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Resultados - Gladiador Kazuyashi vs. Desafiante El-Dison

Iniciado por VincentVII, 01/12/2013 às 22:16

01/12/2013 às 22:16 Última edição: 15/12/2013 às 13:44 por VincentVII
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» APRESENTAÇÃO

Bem-vindo ao Colosseum! O duelo inicial desta categoria está marcado para o dia 15/12, onde vocês presenciarão uma grande batalha entre os membros Kazuyashi e El-Dison pelo posto de Gladiador do Desafio Épico!

Confira as últimas palavras dos lutadores:

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Gladiador Kazuyashi:
"Façamos um ótimo duelo!"

Desafiante El-Dison:
"..."
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» DETALHES DO COMBATE

Então vamos logo ver os detalhes do combate:


  • Tema: Criptozoologia
  • Tamanho: De 2500 a 5000 palavras
  • Prazo de Entrega: 15/12/2013
  • Premiação: 40 ouros e o cargo de gladiador ao vencedor, 20 ouros ao perdedor
  • Adicionais: Você pode usar mitos já conhecidos (Kraken, Chupa cabra, Monstro do Lago Ness, etc) ou inventar um original

QUE COMECE A DISPUTA!


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Viva a lenda!



15/12/2013 às 13:43 #1 Última edição: 15/12/2013 às 23:18 por VincentVII
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Devido um erro estúpido de uma pessoa que prefere ter sua idade mantida em segredo, o duelo foi quase cancelado. Motivo: essa pessoa estúpida conseguiu a proeza de confundir o dia do prazo de entrega


FINAL DE DUELO


O participante [user]El-Dison[/user] não enviou seu trabalho garantindo, automaticamente, a vitória ao Gladiador [user]Kazuyashi[/user]. Você pode conferir a história no spoiler abaixo:

