, certo? Ao menos é a impressão que me passou pela reação dele à toda história do demônio.
Ah, e na hora que você coloca os comentários em parêntese, acho que não precisava dizer "se referia a", mas podia colocar, talvez, "olhava para". Talvez funcionasse melhor.
No geral, a história está mantendo o nível. Isso é bom. Estou supondo que não vai ser uma história tão longa, certo? Considerando que você já está revelando algumas pistas grandes.
Enfim, acompanhando.

Eu realmente estou ficando muito babaca... ou muito velho. Você decide.