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The Dodge [+12] {ATUALIZADO!}

Iniciado por Valeffort, 16/08/2013 às 15:33

16/08/2013 às 15:33 Última edição: 16/08/2013 às 18:06 por Valeffort
picture by: Victor Gallani

Por enquanto este é apenas um pequeno conto. The Dodge é uma história da qual me utilizarei para a finalização e exposição de um idioma qual estou "dando forma". The Dodge é uma paisagem futura do grande universo do Iggrien, projeto que eu estou desenvolvendo, para mais informações: http://centrorpg.com/projetos-sendo-desenvolvidos/iggrien-epilogue-(online)/.

Também estou precisando de candidatos para dar forma ao jogo, se você deseja se alistar, veja!http://centrorpg.com/recrutamentos-para-equipes/(recrutando)-iggrien-epilogue-(online)/.

CitarAqui a história começa, é.

O MUNDO

Dia primeiro, Ano 365, Licsus.

Entre a primeira e a segunda exposição de altos e brilhantes trovões nos céus, durante à décima sétima hora daquele dia, um conjunto milhares de milhares de carruagens do Imperador das Terras Baixas cujo nome era Az, seguira pela Estrada do Viajante, caminho onde havia uma conexão com os Reinos situados no Continente dos Montes de Neve. Em homenagem a morte de sua filha Héfer, o Rei decidira declarar guerra a Alyban, Líder e Representante Religioso no Trono de Arguidom (seu pai) em seu Povo, Aófeia, oferecendo a vitória como um presente a honrar sua morte.

O olho dos cavalos de Az zunia como as asas de uma mosca em seu atrito continuo com o vento, por onde quer que passassem, suas patas destroçavam toda a erva do campo, queimando-as até a sua raiz. Aonde fossem, de forma bizarra, o chão estremecia devido ao seu galope feroz, e por certo momento durante o caminho derrubaram um pedaço de uma rocha enorme conhecida como "Digómora", uma pedra azul, fria e metálica que caíra bloqueando a passagem do exército, nesta parte da marcha foram necessárias a estratégia de dois elfos, alguns poucos minutos e a força bruta de treze trolls selvagens para remove-la, lançando-a longe, seguiram viajem.

Ao aproximar-se do objetivo, a batida de seus corações conseguia abalar, inclusive, a maior das profundezas que está localizada no Oceano Denso que fica ainda mais ao Sul das terras que por hora pertenciam integralmente ao Reino de Aófeia.

E estas foram as últimas palavras proferidas por Alyban em vida: "Não notei quando ele viera... Mesmo quando os Raios e os Clarões anunciavam a sua chegada, estive em repouso, amargurado estou! Por ventura não escutei o grito dos céus?".

Dia quarto, Ano 365, Licsus.

Quando a notícia se fez saber por entre os demais Reinos do Continente dos Montes de Neve que Az, o Rei, levantara toda a sua ira contra Alyban e os servos que estavam com ele, temeram em seu coração que o mesmo lhes ocorrece.

O ataque das tropas do Rei Az resumiu o Povo de Aófeia a nada. Nenhuma edificação manteve-se de pé, toda uma cultura tornara a não existência, seus nomes e os seus rostos foram apagados da história como se não houvessem existido; os seus livros, rituais e festins, agora eram apenas como mais um sopro do vento.

O campo fora salgado no intuito de que ali jamais pudessem brotar novas sementes, e tudo isso o Rei fez em memória de sua filha, também ordenara a queimada toda a extensão daquela Terra, formando uma cicatriz, abrindo um Vale, hoje conhecido como "Afiux Licsus" na Língua dos Vaggas equivale à "Memorial de Fevereiro".

E disse Az: "Tão certo como sobre a face das águas de um rio onde poderia um homem enxergar o seu reflexo... Olhando fixamente para este Vale eu consigo admirar o meu coração".
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CAPÍTULOS:

SILENCIADOS PELO VENTO

A mesa do almoço já estava sendo retirada. Agora em praticamente todas as cozinhas, os mestres; as servas; as esposas dedicavam o seu tempo para a preparação do jantar.
Para os habitantes do Reino de Aófeia, o jantar, assim como o café da manhã, era um momento muito sagrado.

