O TEMA DO FÓRUM ESTÁ EM MANUTENÇÃO. FEEDBACKS AQUI: ACESSAR

[Demo] Mirror - The Other

Iniciado por Marcos H., 09/02/2015 às 23:45

09/02/2015 às 23:45 Última edição: 28/07/2019 às 22:30 por Victor Sena









[info float=left border=#6c6c6c][/info][box class=titlebg]
Ficha Técnica
[/box]

  • Criadores: MarcosH./ joselucas.farias
  • Gênero: Suspense/Drama
  • Iniciado: 05/07/13
  • Estado: Em progresso - 70%


            Após um tempo afastado do RPG MAKER, senti uma certa saudade dos velhos tempos e decidi voltar ao forum com um projeto curto e intrigante.
           Juntamente com joselucas.farias, desenvolvemos este projeto que ao mesmo tempo é curto e tem uma história bem interessante. Analisando as tendências dos jogos atuais notei que chegamos a um momento em que a tecnologia utilizada nos jogos não importa mais tanto. Hoje em dia todos os novos jogos estão saindo com gráficos belos e com jogabilidade no mínimo aceitável, mas o que faz o jogador se fixar no jogo e falar "Valeu a pena!" é a história e os personagens envolventes. Passei a notar isto a partir do The Last of Us. O jogo poderia ter sido uma bela porcaria, sendo somente mais um jogo de infectados correndo atrás de você(com gráficos bons, claro), mas os personagens foram tão bem trabalhados e a história tão bem elaborada com momentos X que quando cheguei ao final do jogo fiquei triste por ter acabado. Queria ter continuado a acompanhar a história dos personagens. No final do jogo você acaba percebendo que houve a criação de um elo com você e o jogo. É exatamente este elo que pretendemos trazer neste jogo.
           Mirror - The other não possuirá sistemas de batalhas muito menos inimigos. A história se passará somente num duelo intelectual para levar nosso detetive a descobrir a verdade que acabará num final surpreendente.
           Numa história 100% original pretendemos mostrar que um jogo não precisa de excelentes sistemas de batalhas e jogabilidades esplêndidas para se tornarem bons. A essência de um jogo esta em sua história. Esperamos conseguir o resultado esperado.





           "Não sei oque pensar... Perdido neste mundo vazio não tenho mais como salvar ninguém... Talvez já devesse ter salvo...
Estou em minha decadência e nem ao menos sei quem sou! Para que vivo? Para que TODOS vivem!?
DROGA!
...
Me cortei..."
(Barulhos)
"Você de novo?
...
Diga logo oque quer... Ah, esqueci que você não consegue..."



"Estamos todos destinados a sofrer os reflexos de um novo dia, de um novo tempo."
   Ele se levantava olhos despertos novamente na realidade que o aguardava. As manchas de umidade do velho apartamento continuavam ainda a residir naquele sujo teto. Manchas de bolor que eram a primeira visão do mundo que se abria a cada dia diante de seus olhos. Seu corpo se levanta, mais se assemelhando a um defunto levantando de seu silêncio eterno, do que de alguém aguardando um dia revigorante. Ossos estalando, marcas da idade. Visão turva que logo vai se tornando cada vez mais nítida revelando um flat velho e bagunçado. A pia cheia de louça de semanas e uma mesa de jantar nada apetitosa. O velho papel de parede que mais mostrava as camadas abaixo de si do que cumprir sua singela função. Pés agora no quente carpete. O velho carpete empoeirado que acumulava cada vez mais resquícios de comida e poeira dos diversos anos que passará lá, mesmo que imperceptíveis, exalavam um cheiro característico para tudo aquilo. Mas o que era imperceptível e possuía um cheiro característico para aquilo tudo? A poeira ou os anos?
"Mesmo assim nos contentamos em querer agradar o futuro, sem nos darmos conta de quão pequenos são os segundos."
   "Vamos lá... Só mais um dia... Só mais um desses malditos dias" – Repetia continuamente em sua mente, a cada dia que levantava e mergulhava em sua turva realidade, sempre pensando o porquê de nos levantarmos. Nascer, crescer e morrer: apenas para isto vivemos?  Era necessária muita coragem ou mesmo vontade para se levantar. Abandonar a quente cama em troca de mais um dia.
   
