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A Guerra dos Vegetais — Possivelmente a pior história já feita

Iniciado por Vifibi, 06/09/2014 às 21:26

Esta história foi criada por um grupo de pessoas me dizendo o que escrever. Tais pessoas foram Cronus, Majora e Rekiem, e portanto boa parte da culpa disto deve cair sobre eles. Portanto, sem mais delongas, eis A Guerra dos Vegetais:

No começo do ano, o mundo parecia à beira da destruição total. A guerra dos vegetais tinha feito seu estrago na humanidade. Dois homens estavam sentados um diante do outro numa sala escura, fumando cigarros. Eles estavam quietos, sem dizer uma palavra e controlando até mesmo sua própria respiração.
--- Isto não pode continuar assim, Marcos --- disse um deles --- se nos descobrirem, se os vegetais souberem o que fazemos... meu Deus, o que eles não farão contigo!
--- Pelo menos morreremos livres, amigo --- Marcos sorriu --- e que nos tragam ruína, se quiserem. Ao menos não vivo uma mentira. E você sabe que, sem você ao meu lado, nosso pepino Tomzinho nunca iria aguentar ficar aqui.
--- Sim, mas acho que Tomzinho tem problemas mais com você tentar usá-lo nesses seus atos... pervertidos que ter companhia!
--- E você pode me culpar, oras? Tantos anos de mentiras, de tentar fingir que sou algo que não sou! Sinto uma vontade inexplicável de experimentar. De fazer tudo que não podia antes!
--- Mas você  ainda não pode! Se nos descobrirem, meu Deus, será nosso fim! Minha família inteira será enviada para um campo de concentração por aquelas verduras bastardas!
--- É um risco que estou disposto a correr --- Marcos sorriu novamente e deu um longo trago de seu cigarro.
--- Sim, porque você não tem família! Não tem nada a perder com isto!
Marcos suspirou e pôs sua mão no ombro de Maurício, consolando-o.
--- Eu tenho a você --- ele sorriu --- e ao Tomzinho, nosso pepino de estimação.
Maurício se levantou de seu sofá e andou até a janela do quarto, puxando as cortinas, mostrando a cidade de Juazeiro do Norte, antes uma metrópole mundial, agora uma carcassa de sua antiga forma, uma cidade pedindo para morrer, mas mantida viva por vegetais militares. Maurício inspirou longamente, e apagou seu cigarro no cinzeiro. Colocou suas roupas e despediu-se de Marcos.
--- Onde você vai? --- Marcos perguntou.
--- Diferente de você, Marcos, eu tenho que trabalhar. Não posso ficar sendo sustentado pelas garotas ricas de alta-sociedade de Juazeiro do Norte.
Tendo dito isso, Maurício partiu, deixando Marcos a ponderar enquanto terminava de fumar seu cigarro Hollywood mentolado. Pensou em se vestir, mas achou que era desnecessário. Saiu da porta de seu quarto para sua casa bastante espaçosa, e chamou por seu mordomo. O mordomo veio, apertando-se contra seu peito e tossindo para agrossar sua voz.
--- O que posso fazer por você, Sr... pelado. Por que o senhor está pelado?
--- Porque a economia está um inferno. Agora, voltando a assuntos que importam, Sr. Jarvas, você acompanhou o Sr. Bragas à saída, certo?
--- Sim senhor! --- ele respondeu com entusiasmo e então parou para tossir quando sua voz afinou.
--- Excelente. Diga-me, Jarvas... o que teremos para o jantar?
--- Jantar? Senhor, são... são quatro da tarde.
--- Ah. Bem... o que teremos para o café-da-manhã então?
--- Prepararei algo para o senhor.
Jarvas partiu, deixando Marcos sozinho.
