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História ainda sem título

Iniciado por Gabriel_257, 20/06/2014 às 15:59

Estou postando uma história que já vim desenvolvendo à algum tempo. Tem dois capítulos até o momento, e gostaria que eles fossem avaliados. Grato desde já!

Capítulo 1
   Era uma noite fria naquela cidadezinha. As nuvens cobriam a lua totalmente, deixando aquela pracinha mais sinistra. O velho Hotel Alba mantinha apenas uma luz no segundo andar acesa, mas no térreo, totalmente no escuro, um jovem se encontrava dormindo. Um trovão extremamente estrondoso o acordou. Assustado e ofegante, ele olhou ao seu redor e se viu em um lugar que ele não conhecia. Seus olhos acinzentados tinham dificuldade em enxergar no escuro.
   Ele percebeu que ainda estava deitado, então resolve se levantar, quando nota que em sua mão havia um guarda-chuva. Ele se lembrava desse objeto, e se sentiu mais confortável quando o viu. Ele então se levantou, apoiando-se no guarda-chuva, e quando botou o pé no chão, o piso de madeira velho fez um ruído irritante. Rapidamente, uma moça de cabelos loiros e curtos usando óculos desceu até o térreo com uma vela em suas mãos, encontrando o moço tentando se localizar.
   - Quem é você? - ela indagou.
   O jovem olhou pra ela, mas não respondeu. Logo em seguida ouviu vozes que bradavam lá fora. Ele se dirigiu até a porta do prédio.
   - São os badernistas, liderados por Chase. Eles sempre arrumam confusão por aqui. Acho que eles querem atacar o nosso hotel de novo.
   A moça se dirigiu até a porta, destrancando-a. Suas suspeitas estavam certas: três jovens com roupas de couro e atitude rebelde estavam se aproximando, gritando e rindo num tom muito alto. O líder deles, Chase, percebeu a moça do lado de fora do hotel, e se dirigiu para mais perto dela.
   - Oi, Serene! Faz tempo que eu não te vejo! Os livros velhos do hotel estão te divertindo?
   - Chase, por favor saia daqui. Você só está causando problemas para todos aqui!
   - Nem vem que não tem! Temos um hotel pra depredar hoje! Agora saia da frente!
   - E se eu não quiser?
   - Aí eu serei forçado a...
   Nesse momento, o jovem sai de dentro da estalagem. As nuvens que cobriam a Lua sumiram, revelando os cabelos estranhamente grisalhos dele. Ele estava com uma capa de chuva e calças simples, e, com seu guarda-chuva, apontava para os badernistas.
   - Quem é você? - perguntou Chase ao rapaz.
   Ele não respondeu. Ao invés disso ele foi em direção ao bandido, e assumindo uma postura de quem quer briga, empunhando seu guarda-chuva como se fosse uma espada.
   - Você quer brigar, meu chapa? Então pode vir, somos três contra um!"
   Serene correu para dentro do prédio, observando o desenrolar daquela cena por uma fresta na porta da frente. Quando ela percebeu, um dos capangas de Chase correu para cima do jovem, que o derrubou com um golpe de seu guarda-chuva. Em seguida ele encaixou um golpe no outro capanga que vinha em sua direção. Chase rapidamente puxou uma adaga e tentou acertar o jovem, que se joga para trás no momento certo, e golpeia o braço do bandido. Este revida com um chute nas pernas, e observa o jovem cair no chão.
   - Ei, você é bom... tá, hoje o seu hotel está a salvo, mas amanhã eu vou atacar em outro lugar, e é melhor você não tentar bancar o herói, hein?
   Calmamente, Chase sai da praça com seus dois comparsas. Serene então vem em sua direção.
   - Você expulsou eles! Obrigada. Mas quem é você afinal.
   O jovem permanece quieto. Ele gesticula com a moça. Aponta para si próprio, balança o dedo indicador e faz gestos com a mão perto da boca. Ela compreende o que ele quer dizer.
   - Você é mudo? - ele pergunta.
   Ele responde balançando a cabeça pra cima e pra baixo.
   - Ah, me desculpa. Vem aqui comigo.
   Serene vai correndo em direção ao hotel, e o jovem segue-a. Ao entrar na hospedaria, ela fecha a porta.
   - Espere aqui no térreo, que eu já volto.
   Ela sobe as escadas correndo, e depois de alguns momentos ela volta com uma pequena máquina em formato esférico nas mãos.
   - Isso aqui vai te ajudar a se comunicar com os outros.
   O rapaz fica com um olhar de dúvida no rosto. Serene continua:
   - Este é um pequeno robô da série M1-SH4. Ele pode traduzir as ondas de pensamento com quem quer que esteja sintonizado, e fala para os outros. Também pode mostrar a informação em forma de texto com um holograma. Ele é bem útil, não é? E aí, quer tentar?
   Ele concorda. A moça começa a mexer na máquina, e em alguns segundos ela entrega o aparato ao jovem. Ela lhe dá instruções de como configurar a máquina, e depois de mexerem nela, ela começa a flutuar. O jovem fica pensativo, e uma voz mecânica começa a sair do aparelho.
   - [Obrigado pela máquina. Meu nome é Vergne. ]"
   - Prazer em conhecê-lo. Eu sou Serene, e ajudo a tomar conta deste hotel. Gostaria de saber como você veio parar aqui, mas você deve estar cansado, então acho melhor esperar até amanhã de manhã para conversarmos mais.
   - [Por mim tudo bem.]
   - Mas infelizmente não tenho nenhum quarto preparado pra você hoje. Você pode dormir no sofá aqui do térreo mesmo?
   - [Não tem problema.]
   - Então tá, a gente se vê amanhã então. Boa noite, Vergne!
   - [Boa noite...]
   Serene sobe as escadas em direção ao seu quarto. Vergne então se deita no sofá, tentando se aconchegar da melhor forma que pode. Não demora muito até o sono chegar.
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Capítulo 2