O povo entendia que Hiran, Deus da Paz Norturna e Portador da Chave do Repouso, despertando-se do seu estado de espera, o que ocorria no cair da primeira sombra da noite, após o entardecer, que é governado por Delin, o Irmão mais Velho, e aquele que se chama pelo nome de "O Ministro do Dia" (em Vagga, Bao Xintcha).

Hiran, "O Menestrel da Noite" (em Vagga, Asda Mhad), abria do mais alto dos céus a tranca de sua Arca Apaziguadora - Hiroshoga, em Vagganês. A Arca que abrandava os males no mundo... Um sinal de paz, símbolo para que qualquer observador da noite passasse a vislumbrar a Eterna Aliança de Hiran para com os mortais, a Lua.

Quando os homens faziam a refeição noturna, na verdade celebravam a Aliança. A dor que se sentia no estômago - quando vazio - representava a punição direta de Hiran. Ele concedia aos desobedientes uma noite incomoda, por isso a inquietação no estômago.

Para que não fossem castigados, os cozinheiros - parte importante nesta sociedade - foram convocados em uma missão até o findar de seus dias; sempre cozinhando uma porção a mais do que pretendiam para ajudar um irmão necessitado, um idoso, um deficiente ou um visitante.

Dos povos e lugares mais distantes ouvia-se falar do espírito bondoso daqueles que habitavam no Condado de Bombordi, o único vilarejo de Aófeia. Havia os que suspeitassem do espírito generoso daquela gente, mas quem os conhecia poderia entende-los melhor.

No Vilarejo haviam apenas algumas pessoas de poucas posses, embora não fossem muitas, por isto quase não existia diferença entre classes, todos eram muito esforçados e trabalhadores, viviam por si e pelo outro num pensamento mútuo. Na pobreza todos eram pobres, na riqueza todos eram ricos.

Além do Vilarejo, havia outras áreas no Reino de Aófeia, como os campos para produção de grãos, moinhos, altares mais afastados para prestação de cultos aos mais diversos Deuses, também áreas ainda não povoadas, o Castelo de Samma, que recebera esse nome em homenagem ao seu construtor.

Mais ao norte haviam as fronteiras para fazer defesa frente à Estrada do Viajante, a muralha estava próxima ao pé de uma montanha, riquíssima em Dígomora. O Estado havia montado o primeiro batalhão de defesa, quatro anos antes do extermínio conhecido na história como "Memorial de Fevereiro". Alyban notara a crescente ameaça que Az, Rei das Terras Baixas, demonstrava enquanto estruturava e aumentava a quantidade de tropas do seu exército, sem uma "finalidade aparente", afinal estavam todos em paz há muito tempo.

Desde aquele dia primeiro, ano 365, no período de Licsus... Nenhum dos homens de Aófeia pode comemorar a Aliança estabelecida com O Menestrel da Noite, e nós, os vivos, conhecemos o responsável. Um ser errante e vil que usou a morte de sua filha para o extermínio de todo um povo, não restaram descendentes, todos foram mortos.

Neste meio tempo as populações estavam temerosas, alguns reis começavam a fazer acordos de união... Seria o extermínio de Aófeia o prelúdio de uma grande guerra?

Agora o vento soprava fortemente... A sombra de um cavaleiro montando um dragão médio estava projetava no alto da Montanha do Viajante e corria até o chão.

"Então é este o lugar que conheceu a fúria de Az? Onde é que está a ossada dos corpos? Algo pior do que aniquilação ocorreu por aqui... Agora é só um... um... Cemitério de tumbas invisíveis... Um vale de silenciados pelo vento. Preciso voltar e reportar ao magistério!".
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UM NOVO TRABALHO, MORCRAUX!