Mais tarde, quando o sol se escondeu do mundo que tinha se destruído, Marcos entrou em um bar, acompanhado de seu fiel amigo Maurício. O bar era coberto da fumaça espessa que sai de cigarros e charutos, e o bartender servia diversos tipos de bebidas vermelhas enquanto tentava desesperadamente não deixar seu sombrero cair. Maurício parecia desconfortável de estar ali, mas Marcos estava contente e pronto para tudo.
--- Maurício, descanse rapaz! A noite é jovem, e tudo está excelente!
--- Eu só queria saber por que raios você me trouxe para o México!
--- Porque era o único lugar que eu sabia de que serviam Bloody Marys com os guarda-chuvas em cima! Nenhum outro lugar tem isso!
--- Tem sim! Bem ao lado de nossa casa!
--- Oh, agora é nossa casa? Que fofo.
--- Você entendeu o que eu quis dizer – Maurício suspirou e cruzou os braços, olhando ao redor --- Por que raios todo mundo aqui parece nunca ter estado na luz do sol? Pensei que o México era famoso por ser um deserto.
--- Não, ele é famoso por ser um deserto de VIDA. Os cartéis mataram todo mundo. Aqui, beba --- Marcos respondeu, servindo-lhe um drinque.
Enquanto Maurício experimentava sua bebida, um homem passou pelos dois, esfregando sua mão na traseira de Marcos.
--- Santa fé! Diabos, Jarvas, se você vai entrar no bar, ao menos me avise antes! Espere, quem está com o VTOL?
--- Deixei-o com o manobrista. Dei uma gorjeta de cinquenta centavos. Isso vale, tipo, uns quinhentos pesos.
--- Ah, ok então. Bem, só se assegure de que aquele manobrista não vai fazer nada com meu VTOL. Aquilo me custou literalmente uma fortuna.
Subitamente, as portas do bar se abriram num estouro. Diversos para-militares entraram, carregando fuzis, rifles e submetralhadoras. Sem dizer uma palavra, eles começaram a atirar em todos aqueles que estavam no local, tornando muitos em pura poeira. Marcos pegou a mão de Maurício e o puxou para as portas dos fundos, tentando escapar do tiroteio, mas antes que pudessem escapar, Maurício foi baleado na testa e morreu instantaneamente, sem poder fazer um discurso antes de morrer. Marcos teria ficado parado para jurar vingança, mas isso seria uma forma muito mais fácil de morrer, então ele prometeu se vingar enquanto corria feito um alucinado pelas vielas da cidade do México.
Enquanto corria, ele pegou seu celular e discou desesperadamente para a NASA. Ouviu os toques enquanto olhava atrás de si com suor correndo por sua testa, imaginando que no próximo bipe, sua morte estaria selada.
--- Alô, NASA. O que posso fazer por você?
--- Aqui é Marcos! Me leve pro espaço!
--- Senhor... nós não levamos qualquer um para o espaço.
--- Mas meu sobrenome é Pontes!
--- AH! Então tudo bem. Vamos mandar uma aerotáxi te buscar. Aguarde.
Cinco segundos depois, uma espaçonave pintada de amarelo com listras pretas pousou à sua frente. Ele embarcou, e mandou que o levassem ao satélite de onde os vegetais controlavam o mundo.
Ele chegou na estação espacial cinco minutos depois, porque o autor não sabe direito como funciona velocidade e aceleração e física, e desembarcou dentro da estação. Pensando rápido, ele atacou uma couve-flor e a assassinou a sangue-frio, e então a vestiu, já que ele era um anão. Porém, mesmo assim a couve-flor era pequena demais para ele, e ficou cobrindo apenas seus genitais enquanto o resto de seu corpo estava totalmente nu. Antes que ele pudesse pensar em algo mais, contudo, duas mais couve-flores apareceram.
--- Ei! --- uma delas gritou para ele --- Pare de ficar de preguiça e volte ao trabalho!
--- Ah! Desculpe-me, senhor, eu estava na minha pausa para fumar!