        Era por volta das oito da manhã, quando Vergne acordou de um sono tranquilo, porém desconfortável para suas costas. Ele se levanta, pega o guarda-chuva que carregava consigo e pensava no que devia fazer agora. Sem ter uma ideia melhor, resolve sair para ver os arredores.
   O sol estava brilhando por trás de algumas nuvens, e oferecia um agradável calor aos habitantes daquele local. Na frente do hotel, havia um chafariz com alguns bancos e arbustos com flores. À esquerda haviam barracas de frutas, e casas antigas em um tom marrom, que se estendiam por uma rua atrás do chafariz. À direita estava uma cantina também antiga, um tanto vazia, porém com risadas saindo dela. Se aproximando do local, percebeu Serene tomando café da manhã com mais cinco pessoas. Ele entrou no recinto, e ela o percebeu chegando. No seu rosto era possível ver que ela havia esquecido dele no hotel.
   - Ai, não! Me desculpa, Vergne, é que eu sou distraída assim mesmo - ela disse.
   E voltando-se para seus amigos, continuou:
   - Gente, esse aqui é o Vergne, ele apareceu no hotel ontem de noite. Foi ele quem afugentou o Chase!
   Um dos rapazes, com uma jaqueta marrom, cachecol e suéter, e um cabelo castanho-claro cheio de gel levantou-se para cumprimentá-lo.
   - Eu vi você lutando ontem a noite, você foi demais! Eu sou Bristol, prazer em conhecê-lo!
   - Esse robô voando ao seu lado... então você não sabe falar? - perguntou uma moça de longos cabelos loiros e uma cara de sono.
   - Thalia, que falta de educação! - interrompeu Serene.
   - Bem, não deixa de ser verdade não é? - falou um moço de cabelos escuros e uma longa jaqueta azul, também com cara de sono - De qualquer forma, meu nome é Sidney.
   - Eu sou Leslie! - disse uma moça loira de roupas escuras e botas compridas.
   A moça de roupas elegantes, com um cabelo preto e curto se levantou para cumprimentar Vergne.
   - Me chamo Alice, e sou uma das responsáveis por esse vilarejo. Se tiver qualquer dúvida, é só me perguntar!
   - [É um prazer conhecer todos vocês.]
   - Sente-se conosco, Vergne, fique a vontade! - falou Serene.
   O rapaz sentou-se na frente de Serene, do lado da janela e de Alice, deixando seu guarda-chuva encostado em sua cadeira. Uma das garçonetes do local trouxe pães com manteiga para a mesa.
   - Sirvam-se! - ela disse, sorrindo.
   Eles comeram calmamente a refeição, enquanto jogavam conversa fora. Vergne comia seus pães em silêncio, observando as discussões daquelas pessoas. Após todos terminarem de comer, Serene começa a conversar com ele.
   - Então, Vergne, como você veio parar aqui?
   - [Eu... não me lembro direito.]
   - Pois é, isso acontece com muitas pessoas. Mas todos vem de um vilarejo distante daqui, do outro lado do Rio Rienhopis, em busca de emprego. - ela explicou.
   - Aqui, na cidadela de Sapincam, muitos jovens como nós acham empregos, desde o comércio, como estabelecimentos como o Hotel Alba da Serene, ou até caçadores de monstros que empesteiam os arredores da cidade. - continuou Alice.
   - Você seria um bom caçador, se luta tão bem como me disseram - falou Sidney.
   - [Certo, eu vou procurar alguma coisa pra fazer aqui, então.]
   Após essa pequena conversa, todos saíram da cantina. Serene foi cuidar do hotel, enquanto Thalia começou a ler um livro num dos bancos da praça. Sidney voltou para seu quarto para dormir mais. Bristol, Alice e Leslie fizeram uma pequena roda na praça, onde eles conversaram mais um pouco. Vergne ficou por perto, sem falar nada. Após algum tempo, um rapaz com uma elegante jaqueta branca, cabelos pretos espetados e uma espada nas costas.