"Acorde! Troque-se! Entregue-se ao mundo, barata repugnante! A tola fantasia de homem já está vestida..."
   E então se levantava. Passos leves ainda se acostumando ao sutil movimento. O mesmo movimento repetido, decorado e até esquecido que o conduzia através dos poucos metros que o levariam ao local do falso despertar. A água em seu velho rosto era excessivamente refrescante e então após um breve, porém contínuo, momento de pausa, veio: Mais uma pílula, mais um dia. Ou seria mais um dia e mais uma pílula? Rosto lavado e agora bastava apenas se preparar esteticamente para o mundo.
   O som do trinco da porta se fechando. O velho flat aguardaria mais uma manhã e uma tarde, em silêncio e solidão, o retorno de seu dono.
   A cidade se erguia da escuridão, como um monstro moderno despertando de sua longa hibernação. Já era possível ouvir ao longe o som dos ruídos atordoados das marchas rumo ao centro. Passos e mais passos...
   
"Qual a verdadeira aplicação para a palavra tempo? Gastamos tempo para garantir nossa subsistência como seres sociais, mas deixamos de ser sociais a partir do momento onde o gasto de tempo torna-se mais importante que estas relações. Você gostaria de poder revê-las, não é?"
   Os prédios então passavam ficando cada vez mais distantes. Logo aquilo que você acabara de olhar foi rumo ao passado e, consequentemente, ao seu esquecimento. Mas nem tudo é facilmente esquecido. Há coisas que inexplicavelmente, ou não, acabamos guardando. São coisas que nos marcam e que nos tocam. Coisas que acabamos levando como marcas para o resto da vida. Mas eram apenas os prédios. Os velhos prédios que apenas caracterizavam aquela pequena e estreita rua. Vitrines sujas de poeira, janelas quebradas e latas reviradas. Um pobre coitado que, no silencio da noite, como muitas vezes acontece, fora levado pelo frio e gélido vento de outono. Muitas pessoas tentavam ver e entender o que acontecia.
"Parece que o ser humano apenas consegue se chocar quando se depara com situações que confrontem seus ideais éticos, morais e sociais. Enquanto o homem jazia ainda respirando no chão, era apenas uma memória ignorada, abandonada e esquecida."
        Todos pareciam chocados com a tamanha calamidade que o horror do homem moderno pode alcançar. "Pobre coitado..."; "Imagina o horror que ele deve ter passado durante a noite"; "Meu Deus...". E então ele passava como se nada o devesse algo, mesmo que um singelo olhar. Passos contrários ao do tumulto, indo como se sempre, sem ao menos se importar com todo o resto, em direção à próxima esquina.
   Enfim chegará aonde desejava (Na verdade ele realmente não desejava. Mas não se tratava apenas de um desejo inexistente, mas sim de uma obrigação). Uma grande porta de vidro revelava-se a sua frente. Reflexos... Ele podia se ver através daquela estática porta. Podia notar que seu olhar já não era mais como antigamente. Buracos negros no lugar do seu antigo olhar. Seus olhos carregavam todo o peso e a tristeza do mundo. Triste olhos que refletiam o cansaço de toda uma vida.
E então adentrava naquele esquecido prédio. Mais uma construção do novo mundo que se erguia em direção aos céus, sombreando olhares. Era um prédio bem antigo de fato. Suas paredes não possuíam nenhuma característica em especial: cinzas como a própria vida, era ali onde supostamente ele deveria frequentar todos os dias. A porta rangia e fazia sons estranhos, mas ao mesmo tempo, comuns aos ouvidos. Quando iniciou sua carreira, antes mesmo de todo o processo de retrocesso, era jovem.


