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A Donzela

Iniciado por Elyven, 02/12/2012 às 17:18

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Notas da Autora
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Miniconto by—Elyven Velvet.
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A Donzela
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Yasmin apanha uma rosa e fica por um momento à observá-la. Não há nada de diferente que ela possa notar que não seja seus espinhos. Estes, mais do que afiados. E com um suave movimento, delineia seus dedos entre eles até se ferir. Uma gota de sangue cai sobre a grama verdejante. Ela pensa que o contraste adquirido nela precisaria de um tom mais avermelhado. Portanto ela não sabe o que quer. Joga o broto da rosa sobre a grama e vai embora sem olhar para trás. Se olhasse, perceberia o perfeito contraste que se formara ali no jardim.

— Não é assim que se faz — ela pensou.

E inicia-se uma correria em volta do Chafariz. O que ela pensava que fosse pessoas eram na verdade seus fantasmas. Os dedos indicadores dos querubins anunciava sua culpa e puseram eles toda culpa sobre Yasmin. Agora os querubins lhes disseram em segredo para contrastear seu jardim. Nem mesmo os pássaros que pousaram sobre seus ombros, conseguem fazê-lo. Seus trinados além de alegres, não foi o bastante para mudar o temperamento de Yasmim.

—Não é assim que se faz —ela sussurrou.

Em algum canto, algumas rãs começaram a coaxar. O badalar do sino do farol ao Norte do Mar era triste. Badalou por sete vezes e por fim calou-se. Ela olhou para o céu neste momento e observou as estrelas. Milhares delas espalhadas pelo vasto céu em torno do universo particular, a Via Láctea. Conseguiu uma boa estatística de quantos inimigos tinha. Entristecida, Yasmim subiu as escadarias até seu quarto e se trancou dentro dele. A lua emergiu cheia de esplendor.

—Não é assim que se faz —ela exclamou apoiando os pezinhos sobre o parapeito da janela. Ficou a sentir soprar às lufadas o vento que batiam contra suas faces. Nesta hora, ela deixou seu corpo cair e pôde sentir uma sensação jamais prevista. Se agora pudesse olhar, Yasmim perceberia o perfeito contraste que se formara em seu jardim.