– Ah! Aqueles ratos imundos do conselho! Pensam que são superiores... Um Troll é mais inteligente do que todos eles juntos – comentara um cidadão fétido numa Taverna em uma cidade chamada Sadramir.
Uma adaga fora pressionada em seu pomo de Adão – ele ficara imóvel – a adaga não abaixava a guarda... Estava sobre o efeito de algum encanto, com toda certeza. Uma faca comum jamais flutuaria no ar por livre e espontânea vontade.
– Sabe o que não é muito inteligente cavalheiro? É espalhar certos comentários difamatórios em lugares públicos... – aconselhou uma Druidisa.
– Oras! Sua... – ele rosnou tentando afastar o pescoço da arma branca, porém fora inútil. A pequena faca acompanhou o movimento do velho, e, assim sendo, fora pressionada ainda mais forte desta vez... Uma gota de sangue escorreu.
– Em sua posição eu estaria mais amigável... – alertara.
– O que é que você deseja de mim?
– De você... Nada... – a mulher de cabelos loiros, que usava alguns galhos castanhos como tiara, sorriu – os homens do seu tipo não tem nada para me oferecer, apenas faça um favor a si mesmo, fique calado antes que pessoas piores o façam algum mal.
Os demais presentes olhavam sem nada fazer, a faca caiu no chão. A Druidisa foi dando as costas enquanto caminhava para saída.
"- Esta é a hora", pensara o homem. Ele avançou entre o corredor de mesas para atingi-la com uma cadeira.
Ela, ela ergueu um dedo de sua mão direita em um movimento gracioso e, de repente, todos no recinto caíram no riso.
A faca percorrera o ar e atingira o cinturão que amarrava as calças daquele homem, que por sua vez arriaram, revelando assim a sua nudez. Em seguida, ele tombou nos seus próprios passos, caiu no chão, bateu a cabeça e apagou.
– Xandras! Você não deveria brincar com seres de tão pouca capacidade racional... – o que aparentava ser um homem posicionou-se na porta do estabelecimento e fez com que Xandras estacionasse na sua caminhada – ele continuou – e principalmente enquanto estão tão fora da sobriedade.
– Eldos, meu velho amigo! Faz muito tempo, não é mesmo? – A Druidisa demonstrava entusiasmo.
– Que estranho... Sabe... É que eu nunca conheci esta Xandras virtuosamente sociável.
– Eldos, eu vou precisar de um favor seu!
– Imaginei que tamanha bondade não iria estar desacompanhada de um tamanho interesse como plano de fundo.
– Então somos iguais... Afinal você não viria até aqui se não fosse para me pedir alguma coisa... Não viria a esta pocilga para beber um vinho amargo. Aposto que com as amizades que você tem, você poderia agora mesmo estar bebericando com alguns Elfos.
– Acho que é melhor conversamos longe daqui... – Eldos, sempre suspeitando de todos, aconselhou que eles fossem para um lugar mais reservado.
Saindo de lá tomaram uma rota alternativa, as estradas de Sadramir à noite são famosas por serem sempre cheias de estupradores, assassinos, e salteadores.
Pelo caminho eles foram conversando em surdina.
– O que eu tenho para te falar – ele começou – é sobre um trabalho no Reino de Morcraux... A Távola se reuniu mais uma vez e decidiu enviar grupos de espionagem para os Reinos mais próximos da tragédia.
– Morcraux, Lafiord, Burgone, Téssia – Xandras citou.
– Sim, o grupo dos Haitcha, os cinco reinos que antecedem as barreiras da catedral da távola – explicara Eldos.
– No meu caso... O que eu tenho de falar com você é que eu ando precisando de dinheiro – comentara a Druidisa.
– Ivagray, a Ministra do Assento de Prata (Sauah Jitcha), enviou quatrocentos donos circulares para que você pudesse aceitar a missão.
– Eu não quero aceitar dinheiro daquela mulher! – Xandras esbravejou.
– Pare de pensar nisto como uma doação... Pense como um pagamento pela prestação dos seus serviços.
– NÃO! Isso não muda o fato de que o dinheiro é o dela – Ela rebatera.
– O dinheiro não é o dela. É o dinheiro do conselho, e como a ministra financeira ela apenas liberou a retirada desta quantia – Eldos explicava em suplica para que aceitasse.
– Eu ainda não entendo compreendo o seu ódio... – Eldos pensara.
– E nem precisa entender – respondera de forma seca.
– O que precisamos fazer realmente? – questionou-o franzindo a sobrancelha.
– Não vamos tomar nenhuma atitude... Vamos apenas observar e qualquer alteração no padrão reportamos imediatamente ao Conselho.
– Isto parece ser fácil de fazer - ela largou um sorriso.
– Em tempos de guerra... Pequenos detalhes fazem a diferença.
– Guerra? Quem falou em guerra? - questionara Xandras.
– Eldos falou de guerra – ajeitava a gravata do terno que trajava enquanto dizia.
– É engraçado como você fala de si mesmo na terceira pessoa – Xandras não largava o riso dos lábios.
– Porém em vagganês isto não soa estranho, é até muito comum – citou Eldos.
– Certo... Certo... Vamos nesta! Nós temos que por o pé na estrada... São quatro dias de viajem até Morcraux.
– Você não tem nenhuma lebre gigante para que possamos ir sem precisar andar?
– Sim! Eu tenho algo do tipo.
Xandras assobiou... O vento retribuiu o assobio. A terra por debaixo de seus pés foi se mexendo... Foram se levantando...
– Uau! Castores gigantes!
– NÃO! Isto são Tatus.
– Há uma enorme diferença entre Castores e Tatus! Sinceramente! Em que planeta você vive? Castores constroem barragens, tatus cavam buracos! - falou num ar de quem não acreditasse, num tom frustrado e com um fundo de revolta.
Assim eles partiram. Agora Xandras pensava que Eldos era mais ignorante do que o homem que ela derrubou na taverna: "Onde é que já se viu? Confundir um Tatu com um Castor!", pensava ela.
Neste instante o sol já se confundia com a lua... Logo iria amanhecer.
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UM ABRIGO NO MEIO DA CLAREIRA