Com isso dito, as couve-flores foram embora, deixando-o perplexado, nu e com uma leve brisa no traseiro. Mas agora não era hora para perguntas, ele tinha que achar o líder dos vegetais. Ao lado dele, tinha um mapa. Ele dizia "Você está aqui" e, logo ao lado, "O líder cruel e maligno dos vegetais está aqui." Bem, ele pensou, menos um problema, acho. Então ele caminhou até a porta ao lado e pegou uma vassoura do chão antes de assoprar na porta para derrubá-la. Aí ele lembrou que não era o Lobo Mau e bateu na porta.
--- Quem é? --- perguntou o líder dos vegetais.
--- A couve --- Marcos respondeu, tentando parecer ameaçador.
--- ... Qual delas?
--- A mais gostosa que tem?
--- ... Não sei qual, mas foda-se. Entre.
Marcos entrou, e encolheu-se de choque e horror ao perceber que o líder dos vegetais na verdade era Maurício.
--- Maurício! Você está vivo!
--- Não, couve... Você não vê? Desde que me puxaram do solo, eu nunca estive vivo. Eu sou um vegetal-zumbi! Todos somos! E agora, você vai se juntar a nós!
--- Mas... eu não sou um vegetal --- Marcos respondeu, confuso.
--- Claro que é. Você é uma couve.
--- Isto? --- ele removeu a couve-flor de seus genitais, o que chocou e surpreendeu Maurício.
--- Meu Deus! Você não é uma couve-flor! Você na verdade é um... espera, o que raios você é?
--- Honestamente, nem eu sei mais a este ponto. Mas como você pôde fazer isso comigo, Maurício? Conosco! Comigo, e com seu vegetal de estimação, o Tomzinho! --- ele implorou, retirando Tomzinho de um bolso outrora não-mencionado.
--- Você não vê? Eu fiz tudo isto para Tomzinho! Porque nenhuma escola no mundo aceitava Tomzinho! Diziam que ele era só uma planta! Que ele era só um vegetal! Uma fruta! Mas ele não é! Ele é um fruto! Então eu invadi o mundo! Eu fiz o que tinha que fazer, para que nosso filho pudesse ter uma educação.
--- Mas... os meios não justificam os fins, Maurício. E agora... eu tenho que te derrubar.
Quando Marcos terminou de falar, o pepino em suas mãos transformou-se numa espada-consolo roxa.
--- Ó, grande Marcos --- a espada falou --- graças ao poder de sua bondade, eu fui transformada em minha forma verdadeira! Eu sou a Ivy Sword! Use-me para destruir o mal!
--- Podecrê! --- Marcos respondeu triunfantemente, atirando a espada em Marcos, que penetrou-lhe no peito rapida e duramente, fazendo-o gemer de dor enquanto ele era posto contra a parede com força. Ele tentou se mover, mas agora era tarde demais. Ele tinha perdido.
E, enquanto Marcos ponderava sobre o fim de sua vitória, e tudo que tinha feito pelo mundo, começaram a chover galinhas pelo sistema anti-fogo da estação espacial. Enquanto isso acontecia, ele tomou um Viagra, e, decidido, disse:
--- O que cresce naturalmente, amigo, é planta.

O FIM

08/09/2014 às 19:14 #1 Última edição: 08/09/2014 às 21:10 por RuanCarlsyo
Vifibi. Então você ainda existe.

O texto todo foi bastante cômico, mas só no final que eu dei uma gargalhada propriamente dita. Pelo menos foi uma bem alta. Enfim, nada mal pra a uma possível pior história já feita.
Tem tanta gente (em especial brasileira) ganhando dinheiro com humor hoje em dia (assim como também tem tanto escritor bom mas que não ganha porra nenhuma hoje em dia), você podia tentar publicar uma coletânea com os seus melhores, ou fazer um standup, sei lá. Acho que talvez eu pagaria.
abrç

(sinto falta dos seus textos, então volte a ativa, man!)

Não sei se ri tanto antes na vinha vida com um texto. Muito bom o texto inclusivo o final kkkkkkkkk