   - Bom dia, pessoal!
   - Oi, Noah! Tudo bem? - disse Alice.
   - Acho que sim. As coisas estão mais calmas desde o ano passado. - ele respondeu.
   - Não se preocupe, agora a gente tem mais é que relaxar mesmo! - disse Bristol. - Ei, você conhece nosso novo habitante, Vergne? - e apontou para ele.
   - Olá Vergne, seja bem vindo à Sapincam.
   - [Oi.]
   - Bem, foi bom vê-los, mas tenho meus deveres à cumprir. Tchau!
    Noah se despede do grupo, entrando em uma das vielas da cidade.
   - [Por que ele anda por aí com uma espada?] - perguntou Vergne.
   - Ele é um soldado trabalhando por ordens do Oswald, um dos governantes dessa região. Noah é um guerreiro muito poderoso - explicou Alice.
   - Ei, e se a gente te levasse até um lugar onde tem muitos monstros, pra você ver como os caçadores trabalham? - sugeriu Bristol.
   - [Por mim tudo bem.]
   - Então vamos pra Floresta Arbipuirae. Lá tem muitas criaturas que adoram atacar os visitantes. Além disso, eles costumam ser fracos. - comentou Leslie.
   - A floresta fica à nordeste daqui, não muito longe. - adicionou Alice.
   O grupo estava se dirigindo à saída da cidade, quando um vulto passou por eles. Alice leva sua mão ao pescoço, e exclama:
   - Meu colar! Ele sumiu!
   Vergne olha para frente, e percebe uma pessoa correndo com um colar na mão. Essa pessoa para, e olha para trás. Era ninguém menos que Chase, que gritava para o grupo:
   - Venham pegar!
   Vergne é o primeiro a ir atrás dele.
   - [Vamos pegar aquele criminoso!] - exclamava.
   Os outros três vinham atrás dele. Saindo da cidade, passaram por um gramado, de onde saíram alguns capangas do ladrão. Eles ameaçavam os quatro jovens com facas de bolso. Sem hesitar, Vergne empunhou seu guarda chuva e atacou o mais próximo deles com um golpe rápido. A jaqueta de couro do bandido ficou retalhada, pois aquele guarda-chuva na verdade tinha uma ponta cortante. Percebendo isso, ele fugiu o mais rápido que pode. Mas haviam mais seis bandidos ali, e eles partiam para cima dos outros.
   - [Cuidado!]
   - Deixa comigo! - gritou Bristol.
   Ele pega um machado que carregava dentro de sua jaqueta. Com destreza, golpeou um dos capangas que avançava, o jogando no chão com sucesso. O outro foi para o lado, mas foi surpreendido com uma das flechas que Alice atirou de seu arco de madeira. Distraído, não percebeu que Leslie estava para golpeá-lo com uma maça na cabeça. O ataque dela foi tão forte que o marginal desmaiou na hora.
   Os outros capangas se moveram rapidamente para trás do grupo, e um deles tentou esfaqueá-los. Seu primeiro alvo foi Leslie, mas antes que eles pudessem acertá-la Vergne saltou para defender o golpe com seu guarda-chuva. Alice dispara mais uma flecha ao atacante, mas desta vez ele se esquiva com rapidez do projétil. Bristol se concentra, e estende a sua mão, gritando.
   - Vendaval!
    Uma corrente de vento atingiu os bandidos de surpresa, jogando-os para longe. Eles se levantam com dificuldade e fogem correndo.
   - Parece que esses marginais não vão mais nos atrapalhar - comentou Leslie.
   - [Vamos, rápido! Temos que alcançar o Chase!]
   - Não, isso só vai trazer mais problemas. Era só um colar barato, nada de mais... - disse Alice.
   - [Mas ele é um criminoso, e todos os criminosos devem ser punidos!]
   Vergne então sai correndo procurar por Chase. Bristol, Alice e Leslie decidem segui-lo, com medo de que algo acontecesse com o seu novo amigo.
   
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