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Penas de um Corvo Solitário - Prólogo

Iniciado por Gabriel_257, 23/01/2015 às 21:21

Bom gente, depois de um booom tempo de ócio, escrevi essa história, que, a principio, não tem muito a ver com o título do tópico, mas em breve vai fazer, isso aqui é só o prólogo, e gostaria de saber a opinião de vocês, caros forumzeiros. Grato desde já!

Spoiler
O chefe de segurança do reino de Gawiachno estava a caminho da cela do mago Osbert. Um homem maduro, com seus 50 anos muito nem vividos a serviço do monarca Helian V, o tão leal Lorde Aedelrad vinha em um traje pomposo conquistado com muito esforço, e seus cabelos grisalhos estavam bem arrumados em um quepe de ferro. Ele parou em frente a cela, cujas barras de ferro mostravam o mago, já castigado pelo tempo, lendo um livro grosso sobre artes arcaicas.
   - Osbert - falou o Lorde, com uma voz grossa e austera - hoje é o dia de seu julgamento. Prepare-se para vir ao tribunal.
   O mago se virou com um rosto nada agradável para o chefe de segurança.
   - Finalmente, após anos envelhecendo nesta cela pútrida onde me trancafiastes, resolvem ouvir o que eu tenho a dizer? - respondeu cinicamente.
   Lord Aedelrad emudeceu. Como aquele criminoso pode falar uma coisa dessas? Ele cometeu um grave erro, imperdoável, Osbert não tinha moral nenhuma para falar do sistema judiciário do reino, ele pensou.
   - Mas tudo bem. Hoje eu lhes mostrarei o resultado de minha pesquisa.
- // -
   Um número relativamente grande de súditos se encontrava no gigantesco Salão de Julgamento, cujas paredes eram cobertas por listras de ouro e tecidos vermelhos, com vitrais ao fundo da sala que continham imagens dos antigos monarcas. O mais alto e luxuoso assento pertencia ao jovem rei Helian V, que com seus 30 anos de idade, era o mais jovem rei a assumir o trono de Gawiachno. Logo abaixo dele estava Osbert, de braços e pernas acorrentados. Como se estivesse olhando para um verme, o monarca observou o velho criminoso de seu alto assento, e iniciou o julgamento.
   - Leais súditos aqui presentes! - ele bradou com uma voz ressonante - Neste dia, julgarei o transgressor Osbert, pelo crime de uso e estudo de magia, que é estritamente proibida em Gawiachno! Agora, verme, diga a Vossa Majestade suas palavras fétidas em sua defesa!
   O velho mago olhou para o ato, procurando a figura do rei, mas sua vista foi ofuscada pelo sol, cuja luz adentrava no salão solene pelo teto, que era nada menos que uma gigantesca janela. Ele respirou fundo e começou a falar.
   - Caros cidadãos de Gawiachno! Vocês se esqueceram de que a magia é fundamental em nossa vida? Se esqueceram de que ela é natural e utilizada desde os tempos remotos? E esse reino, tão concentrado em extrair da terra pedras brilhosas para encher os cofres, nunca mais utilizou magia desde que este estúpido a quem chamam de rei assumiu o trono e colocou essa lei ainda mais estúpida de proibir magia! Ouçam, cidadãos! Eu lhes imploro, por favor usem o poder que tem de controlar magia! Se as pessoas ficarem muito tempo sem liberar sua energia mágica, ela se descontrola e mata a todos vocês, causando uma catástrofe inimaginável!
   - Silêncio! Como ousa pedir isso de todos os meus súditos! E, pior ainda, ousou me ofender! Está sentenciado a morte por enforcamento! - gritou o monarca.
   Então, entra no salão um brutamontes de mais de dois metros de altura, que era o carrasco do reino. Consigo, trazia um caixote de madeira, medindo pouco mais de um metro, onde colocou Osbert em pé. O mago gritava pedindo clemência e que Helian V compreendesse a gravidade do assunto, mas o rei ignorava os gritos enquanto a plateia estava atônita. Então, o grandalhão girou uma manivela num dos cantos da sala, fazendo com que se erguesse do chão uma haste de metal, que continuava a ascender até chegar a três metros do chão. Depois disso, uma segunda haste saia da primeira, se estendendo em horizontal. Ao término do movimento da engenhoca, o carrasco colocou a corda no pescoço de Osbert. Ao terminar de preparar a execução, o rei Helian V gritou com toda a sua força:
   - Que isto sirva de lição a você e a todos os meus súditos! Esqueçam por completo a magia, apenas o ouro nos fará progredir! Agora mate-o!
   O carrasco, sem hesitar, chutou o caixote, enforcando assim o velho mago. Ele se debatia enquanto tentava soltar desesperadamente urros de dor. Apenas depois de alguns minutos ele finalmente cedeu. A plateia ficou horrorizada com aquela cena.
   
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Olha cara, eu gostei...
boa a narrativa e o desfecho surpreendente : )
O que me incomodou foi a parte do "Então, então e depois disso". lá na parte do carrasco.

:blink:

@hategum rpg
Obrigado por comentar! Eu entendi o que você quer dizer, eu acho. É sobre como ficou descrito, por que repetiu muito o "então"? Ou foi a descrição que não deu pra entender? Porque nessas duas coisas eu acho que realmente não ficou lá essas coisas. Mesmo assim obrigado pela opinião! ^^