Spoiler
— Estão bem afiadas, vê?
— É, estão. Mas não vai conseguir assim.
— Ora, como pode afirmar isso? — o primeiro homem pergunta ao segundo.
— Não importa o quão afiadas estejam, você ainda não tem a técnica — o segundo responde, impassível, a ignorar qualquer outro som que não o vindo da própria voz ou o da de seu semelhante. — Neste, como em qualquer ramo, se precisa dela para ser bem-sucedido.
— E assim, que tal? — o primeiro insiste.
— Nada feito. As presas ainda não encaixam corretamente. E você se sujou todo...
— Ora...
Bem é verdade, e muito vale ressaltar, é que esta conversa em aparente despretensão ocorre entre gritarias nervosas de belas jovens nuas — quatro ou cinco — acorrentadas nas paredes frias do porão de uma casa residencial, no bairro da Tijuca, na zona norte do Rio de Janeiro, enquanto observam, em meio à morbidez de dois estranhos, o cruel torturar e consequente assassinato de outra delas.
Bem é verdade, e também muito vale ressaltar, é que eu os espreito neste momento, e que você, leitor, não sabe quem eu sou. Mas saberá. Em breve. O fato é que no pescoço desfigurado, sujo do sangue que flui das marcas incontáveis de mordidas mal dadas, um número de série aparece e identifica modestamente o corpo daquela mulher: 139. É o número da vítima; é o número da patente da morte, esculpido em carne viva por caninos de aço. Caninos, por sinal, que não passam de uma engenhoca risível.
— Ah, não. Outra vez, não — o segundo homem vocifera, claramente frustrado. — Não é assim que se chupa, Gilmar. Assim não vai dar pé.
— Desculpe-me. Fiquei nervoso. Não errarei na próxima — o primeiro homem para e pondera por alguns segundos antes de continuar, enquanto se desgruda do pescoço mastigado e lambe parte do sangue que pinga da boca. — E não me chame novamente de Gilmar. Aqui, você sabe, eu sou Lestat.
— Oh, sim. Lestat. Esqueci da sua fixação pelo vampirinho daquele filme. Como é mesmo o nome? — o segundo dissimula deduzir, provocante.
Entrevista com o Vampiro. E não é "vampirinho". É uma fonte de inspiração para nós dois. Respeite-o, Claudius.
— Que seja. Tenha a bondade e pegue a próxima. Eu me alimentarei dessa vez. Mostrarei a você a técnica correta. Fique, agora, encarregado de filmar. Pegue um bom ângulo.
O Lestat de meia-tigela pega a filmadora das mãos do comparsa, a ajeita minimalistamente no tripé mais próximo, e corre para a extremidade oposta do porão, a fim de arrancar da parede a jovem acorrentada da vez. Que linda. Que seios. E, principalmente, que veias. Pele polaca, tão esbranquiçada que quase chega a ser transparente; transparência parcial que expõe os belos e protuberantes conjuntos de vasos sanguíneos. Sangue quente e provavelmente saboroso. Adoraria tomá-lo num cálice. Ainda assim, pobre garota.
É realmente uma pena morrer no auge da juventude e beleza pelas mordidas de um impostor, mas a ela de nada adiantará chorar, já que isso apenas incitará o apetite voraz dos seus captores; e de pouco servirá os berros, já que o isolamento acústico fora projetado para impedir que qualquer ruído passe para o lado externo da sala, por mais agudos e sofridos que sejam. Ninguém a irá ouvir. Ninguém além das colegas de sacrifício, dos vampiros paroleiros e de mim. Bem, talvez outros loucos a possam escutar, mas será pelo som de um computador.
Por fim, leitor, o tal Lestat a prende pelas mãos e pelos pés em uma tábua horizontal de madeira polida, volta para a filmadora, a conecta à CPU ao lado por meio de alguns cabos e pressiona o REC. Quando se certifica de que ela está a gravar toda a cena, se aproxima novamente da tábua e, com as próprias mãos, vira e segura a cabeça da jovem, enquanto toma o cuidado de afasta os cabelos para que deixem, assim, o pescoço livre e desprotegido do encontro derradeiro com o aço das presas artificiais de Claudius. O número 140, previamente entalhado, surge espontaneamente. Tudo enquadrado satisfatoriamente e transmitido em tempo real pela internet.
O homem, então, com os caninos expostos, com satisfação de ser assistido por dezenas, talvez centenas de outros lunáticos reluzida na face, se prepara, morde a vítima em desespero e... Falha.