   

Spoiler
Em breve
[close]



   
Spoiler





[img2 width=160 height=120]http://imageshack.com/scaled/800x600/9/dj5r.png[/img2][img2 width=160 height=120]http://imageshack.com/scaled/800x600/5/zafz.png[/img2]
[img2 width=163 height=120]http://imageshack.us/a/img27/5555/0cun.png[/img2][img2 width=163 height=120]http://imageshack.us/a/img35/2829/62rk.png[/img2]
[img2 width=163 height=120]http://imageshack.us/a/img22/7664/nnwl.png[/img2][img2 width=163 height=120]http://imageshack.us/a/img845/1754/v0t2.png[/img2]
[img2 width=163 height=120]http://imageshack.us/a/img203/4825/mzr3.png[/img2][img2 width=163 height=120]http://imageshack.us/a/img833/3136/yuhx.png[/img2]
[img2 width=163 height=120]http://img708.imageshack.us/img708/104/uicc.png[/img2]
*Algumas imagens foram editadas. Não representam a total área dos mapas.
[close]



Spoiler
The last of us

-Home

Sillent Hill 2

- Theme of laura
- White noiz
- Forest
- A World of madness
- Ordinary Vanity
- Promise [Reprise]
- Ashes and ghosts
- Null moon
- Heaven's Night
- Alone in the town
- The darkness that lurks in our mind
- Angels thanatos
- The day of Night
- Block mind
- Magdalene
- Fernata in mistic air
- Prisonic fairytail
- Love Psalm
- Silent Heaven
- Noole love you
- The Reverse Will
- Laura Plays the Piano
- Terror In the Depths of the Fog
- True
- Betrayal
- Black Fairy
- Theme of Laura [Reprise]
- Overdose Delusion
- Pianissimo Epilogue
- Promise

Jouney

- Nascence
- First Confluence
- Second Confluence
- Threshold
- Third Confluence
- The Road of Trials
- Fourth Confluence
- Temptations
- Descent
- Fifth Confluence
- Atonement
- Final Confluence
- The Crossing
- Reclamation
- Nadir
- Apotheosis
- I was Born for This


Resident Evil 4

- Echo in the night
- Game Over

Project Zomboid

-Theme
- Tune1
- Tune2
- Tune3
- Tune4
- Tune5
- Tune6
- Tune7
- Tune8
- Tunedeath
[close]







   
Spoiler

.A formatação do tópico foi inspirado no projeto de LeonMM e Sworgui Sombras do Medo - Obrigado!

.Conforme formos lembrando, iremos atualizando esta parte.
[close]



   
          Bom, basicamente é isto!. Espero que gostem do projeto. Estamos abertos à críticas construtivas. Postem o que acharam nos comentários!
           Esperamos terminar o jogo até o final do ano. Achamos bem provável isto.
           Creio que não atualizarei mais a história devido ao fato de estragar a história. Prefiro guardar o segredo pro jogo mesmo hauhauahuahua :LOL:
           Obrigado e abraço a todos.  :-D



O jogo parece ser ótimo queria ter uma equipe que saiba desenhar hehe.
Bem eu vou jogar e espero que seja bem legal ^^

@Kashiyka
Obrigado ^^ mesmo n ter entendido o porque do saber desenhar hehe.
Espero que se divirta e goste bastante do jogo :D
---------------------------------------------------------------------------------

Dei uma atualizada na história. Ela estava me parecendo muito vaga.
Espero que gostem XD:
Spoiler
"Estamos todos destinados a sofrer os reflexos de um novo dia, de um novo tempo."
   Ele se levantava olhos despertos novamente na realidade que o aguardava. As manchas de umidade do velho apartamento continuavam ainda a residir naquele sujo teto. Manchas de bolor que eram a primeira visão do mundo que se abria a cada dia diante de seus olhos. Seu corpo se levanta, mais se assemelhando a um defunto levantando de seu silêncio eterno, do que de alguém aguardando um dia revigorante. Ossos estalando, marcas da idade. Visão turva que logo vai se tornando cada vez mais nítida revelando um flat velho e bagunçado. A pia cheia de louça de semanas e uma mesa de jantar nada apetitosa. O velho papel de parede que mais mostrava as camadas abaixo de si do que cumprir sua singela função. Pés agora no quente carpete. O velho carpete empoeirado que acumulava cada vez mais resquícios de comida e poeira dos diversos anos que passará lá, mesmo que imperceptíveis, exalavam um cheiro característico para tudo aquilo. Mas o que era imperceptível e possuía um cheiro característico para aquilo tudo? A poeira ou os anos?
"Mesmo assim nos contentamos em querer agradar o presente, sem nos darmos conta de quão pequenos são os segundos."
   "Vamos lá... Só mais um dia... Só mais um desses malditos dias" – Repetia continuamente em sua mente, a cada dia que levantava e mergulhava em sua turva realidade, sempre pensando o porquê de nos levantarmos. Nascer, crescer e morrer: para isto vivemos?  Era necessária muita coragem ou mesmo vontade para se levantar. Abandonar a quente cama em troca de mais um dia.
   
