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Soneto do Medo - Poesia

Iniciado por Danka, 03/09/2013 às 00:07

03/09/2013 às 00:07 Última edição: 03/09/2013 às 01:33 por Danka
Bem, venho aqui para pedir a ajuda de vocês.
Primeiro, eu faço parte de um grupo de teatro, e meu professor, ao descobrir que eu escrevo poesias, de certa forma me colocou como dramaturgo da peça. Ele pediu que eu crie algumas poesias sobre "Medo" (tema da peça), eu já tinha alguns prontos - que ele já vai usar - mesmo assim decidi fazer mais outra, então surgiu o "Soneto do Medo" com seis estrofes.
Minhas amigas que gostam de poesia falam que ela está ótima, mas, estranhamente eu não confio. e.e
Sempre falam que minhas poesias estão boas, e acho que isso não é bom para nenhum escritor. E quero pedir a ajuda de vocês, pois eu sei que daqui vão surgir boas críticas.

Ela ta no spoiler.


Soneto do Medo

"Talvez seja,
um medo profundo
Ou apenas
Um sonho oriundo
O que causa o medo?
Talvez o amor
Talvez a insegurança
Até mesmo a dor

Quando somos completamente ignorados
Sentimos medo.
Quando somos completamente aclamados
Sentimos medo.
Este medo é somente uma ilusão
Na verdade, não
Ele convive conosco, desde nossa criação.

Às vezes me pergunto
"Será se Deus teve medo
De nos ter feito?"
Será se ele teve medo
Da gente ter feito
O que fez?
Ou será se ele já sabia?
E decidiu apostar
Tudo que tinha?

Se foi isso
Tenho que dizer
Você perdeu.
A Humanidade
É autodestrutiva
Sente medo daquilo
Que ela mesmo causa
Que ela mesmo constrói
E destrói
E sente medo
Porque o medo faz parte
O Medo te criou
O Medo á a Arte
De toda tua vida
Medo
Sem você seriamos incompleto
Nada mais que um objeto
Que não consegue questionar
"Por que eu devo ir?
Aonde isso vai parar?"
Ou será
Se somos mesmo
Objetos que não sabem questionar?

Sem meu medo
Não teria minha Arte
Não teria minha Vida
Não seria um Herói
Nem um Vilão
Até mesmo eles
Tem seus medos.
Se o mundo todo tem medo

Por que você fica receoso em temer?
Tem vergonha de seus medos?
Você queria não ter
Mas saiba
Medos, diferente do Homem
Não destrói nada
Na verdade ele constrói, nossas almas."
[close]
...

03/09/2013 às 01:08 #1 Última edição: 03/09/2013 às 01:11 por Kazuyashi
Fala, Danka. Tranquilo, rapaz? Espero que esteja tudo certo.

Assim, no que diz respeito à estrutura, não acho que esse poema possa ser chamado de 'soneto'. Um soneto é composto por duas quadras e dois tercetos, totalizando quatorze versos. Já o seu se configura de modo bem diferente. Diria que está mais para uma arte naífe. Contudo, se 'Soneto do Medo' for apenas o nome, sem ter qualquer ligação com a métrica, então não tem problema.

Mas partindo para o geral... não gostei muito da escolha de vocabulário feita em alguns momentos. Até onde minha ignorância me permite ir, tenho conhecimento de três tipos distintos de poema: os feitos para serem sentidos, mas não entendidos; os feitos para serem entendidos, mas não sentidos; e os feitos para serem sentidos e entendidos. Os termos que empregamos são o que definem a qual desses tipos o nosso poema pertencerá. Porém, quando são mal empregados, fazem comprometer o trabalho inteiro. Podem erradicar o sentimento e a compreensão, e ainda, vez por outra, tornar tudo infantil, na pior acepção da palavra.

Não estou dizendo que o seu chegou a esse extremo, mas ainda assim a escolha de vocabulário não foi das melhores. Pelo menos não me agradou. Pude perceber uma intenção de despertar sentimentos no leitor, mas acredito que não tenha sido feita de forma muito eficaz. Não seria capaz de te falar o que fazer ou o que não fazer num poema, pois é algo muito pessoal. E não tem fórmula certa para isso. Mas acredito que fazer uma revisão geral e mudar um pouco a estrutura possa ser uma boa ideia.

No mais, é isso aí. Essa é minha crítica e peço desculpas caso tenha usado palavras não muito legais, ou o tenha ofendido de alguma forma. Essa não foi a intenção. Espero sinceramente que não leve para o lado pessoal e que possa te ajudar de alguma forma. Desejo sorte no seu grupo de teatro e nessa vida de 'dramaturgo'. Hehe.

Um grande abraço,

Kazuyashi.

Cara, era isso mesmo que eu estava esperando.
Bom, eu entendo como é formado o soneto, nesse caso não achei um nome melhor, tenho certos problemas na escolha de nomes, a maioria dos versos que tenho escritos nem tem nome.
Ás vezes vejo que ficaria melhor se alguns versos ficassem sós.
Eu concordo contigo que me perco nas palavras e não sei como usa-las ou quais palavras devo usar, mas aos poucos eu vejo que isso vai mudando. Sou jovem, ainda tenho muita caminho pela frente e concerteza ainda tenho muito para aprender. E já que me deram a chance de mostrar o quao bom posso ser, vou tentar ao máximo.

Eu já tava cansado de ouvir somente elogios, então vim aqui, sabia que ia sair algo mais. (:
Valeu o/
...

Sei como é. Também sou péssimo para nomes. Essa observação do soneto foi mais um adendo mesmo. xD

E que bom que levou a crítica na boa, cara! Nem todo mundo a sabe levar e acaba por tomar como ofensa pessoal. E você está certo. A prática é grande aliada da evolução. Do amadurecimento. Continue se empenhando em escrever que com o tempo a melhora virá.

Enquanto escrevia este post, acabei dando uma olhada em alguns dos meus primeiros 'poemas' e... MINHA NOSSA! Como são ruins e como eu escrevia mal! Hahaha. Não sou 'O' poeta, mas é bacana vermos como evoluímos ao olharmos o quanto já caminhamos.

Continue assim e boa sorte! =)

Um grande abraço,

Kazuyashi.

Não tenho probelmas com críticas, acho que não importa como ela seja, ela veio para ajudar.

Os meus primeiros, são muito piores. Ó_Ó
Eu só queria saber se o poema ia mesmo rimar, ás vezes saia algo tosco já outras vezes saia até bom, mas era bem simples, palavras bem comuns.

Bem, eu sempre gostei, e vejo que evolui muito, desde a forma de escrever como a de formatar as poesias.
E esses últimos meses peguei um livro de poesia, que Meu Deus, nunca vi tanta poesia imoral. Ó_Ó hausshuash

Valeu o/
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