– Eldos! Onde é que você está? Saitch... – Xandras já estava bem perto de chamá-lo por um nome nada elegante, não fosse por menos, já faziam cerca de quarenta minutos que ela o procurava.
– Ei! Ei! Não precisa ficar preocupada comigo...
– Preocupada? Eu? Com você? – ela desatou em sarcasmos – ora vamos! Não me faça rir!
– Então não vais me dizer que tivestes medo de ficar sozinha?
– Não, não é nada disto.
– Xandras! Tu conheces a minha verdadeira natureza... Sou um dos Grandes Espíritos da Terra... Não há necessidade de ficar enchendo a cabeça de caraminholas...
– Será que você é ignorante mesmo? Ou só se faz? – ela tinha aquele rosto como se todas as alegações feitas por Eldos insultassem a sua inteligência.
– Hãn? – Eldos ficara realmente ofendido, reagira com uma cara de raiva, mas ao mesmo tempo de espanto... Desconhecia um método para responder a questão – Gatsha! (do vagganês, "porcaria").
– Eu realmente preferia a sua manifestação no corpo anterior, mais hábil, sábio e inclusive irresistivelmente charmoso.
Eldos ainda estava bravo... De certo modo pensava em uma resposta para a pergunta quanto a sua ignorância.
– Nós estamos nesta jornada juntos! Então não vá desaparecendo por ai.
– Você que é uma especialista em rastreamento... Por que então não me encontraste? – Eldos realmente ficara intrigado.
– Minha habilidade não funciona desta forma... Minhas técnicas de rastreamento são para localização de inimigos, como você não é um inimigo potencial eu não pude te interceptar... A única coisa que eu posso fazer é enviar as coordenadas de minha localização... Como você viu, involuntariamente você me encontrou.
– No caso isso é um pouco desvantajoso – avaliou Eldos.
– Não, não. É bem positivo...  Djunus Volina (planejamento em grupo a distância) é um tipo de habilidade de ligação de corpo, os membros de um grupo estão interligados, quando um do bando é capturado esta habilidade pode revelar o paradeiro dos demais membros, já eu, eu uso justamente a habilidade inversa Kemas Volina (planejamento de grupo fechado) assim não corro o risco de ser capturada por que outro incompetente caiu em uma armadilha, posso coordenar esquemas à longa distancia e planejar enquanto saio ilesa.
– Então você planeja tudo para garantir a sua seguridade.
– Sim e não... Se você notar... Quando todos de um grupo são interceptados, isto significa dizer que a causa deles foi derrotada, é por isso que necessitamos de um plano de escape.
Eldos acenou com a cabeça, concordara com o que Xandras explicou.
– Entende agora o porquê eu sou a parte pensante desta dupla?
– Saitchov! O que é que você quer dizer com isto? Está me insultando mais uma vez? – Eldos não conteve-se em dizer um nome feio em Vagganês.
Xandras gargalhou freneticamente.
– Precisamos continuar viajem meu amigo! Neste passo de tartaruga vamos demorar muito mais tempo para chegarmos até Morcraux.
Já estavam andando em uma floresta fazia horas... As folhas na copa das árvores tinham os formatos mais diversos possíveis, e seu clima era quente e úmido. Devido à altura das plantas locais as correntes de vento tinham dificuldade de passear por dentre o meio da mata o que, circunstancialmente, aumentava a sensação de calor.
– Xandras! – disse Eldos enquanto descalçava as suas botas.
Ela se virou, olhou para o companheiro e, por um segundo, se distraiu. Lançou no céu azul a sua visão e continuara andando mesmo assim; vislumbrara uma águia em seu voo ininterrupto como a imperatriz dos ares... Enfim se deu conta de que tinha se afastado daquele amontoado de árvores médias e grandes da mata... Acabara de entrar em uma clareira.