"Acorde! Troque-se! Entregue-se ao mundo, barata repugnante! A tola fantasia de homem já está vestida..."
   E então se levantava. Passos leves ainda se acostumando ao sutil movimento. O mesmo movimento repetido, decorado e até esquecido que o conduzia através dos poucos metros que o levariam ao local do falso despertar. A água em seu velho rosto era excessivamente refrescante e então após um breve, porém contínuo, momento de pausa, veio: Mais uma pílula, mais um dia. Ou seria mais um dia e mais uma pílula? Rosto lavado e agora bastava apenas se preparar esteticamente para o mundo.
   O som do trinco da porta se fechando. O velho flat aguardaria mais uma manhã e uma tarde, em silêncio e solidão, o retorno de seu dono.
   A cidade se erguia da escuridão, como um monstro moderno despertando de sua longa hibernação. Já era possível ouvir ao longe o som dos ruídos atordoados das marchas rumo ao centro. Passos e mais passos...
   
"Qual a verdadeira aplicação para a palavra tempo? Gastamos tempo para garantir nossa subsistência como seres sociais, mas deixamos de ser sociais a partir do momento onde o gasto de tempo torna-se mais importante que estas relações. Você gostaria de poder revê-las, não é?"
   Os prédios então passavam ficando cada vez mais distantes. Logo aquilo que você acabara de olhar foi rumo ao passado e, consequentemente, ao seu esquecimento. Mas nem tudo é facilmente esquecido. Há coisas que inexplicavelmente, ou não, acabamos guardando. São coisas que nos marcam e que nos tocam. Coisas que acabamos levando como marcas para o resto da vida. Mas eram apenas os prédios. Os velhos prédios que apenas caracterizavam aquela pequena e estreita rua. Vitrines sujas de poeira, janelas quebradas e latas reviradas. Um pobre coitado que, no silencio da noite, como muitas vezes acontece, fora levado pelo frio e gélido vento de outono. Muitas pessoas tentavam ver e entender o que acontecia.
"Parece que o ser humano apenas consegue se chocar quando se depara com situações que confrontem seus ideais éticos, morais e sociais. Enquanto o homem jazia ainda respirando no chão, era apenas uma memória ignorada, abandonada e esquecida."
        Todos pareciam chocados com a tamanha calamidade que o horror do homem moderno pode alcançar. "Pobre coitado..."; "Imagina o horror que ele deve ter passado durante a noite"; "Meu Deus...". E então ele passava como se nada o devesse algo, mesmo que um singelo olhar. Passos contrários ao do tumulto, indo como se sempre, sem ao menos se importar com todo o resto, em direção à próxima esquina.
   Enfim chegará aonde desejava (Na verdade ele realmente não desejava. Mas não se tratava apenas de um desejo inexistente, mas sim de uma obrigação). Uma grande porta de vidro revelava-se a sua frente. Reflexos... Ele podia se ver através daquela estática porta. Podia notar que seu olhar já não era mais como antigamente. Buracos negros no lugar do seu antigo olhar. Seus olhos carregavam todo o peso e a tristeza do mundo. Triste olhos que refletiam o cansaço de toda uma vida.
E então adentrava naquele esquecido prédio. Mais uma construção do novo mundo que se erguia em direção aos céus, sombreando olhares. Era um prédio bem antigo de fato. Suas paredes não possuíam nenhuma característica em especial: cinzas como a própria vida, era ali onde supostamente ele deveria frequentar todos os dias. A porta rangia e fazia sons estranhos, mas ao mesmo tempo, comuns aos ouvidos. Quando iniciou sua carreira, antes mesmo de todo o processo de retrocesso, era jovem.[/font][/size]
[close]