Quer dizer, ele acha que acertou, já que o sangue fluiu e ele o conseguiu lamber, mas eu sei que falhou. O que acontece, leitor, é que estes loucos verdadeiramente se convenceram do seu talento inexistente para extrair sangue de jugulares ou, neste caso, de artérias carótidas, mesmo com essas mordidas hediondas de fazer vergonha a qualquer rei da noite que se preze. São apenas amadores. Irritante demais.
Isso para não falar de "Claudius", "Lestat" e "Entrevista com o Vampiro". Façam-me um favor. E caninos de aço, então? Se eu não os visse, jamais teria acreditado em algo tão insultante. Para completar, depois de outras cinco perfurações malfeitas e alguns gemidos lancinantes, a bela jovem não resiste. Que desperdício. O precioso líquido vital agora jaz frio no chão, como que insignificante.
O tal "Claudius" continua a lamber aquilo com se fosse benéfico. Os homens do outro lado do monitor ainda o apreciam. Mais que isso, o aplaudem. Dá para ouvi-los rir em êxtase e tecer comentários sobre o ocorrido por meio das caixas do home theater, espalhadas pelo porão. Francamente, isto é ridículo. Além do mais, será que eles não sabem que um vampiro JAMAIS beberia um sangue morto? Seria o mesmo que banhar-se em mau agouro. Morreriam pela fraqueza. Mas como poderiam saber? São apenas humanos patéticos que se acham vampiros. De certo, de nada sabem sobre o assunto, além do fato que drenam sangue. Patético!
O que mais me surpreende, entretanto, é como essas fraudes desengonçadas conseguiram reunir mulheres tão jovens e atraentes. Elas devem carecer de miolos, além de, claro, serem prováveis amantes de absurdos vampirescos como Crepúsculo. Só isso justificaria a facilidade com que caíram nesta tramoia. Se bem que isso nada justificaria, leitor, pois voltemos aos homens: Eles não gozam nem ao menos da boa aparência. A elegância e a esbeltez também lhes faltam. Não são como seriam se fossem um "Edward" ou qualquer outro vampiro ficcional, sedutor de jovens de intelecto afetado, e saído da mente insana de uma mulher frustrada em todas as esferas humanas de existência. Não há desculpa plausível.
O que há é algo de muito errado com este século. Só penso no engano que os historiadores cometeram ao tachar trechos do milênio anterior como "Idade das Trevas". Com base no que inferiram isso? Na podridão que cercava aqueles tempos? Que injúria! Que hipocrisia! A podridão está aqui, na minha frente, com estes insanos a gozar de algo que não lhes é de direito, a dispor de um público igualmente reprovável para assistir às deturpações que fazem, e a surrupiar e sacrificar as belas jovens as quais EU deveria cuidar. Ah, se aqueles homens ditos "das trevas" vivessem agora. Iriam, certamente, agradecer por toda a peste bubônica que lhes consumiu o âmago.
Mas por bem, leitor, pararei com meus velhos devaneios que sempre me acompanham e, enquanto eles se livram do corpo da segunda, sacrificam a terceira jovem desafortunada e transmitem cada detalhe via internet, me porei a contar logo quem são estes homens e, na sequência, quem eu sou, apesar de você provavelmente já desconfiar.
A bem da verdade, os investigo há alguns meses, desde que a primeira vítima fora feita. Sabia que precisaria ficar no encalço deles, já que aparentemente prejudicariam meus negócios. Confesso que, um tanto por influência, outro tanto por certa habilidades especiais, não me foi difícil levantar a ficha de ambos.
O primeiro homem, Gilmar Lopes, ou "Lestat", não passa de um zé-ninguém de quarenta e dois anos, aficionado por vampiros e criaturas nefastas dos contos e filmes que lia e assistia quando criança. No primeiro contato que teve com elas, se assustou o suficiente para que nunca mais as quisesse ver, porém, inesperadamente, este pavor se transformou em afeição; afeição motivada pelo asilo e conforto que essas figuras do submundo estranhamente lhe proporcionavam. Serviam de escape para os problemas que encontrava em casa, como o pai alcóolatra ou a mãe frívola. Ainda pior: de escape para toda humilhação e judiação que passava nos tempos de escola.