– O que foi? – Xandras obsequiou a seu companheiro.
– Será que você não tem nenhum daqueles seus amigos tatus para que possamos continuar a viajem? – Eldos fazia uma cara de clamor.
– Você sabe qual é a relação dos Druidas com habitantes da floresta? Eles são amigos! Não empregados... Precisamos saber respeitá-los, eles também tem vida própria e famílias para cuidar... Não podemos ficar chamando-os a qualquer momento para satisfazer-nos meramente sem um bom proposito.
Eldos ficara desapontado, estava já muito cansado.
– Contudo não se preocupe! Não iremos mais caminhar por hoje. Encontrei uma clareira... Podemos passar a noite aqui e seguir de manhã.
– Você acha que é seguro?
– Não, eu não acho. Nos dias de hoje... Até mesmo as pessoas que dormem dentro de suas casas não estão seguras, afinal meu amigo, estes são tempos difíceis.
Andaram pela clareira de grama rasteira, Xandras enxugava o suor de sua testa com a mão o que por um momento tampou a sua visão. Quando tornou a ver, vislumbrou diante de seus olhos uma gruta.
– Está vendo logo mais a frente? – com o dedo indicador apontava para direção do local para Eldos.
– Sim – ele respondeu convicto.
– Ficaremos por aqui esta noite... Amanhã cedo devemos cruzar com o caminho de algum vilarejo repleto de ervas... Esta região é um lugar famoso, explorado por muitos Herbólogistas que pretendem iniciar as suas carreiras.
– E o que iremos comer? Há tempos não me sirvo nobremente – disse o Espírito da Terra enquanto ainda se acomodava num espaço dentro do interior da gruta.
– Você é realmente cômico... Longe de todas as destruições malignas que ocorrem no meio do espaço natural em nome de um falso progresso, você ainda pensa que no meio de um lugar de paz, um lugar tranquilo, cercado no meio da mata... Não está servido de nobreza? Você não consegue mesmo enxergar a beleza das coisas.
– Desculpe-me! Mas para que eu possa observar a beleza das coisas, elas realmente tem de ter algum valor expressivo. Lembre-se que eu sou a quadragésima sétima reencarnação do espírito da terra, Leo - o Gato da Fortuna.
Xandras silenciou a boca de Eldos com as mãos, as palavras não saiam corretamente, evidentemente o seu som era de protesto, porém incompreensível.
– Entenda! Não andamos até aqui para brigarmos agora. Vamos parando por aqui certo?
– Eu já estou cansado... Cansado de concordar com você, mas você tem razão.
– Vamos acender uma fogueira?
– Não, não faremos isto... Seremos mais silenciosos, a começar de agora. Por isto, não deixaremos rastros de fogo no chão.
Eldos encostou sua cabeça numa pedra, de fronte a entrada da gruta... Olhava o sol se pôr e a lua se revelar, era lua nova. Naquele momento ambos estavam atônitos, os olhos de Eldos desfilavam pelas constelações...
– Você acha que podemos estar sendo observados? – ele perguntou.
– Você dúvida? – Xandras contemplava sua pergunta com outra pergunta.
– Sabe, depois que eu olhei as constelações eu pude sentir isso, como uma mensagem.
– Nem ainda começamos a fazer movimentos notáveis... Como é que alguém poderia estar nos seguindo?
– Talvez... Alguém do próprio conselho, alguém que não quer que os relatores reportem à Tavola.
– Sabe, – Xandras indagou – durante toda esta viagem... Esta é a primeira vez que eu acredito na sua inteligência.
Eldos e Xandras sorriram.
– Ei! Espera ai! – O espírito estelar indagou – você está me ofendendo mais uma vez?
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Aye, sir!