10/02/2015 às 16:34 #3 Última edição: 10/02/2015 às 16:54 por Kashiyka
Hehe Ficou bem legal!
O motivo do saber desenhar é que seu jogo tem muuuuuitos gráficos e eu queria saber fazer hehe.
Se quiser falar comigo:
Spoiler

Citação de: Marcos H. online 10/02/2015 às 15:41
@Kashiyka
Obrigado ^^ mesmo n ter entendido o porque do saber desenhar hehe.
Espero que se divirta e goste bastante do jogo :D
---------------------------------------------------------------------------------

Dei uma atualizada na história. Ela estava me parecendo muito vaga.
Espero que gostem XD:
Spoiler
"Estamos todos destinados a sofrer os reflexos de um novo dia, de um novo tempo."
   Ele se levantava olhos despertos novamente na realidade que o aguardava. As manchas de umidade do velho apartamento continuavam ainda a residir naquele sujo teto. Manchas de bolor que eram a primeira visão do mundo que se abria a cada dia diante de seus olhos. Seu corpo se levanta, mais se assemelhando a um defunto levantando de seu silêncio eterno, do que de alguém aguardando um dia revigorante. Ossos estalando, marcas da idade. Visão turva que logo vai se tornando cada vez mais nítida revelando um flat velho e bagunçado. A pia cheia de louça de semanas e uma mesa de jantar nada apetitosa. O velho papel de parede que mais mostrava as camadas abaixo de si do que cumprir sua singela função. Pés agora no quente carpete. O velho carpete empoeirado que acumulava cada vez mais resquícios de comida e poeira dos diversos anos que passará lá, mesmo que imperceptíveis, exalavam um cheiro característico para tudo aquilo. Mas o que era imperceptível e possuía um cheiro característico para aquilo tudo? A poeira ou os anos?
"Mesmo assim nos contentamos em querer agradar o presente, sem nos darmos conta de quão pequenos são os segundos."
   "Vamos lá... Só mais um dia... Só mais um desses malditos dias" – Repetia continuamente em sua mente, a cada dia que levantava e mergulhava em sua turva realidade, sempre pensando o porquê de nos levantarmos. Nascer, crescer e morrer: para isto vivemos?  Era necessária muita coragem ou mesmo vontade para se levantar. Abandonar a quente cama em troca de mais um dia.
   
"Acorde! Troque-se! Entregue-se ao mundo, barata repugnante! A tola fantasia de homem já está vestida..."
   E então se levantava. Passos leves ainda se acostumando ao sutil movimento. O mesmo movimento repetido, decorado e até esquecido que o conduzia através dos poucos metros que o levariam ao local do falso despertar. A água em seu velho rosto era excessivamente refrescante e então após um breve, porém contínuo, momento de pausa, veio: Mais uma pílula, mais um dia. Ou seria mais um dia e mais uma pílula? Rosto lavado e agora bastava apenas se preparar esteticamente para o mundo.
   O som do trinco da porta se fechando. O velho flat aguardaria mais uma manhã e uma tarde, em silêncio e solidão, o retorno de seu dono.
   A cidade se erguia da escuridão, como um monstro moderno despertando de sua longa hibernação. Já era possível ouvir ao longe o som dos ruídos atordoados das marchas rumo ao centro. Passos e mais passos...
   
