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avaliem roteiro para meu projeto

Iniciado por baby, 06/03/2015 às 18:24

olá ! criei esse terceiro roteiro pro meu jogo faz um tempo, e queria que vocês avaliassem ...
a história ainda está inacabada, e é um pouco mais complexa do que as outras duas que tinha criado, por isso ainda penso em modificá-la

~ parte 1

Aquela noite nevada estava coberta por uma nuvem escura. O vento frio uivava como se quisesse derrubar a pequena casa de madeira. No riacho que passava em frente à varanda, nenhum peixe arriscava nadar até a superfície. Dentro do estábulo os cavalos relinchavam como se pressentissem que algo mal fosse acontecer.
Não havia mais ninguém na pequena casa, só as três; a parteira, a mãe, e a criança prestes a nascer.  Os gritos de dor daquela grávida podiam ser ouvidos por todo sítio, e se misturavam com o barulho vindo do estábulo.
O vento entrava pelas frestas da janela da sala, passava pelo corredor e chegava ao quarto, apagando as chamas das velas. O escuro atrapalhou a visão da parteira, mas aquela velha era muito habilidosa. Ela percebeu que a criança não nasceria com um parto normal, e correu para cozinha, trazendo a primeira faca que encontrou.
A lâmina enferrujada fez uma incisão violenta naquele ventre. Enquanto o rosto do feto se revelava, seu choro era abafado pelos gritos da mãe.
Era uma menina, linda e saudável. Ao ver sua cria em seus braços, a mulher se desligou da dor. O ardor daquela alegria funcionou como uma anestesia. Enquanto isso, a parteira tratava de costurar o corte que fez. Em meio aos seus nós tortos, perguntou:
- Já sabe qual vai ser o nome da criança?
- Layla – respondeu - bela como anoitecer.
A velha sabia que não conseguiria salvar a vida daquela mãe, a hemorragia estava em um grau muito avançado, então preferiu deixá-la a sós com sua filha.  Foi para fora acalmar os cavalos, estavam muito agitados. Talvez fosse o frio, ou a fome. Tempos difíceis.
A moribunda resistiu o tempo que pode, mas foi obrigada a abandonar seu fruto. O pai da criança cavalgou o mais rápido que pôde, mas quando chegou já era tarde demais. Encontrou na entrada apenas a parteira chorosa com a criança na mão. Seu grito de desespero não diminuiu a dor. A escuridão da noite e o frio severo tornavam a situação ainda mais difícil.
Ao receber a criança nos braços, teve um sentimento misto, de amor e medo. Era a menina mais linda que viu. Os olhos escuros, a boca fina e o cabelo bordado a fios de ouro, herdados da mãe, faziam dela uma verdadeira boneca.
- Antes de morrer, sua esposa deu-lhe o nome de Layla – disse a parteira, antes de subir em sua charrete e voltar ao vilarejo.
Os cavalos se acalmaram, e alguns peixes voltaram a se aventurar na superfície do riacho. Já no interior da casa o pai estava inquieto, a morte de sua esposa afetou seu juízo. Rondava entre os cômodos como se procurasse alguma coisa. Uma resposta, talvez. ''Por quê?''
A menina dormia como um anjo no berço improvisado de madeira. Seu silêncio era enlouquecedor.  O pai, que nunca foi um homem equilibrado, precisava responsabilizar alguém pela morte de sua esposa. Ele tinha certeza que aquela criança era a culpada.
Em um ato de desespero pegou sua filha e colocou-a em um cesto de palha, deixando o destino da criança nas mãos do riacho em frente à casa.  Apesar do movimento continuo das águas frias, a criança continuava a dormir, tranquila.  O homem ficou observando o cesto se distanciar, até perdê-lo de vista na neblina.
  Após um súbito momento de sobriedade, arrependeu-se do que fez. O pai correu pela margem do riacho à procura de sua filha. Quando encontrou o cesto, jogou-se no riacho para buscá-lo. Estava vazio.
Preferiu então acabar com aquele sofrimento. Assim como a mulher, ele teve uma morte trágica, engolido pelas águas geladas do riacho, com a esperança de um dia, talvez, rever sua família.

~ parte 2

O que a neblina tentou esconder, não pode ser apagado. O cesto boiou até encontrar uma das margens.  Alguém já o esperava. A criança foi pega. Ela continuava dormindo suavemente. O cesto foi devolvido à água, vazio.
Talvez aquela menina tivesse tido um destino melhor se fosse engolida pelo riacho, como aconteceria com seu pai alguns instantes depois.  Mas, infelizmente, foi salva.
Carregada pelos braços, seguiu tranquila, enquanto os flocos de neve batiam no seu rosto. Seu portador tratou de cobri-la com um pano preto. O escuro fez que os dois desaparecessem em meio ao mar de neblina que banhava toda aquela região.
Descrever quem carregava aquela criança é uma missão difícil. Cobria todo corpo com um pano, inclusive o rosto. Era um pano velho e sujo, de cor preta, que contrastava com a neve branca. Parecia levar alguma coisa nas costas, mas estava escuro, não dava pra ver direito.
~ continua

Então. Para começar, isso deveria ser um roteiro de jogo, amigo, e não literatura. Mais da metade do embololô de informações escritas aí será completamente inútil quando passado para uma engine. Restrinja-se aos diálogos e às descrições diretas, sem rodeios. No mais, a história à princípio parece trivial. Mesmo não tendo as informações necessárias para se avaliar contundentemente algum aspecto dela, principalmente quando nada substancial foi contado. À luz do que mostrou, só deu para ver é que você possui um português mediano. E só.

19/03/2015 às 14:19 #2 Última edição: 19/03/2015 às 14:28 por baby
Não vejo porque me restringir a um texto objetivo, adoro rodeios, ainda mais quando o jogo é um RPG. Não há necessidade de ser direto, os meus games favoritos tem pouca luta e ação e muito texto e história. Não gosto quando o roteiro é um amontoado de diálogos, prefiro quando ele é literatura. De qualquer maneira, eu tinha desistido desse rascunho, mas obrigado pelo comentário, foi bom um feedback xD