A infância de Gilmar não é lá algo interessante, leitor. Consegui colher algumas informações extras que não disporei aqui por não querer me alongar tanto, mas o que há para saber é que, desde a idade mais tenra, este infeliz não sabia viver dentro dos parâmetros da normalidade, e, conforme crescia, sua vida se tornava um histórico sucessivo de fracassos e decepções. Por exemplo, nunca namorou, nunca teve amigos e seus vínculos familiares eram os mais fracos. Raramente parou em algum emprego, também.
Na verdade, houve uma época em que ele mal saía de "casa", que, à esta altura, era um barraco de não mais que duas dezenas de metros quadrados, localizado no sopé de um morro qualquer. Lá, refugiava-se dos seus fardos, ao passar os dias a assistir às histórias fantásticas que compunham o folclore humano, com toda a sorte possível de criaturas aterrorizadoras.
Por viver como um pária indiano, à margem de toda e qualquer casta social, imaginava-se como amigo dos demônios que lhe confortavam ou, às vezes, até como os próprios. Já que era renegado, que houvesse, então, um fundamento para isso. Para tal, nada melhor que tomar a imagem das figuras horrendas que o acompanhavam para si. Como tinha predileção por vampiros, acabou roubando-lhes o figurino e o estilo de vida. Adotou, após ter revisto pela sétima vez o filme "Entrevista com o Vampiro", a alcunha de Lestat. Já aos trinta e cinco anos, "Lestat" resolveu fazer sua primeira vítima, que, aliás – e talvez até possa lhe parecer estranho, leitor –, foi quando teve a primeira relação sexual.
Na época, trabalhava como atendente em uma loja de conveniência de um posto de gasolina. Ele era o funcionário encarregado de fechar o estabelecimento e geralmente ficava de plantão até tarde da noite. Em um desses términos de expediente, quando se preparava para trancar todo o lugar e o posto sequer funcionava mais, um carro que passava próximo saiu da pista e estacionou ao lado de uma das bombas de gasolina.
Ao sair do veículo, o motorista revelou-se, na verdade, uma linda e jovem mulher. Estava desacompanhada e, pela elegante roupa que vestia, Gilmar logo deduziu que ela provavelmente retornava de alguma festa ou cerimônia de grande prestígio. Após algumas trocas de palavras, a mulher lhe contou que o tanque de combustível estava na reserva, quase seco, e que precisava reabastece-lo.
Naquele momento, leitor, os olhos dele transmitiram o sinal de uma nova expressão facial, algo próximo tanto da loucura quanto da sanidade, e, inconfiável, afirmou à mulher que poderia ajuda-la. Infelizmente, ela não percebeu que sua vida corria perigo e, em seu primeiro momento de distração, ao acreditar nas possíveis boas intenções daquele homem que lhe estendia a mão numa situação difícil, Gilmar a acertou com uma pancada na nuca que a fez tombar.
Ele arrastou a mulher desacordada e desprotegida para dentro da loja de conveniência e lá a estuprou. Já havia se tornado um monstro, mas não era o bastante. Precisaria ir além para que o seu renegar fizesse sentido. Embutir medo àquela mulher também não era o suficiente; era preciso embutir medo na sociedade. A ocasião, então, fez Gilmar tentar agir como um vampiro pela primeira vez. Ele sequer pensou muito. Sua atitude fluiu naturalmente, como que inerente ao próprio ser. Afastou os cabelos da mulher, inclinou um pouco sua cabeça, escolheu um lugar que julgou correto e o mordeu. Havia, então, provado da carne e do sangue de um pescoço humano pela primeira vez.
O sangue quente escorreu pouco a pouco dos furos para a boca entreaberta de Gilmar. Ele continuou a pressionar a carne, tal qual um lobo esfomeado. A mulher, que naquele momento já havia recobrado parcialmente a consciência, tentou gritar, mas sem sucesso: a voz fora cruelmente abafada pelas mordaças. Tudo o que podia fazer era emitir alguns gemidos fracos e chorar. Nem se mover direito podia, já que os braços e pernas foram imobilizados.
De qualquer forma, acho que já perdi bastante tempo nesta parte da história. Tanto que eles já estão a sacrificar a quarta jovem da noite. A gritaria vinda das caixas de som fica mais intensa e confirma todo o deleite macabro que os vermes do outro lado do computador estão a ter. Preciso me adiantar ou não poderei por meu plano em prática no momento que gostaria. Pois bem, leitor, correrei um pouco com as explicações.