"Qual a verdadeira aplicação para a palavra tempo? Gastamos tempo para garantir nossa subsistência como seres sociais, mas deixamos de ser sociais a partir do momento onde o gasto de tempo torna-se mais importante que estas relações. Você gostaria de poder revê-las, não é?"
   Os prédios então passavam ficando cada vez mais distantes. Logo aquilo que você acabara de olhar foi rumo ao passado e, consequentemente, ao seu esquecimento. Mas nem tudo é facilmente esquecido. Há coisas que inexplicavelmente, ou não, acabamos guardando. São coisas que nos marcam e que nos tocam. Coisas que acabamos levando como marcas para o resto da vida. Mas eram apenas os prédios. Os velhos prédios que apenas caracterizavam aquela pequena e estreita rua. Vitrines sujas de poeira, janelas quebradas e latas reviradas. Um pobre coitado que, no silencio da noite, como muitas vezes acontece, fora levado pelo frio e gélido vento de outono. Muitas pessoas tentavam ver e entender o que acontecia.
"Parece que o ser humano apenas consegue se chocar quando se depara com situações que confrontem seus ideais éticos, morais e sociais. Enquanto o homem jazia ainda respirando no chão, era apenas uma memória ignorada, abandonada e esquecida."
        Todos pareciam chocados com a tamanha calamidade que o horror do homem moderno pode alcançar. "Pobre coitado..."; "Imagina o horror que ele deve ter passado durante a noite"; "Meu Deus...". E então ele passava como se nada o devesse algo, mesmo que um singelo olhar. Passos contrários ao do tumulto, indo como se sempre, sem ao menos se importar com todo o resto, em direção à próxima esquina.
   Enfim chegará aonde desejava (Na verdade ele realmente não desejava. Mas não se tratava apenas de um desejo inexistente, mas sim de uma obrigação). Uma grande porta de vidro revelava-se a sua frente. Reflexos... Ele podia se ver através daquela estática porta. Podia notar que seu olhar já não era mais como antigamente. Buracos negros no lugar do seu antigo olhar. Seus olhos carregavam todo o peso e a tristeza do mundo. Triste olhos que refletiam o cansaço de toda uma vida.
E então adentrava naquele esquecido prédio. Mais uma construção do novo mundo que se erguia em direção aos céus, sombreando olhares. Era um prédio bem antigo de fato. Suas paredes não possuíam nenhuma característica em especial: cinzas como a própria vida, era ali onde supostamente ele deveria frequentar todos os dias. A porta rangia e fazia sons estranhos, mas ao mesmo tempo, comuns aos ouvidos. Quando iniciou sua carreira, antes mesmo de todo o processo de retrocesso, era jovem.[/font][/size]
[close]

Citação de: Kashiyka online 10/02/2015 às 16:34
Hehe Ficou bem legal!
O motivo do saber desenhar é que seu jogo tem muuuuuitos gráficos e eu queria saber fazer hehe.
Se quiser falar comigo:
Spoiler

Citação de: Marcos H. online 10/02/2015 às 15:41
@Kashiyka
Obrigado ^^ mesmo n ter entendido o porque do saber desenhar hehe.
Espero que se divirta e goste bastante do jogo :D
---------------------------------------------------------------------------------

Dei uma atualizada na história. Ela estava me parecendo muito vaga.
Espero que gostem XD:
Spoiler
"Estamos todos destinados a sofrer os reflexos de um novo dia, de um novo tempo."
   Ele se levantava olhos despertos novamente na realidade que o aguardava. As manchas de umidade do velho apartamento continuavam ainda a residir naquele sujo teto. Manchas de bolor que eram a primeira visão do mundo que se abria a cada dia diante de seus olhos. Seu corpo se levanta, mais se assemelhando a um defunto levantando de seu silêncio eterno, do que de alguém aguardando um dia revigorante. Ossos estalando, marcas da idade. Visão turva que logo vai se tornando cada vez mais nítida revelando um flat velho e bagunçado. A pia cheia de louça de semanas e uma mesa de jantar nada apetitosa. O velho papel de parede que mais mostrava as camadas abaixo de si do que cumprir sua singela função. Pés agora no quente carpete. O velho carpete empoeirado que acumulava cada vez mais resquícios de comida e poeira dos diversos anos que passará lá, mesmo que imperceptíveis, exalavam um cheiro característico para tudo aquilo. Mas o que era imperceptível e possuía um cheiro característico para aquilo tudo? A poeira ou os anos?
"Mesmo assim nos contentamos em querer agradar o presente, sem nos darmos conta de quão pequenos são os segundos."
   "Vamos lá... Só mais um dia... Só mais um desses malditos dias" – Repetia continuamente em sua mente, a cada dia que levantava e mergulhava em sua turva realidade, sempre pensando o porquê de nos levantarmos. Nascer, crescer e morrer: para isto vivemos?  Era necessária muita coragem ou mesmo vontade para se levantar. Abandonar a quente cama em troca de mais um dia.
   