16/08/2013 às 18:02 #1 Última edição: 16/08/2013 às 18:07 por Valeffort
MEU COMPUTADOR BICHOU! COMETEI DOUBLE POST.

É isso mesmo, o computador deu tiuti! Por favor, moderadores, peço que apaguem este comentário. Obrigado. Desculpem-me pelo transtorno!
Aye, sir!

Olá, Vallefort!
Vi num tópico que você disse ter ficado triste - eu entendo perfeitamente como é este sentimento - por não ter recebido um comentário sequer. Eu não comentei pois não vi necessidade, já eu que eu li estes capítulos há algum tempo em outras comunidades.
Mas eu acho que posso lhe dizer algumas coisas que creio eu poderiam estar muito melhores. Primeiro: o tamanho dos capítulos. Eles ficaram bem pequenos, como você mesmo pode perceber. No entanto, já que não conheço seu estilo de escrita e leitura, talvez não seja apropriado lhe pedir para aumentar os posteriores.
E segunda e última coisa. Senti falta de descrições quanto aos lugares. Vi um pouco no segundo capítulo, mas acho que poderia ter sido mais trabalhado até o fim do mesmo. Sei que a história está sendo produzida para a apresentação de sua língua, mas acho que colocar um pouco mais de fé nesse detalhe seria interessante.  Ah, não posso deixar de citar uma coisa: você tem uma habilidade para criar personalidades tão diferentes que fiquei, de certo modo, assustado. Isso é muito bom.
Curti muito e sinceramente espero que continue.

Um abraço!
fear is the mind-killer

Obrigado pela tentativa, mas todos erram o meu nome. Não tem jeito  :seei:.

"Um 'ele' e dois 'efes'" Isso é tão frustrante  :'-':.

Sei que já postei o texto em outras comunidades, a algum tempo, mas não recebi comentários - esse texto só pode ter alguma mazela  :=|:.
Obrigado pelos comentários, vou reescrever os capítulos com esses alertas que você me deu, por eu julgar como bastante úteis. Sim, as pessoas facilmente notam minha dificuldades para criar cenários, porque eu não consigo bolar cenários muito bons na minha cabeça, talvez por isso eu não seja um bom maper :rick9:.

Quanto a personalidade, bem... Eu acho que se todos se parecessem, a história não ia fazer graça. Passo dias conversando com os meus personagens, procuro me tornar o seu melhor amigo. Sim! É o que eu busco fazer. Alguns infelizmente são muito rudes, o homem da taberna, como você viu. É por isso que cada um sai com um traço diferente. Tenho aproximadamente quarenta personagens (obviamente não pertencem ao mesmo mundo, não. Nem todos participam do The Dogde).

Obrigado por vir aqui <3!
Aye, sir!