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Hélio e Luna

Iniciado por Kvothe, 26/09/2015 às 11:41

26/09/2015 às 11:41 Última edição: 28/09/2015 às 22:27 por Kvothe
Este é o segundo conto que eu escrevo na vida. Espero que gostem.

  Hélio era um menino solitário. Passara sua infância inteira na penumbra que seus pais o deixaram. Tinha riqueza, tinha ouro, mas só vivia no agouro e no desgosto. Um dia, Hélio virá um latoeiro, que carregava contigo toda a sorte de bugigangas e mercadoria. Coisas do tipo que deixa qualquer criança feliz. O latoeiro parou defronte ao menino e perguntou:
      — De onde vens tanta tristeza? De onde vens tanto agouro, menino? Deixe comigo, tenho mercadorias e um pedaço de bolo.  — Disse o latoeiro.
      — Nada mais me satisfaz. Quero somente que tire um às e me dê a paz. Caso tenha, ti dou tudo que tenho, minha mansão, meu ouro e meus umbrais, mas nada mais. Mas caso não tenha, quero tudo que tens, tua mercadoria, teu ouro e tua paz. — Respondeu Hélio.
      — Ora, ora. Veja o que tenho meu rapaz. Tenho certeza que encontrarás tua paz. — Respondera o latoeiro.
  Hélio procurou e viu tudo que tinha na carruagem. De tudo, nada o interessou. Tudo, menos o pingente na quão o latoeiro usava. O pingente reacendia a luz do luar, brilhava tão notável como qualquer luz na penumbra.
      — De tudo que tens, nada me interessou. A não ser teu pingente. O que é, que recende tanto valor? — Questionou Hélio.
      — Neste recende minha paz, meu jovem sagaz. Talvez, seja meu às. Estou disposto a lhe dar, caso dei-me tudo que ás. — Disse o latoeiro.
      — De tudo que tenho lhe dou, latoeiro. Mas de antemão, o que me aguarda teu às?  — Perguntou Hélio.
      — Neste reside o nome da lua, meu jovem rapaz. Suba até o monte mais alto, ao luar da meia-noite e chames pela lua. E ela o vira. — Respondeu o latoeiro.
  Hélio então partiu ao monte mais alto que de sua terra achava. Encontrou o Monte do Luar. E por então, deixou-se a caminhar. Caminhava sete, oito horas por dia. Até que enfim chegou. Andou mais um pouco e chegou até o pico do monte. E então, Hélio pegou teu pingente, virou-o e percebeu um nome. Ergueu até o céu e esperou que lua ficasse até o seu topo. E então sibilou com toda a vontade que tinha.
       Luna, Luna, és agora minha e de ninguém mais. Reside em mim teu nome, habita em minha tua paz, querida Luna.
  A lua, infeliz e incapaz de acreditar que alguém conhecesse seu verdadeiro nome. Desceu até Hélio e de lá o confrontou. Percebendo que não podia vencer, dada a natureza de seu nome. Assim, então fugira eternamente de Hélio. De dia, procurava Hélio por sua amada. E de noite, Luna fugia, sendo eternamente capturada pelo brilho de seu possuidor.