De onde parei, Gilmar havia mordido o pescoço da moça. Depois de sentir o sangue no seu paladar, quis experimentá-lo novamente e, novamente, a mordeu. E a mordeu outra vez. E outra. E outra. E quando se atentou, percebeu que o pescoço da mulher fora inteiramente mordido e estava em carne viva. Já não sabia se ela estava morta ou apenas inconsciente pela dor certamente intensa, mas não importava qual era a situação, ele precisaria sair dali. E foi o que fez. Correu sem se importar para qual direção seguia, com a face coberta por um sorriso louco e, o corpo, por um uniforme totalmente suado e ensanguentado.
Para o azar de Gilmar, em um dos quarteirões por onde passou às pressas, uma viatura da polícia fazia patrulha. Assim que o viram naquele estado, o capturaram. Na delegacia, ele confessou o que havia feito sem demonstrar remorso algum, e os policiais não acreditaram de primeiro momento. Parecia um relato fantástico demais para ser verdade, embora fosse. Só o confirmaram quando mandaram alguns homens averiguarem a provável cena do crime e encontraram o corpo em estado deplorável daquela mulher. Após todos os trâmites legais que a Justiça demanda, Gilmar foi julgado e condenado a cumprir trinta anos na Penitenciária Laércio da Costa Pellegrino, ou "Bangu 1", por crime hediondo.
Já era louco o bastante, mas a sua loucura resplandeceu mais quando conheceu "Claudius", ou Oswaldo Silva, um dos seus companheiros de cela. Era um homem de trinta e oito anos que já havia estuprado cinco pessoas, as desmembrado vivas e, depois de literalmente comer as partes que arrancou, com elas a assistirem tudo, as matava. Um tanto cruel, até mesmo para mim, leitor. Poderia falar mais sobre seu passado, mas não disponho de muito mais tempo. A última jovem da noite já fora posta na tábua para execução. De qualquer forma, ele já estava preso há dez anos e era intimidador até mesmo para os outros prisioneiros. Raramente gostava dos companheiros, mas sentiu certa empatia por Gilmar, que, logo mais, descobriu ter o mesmo gosto por criaturas das trevas que ele. Dois anos depois, no ano de dois mil e oito, após uma briga que culminou numa rebelião intensa e difícil de controlar, eles conseguiram escapar do presídio com outras dezenas de presos. Alguns foram recapturados, mas os dois estão foragidos desde então.
O que interessa, leitor, é que decidiram prosseguir com suas loucuras e capturar jovens mulheres para se "alimentar". Com o tempo, conseguiram, de maneiras que não convêm contar, reunir dinheiro suficiente para alugar uma residência no bairro da Tijuca, a mesma em que estamos agora, e fazer parte dela de câmara de execução. Posteriormente, encontraram um fórum na internet frequentado por outros amantes daquele sadismo, e começaram a produzir vídeos que expunham, na íntegra, as drenagens de sangue e os assassinatos que realizavam. Divulgaram um endereço anônimo e seguro para doação de dinheiro e, assim, começaram a lucrar com a contribuição que os usuários faziam para assistir às torturas e às mortes macabras.
Acho que já é explicação o suficiente, leitor. Não tenho mais tempo. As risadas satisfeitas ecoam intensamente pelo porão agora repleto de cadáveres, e é chegado o momento pelo qual estive a esperar todos esses malditos minutos. É hora da minha alimentação.
— Ouviu isso, Claudius?! Todos ficaram saciados! — Lestat exclama entre gargalhadas, feliz por ter executado, com sucesso, a última mulher da noite.
— É claro que ficaram saciados. Nós somos bons demais — Claudius afirma, confiante.
— Quantas refeições pegaremos na próxima?
— Ah, nosso apetite é grande. Umas quatro ou cinco, como desta vez.
— Oh. O apetite de vocês é grande?
Faço questão de me posicionar no enquadramento da filmadora para que os membros do web fórum também possam me ver. Os dois homens se viram e olham na minha direção, assustados, enquanto seus gritos somam com os que saem do home theater. Provavelmente nunca viram alguém sair das sombras assim, e a se transmutar de morcego para algo com corpo humanoide.
— O QUE É VOCÊ? — Lestat grita em desespero, enquanto tenta se levantar da queda que sofrera pelo susto.
— Ora, Gilmar. Dos que estão aqui, você é o que mais deveria saber o que eu sou.
— Como sabe o meu nome? — questiona o homem, entre gagueiras.
— E como eu não saberia?