"Acorde! Troque-se! Entregue-se ao mundo, barata repugnante! A tola fantasia de homem já está vestida..."
   E então se levantava. Passos leves ainda se acostumando ao sutil movimento. O mesmo movimento repetido, decorado e até esquecido que o conduzia através dos poucos metros que o levariam ao local do falso despertar. A água em seu velho rosto era excessivamente refrescante e então após um breve, porém contínuo, momento de pausa, veio: Mais uma pílula, mais um dia. Ou seria mais um dia e mais uma pílula? Rosto lavado e agora bastava apenas se preparar esteticamente para o mundo.
   O som do trinco da porta se fechando. O velho flat aguardaria mais uma manhã e uma tarde, em silêncio e solidão, o retorno de seu dono.
   A cidade se erguia da escuridão, como um monstro moderno despertando de sua longa hibernação. Já era possível ouvir ao longe o som dos ruídos atordoados das marchas rumo ao centro. Passos e mais passos...
   
"Qual a verdadeira aplicação para a palavra tempo? Gastamos tempo para garantir nossa subsistência como seres sociais, mas deixamos de ser sociais a partir do momento onde o gasto de tempo torna-se mais importante que estas relações. Você gostaria de poder revê-las, não é?"
   Os prédios então passavam ficando cada vez mais distantes. Logo aquilo que você acabara de olhar foi rumo ao passado e, consequentemente, ao seu esquecimento. Mas nem tudo é facilmente esquecido. Há coisas que inexplicavelmente, ou não, acabamos guardando. São coisas que nos marcam e que nos tocam. Coisas que acabamos levando como marcas para o resto da vida. Mas eram apenas os prédios. Os velhos prédios que apenas caracterizavam aquela pequena e estreita rua. Vitrines sujas de poeira, janelas quebradas e latas reviradas. Um pobre coitado que, no silencio da noite, como muitas vezes acontece, fora levado pelo frio e gélido vento de outono. Muitas pessoas tentavam ver e entender o que acontecia.
"Parece que o ser humano apenas consegue se chocar quando se depara com situações que confrontem seus ideais éticos, morais e sociais. Enquanto o homem jazia ainda respirando no chão, era apenas uma memória ignorada, abandonada e esquecida."
        Todos pareciam chocados com a tamanha calamidade que o horror do homem moderno pode alcançar. "Pobre coitado..."; "Imagina o horror que ele deve ter passado durante a noite"; "Meu Deus...". E então ele passava como se nada o devesse algo, mesmo que um singelo olhar. Passos contrários ao do tumulto, indo como se sempre, sem ao menos se importar com todo o resto, em direção à próxima esquina.
   Enfim chegará aonde desejava (Na verdade ele realmente não desejava. Mas não se tratava apenas de um desejo inexistente, mas sim de uma obrigação). Uma grande porta de vidro revelava-se a sua frente. Reflexos... Ele podia se ver através daquela estática porta. Podia notar que seu olhar já não era mais como antigamente. Buracos negros no lugar do seu antigo olhar. Seus olhos carregavam todo o peso e a tristeza do mundo. Triste olhos que refletiam o cansaço de toda uma vida.
E então adentrava naquele esquecido prédio. Mais uma construção do novo mundo que se erguia em direção aos céus, sombreando olhares. Era um prédio bem antigo de fato. Suas paredes não possuíam nenhuma característica em especial: cinzas como a própria vida, era ali onde supostamente ele deveria frequentar todos os dias. A porta rangia e fazia sons estranhos, mas ao mesmo tempo, comuns aos ouvidos. Quando iniciou sua carreira, antes mesmo de todo o processo de retrocesso, era jovem.[/font][/size]
[close]

Já mandei solicitação ^^

-------------------------------------------------------------
Estamos com problemas de hospedagem de imagens, mas logo postaremos os sistemas presentes no projeto.