Ele aparentemente não tem forças para pergunta mais nada e apenas fica a me olhar, assustado. Depois do pânico passado pelos espectadores, as caixas de som ficaram mudas. Todos devem ter cancelado a conferência.
Claudius sorrateiramente pega uma faca num compartimento oculto e corre na minha direção com ela em punho, mas antes que possa sequer chegar perto, arranco contra ele e o suspendo pelo pescoço, a pressionar cada frágil veia que o compõe com minhas unhas prolongadas. Ele gane feito um cachorro moribundo e deixa a arma escorregar. Lestat por um momento pensa em pegá-la, mas é aturdido pelo meu olhar amedrontador e hipnotizante.
— Vocês não sabem como eu os odeio, seus desgraçados.
— Mas o que nós fizemos para você? — agora foi a vez de Claudius se pronunciar, apesar de toda a dificuldade enfrentada por ter suas garganta fortemente bloqueada.
—  O que vocês fizeram? O QUE VOCÊS FIZERAM? — retorico e vocifero ao mesmo tempo, enquanto espremo o pescoço do infeliz e o faço gemer mais intensamente. — Vocês, escórias, usurparam as belas jovens que EU deveria usurpar. Sabem quantas vezes tive de me alimentar de roedores e gatos por vocês acabarem com minhas caças? MUITAS! Senti-me como naquele ridículo filme de vampiro de anos atrás. Tudo porque vocês capturaram e mataram, sem necessidade, as minhas melhores presas.
— Sinto muito! Por favor, nos perdoe — Lestat se ajoelha, abaixa a cabeça e implora. — Solte Claudius e nos deixe ir. Não capturaremos mais mulheres na próxima vez! Por favor...
—  É uma pena para vocês, mas, infelizmente, não haverá "próxima" vez.
Lestat suspende o olhar e assiste, perplexo, a cabeça de seu amigo se desprender do corpo e aterrissar longe, no extremo oposto do porão.
— Nunca tomei uma atitude desta, pois no início era apenas uma, duas vítimas perdidas no máximo. Não me fazia mal. Mas vocês já passaram do limite. PASSARAM BASTANTE DO LIMITE!
Largo o corpo descabeçado de Claudius, a jorrar sangue por todo o chão, e invisto contra o último homem restante. Antes que Lestat se dê conta, o descabeço também. Finalmente. Doce som do silêncio. Doce e desejosa fragrância de sangue recém-expelido. Acho que já está tudo terminado. Ah, não. Ainda não. Ainda falta uma última coisinha. Ainda bem que aprendi a usar o computador há alguns anos.
Aproximo-me da máquina que outrora usaram para transmitir os vídeos, acesso a conta já conectada dos homens naquele fórum e faço uma postagem singela. Algo como: "Se não quiserem que aconteça o mesmo com vocês, nem pensem em pegar as minhas presas novamente". Bem, as câmeras gravaram tudo o que aconteceu, então os espectadores que forem corajosos o suficiente saberão do que estou falando. O trabalho foi feito. Já posso sair daqui.
Ah, leitor, quase esqueço de falar sobre mim. Embora à esta altura você já saiba, eu sou um vampiro. Um vampiro real que mora na Floresta da Tijuca, bem próximo dessa casa. Poderia falar outras coisas, como a minha origem nos anos de mil e trezentos ou em como acabei aqui, mas minha vida não é um livro aberto. Isso aqui não é o "Entrevista com o Vampiro", portanto é só o que vou te contar. Contente-se.
Felizmente, com mais nenhum louco a solta a surrupiar as minhas jovens, poderei finalmente me alimentar em paz pelas noites a fora. A propósito, adeus. Está na hora da minha alimentação.
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» AVALIAÇÃO DOS MESTRES

Como o desafiante El-Dison não enviou o seu trabalho não houve necessidade de fazer uma avaliação mais aprofundado no texto do Kazuyashi.


» O GLADIADOR

E com isto, o vencedor deste desafio é o Gladiador [user]Kazuyashi[/user]

Parabéns por manter o posto de Gladiador, agora veja os comentários da plateia sobre sua disputa!
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Viva a lenda!



Agora sim saiu o resultado do duelo. Outra vez, desculpem o incômodo!

Viva a lenda!



Triste que tenha acontecido um WO.

Parabéns ao Kazu por ter se esforçado e criado seu texto, ainda não li mas pelo histórico do mesmo acredito que esteja ótimo.


Pois é, Uht, mas, infelizmente, W.Os fazem parte. Eles têm acontecido em todas as áreas. Espero que isso mude! E valeu pela presença e pelas palavras, meu amigo!

Um grande abraço!

Kazuyashi.